Avaliação físico-química de leite de ovinos em diferentes dietas BETIATTO, Rodrigo² COMIRAM, Diogo² FALK, Silvana² MALESKI, Chaline² PIROLLI, Fernanda² TOMALUSKI, Adriana² MAHL, Deise Luiza¹ DA ROCHA, Anilza Andreia¹ RANGHETTI, Álvaro Luis¹ ROSÉS, Thiago de Souza¹ PIEROZAN, Morgana Karin¹ E-MAIL: [email protected] RESUMO: O leite de ovelha é um produto rico em gordura e proteína bastante valorizado no mercado consumidor, o qual apresenta coloração esbranquiçada e homogênea, associado aos carotenoides (pigmentos convertidos em vitamina A - incolor). Os ovinos são um dos ruminantes mais exigentes em qualidade de forragens, porém, produzidas com baixo custo, através de um sistema intensivo de produção animal. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influencia de diferentes dietas na alimentação de ovinos, a fim de analisar a porcentagem de proteínas e lipídeos no leite. As proteínas do leite são consideradas proteína de alto valor biológico, que possuem aminoácidos essenciais que devem ser fornecidos desde alimentação, e o teor de gordura é muito elevado em comparação a outros leites, mas em compensação os glóbulos de gordura do leite são bem menores. Foram avaliadas oito ovelhas recém-paridas da raça Sulffolk, as quais atribuiu-se dois tipos de dieta, uma com aveia e pasto (dieta A) e outra com farelos de soja, milho e pasto (dieta B). Após a coleta higiênica, as amostras de leite foram encaminhadas para avaliação bioquímica laboratorial, utilizando a técnica de análise de ultrasom Ekomilk®. Percebeu-se que as ovelhas apresentavam os parâmetros clínicos avaliados normais e após as análises laboratoriais concluiu-se que a melhor dieta inserida e que obteve os melhores resultados para concentração de proteínas e lipídeos foi a dieta com aveia e pasto, tendo um teor de gordura e proteína mais elevado. Palavras-chaves: Ovinos. Leite. Nutrição. Lipídeos. Proteínas. ABSTRACT: Sheep milk is a product rich in fat and protein highly valued in the consumer market, which has whitish and homogeneous staining, associated with carotenoids (pigments 1-Docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Ideau, Getúlio Vargas. 2-Discente do curso de Medicina veterinária da Faculdade Ideau, Getúlio Vargas. 2 converted into vitamin A - Colourless). Sheep are one of the most demanding quality forage in ruminants, however, produced at low cost, through an intensive animal production system. The aim of this study was to evaluate the influence of different diets in the feeding of sheep in order to analyze the percentage of proteins and lipids in milk. Milk proteins are considered protein of high biological value, which have essential amino acids that must be supplied from food, and the fat content is very high compared to other milks, but in compensation the fat globules in milk are much smaller. Eight newly calved sheep Sulffolk the race, which was attributed to two diets, one with oats and pasture (diet A) were evaluated and another with soybean meal, corn and pasture (diet B). After the hygienic collection, milk samples sent for laboratory biochemical form evaluation, using the technique of analysis of ultrasound Ekomilk®. It was noticed that the sheep had normal clinical parameters evaluated and after laboratory analysis it was concluded that the best diet inserted and who got the best for concentration of proteins and lipids was the diet with oats and grass, having a fat and higher protein. Keywords: Sheep. Milk. Nutrition. Lipids. Protein. 1 INTRODUÇÃO Os ovinos são ruminantes com alta capacidade para se alimentar exclusivamente de pastagens e produzirem proteína de alto valor biológico (SOUSA et al., 2003). A condição nutricional afeta a produção de leite, sendo que o pico de produção é entre a terceira e quarta semana pós-parto, que está diretamente relacionado com a qualidade e quantidade de alimento disponível para cordeiros amamentados pela mãe, e produção de leite da ovelha (ZEPPENFELD, 2003). A produção de leite é uma atividade muito significativa para a indústria ovina no mundo. Em regiões menos favorecidas, o leite de ovinos, pelo seu alto valor nutritivo é um componente importante no sustento de muitas famílias (BRITO, 2004). A produção leiteira tem sido uma alternativa sustentável, de baixo investimento inicial e de fácil adoção pela mão de obra familiar, podendo melhorar a qualidade de vida dos pequenos e médios produtores. Sua composição como a gordura e a proteína são informações que proporcionam os produtores a selecionarem os animais de mais produção e qualidade leiteira, sendo que as formas mais acessíveis de formar um rebanho de produção leiteira é a seleção de ovelhas nacionais que apresentem alta produção (KNIGHT et al, 1993). Este leite segundo Furtado (2003) é considerado o mais rico de todos os leites, pois sua composição físico-química se difere muito em comparação a 3 outros. O produto é rico em gordura e proteína e por isso são bastante utilizados para a produção de queijos e iogurtes artesanais ou comerciais, onde são bem valorizados nos mercados consumidores (SIQUEIRA, 2002). A composição do leite é diretamente afetada pela nutrição da ovelha, uma vez que influência a fermentação ruminal e, assim a disponibilidade de precursores para a síntese de gordura, proteína e lactose. A redução do nível da fibra da dieta promove diminuição do tempo gasto pela mastigação, o que pode desfavorecer o crescimento de micro-organismos e a relação de acetato:propionato afetando o teor de gordura do leite (SILVA, 1997). Este estudo teve por objetivo a avaliação da influência de diferentes níveis de gordura e proteína na dieta sobre a produção e composição de leite de ovelhas. 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Propriedades e animais avaliados O experimento foi conduzido o interior de Tapejara-RS na comunidade de Santa Rita de propriedade de Vicente Favaretto, onde foram avaliadas oito ovelhas recém paridas da raça Suffolk, com bom escore corporal. Os animais foram avaliados clinicamente, observando-se parâmetros como: coloração das mucosas conjuntival, vaginal e oral; frequência cardíaca; consistência fecal; presença de comportamento normal para a espécie. A partir destes dados pode-se selecionar somente animais saudáveis. 2.2 Manejo da dieta Foram atribuídas dois tipos diferentes de dietas devidamente equilibradas e acompanhadas, dividindo as ovelhas em dois grupos, recebendo dieta A ou dieta B. Durante 15 dias iniciou-se o período de adaptação com a dieta A: aveia e pasto. Para a dieta B foram utilizadas farelos de soja e milho mais pasto. A alimentação dos animais foi dividida em duas refeições diárias, devidamente como o proprietário tratava: com concentrado mais pasto a vontade durante o dia até às 17 horas e após as ovelhas à noite se mantem fechadas como demonstrado na Figura 1. 4 . Figura 1: Casa em que as ovelhas se mantem após as 17 horas. Fonte: PIROLLI, F. (2014) 2.3 Coleta das amostras A coleta do leite para avaliação bioquímica laboratorial foi realizada individualmente para cada dieta, sendo devidamente identificado. O leite foi acondicionado em frascos plástico estéril, conforme demonstrado na Figura 2, contendo conservante Bronopol (NUDDA, 2004) para a melhor conservação. Figura 2: Amostra do leite contendo conservante Bronapol. Fonte: PIROLLI, F. (2014) 2.4 Avaliação das amostras As amostras foram analisadas pelo laboratório LBR de Tapejara-RS, onde os teores de proteínas e lipídeos foram avaliadas. 5 2.4.1 Procedimento de análise de proteína O processo de verificação do teor da proteína foi feito através do aparelho eletrônico de ultra-som Ekomilk®, onde este foi calibrado segundo as instruções contidas no manual de operações do equipamento . Foi adicionado em média 30 ml da amostra no Becker próprio da Ekomilk®, para ser analisado. Em caso de uma não conformidade, repetiria-se a análise para confirmação do resultado (BRASIL, 1981). 2.4.2 Procedimento de análise de gordura pelo método de Gerber Este método é utilizado para determinação do teor de gordura do creme de leite pasteurizado, no leite do silo destinado ao envase de leite UHT e produto final deste. A gordura é considerada o componente de maior valor comercial, no leite. Muitas indústrias pagam os produtores de leite levando em consideração o teor de gordura (FOSCHIERA, 2004). O método de Gerber baseia-se na propriedade que possui o ácido sulfúrico de dissolver as proteínas (principalmente a caseína) que se encontram ligadas à gordura, desta forma diminui a viscosidade do meio, aumento da densidade da fase aquosa, favorecendo a separação da gordura pelo extrator, que é o álcool isoamílico (PIRES, 2007). O percentual de matéria gorda do leite foi avaliado através de centrifugação e ataque seletivo da matéria orgânica por meio de ácido sulfúrico, com exceção da gordura que será separada por centrifugação, auxiliada pelo álcool amílico, que modifica a tensão superficial (BRASIL, 1981). Foi colocado no butirômetro previamente aferido, limpo e seco, 10 ml ± 0,2 ml de solução de ácido sulfúrico, com o auxílio da pipeta automática (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 68). Após homogeneizar convenientemente a amostra (evitando a formação de bolhas de ar), foi pipetado exatamente 11 ml do leite, limpando externamente a pipeta com papel absorvente, e transferido lentamente para o butirômetro pela parede, para evitar sua mistura com o ácido; Após a amostra foi colocada no butirômetro com auxílio da pipeta automática, 1 mL de álcool isoamílico. Foi limpa a parte interna da boca do 6 butirômetro com papel absorvente e tapado o butirômetro com a rolha de borracha e envolvido em uma toalha de pano ou estojo, colocando o bulbo maior na palma da mão de forma tal que o dedo polegar exerça pressão sobre a tampa, impedindo sua projeção (BRASIL, 1981). O butirômetro foi agitado, de modo a promover a mistura completa dos líquidos no interior do aparelho e colocado na centrífuga (cada butirômetro com um oposto) por 5 minutos de 1000 a 1.200 rpm, medidos a partir do momento em que atingiu a velocidade de trabalho. Após paralisação da rotação, o butirômetro foi colocado em banho-maria (65 °C) por 5 minutos; Foram repetidas as operações de centrifugação e de encubação, retirado o butirômetro do banho-maria, secado e girada a rolha de modo a coincidir o menisco da coluna de gordura com a marca zero da escala do instrumento, levantando-o até a altura dos olhos para evitar erros (BRASIL, 2006). Com o reagente álcool isoamílico (densidade 0,814 a 20 °C) e solução de ácido sulfúrico (densidade 1820 a 1825 a 20 °C) foi adicionado 925 mL de ácido sulfúrico (densidade de 1,840) sobre 125 mL de água, lenta e cuidadosamente, em banho de gelo. A substância foi esfriada até temperatura de 20 ºC e conferida a densidade com o densímetro (BRASIL, 1981). O resultado foi a porcentagem de gordura diretamente na escala do aparelho e na base do menisco formado pela camada de gordura, imediatamente após retirar o aparelho do banho-maria. Se a coluna não estivesse bem delineada, seria misturado novamente o conteúdo do aparelho e repetidos os procedimentos de centrifugação e aquecimento (BRASIL, 2006). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO O grão de aveia apresenta em média 13,3% de proteína, 6,2% de lipídeos e 66,4% de carboidratos, a proteína da aveia distingue pelo seu alto teor de arginina em relação a outros cereais (EMBRAPA, 1997). Na análise realizada (ml/litros) foi encontrada uma media de 4,6% de proteína, e 11% de gordura no leite dos animais com referência na dieta A de aveia e pasto, como demonstrado na Tabela 1. Em comparação com outros autores foi obtido 5,45% de proteína e 5,42% de gordura para a raça Sulffolk (PLOUMI et al, 1998). 7 Na dieta A, a aveia provavelmente foi melhor aproveitada pelos ovinos e com isso convertendo em gordura. A proteína em razão da sua natureza promove ganhos no desempenho animal, com possibilidade de melhor extração de energia das fibras da aveia (SALVADOR et al, 2008). Na dieta B, baseadas em farelos de soja e milho mais pasto, obtive-se os respectivos valores, proteína 3,86% e gordura 6,20% conforme Figura 4. O farelo de soja apresenta um teor de 44 á 46 % de proteína e de fibra alimentar 6 á 7 % enquanto o farelo de milho possui 12% de proteína e 12,5 % de gordura. Tabela 1 demonstra valores obtidos nas dietas A e B, com comparação com outros autores. Tabela 1: Análises de proteína e gordura nas dietas A e B. ANÁLISE DE ANÁLISE DE COMPARAÇÃO COM PROTEÍNA E PROTEÍNA E OUTROS AUTORES GORDURA (DIETA A) GORDURA (DIETA B) (PLOUMI et al, 1998). Gordura: 11% Gordura: 6,20% Gordura: 5,42 % Proteína: 4,6% Proteína: 3,86% Proteína: 5,45% Fonte: PIROLLI, F (2014) A quantidade de proteínas na dieta de farelos para ovinos é, na maioria das vezes, menos importante que a qualidade pelo fato que é de maior absorção. A proteína na dieta é em parte degradada no rúmen e seu componente nitrogenado será reutilizado pelos micro-organismos para a síntese de proteína microbiana. A utilização da proteína microbiana fornecerá aminoácidos que serão absorvidos e utilizados para a síntese proteica (OWENS & BERGER, 1983). Um dos primeiros animais a ser domesticado pelo homem foi o ovino, essa espécie vem demonstrando seu valor econômico, através da capacidade de conversão de forragem de produtos de qualidade e essenciais para o ser humano como a lã, a pele, carne e o leite. A exploração leiteira mundial também não é uma atividade recente, existindo relados desde antigo testamento, na produção de queijo a partir do leite de ovinos. 8 A atual produção mundial de leite de ovinos é em torno de 10 milhões de litros ao ano, porem acredita-se que esta estimativa seja bem maior (CASA DA OVELHA, 2014). Os ovinos são uns dos ruminantes mais exigentes em qualidade de forragens, suas necessidades energéticas apresentam relação exponencial com o tamanho corporal (CARVALHO, 2002). A importância da nutrição na produção animal vem sendo estudada desde o início de sua domesticação. É sabido que a nutrição pode afetar vários processos como o desenvolvimento placentário e a lactação (MARTIN et al, 2004). São animais que devem ser alimentados com forrageiras de boa qualidade produzidas com baixo custo, através de um sistema intensivo de produção animal, deve-se planejar o plantio de boas pastagens para as ovelhas em correção do solo (acidez e fósforo) e mais aplicação de nitrogênio para o aumento do valor nutritivo (BUENO, 2014). A proteína juntamente com a gordura é um dos componentes mais importantes para o cordeiro atingir o peso até a desmama precoce, a proteína é influenciada pela raça, estagio de lactação e principalmente a nutrição (CUNNINGHAM , 2004). No leite ovino existem propriedades únicas que diferem dos demais leites, como é o caso da coloração esbranquiçada e homogênea. Essa característica está associada aos carotenoides, pigmentos que são convertidos em vitamina A (que é incolor), impedindo que o leite tenha coloração amarelada como no leite de vaca (EBING & RUTGERS, 2006). O teor de proteína no leite de ovelhas é bem superior em relação a outros leites, conforme Tabela 2, as proteínas do leite são considerados proteínas de alto valor biológico possuem aminoácidos essenciais que devem ser fornecidos desde alimentação, sendo assim muito rico em proteínas (JUNIOR, 2006). A composição dos nutrientes básicos dos leites de cabra, ovelha, vaca e humano, esta apresentado na Tabela 2. Tabela 2: Composições em diferentes qualidades de leite. COMPOSIÇÃO Gordura (%) CABRA 3,8 OVELHA 7,9 VACA 3,6 HUMANO 4,0 9 Sólidos não gordurosos (%) 8,9 12,0 9,0 8,9 Lactose (%) 4,1 4,9 4,7 6,9 Proteína (%) 3,4 6,2 3,2 1,2 Caseína (%) 2,4 4,2 2,6 0,4 Albumina e globulina (%) 0,6 1,0 0,6 0,7 N não proteico (%) 0,4 0,8 0,2 0,5 Cinzas (%) 0,8 0,9 0,7 0,3 Calorias (100mL) 70 105 69 68 Fonte: Park et al. (2007). O consumo de leite de ovelhas in natura é muito baixo, mas é muito utilizado para produção de queijos finos em alguns países, onde parte do leite é transformado em iogurte ou queijos frescos (HAENLEIN & WENDORFF, 2006). O sabor e o aroma do leite ovino são suaves e adocicados, além de possuir uma textura cremosa por conter glóbulos de gordura pequenos (JUNIOR et al, 2006). Esta peculiaridade, no tamanho dos glóbulos gordurosos propicia que esse seja digerido mais facilmente (CAMPOS, 2011). Em função das propriedades físicas-químicas, o queijo proveniente desta espécie animal apresenta rendimentos maiores, em relação aos queijos de outras espécies produtoras de leite, pois a proporção gordura, proteínas e sólidos totais são mais elevados. Para se produzir um quilo de queijo ovino são necessários de quatro a cinco litros de leite, em quanto para produzir a mesma quantidade de queijo de vaca serão necessários de 10 a 12 litros de leite (CASA DA OVELHA, 2014). Neste estudo, obteve-se uma melhor média na composição do leite na primeira dieta de aveia e pasto, pois a porcentagem de gordura foi de 11%. Já na segunda dieta com farelo de soja, milho e pasto, foi obtida uma média de 6,20% no teor de gordura, sendo respectivamente baixa. 4 CONCLUSÃO O leite de ovelha tem bastante reconhecimento no mercado consumidor, muito utilizado em derivados principalmente no queijo onde usa-se menos litros de leite pelo fato de possuir maior quantidade de lipídeos e proteínas e com uma textura diferenciada homogênea e esbranquiçada. Os ovinos com uma 10 ótima condição de nutrição pode-se diferenciar em comparação a produção de outros animais tendo um sucesso na rentabilidade. Pode-se verificar que as diferentes dietas tiveram influência sobre a composição do leite, sendo que na primeira dieta o percentual de proteína foi superior o da segunda dieta, já o teor de gordura na segunda dieta foi mais elevado comparado a primeira dieta. Gerando um leite mais homogêneo com maior número de gorduras comparado ao de bovinos, mas com glóbulos de gordura bem menores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes: II Métodos físicos e químicos. Brasília: Ministério da Agricultura, 1981. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa no 68, de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial da União Federativa do Brasil, 14 de dezembro de 2006, seção 1, p.8-30, 2006. BRITO, M. A. 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