Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 A FORMAÇÃO DE CONCEITOS FILOSÓFICOS E A EXPERIÊNCIA FÁTICA DA VIDA NUMA PERSPECTIVA HEIDEGGERIANA Giovani da Silva Araújo Faculdade de Filosofia CCHSA [email protected] Prof. Dr. Renato Kirchner Ética, Epistemologia e Religião CCHSA – Faculdade de Filosofia [email protected] Resumo: Fenomenologia da vida religiosa constitui o volume 60 da obra completa heideggeriana, cuja primeira edição foi realizada pela editora Vittorio Klostremann, de Frankfurt, em 1995. Este volume reúne três textos: “Introdução à fenomenologia da religião”, “Agostinho e o neoplatonismo” e “Os fundamentos filosóficos da mística medieval”. Tendo como pano de fundo o primeiro texto da parte intitulada “Introdução metodológica: filosofia, experiência fática da vida e fenomenologia da religião”, o presente plano de trabalho teve como objeto investigar o modo pelo qual Heidegger concebe a formação de conceitos filosóficos em sentido mais amplo e, em sentido específico, como concebe o conceito fenomenológico “experiência fática da vida”. soriamente o significado do título da preleção. Isto está fundamentado na peculiaridade dos conceitos filosóficos. Para ele, nas ciências particulares, os conceitos são determinados através da ordenação num contexto e tanto mais determinados quanto mais notável for o contexto. Os conceitos filosóficos, ao contrário, são oscilantes, vagos, multiformes, flutuantes como costuma ser demonstrado na mudança dos pontos de vista filosóficos. Porém, tal incerteza dos conceitos filosóficos não está exclusivamente fundamentada na mudança dos pontos de vista. Ela pertence muito mais ao sentido mesmo dos conceitos filosóficos, os quais permanecem sempre incertos. A possibilidade de acesso aos conceitos filosóficos, portanto, é totalmente diferente da possibilidade de acesso aos conceitos científicos. Assim, a filosofia – pensa o filósofo de Messkirch – não possui nenhum contexto objetivamente configurado à sua disposição, no qual os conceitos pudessem ser ordenados para dele obter sua determinação. Ou seja, há uma diferença de princípio entre ciência e filosofia. Contudo, esta é uma tese provisória, a qual será demonstrada no curso das considerações a seguir. Além disso, ideia de conhecimento e conceitos científicos não deve ser trazida para dentro das proposições em geral da filosofia, sob o pretexto de uma ampliação dos conceitos das proposições científicas, como se o contexto racional na ciência e na filosofia fosse o mesmo. Em todo caso, existe uma concepção “nivelada” entre os “conceitos” e “proposições” da filosofia e da ciência. De fato, eles se encontram na “vida fática”, na esfera da representação e comunicação linguística enquanto “significados” que sem- Palavras-chave: Experiência fática da vida, Fenomenologia da religião, Heidegger. Área do Conhecimento: Fenômeno Religioso: Dimensões Epistemológicas – Ética, Epistemologia e Religião – FAPIC/Reitoria. 1. INTRODUÇÃO O presente texto apresenta, de maneira aprofundada, como Heidegger aborda a formação de “conceitos filosóficos” e, principalmente, como formula e sistematiza o conceito fenomenológico “experiência fática da vida”, tendo como referência básica a obra Fenomenologia da vida religiosa (HEIDEGGER, 2010). No primeiro parágrafo desta obra – que constitui um conjunto de preleções do semestre de inverno de 1920/21, em Friburgo –, Heidegger apresenta provi- Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 pre já são “compreendidos” dessa ou daquela maneira. 2. EXPLICAÇÃO DO TÍTULO DA PRELEÇÃO Antes de entrarmos propriamente na abordagem e análise do conceito fenomenológico “experiência fática da vida”, é necessário, primeiramente, tomarmos conhecimento do título desta preleção proferida por Heidegger nos anos de 1920 e 1921. Ele soa assim: “Introdução à fenomenologia da religião”. Nela Heidegger mostra e delineia três conceitos: “introdução”, “fenomenologia” – que deve significar, para nós, o mesmo que filosofia – e “religião” (HEIDEGGER, 2010, p. 10). O filósofo inicia fazendo o seguinte questionamento: o que significa “introdução”? Uma “introdução” numa ciência ocupa-se de maneira tríplice: a) da delimitação da matéria; b) da doutrina do trabalho metódico, com a matéria (a e b podem ser resumidos assim: fixação do conceito de objeto e da tarefa da ciência); c) da observação histórica das investigações precedentes de colocar e resolver tarefas científicas (HEIDEGGER, 2010, p. 11). Mais adiante, Heidegger se questiona: “É também possível se introduzir à filosofia” (HEIDEGGER, 2010, p. 11)? Ele responde dizendo que uma introdução às ciências oferece a matéria, o tratamento metodológico da matéria (meta e tarefa) e uma visão histórica das várias tentativas na procura de solução. Se filosofia e ciência são diferentes, é questionável se o filósofo deve assumir simplesmente este esquema de introdução, caso ele queira fazer jus ao que é propriamente filosófico. Segundo Heidegger, “é possível conhecer os filósofos por sua introdução na filosofia” (HEIDEGGER, 2010, p. 11). As ciências derivam historicamente da filosofia – e também seu sentido. Diante disso, Heidegger indaga: “O que significa filosofia”? A questão acerca da essência da filosofia parece estéril e “academicista”. Porém, também isso é apenas consequência da concepção comum da filosofia como ciência. Um filólogo, por exemplo, não se interessa pela “essência” da filologia. Contudo, um filósofo ocupa-se seriamente com a essência da filosofia, antes de colocar-se no ou lançar-se positivamente ao trabalho. Um pouco mais adiante, Heidegger faz outro questionamento: “Como alcançamos uma compreensão própria da filosofia”? (HEIDEGGER, 2010, p. 12). Responde dizendo que somente através do filosofar mesmo, não através de definições e demonstrações científicas, isto é, a filosofia não se deixa alcançar através da ordenação num conjunto geral, objetivo e configurado de coisas. Isto está presente no conceito de “autocompreensão”. O que a filosofia mesma é não se deixa jamais colocar cientificamente em evidência, porém, só na e pela filosofia mesma se torna claro. 3. A EXPERIÊNCIA FÁTICA DA VIDA Segundo Heidegger, o problema da autocompreensão da filosofia sempre foi assumida levianamente. Contudo, se concebermos este problema de maneira radical, então, é aceitável que a filosofia surge da “experiência fática da vida”. Entretanto, é mesmo aí que ela ressurge na e para a experiência fática da vida mesma. Diante disso, o conceito de experiência fática da vida é fundamental! Com a definição da filosofia enquanto comportamento racional de conhecer, nada é dito em absoluto, mas submete-se ao ideal da ciência. A principal dificuldade tende a ficar justamente encoberta. No terceiro parágrafo da obra em estudo, onde propriamente está concentrado o olhar de toda a presente pesquisa, Heidegger vai explicar – de maneira toda peculiar – o conceito fenomenológico de “experiência fática da vida” (HEIDEGGER, 2010, p. 14). Ele inicia fazendo o seguinte questionamento: o que significa “experiência fática da vida”? “Experiência” designa: 1) ocupação que experimenta; 2) o que é experimentado através dela. Nós, porém, determinamos com este propósito a palavra em seu duplo significado, porque ela exprime justamente o essencial da experiência fática da vida, uma vez que o experimentar mesmo e o experimentado não devem ser colocados como coisas uma ao lado da outra. “Experimentar” não significa “tomar conhecimento”, mas o “confrontar-se com” o que é experimentado, o Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 “afirmar-se” das formas experimentadas. Isso, porém, possui um significado tanto positivo quanto negativo. O significado do conceito “fático” não significa realidade natural, não significa determinação causal e nem coisa concreta. De fato, o conceito “fático” não alcança seu significado a partir de determinados pressupostos da teoria do conhecimento, uma vez que deve ser compreendido apenas através e pelo conceito do “histórico” (HEIDEGGER, 2010, p. 14). Ao mesmo tempo, porém, a “experiência fática da vida” é uma perigosa área autônoma da filosofia, porque nessa área se faz valer a ambição pela ciência. Somente a filosofia é originariamente rigorosa. Ela possui um rigor diante do qual todo e qualquer rigor científico é meramente uma derivação (HUSSERL, 1965, p. 14). Assim, segundo Heidegger, o ponto de partida do caminho para a filosofia é a experiência fática da vida mesma. Nesse sentido, a experiência fática da vida revela algo totalmente peculiar. Ela torna possível, nela mesma, o caminho para a filosofia, uma vez que nela se realiza também a virada que conduz à filosofia. Essa dificuldade é compreendida através da característica provisória do fenômeno da experiência fática da vida. Qualquer experiência da vida que se faça, neste sentido, é sempre e fundamentalmente mais do que uma experiência como mera tomada de conhecimento disso ou daquilo. Neste caso, experiência significa a plena colocação ativa e passiva do ser-aí humano no mundo, ou seja, vemos a experiência fática da vida apenas segundo a direção do comportamento que experimenta. Assim, definimos o que é experimentado – o vivido – enquanto “mundo”, não como “objeto”. Como diz Heidegger: “‘Mundo’ é algo no qual se pode viver (num objeto não é possível viver)” (HEIDEGGER, 2010, p. 16). O mundo pode ser formalmente articulado como mudo circundante (Umwelt), como aquilo que nos vem ao encontro, ao qual pertencem não apenas coisas materiais, mas também objetualidades, ideais, ciências, artes etc. Nesse mundo circundante também está o mundo compartilhado (Mitwelt), isto é, outros homens numa característica fática bem de- terminada: como estudante, docente, parente, superior etc. – portanto, não meramente enquanto exemplar do gênero homo sapiens das ciências naturais e assim por diante. Finalmente, aí estou também eu mesmo, ou seja, meu mundo próprio (Selbstwelt), sendo que fenomenologicamente as três dimensões de mundo estão intimamente relacionadas entre si e são elas mesmas que constituem a experiência fática da vida (HEIDEGGER, 2012, p. 16). Segundo Heidegger, “o caráter peculiar da experiência fática da vida é o ‘como eu me coloco diante das coisas’, o jeito e a maneira de experimentar, não é coexperimentar” (HEIDEGGER, 2010, p. 16). Diante disso, antes de qualquer decreto de que a filosofia seja conhecimento, deve tornar evidente fenomenologicamente, pela experiência fática da vida, o que pertence ao sentido de conhecer. A experiência fática da vida reside totalmente no conteúdo, ou seja, na medida em que o como (Wie) está implícito nisso. É pelo conteúdo que têm lugar todas as mudanças da vida. Por exemplo, no curso da jornada de um dia faticamente vivido, ocupando-se com coisas completamente diferentes, é pela atuação fática da vida que surge, segundo Heidegger, de modo não consciente, o como diferente de seu reagir em cada maneira diferente. Entretanto, nisso se encontra o conteúdo que ele diz experienciar, a saber: a experiência fática da vida mostra uma indiferença em relação ao modo do experimentar. Ela não surge de forma alguma em pensamentos apenas, como se não pudesse tornar algo acessível. O experimentar fático contesta ao mesmo tempo todas as oportunidades da vida. A distinção e uma mudança de acento situam-se totalmente no conteúdo mesmo. Essa indiferença funda, portanto, a autossuficiência da experiência fática da vida. Ela se expande sobre tudo, ou seja, distingue também as coisas maiores em sua autossuficiência. Portanto, se atentarmos para a indiferença própria do experimentar fático em todas as facticidades da vida, então, evidencia-se claramente um determinado sentido dominante do mundo circundante, do mundo compartilhado e do mundo próprio, a saber: tudo o que é experimentado na experiência fática da vida carrega o caráter de significância (Bedeutsamkeit) (HEIDEGGER, 2010, p. 17). Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 Por fim, de maneira alguma espera-se que tudo aquilo seja compreendido sem mediação, mas, uma vez que todas estas coisas somente se tornaram acessíveis num constante processo de filosofar, elas crescem constantemente de modo novo. Trata-se aqui apenas de conseguir alcançar o princípio para a compreensão da própria filosofia. Prosseguindo nossa reflexão acerca do conceito “experiência fática da vida”, no quarto parágrafo, Heidegger apresenta uma nota muito importante sobre a influência da experiência fática da vida no pensamento filosófico contemporâneo. Ele faz o seguinte questionamento: “Como se poderia motivar outra modalidade de conceber como a tomada de conhecimento”? Ele responde dizendo: “A experiência fática da vida sempre de novo encobre, por fim, uma tendência filosófica que está quase sempre por aparecer através de sua indiferença e autossuficiência. Nesse cuidado autossuficiente faz constantemente falta a experiência fática da vida em sua significância. Esta aspira constantemente à articulação da ciência e, por fim, aspira a uma ‘cultura científica’. Ao lado disso, porém, na experiência fática da vida, encontram-se motivações de uma conduta puramente filosófica que, somente através de uma transformação própria do comportamento filosófico, podem ser evidenciadas e trazidas para fora. Não é apenas em termos de objeto e método que há uma diferença entre filosofia e ciência, mas é por princípio de natureza ainda mais radical. Uma autocompreensão da filosofia também é exigida quando não se assume referência derivativa alguma da ciência a partir da filosofia. Até aqui os filósofos estavam ocupados em liquidar a experiência fática da vida como uma realidade paralela pressuposta. Embora seja justamente a partir dela que surge o filosofar e, numa virada – contudo totalmente essencial –, salta-se novamente para ela” (HEIDEGGER, 2010, p. 19). O filósofo continua: “A experiência fática vida é a ‘preocupação atitudinal, decadente, referencialmente indiferente e autossuficiente pela significância’. Prestemos atenção primeiramente ao sentido referencial. Ali se mostra que o transcurso desse experienciar possui um caráter totalmente indiferente e que as diferenças daquilo que eu experiencio se dão no conteúdo. A multiplicidade de experiências só me torna consciente pelo conteúdo experienciado. O modo de estar junto e do eu participar do mundo é, portanto, indiferente; tão indiferente que ele contesta tudo, ou seja, soluciona todas as tarefas sem inibição. Esse modo de conceber as coisas tende, porém, à queda na significância” HEIDEGGER, 2010, p. 20). Um pouco mais adiante, no quinto parágrafo, que já faz parte do capítulo intitulado “Tendências da filosofia da religião na atualidade”, Heidegger apresenta a filosofia da religião de Troeltsch, mas o foco deste ponto observado é que, quando numa das definições de Troeltsch sobre religião relacionada à teoria do conhecimento, Heidegger dirá que “a experiência fática da vida não possui [...] a função de um setor ou esfera em que os objetos aparecem. Não tem nada a ver com o monismo da experiência nem com a teoria monista; aqui nada se ‘explica’. Ao recolher e aclarar os complexos significativos dados, a fenomenologia atual não pergunta com suficiente rigor pela validez do estar dado faticamente. Porém, a experiência fática da vida é o previamente dado a partir do qual nada deve ser certamente ‘esclarecido’. A fenomenologia mesma não é uma ciência prévia da filosofia, mas a filosofia mesma” (HEIDEGGER, 2010, p. 25). É interessante notar ainda que, quando Heidegger analisa a vida fática, acaba passando por um longo percurso no pensamento de Santo Agostinho, tomando por base principalmente os conceitos de útil e fruição, ou seja, numa visão cristã, a vida fática que o filósofo alemão observa no pensamento agostiniano é tomado como “cuidado”. O fenômeno da vida fática, discutida por Santo Agostinho, é organizado por Heidegger em um esquema de termos básicos latinos. Heidegger salienta que o “cuidado” está direcionado para a uti na procura da vita beata. Portanto, a direção da vida, vinda do cuidado, é o deleite da vita beata. O problema reside no simples deleite que tem a possibilidade de ser desviado também tanto para a dispersão quanto para o pertencimento, de muitos ou de Deus. O núcleo da questão esboçado no diagrama de Heidegger é o Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 24 e 25 de setembro de 2013 infinitivo curare, o indício formal central que enfatiza o sentido relacional, em que a forma infinitiva funciona da mesma maneira com um impessoal: “preocupação”, “interesse”, “cuidado” (mea res agitur). O movimento contra do defluxus e da continentia torna-se central para Heidegger abordar o ser-aí (Dasein), suspenso entre os polos da decadência e da ascensão, na realização concreta da existência. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Enfim, o conceito fenomenológico “experiência fática da vida” tratado por Heidegger é amplo e complexo, mas ao longo de toda a pesquisa podese perceber que o jovem filósofo alemão, de maneira peculiar, desenvolve sistematicamente este conceito. Portanto, podemos concluir que “experiência fática da vida” é algo provado no dia a dia, e que está dentro do experienciar do ser, ou seja, é algo próprio do ser humano, é o confrontar-se com o que está dado no mundo em que vivemos, e também pode ser considerado como princípio da fenomenologia como filosofia na perspectiva heideggeriana. Sobre a formação de conceitos filosóficos, podemos destacar que é algo livre e sem sistemas, diferente dos conceitos científicos, que são essencialmente fundamentados neles, e também que eles costumam ser demonstrados na mudança dos pontos de vista filosóficos. Podemos dizer, finalmente, que a pesquisa alcançou seus objetivos e foi realizada da melhor maneira possível. Sobre o filósofo abordado podemos dizer que, em sua primeira investigação fenomenológica, o jovem Heidegger buscou criar uma autonomia em seu livre pensar, pois é sempre importante destacar que ele, principalmente durante sua formação, foi influenciado pela doutrina religiosa na qual foi instruído. Com isso o filósofo alemão, em suas primeiras investigações, consegue alçarse ao âmbito da filosofia, construindo uma filosofia própria, particularmente durante os anos como professor na Universidade de Friburgo. 5. AGRADECIMENTOS Inicialmente, agradeço a “Deus” por ter-me concedido o dom da vida e ao Prof. Dr. Renato Kirchner, que com grande disponibilidade, paciência, solicitude e generosidade orientou-me na realização deste trabalho acadêmico e deu uma grande oportunidade para meu crescimento intelectual. Também agradeço aos meus colegas de pesquisa Claudiléia e Emílio, por sempre se demonstrarem solícitos comigo. Agradeço ainda a todos meus irmãos seminaristas que sempre me apoiaram e incentivaram durante a pesquisa e estiveram presentes em eventos nos quais os resultados parciais foram apresentados. 6. REFERÊNCIAS HEIDEGGER, Martin. Fenomenologia da vida religiosa. Tradução Enio Paulo Giachini, Jairo Ferrandin e Renato Kirchner. Bragança Paulista: Edusf; Petrópolis: Vozes, 2010. ______. Ontologia (hermenêutica da faticidade). Tradução Renato Kirchner. Petrópolis: Vozes, 2012. HUSSERL, Edmund. A filosofia como ciência de rigor. Coimbra: Atlântida, 1965. MAC DOWELL, J. A. A gênese da ontologia fundamental de M. Heidegger: ensaio de caracterização do modo de pensar de ‘Sein und Zeit’. São Paulo: Loyola, 1993. PÖGGELER, Otto. A via do pensamento de Martin Heidegger. Tradução Jorge Telles de Menezes. Lisboa: Instituto Piaget, 2001. SAFRANSKI, Rüdiger. Heidegger: um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Tradução Lya Lett Luft. São Paulo: Geração Editorial, 2000.