Fenomenologia e
Heidegger
Faculdade de Artes do Paraná
Grupo: Angela, Carla e Lílian
1º Ano de Musicoterapia
Disciplina: Filosofia
Professora: Stela Maris
Fenomenologia
Etimologia: composto do grego
phainomenon – fenômeno
 Logos – estudo, ciência
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Fenômeno
Etimologia: grego phainomenon, part.
pass. de phainestai, ser visível, brilhar.
 Sentido Geral: o que se manifesta ou
aparece aos sentidos ou à consciência.
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Fenomenologia
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KIERKGAARD levantou as questões do homem
concreto enquanto indivíduo existente.
Chamou a atenção para a angústia imanente do
próprio existir humano.
Existir angustiado porque engloba as
possibilidades de escolha da própria
existência, ressaltando a grande questão
humana – a liberdade.
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Influenciou o teólogo KARL BARTH e os
filósofos MARTIN HEIDEGGER e KARL
JASPERS.
Husserl deu enfoque original à questão do
conhecimento entre sujeito e objeto,
idealismo e empirismo.
A consciência era tratada como a priori.
Enfatizou a relação homem-mundo. Heidegger
sintetizou na expressão “consciência e mundo
dão-se num só e mesmo ato”.
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Husserl, partindo do conceito de consciência
intencional que é “consciência de”, queria
analisar a multiplicidade dos fenômenos que o
constituíam.
A fenomenologia estende-se à
totalidade dos fenômenos e tudo que
entrar em relação com a consciência
pode ser seu objeto de análise,
ampliando o campo das ciências humanas.
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O método fenomenológico compreende
então, a descrição do fenômeno vivido
buscando seus eidos, isto é, seu
invariante através de vários passos
denominados reduções. As reduções são
suspensões estratégicas que visam o
conhecimento do fenômeno tal qual se
apresenta à consciência.
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Só pode haver conhecimento do fenômeno por
que "a coisa em si", objeto da metafísica
clássica, que independe da relação com a
consciência, jamais poderá ser conhecida por
ela - não há nada atrás do objeto, só pode
haver conhecimento daquilo que, se
apresentando à consciência a constitui.
O fenômeno, em primeiro momento, chega a
uma consciência individual, psicológica que
ainda não o percebe em seu invariante por que
nele projeta suas próprias características.
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0 existencialismo é uma filosofia densa que
pretende analisar as dificuldades da relação
do homem-mundo usando o método
fenomenológico que almeja tornar a filosofia
uma ciência de rigor.
Em um segundo momento essa reflexão de
difícil acesso até mesmo aos iniciados se
popularizou e influenciou através da
literatura, o teatro, o cinema e a música.
Martin Heidegger
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Filósofo alemão nascido em 1898. Morreu em
maio de 1976.
Abandonou a idéia de ser padre e de dedicou à
matemática, à ciência natural e à filosofia.
Foi contestado por algumas pessoas por três
motivos.
Por propor um pensamento muito exigente e
de uma abordagem muito delicada e densa, que
foi bem aceita nos Estados Unidos e Japão,
onde formou discípulos.
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Por causa de seu trabalho sobre a etimologia
dos termos gregos.
No período em que foi reitor de universidade,
durante o nazismo, por ter escrito alguns
artigos e discursos de apoio. Em varias obras
aparecem claramente expressões do espírito
nacionalista, manifestados desde 1933, época
da ascensão do nazismo ao poder. Mas, em
1937, perdeu a fé no povo alemão e se
mostrou decepcionado com Hitler.
Foi o pensador de uma única questão: a do ser.
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Escreveu ainda sobre a Metafísica;
Identidade e Diferença; Nietzsche; e outros
temas.
Sua principal obra foi Sein und Zeit (O Ser e
O Tempo).
Tem uma linguagem poética, devido à
importância que dá a linguagem.
Para ele a poesia constitui de fato “o bom
perigo” para o pensador; “qualquer pensamento
que desdobra o sentido é poesia, mas qualquer
poesia é pensamento”.
Sua Idéias Principais
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“Para Heidegger o homem não esta no mundo
como água dentro de um vaso, lápis dentro de
uma gaveta, mas em uma relação ativa,
construtiva e criativa com ele”.
Distanciamento: característica o homem como
um existente, um ser aberto ao mundo que não
esta em uma situação dada, colocado a
circunstância, mas distancia-se e aproxima-se
dela segundo seus desejos e necessidades. Por
poder se distanciar é que o homem pode se
aproximar.
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Segundo Heidegger "na presença reside uma
tendência essencial de proximidade" que fica
demonstrada através do aumento compulsivo
dos meios de comunicação e pela diminuição
das distâncias, pelo aumento cada vez maior
da velocidade.
O distanciar e o aproximar-se das coisas não
garantem: o arrumar, o organizar espaços; é
necessário que o distanciamento seja
direcionado.
A Direção é a correspondência entre o corpo e
as coisas desejadas e define-se nesta
correspondência, nesta relação corpo-coisa.
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Criar e organizar espaços são características
do homem no mundo. A criação de espaços
obedece a necessidades e interesses tanto do
sujeito quanto da sociedade. Segue os padrões
e os valores vigentes em uma determinada
cultura, por que o homem se mostra e se faz
ao criar-se, criando seu referencial, isto é,
seu mundo e a si mesmo, organizando os
espaços que constituem sua morada, seu
habitar, que no mundo é ocupação.
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A evolução tecnológica que culmina em nossos
dias com a internacionalização já prevista e
descrita por Heidegger é decorrente do
esquecimento do ser e sua perda no ente. Com
a opção ocidental pela técnica segue-se a
fragmentação do homem que perde sua
vinculação com o sagrado, a totalidade
cósmica.
Percebeu que a crise da cultura ocidental era
ontológica por que o homem caiu no
esquecimento do ser.
Sentiu o enraizamento e a ligação do homem
com a natureza.
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Os vínculos com o solo falavam-lhe de raízes,
de profundidade, da terra, da finitude e do
mistério do velamento do ser.
A amplidão dos céus com seus deuses solares,
falava-lhe do dasein e na eclosão de luz na
escuridão do ser, de seu desvelamento.
Percebia o homem em sua relação com o ser
como a clareira, a réstia de luz que ilumina a
floresta. O homem, "pastor do ser", dividido
entre os vínculos com a terra e a criação do
mundo humano, é também o lugar do Nada
porque embora de o ser não é seu dono.
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A ligação com a terra, entretanto, pode ser
dionisíaca, erótica e criativa como pensou
Heidegger que viu com desconfiança o
desenraizamento provocado pela perda das
culturas locais com a evolução tecnológica.
Hoje esta condição intensificou-se com a
implantação do retrocesso neoliberal mundial
pelo qual os paises mais ricos, ignorando as
fronteiras das nações, comandam um mercado
que, pela ideologia liberal deveria ser livre.
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Percebeu que a crise na cultura ocidental era
ontológica porque o homem caiu no
esquecimento do ser.
Buscou uma recuperação ser. Tentou superar a
separação que a modernidade fez do homem
com a natureza.
Viu com desconfiança o desenraizamento
provocado pela perda das culturas locais com a
evolução tecnológica.
Não se posicionou como existencialista, a
problemática de sua filosofia é ontológica.
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Preocupou se com o esquecimento do ser e
procurou, através do seu questionamento,
remover os escombros que o relegaram a essa
condição. Percebeu que, visando o ser,
destacava o único ente que a ele tem acesso o homem, isto é, o ser-ai.
Heidegger há um processo de mútua e
constante implicação entre o ser e o ser-ai
que justifica uma analítica da presença (serai) tendo em vista uma ontologia fundamental.
Esta intenção é o fio condutor de "O Ser e O
Tempo". Obra inacabada.
O Ser e O Tempo
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A primeira parte de O Ser e O Tempo é a
análise da existência humana.
A vida cotidiana faz do homem um ser
preguiçoso e cansado de si próprio, que
acovardado diante das pressões sociais, acaba
preferindo vegetar na banalidade e no
anonimato, pensando e vivendo por meio de
idéias e sentimentos acabados e inalteráveis,
como ente exilado de si mesmo e do ser.
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A proximidade da "floresta negra" fez
Heidegger pensar o homem como clareira, que
clareira numa floresta, é uma abertura no
meio do intricado da mata que permite o
iluminar, o penetrar da luz na escuridão.
O homem é então, abertura no seio do ser
capaz de iluminá-lo e, ao mesmo tempo em que
instaura uma compreensão do ser, vai
constituindo se a si mesmo e por isso define
se com o tempo.
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O existencialismo é um humanismo para
Heidegger, mas rejeita a idéia de uma
natureza humana.
A humanidade e a dignidade do homem estão
em seu poder-ser e poder ser é esperança e
liberdade.
O ser-ativo-no-mundo consiste na criação de
espaços que implica em um arrumar e
desarrumar. O arrumar e desarrumar
dependem da cultura e dos interesses da
pessoa.
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A angústia é, entre todos os sentimentos e
modos da existência humana, aquele que pode
reconduzir o homem ao encontro de sua
totalidade como ser e juntar os pedaços a que
é; reduzido pela imersão da monotonia e na
indiferenciação da vida cotidiana. Ela faria o
homem elevar se da traição cometida contra si
mesmo, quando se deixa dominar pelas
mesquinharias do dia a dia, ate o alto
conhecimento em sua dimensão mais profunda.
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A partir desse estado de angústia, abre se
para o homem, segundo Heidegger, uma
alternativa: fugir de novo para o esquecimento
de sua dimensão mais profunda, isto é, o ser, e
retomar ao cotidiano; ou superar a própria
angústia, manifestando seu poder de
transcendência sobre o mundo e sobre si
mesmo.
Tratou ainda de questões como a morte e a
vida, do humano e do sagrado, e ainda sobre a
cura.
Heidegger e a Musicoterapia
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Para Heidegger “mundo e ser” formam uma
unidade a priori que não se separa, e isto
implica, para ele, em se “penetrar no ser a
partir do seu mundo”. Esta é então a principal
via de acesso à intimidade do “ser-em-si”.
A identidade sonora de Benenzon corresponde
ao que Heidegger disse.
“Penetrar no ser a partir do seu mundo
sonoro”.
Para Heidegger a
humanidade e a dignidade
do homem estão em poderser e poder-ser é
esperança e liberdade.
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