Consultoria & Educação Corporativa Pra que serve o Capital de Giro e quanto minha empresa deve ter? O Capital de Giro, também conhecido como Ativo Recorrente, é aquela reserva financeira especialmente guardada para suprir as necessidades da empresa nos momentos apertados de saldo financeiro. Praticamente toda empresa tem sua sazonalidade. Seja ela em decorrência de datas comemorativas (picos e vales de vendas), seja por causa do clima (produtos que vendem mais em dias quentes ou frios) ou devido a qualquer outro motivo. O fato é que as empresas têm faturamentos bem diferentes a cada mês do ano. E esta variação irá gerar recebimentos, de acordo com os prazos que a empresa negocia suas vendas, maiores ou menores em determinados períodos. Com base nisso o gestor financeiro da empresa precisará reservar capital para os momentos de baixa de caixa, de forma a não se utilizar de capital de giro de terceiros (bancos, por exemplo) e ter que pagar juros por isso. Para determinar o valor de Capital de Giro necessário e o momento em que este será utilizado, há alguns caminhos a seguir: - Criar uma planilha de fluxo de caixa, no qual os recebimentos previstos sejam lançados. Se uma venda de R$ 1.000 é feita hoje, com previsões de pagamentos em quatro parcelas, lançar na planilha o primeiro recebimento de R$ 250 para daqui um mês, outro para sessenta dias, e assim por diante. Assim, com todos estes recebimentos lançados, teremos uma visão melhor de quanto dinheiro a empresa terá em datas futuras; - Para as semanas seguintes, prever faturamentos. Desta forma a planilha terá seus recebimentos preenchidos por um bom período à frente. - Lançar nesta planilha de fluxo de caixa os pagamentos (contas a pagar) futuros que a empresa terá. Para contas fixas como aluguel, salários de funcionários, entre outras, basta lançar os valores com base nos números atuais. Para gastos variáveis – impostos, compras de mercadorias, embalagens, comissões, entre outros - lançar os valores com base nas vendas previstas. Exemplo: Se historicamente sua empresa paga 10% de impostos sobre as vendas, podemos prever que nos meses seguintes este percentual permanecerá próximo disso. Assim, estimamos o valor dos impostos pagos no futuro baseando-se nas vendas previstas. Criada essa planilha de fluxos de caixa e lançando os valores, teremos como resultado (diferença entre os recebimentos e os pagamentos) o saldo previsto da empresa no futuro. Assim, com esta previsão, o gestor 11 2361 1326 www.praxisbusiness.com.br Consultoria & Educação Corporativa saberá quando terá saldos positivos e negativos e qual o valor destes saldos. Com essa dinâmica estabelecida você poderá tomar decisões hoje para evitar entrar no vermelho no futuro. Vale frisar que uma empresa que apresente saldo negativo em alguns meses do ano pode si, ser uma empresa sadia e lucrativa. Daí a importância do gestor se preparar para os momentos difíceis de caixa, reservando parte dos resultados positivos nos meses de bons saldos. Outra estratégia interessante para diminuir a necessidade de Capital de Giro é fazer Provisões de Caixa para determinadas contas específicas, tais como Férias, 13º salário, IPVA de veículos, seguros, etc. Desta forma, quando a conta chegar, haverá dinheiro já reservado para seu pagamento, sem causar susto e necessidade de buscar dinheiro fora da empresa. Para aqueles que são novos em seus negócios e ainda não possuem histórico para fazer uma boa previsão de vendas e de pagamentos, talvez uma boa forma de determinar o capital de giro de sua empresa seja estimar aproximadamente três (03) vezes a somatória dos gastos fixos como reserva. Ou seja, se tudo correr muito mal, haverá saldo para a empresa se sustentar por aproximadamente três meses (desde que os prazos negociados para recebimentos com os clientes não sejam tão longos). Maurício Galhardo – Sócio Diretor Administrativo Financeiro da Praxis Business 11 2361 1326 www.praxisbusiness.com.br