Câmara dos Deputados Audiência Pública Prestação de Contas ANEEL 1997 – 2004 11 de novembro de 2004 Brasília – DF José Mário Miranda Abdo Diretor-Geral O Congresso Nacional é o espaço democrático para que a sociedade exerça o controle sobre as Agências Reguladoras. Sumário Prestação de Contas – ANEEL (1997–2004) I. Papéis institucionais e caracterização do SEB II. Competências, caracterização e atuação da ANEEL III. Ações e resultados IV. Benefícios da regulação V. Consolidação da Gestão (1997/2004) e Transição da Gestão (2004/2005) VI. Dificuldades e desafios Papéis Institucionais no Setor Elétrico Políticas e diretrizes: • Congresso Nacional • Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) – assessoramento para aprovação pelo Presidente da República • Comitê de Políticas de Infra-Estrutura do Conselho de Governo Planejamento e garantia do equilíbrio entre oferta e demanda: • Ministério de Minas e Energia – MME Realização da estudos e pesquisas setoriais: • Empresa de Pesquisa Energética – EPE Órgão Regulador e Delegado do Poder Concedente: • Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL Papéis Institucionais no Setor Elétrico Supervisão, controle e operação dos sistemas: • Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS Acompanhamento e avaliação da continuidade e segurança do suprimento: • Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE Contabilização e liquidação: • Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE Execução e prestação dos serviços e usuários: • Agentes G, T, D e C Foco: Consumidor e Sociedade em geral Oferta de Capacidade – 2004 Importada 9% Emergencial UTN 2% 2% UTE 15% Eólica 0% Dados Consolidados UHE 72% Usina Hidrelétrica PCH (< 30 MW) Usina Termelétrica Usina Nuclear Eólica SUBTOTAL Importações (com Itaipu) Usinas Emergenciais TOTAL Consumo Consumidores de energia Taxa crescimento Consumo per capita Tarifa média (maio/2004) Receita anual Linhas de Transmissão ( ≥69 kV) Rede Básica (≥ 230 kV) 66.940 MW 1.210 MW 15.871 MW 2.007 MW 22 MW 86.050 MW 8.170 MW 2.050 MW 96.270 MW 290.000 GWh 53 milhões ~ 4,5%/ano ~170 kWh/mês R$ 0,18601/kWh ~ R$ 60 bilhões ~ 200.000 km ~ 90.000 km Competências Regular o funcionamento do setor elétrico REGULAMENTAÇÃO Onde for necessária – sob previsão legal FISCALIZAÇÃO Orientar e prevenir – aplicar penalidades quando for indispensável MEDIAÇÃO Solução de conflitos Leilões de energia Leilões para novos empreendimentos (G e T) (*) Delegação do Poder Concedente (*) Autorizações(*) (*) Poder Concedente exercido pelo Governo Federal por meio do MME, responsável por assegurar o abastecimento de energia elétrica Missão: Proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade Governo e Congresso Implementar Políticas Agentes Regulados Consumidores Garantia dos Direitos dos Consumidores e da Melhoria da Qualidade do Serviço Equilíbrio Interesse Público Estabilidade de Regras, Obediência aos Contratos e Remuneração Adequada dos Investimentos Caracterização da ANEEL • Criada pela Lei nº 9.427, de 1996 • Autonomia administrativa, financeira e patrimonial • Mandato fixo dos diretores – indicação e nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal • Quarentena • Diretoria em regime de colegiado • Ausência de subordinação hierárquica • Instância administrativa final • Discricionariedade técnica Controles sobre a ANEEL Subcomissão da CFC do Senado • Congresso Nacional Audiências Públicas (~70) Requerimentos de Informações Tribunal de Contas da União • Poder Judiciário (revisão dos atos) • Ministério Público Secretaria Federal de Controle Interno • Poder Executivo Contrato de Gestão (sem eficácia) Cumprimento de metas do PPA • Controle Social (sociedade civil organizada) Controle Social Avaliação das Agências Reguladoras e Inst. Públicas Itens analisados pelo IDEC: a) canais para a participação dos consumidores b) transparência de atos, procedimentos e processos decisórios c) acesso à informação, legislação e dados do setor regulado d) publicidade e mecanismos de resolução de problemas dos consumidores • 2003 – 1ª colocada – ANEEL • 2004 – Melhor avaliada entre as agências reguladoras – ANEEL • A ANEEL obteve nota 8,8 no quesito “transparência” Transparência e Participação da Sociedade Transparência leva ao aumento da eficiência, do controle social e à melhor regulação em benefício da sociedade. Transparência e Participação da Sociedade • Interação com o Congresso Nacional – mais de 70 audiências públicas e reuniões temáticas • Redução da assimetria de informações: mais de 150 consultas e audiências públicas de regulação e fiscalização realizadas pelo País • Reuniões públicas de deliberação da Diretoria: iniciadas em outubro de 2004 • Código de Ética – consolidação, aprovação e implantação • Sítio da ANEEL na Internet: fácil acesso aos processos de interesse dos consumidores e dos agentes regulados (Ex.: contratos de concessão e relatórios de fiscalização) Transparência e Participação da Sociedade • Descentralização – 13 agências reguladoras estaduais conveniadas: maior proximidade da sociedade • 64 Conselhos de Consumidores em cada uma das 64 distribuidoras de energia • Apoio técnico aos Conselhos de Consumidores, às organizações de defesa do consumidor e às entidades representativas dos empregados das concessionárias • Divulgação de resultados das APs – cabem aperfeiçoamentos ARSEP (MA) Descentralização Agência Reguladora de Serviços Públicos Maranhão ARCON (PA) ARCE (CE) Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte ARSEP (RN) ARSAM (AM) Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas AGEEL (PB) ASTINS (TO) Agência Estadual de Energia da Paraíba Agência de Serviços Públicos Delegados do Tocantins ARPE (PE) Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Pernambuco AGEAC (AC) Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre ARSAL (AL) Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas AGER (MT) Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Mato Grosso AGERBA (BA) Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia AGEPAN (MS) Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul AGESP (ES) AGR (GO) Agência Estadual de Serviços Públicos Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos ASEP (RJ) Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos AGERGS (RS) Convênios celebrados (13) Agências criadas sem delegação (06) Em entendimentos com a ANEEL (08) Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul ARCO (SC) CSPE (SP) Comissão de Serviços Públicos de Energia Agência Catarinense de Regulação e Controle Atualização: novembro/2004 Procedimentos Administrativos e Decisórios • Regulamento próprio com base na Lei nº 9.784/99 • Clareza, Transparência e Publicidade dos Atos • Direitos e Deveres dos interessados • Processo Decisório • Decisão – Diretoria em regime de Colegiado • Reunião pública da Diretoria • Diretor Relator (sorteio) - Embasamento Técnico e Jurídico ( Fatos e Direito) • Ampla Defesa – recurso com ou sem efeito suspensivo Ações e Resultados Regulamentação • Direitos e Deveres dos consumidores – Resolução ANEEL nº 456/2000 • Contrato de Adesão – entregue a 46 milhões de domicílios • Exigência de teleatendimento gratuito (0800) pelas concessionárias e definição de padrões técnicos • Exigência da reabertura de postos de atendimento (Ex.: CEMIG – 99 para 150 postos) • Avaliação pelo consumidor influenciando no reajuste das tarifas (IASC) IASC Avaliação pelo Consumidor Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor 60 50 30 20 73,00 64,51 63,63 63,22 62,81 70 Referência Mundial 40 80 Melhor empresa - Brasil 74,37 Regular BomÓtimo 90 Péssimo Ruim 100 2000 2001 2002 2003 10 0 Brasil Referência IASC – considerado no redutor do IGP-M na Revisão Tarifária Ações e Resultados Regulamentação - Universalização • Definição das metas por município • Até dezembro de 2004: 2.077 municípios atingem 100% de unidades consumidoras atendidas • Até 2008 – Programa “Luz para Todos” (MME) – 100% da área rural (2,4 milhões de domicílios) • Os prazos de cada distribuidora foram definidos de acordo com o Índice de Atendimento (IA) • Índice estimado com dados do IBGE (2000) Ações e Resultados Regulamentação • Consumidor livre – energia comprada de quem oferecer as melhores condições • Livre acessos às redes elétricas – valor da tarifa de uso definida pela ANEEL • Benefícios às fontes renováveis complementares de energia (Eólica, PCHs, biomassa, etc) – acesso aos recursos da CCC • Balanço social das distribuidoras • Compartilhamento da infra-estrutura (Aneel/ANP/Anatel) • Definição de metas de qualidade do serviço – conjunto e individuais Ações e Resultados Qualidade do Serviço 1996-2003 Melhoria DEC (1996/2003): 37% Melhoria FEC (1996/2003): 41% Nº de Interrupções Nº de Horas 25 30 21,91 21,68 26,09 19,88 20 15 25 17,59 15,29 14,56 14,84 27,19 24,05 19,85 20 12,96 17,44 16,57 18,07 16,44 15 10 10 5 5 0 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 FEC – Freqüência Equivalente de Interrupções de Energia (número de desligamentos) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 DEC – Duração Equivalente de Interrupções de Energia (número de horas de desligamento anuais) Ações e Resultados Compensação Financeira e Royalties – uso dos recursos hídricos • 593 Municípios, 21 Estados e o Distrito Federal • Recebem anualmente mais de R$ 1 bilhão em compensação financeira das usinas hidrelétricas e royalties da UHE de Itaipu pelo uso de recursos hídricos na geração de energia elétrica • Atualização anual do valor da compensação e correções de áreas alagadas via satélite (regulamentos da ANEEL) • Dispensa intermediários: prefeituras e Estados recebem mensalmente seus benefícios em contas próprias • Transparência e controle das informações Ações e Resultados Compensação Financeira e Royalties – usos dos recursos hídricos Ano Valor* Municípios Beneficiados** 1997 410.068.545,30 502 1998 452.469.887,14 510 1999 564.859.949,64 535 2000 593.090.484,34 550 2001 751.487.968,18 571 2002 908.577.491,48 560 2003 1.040.627.845,82 575 2004* 819.859.673,64 593 * até setembro/2004 ** 10,6% dos municípios do Brasil Ações e Resultados Regulamentação – Meio Rural • Mais 120 mil consumidores rurais beneficiados com até 40% de descontos • Regulamentação das cooperativas de eletrificação rural – fim de conflito de 50 anos • Desconto especial beneficia a irrigação: tarifa da “madrugada” • Resfriamento de leite comunitário incluído na classe rural: tarifa com desconto • Transformação das cooperativas de eletrificação rural em permissionárias de serviços públicos ou autorizadas – resolução em Audiência Pública Ações Resultados Tarifas • Reajuste anual • Revisão Tarifária periódica e extraordinária • Qualquer subsídio tarifário fica condicionado à previsão, em lei, da origem dos recursos ou da simultânea revisão tarifária • Criação, alteração ou extinção de tributos e encargos legais, salvo o IR, implicará na revisão da tarifa • Ações de monitoramento e fiscalização Revisão Tarifária Periódica • Tarifa justa - evitar que os consumidores paguem encargos indevidos e paguem valores insuficientes que conduzam a deterioração na qualidade do serviço e o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão (equilíbrio) • Base de remuneração – ativos a custo de reposição • Empresa de referência • Investimentos prudentes • Custos operacionais eficientes • Estrutura ótima de capital • Compartilhamento com os consumidores dos ganhos de produtividade decorrentes do crescimento do mercado • Incorpora a avaliação do usuário (IASC) Revisão Tarifária Periódica • Cumprimento do contrato de concessão Ano Nº de Empresas 1998 01 2001 01 2003 17 2004 27 2005 16 Reposicionamento Tarifário: - 4,10% a 43,6% Ações Resultados Tarifa Social Baixa Renda • Base legal – Lei nº 10.438/2002, Lei nº 10.762/2003, Lei nº 10.604/2002 e decretos • Estabelecida nos contratos de concessão • 17 milhões de lares em todo o Brasil • Tarifas até 65% mais baratas • Subsídio cruzado, ou seja, as demais classes subvencionam os descontos • Regras distintas para consumo até 80 kWh/mês e entre 80 e 220 kWh/mês Carga Tributária Percentual dos impostos nas tarifas e preços públicos Gás de Cozinha (fixo e celular) Inglaterra 18% 17,5% 5% EUA 15% 4% 7% Brasil 22% até 32% até 31% País Fonte: Anatel, ABRADEE e CBIE Telefonia Energia Elétrica Evolução dos Preços Públicos Dados do Relatório do TCU* 606% 462,5% 306,5% 255% 251,6% * Referentes ao período julho-1994 a dezembro-2003 (Média Brasil) Telefone fixo Gás de botijão Ônibus Metrô Correios 238,6% Cartão telefônico Cartórios Água/Esgoto 221% Energia Elétrica Gás canalizado Inflação 138,4% 214% 223% 230,3% Ações e Resultados P&D e Eficiência Energética • Obrigatoriedade dos concessionários dos serviços de geração, transmissão e distribuição investirem 1% de suas receitas operacionais líquidas (contrato de concessão) • Contribuição para a modicidade tarifária • Melhoria de competitividade dos setores produtivos nacionais • Interação Universidade-IndústriaConcessionárias • Investimentos anuais de R$ 150 milhões (excluindo os R$ 150 milhões do FNDCT/MCT) Ações e Resultados P&D e Eficiência Energética Ciclos Empresas Recursos 1998/1999 13 12,9 1999/2000 43 29,7 2000/2001 67 113,3 2001/2002 72 156,2 2002/2003 101 198,8 2003/2004 55 84,3 TOTAL (R$ milhões) 595,2 Lei nº 10.848/2004 destina 40% dos recursos para o FNDCT/MCT Ações e Resultados Fiscalização Orientativa Preventiva Garantia da qualidade do serviço e do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão Confiabilidade Cumprimento de normas e contratos Subsídio à regulação Ações e Resultados Fiscalização* Fiscalização de 100% das distribuidoras (64) Serviços de técnicos e econômico-financeiro (GTDC) Recomendações e Determinações 18.000 23 Advertências Multas aplicadas Valores recolhidos 323 R$ 32,4 milhões** (*) 1998 a outubro de 2004 (**) incluídas as multas pagas em esfera judicial. Ações e Resultados Ouvidoria da ANEEL (2000-2004) Atendimentos na Central Telefônica - 5,830 milhões* Ano Informações (%) Reclamações (%) Outros (%) 2000 38,9 58,2 2,9 2001 87,5 12,1 0,4 2002 94,2 5,2 0,6 2003 95,8 3,6 0,6 2004** 96,4 2,9 0,7 * 2000 = 168 mil; 2001 = 2,65 milhões; 2002 = 1,58 milhão; 2003 = 982 mil; até 10/2004 = 444 mil / ** Dados até setembro/2004 Central de Teleatendimento 0800-727-2010 • Clareza nas informações • Tempo reduzido de atendimento • 96% das ligações são atendidas em até 10 segundos • 98% são resolvidas pelo teleatendimento • Agilidade, eficiência e cordialidade Ações e Resultados Mediação 2001-2004 Ano TOTAL Casos de casos encerrados Casos em análise 2001 2.633 1.984 649 2002 2.354 1.899 455 2003 1.681 1.558 123 2004* 1.078 1.003 75 *Até setembro/2004 Grau de eficiência – 92,7% Ações e Resultados Reconhecimento da Sociedade 16 prêmios em 7 anos Prêmio Consumidor Moderno de Excelência Categoria Serviços Públicos do País 2002 e 2003 Prêmio Destaque Nacional na Área Ambiental do instituto Ambiental Biosfera 2002 Prêmio ABERJE 2003 Centro-Oeste/Leste Contrato de Adesão e Atlas do Setor Elétrico Prêmio IBEST * - Sítios na Internet Top 3 e Top 10 – Categoria Minas e Energia e órgão público em 2003 e 2004 Prêmio Destaque Nacional da Área Ambiental 2002 Instituto BIosfera Prêmio Opinião Pública 2002 CONRERP Atlas de Energia Correio Braziliense 2003 1º lugar – enquete sobre sítio do serviço público na internet IDEC – Avaliação das Agências 2003 – 1º lugar geral 2004 – 1º lugar entre as agências Lições da Crise de Abastecimento (jun/2001-fev/2002) • A ANEEL foi responsável pelo racionamento em 2001? • Não! Em 2001, a ANEEL contava com pouco mais de três anos; o prazo para construção de usinas varia de três a cinco anos • O racionamento ocorreu por falta de investimento (anterior à ANEEL) e baixo regime hidrológico • Nenhuma nova concessão para geração de energia elétrica foi outorgada entre 1988 (CF - Art. 176) e 1995 (Lei nº 9.074) • A recuperação dos investimentos foi acelerada a partir de 1998, com os leilões de concessão promovidos pela ANEEL Média no Período Acréscimo Oferta de Energia (MW) 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 ANEEL (dez/1997) 17.126 ** 14.501 12.141 Média 3.425 MW 13.143 14.237* 5.597 Média 2.428 MW Média 2.628 MW Média 1.159 MW Média 2.900 MW 2001 = 2.506 MW 2002 = 4.638 MW 2003 = 3.993 MW 2004 = 3.100 MW 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005 Qüinqüênios Pós-ANEEL: entrada em operação de 26.185 MW ou 3.740 MW/ano, quando o País precisa de 3.000 a 3.500 MW novos por ano * Potência que entrou em operação entre 2001 e 2004 ** Excluindo-se os 2.005 MW das térmicas emergenciais Nov/2004 Lições da Crise de Abastecimento (jun/2001-fev/2002) • Engajamento da sociedade na redução do consumo (conscientização) • Incorporação da “Cultura do não Desperdício” - uso eficiente da energia • Uso racional dos recursos naturais • Maior competitividade da Indústria Brasileira • Novos requisitos para satisfação do consumidor (consumidor mais exigente) Lições da Crise de Abastecimento (jun/2001-fev/2002) • Intensificação do diálogo – Governo/ANEEL/Investidores/Sociedade • Revitalização do modelo do setor elétrico • Diversificação da matriz energética nacional • Retomada e aceleração para aprovação dos marcos legais • Definição mais clara dos papéis institucionais – Governo/ANEEL Expansão da oferta Atração de Investimentos • Regras claras • Obediência aos contratos • Sistematização dos leilões e o aperfeiçoamento dos processos de licitação ampliam a confiança dos investidores • Democratização da oportunidade de investimentos: 1.021 agentes geradores, 64 distribuidores, 36 transmissores, 45 comercializadores, 53 milhões de unidades consumidoras e 408 consumidores livres Expansão da oferta Atração de Investimentos • Estímulo à competição: mais de 400 “consumidores livres” já escolheram seus fornecedores de energia, somando 7.415 MW médios, o que equivale a 80% do consumo da região Nordeste • Funcionamento do Mercado Atacadista de Energia (MAE) • ANEEL passa a regular o MAE (Lei nº 10.433/2002) que efetiva seu funcionamento com a contabilização (2002) e liquidação das operações (2003) UHEs (59) LTs * (46) Benefícios Em Operação**** Sucessos Leilões Expansão da Oferta Leilões Realizados (1998/2004) Investimentos Totais 54 R$ 18 bilhões 12.159 MW 2.150 UBP/anual MW ~R$ 292 Mi R$ 7 bilhões 12.440 Km 6.712 Deságio ** Km ~3.200 Km 5 45 1*** * Além de 89 linhas autorizadas – 10.776 km (sendo 9.869 km já em operação) ** Para linhas em 230 kV (ou 695 km para linhas em 500 kV) *** LT Ouro Preto-Vitória (autorizada à FURNAS) **** Dificuldades de implantação: licenças ambientais, ações judiciais, etc. Expansão da oferta Geração • 26.185MW em operação a partir da criação da ANEEL – média anual de 3.740 MW (no mesmo período, o Brasil requereu 3.000 a 3.500 MW novos/ano) • Ampliação das fontes de energia locais • Contribuição ao meio ambiente: incentivo às fontes renováveis complementares de energia – 12.800 MW até 2008 • Simplificação dos processos de outorgas • Melhor atendimento aos sistemas isolados da Amazônia Legal • Estímulo aos projetos que reduzem a CCC (consumo de combustível fóssil) Acréscimo Anual da Geração (1990 – 2003) 5.000 4.618 Potência (MW) 4.500 4.000 ANEEL 3.500 (dez/1997) 3.000 4.262 2.929 2.828 2.500 2.506 2.327 2.000 1.500 925 1.000 1.091 908 1.218 1.173 3.993 1.407 1.106 500 0 1990 1991 1992 1993 1994 Média 90/94: 1.063 MW 1995 1996 1997 1998 1999 Média 95/99: 2.119 MW 2000 2001 2002 Média 00/03: 3.850 MW Previsão para entrada em operação em 2004 3.100 MW Entrou em operação 1.242 MW Sem Restrições 3.548 MW Com Restrições 2003 6.357 MW Graves Restrições Situação dos Empreendimentos de Geração (outubro/2004) Graves Restrições Com Restrições Sem Restrições Entrou em operação em 2004 18.000 14.724 Capacidade (MW) 14.000 12.000 12.310 6.357 43% 1.266 Dados atualizados em 15/10/2004 (excluindo-se os 2.005 MW das térmicas emergenciais) 10.000 8.021 8.000 3.548 24% 3.457 6.000 4.000 2.345 16% 7.583 4.099 1.676 1.725 2.060 2.000 2.474 17% 2.889 3.460 2.089 285 909 1.152 0 2004 2005 2006 2007 2008 Fiscalização da ANEEL: disponível no sítio da internet e atualizado todo dia 15 Rede Básica de Transmissão (Acréscimo Anual em km) Acréscimo de LTs (km) 5.000 4.980 ANEEL 4.500 4.000 3.500 3.077 3.000 2.500 2.437 2.047 2.000 2.080 1.500 1.150 1.000 916 707 500 0 648 623 20 861 623 109 1990 1991 1992 1993 1994 Média 90/94: 686 km 1995 1996 1997 1998 1999 Média 95/99: 1.505 km 2000 2001 Sem Restrições 3.134 km 2005 Sem Restrições 2003 Média 00/03: 2.662 km Previsão para entrada em operação 2004 2002 738 km Benefício da Regulação Investidores • • • • • • • • Regras claras e estáveis Remuneração adequada Competição Confiança Tratamento Isonômico Garantia do livre acesso T e D Oportunidade de novos negócios Participação na gestão técnica (ONS) e financeira (CCEE) • Importação de energia Benefício da Regulação Consumidores e Sociedade • • • • • • • Aumento dos investimentos Universalização Melhoria da Qualidade Conservação de Energia/Ganhos de eficiência Desenvolvimento Tecnológico Garantia dos direitos Benefícios sociais – eletrificação rural, baixa renda, etc • Tarifas justas • Opção de escolha de fornecedores • Participação no processo regulatório Plano de Consolidação da Gestão (1997/2004) e Plano de Transição de Gestão (2004/2005 ) • Evitar descontinuidade nas atividades da ANEEL e contribuir para o aprimoramento das mesmas • Ações prioritárias 2004 – Consolidação do Código de Ética, concurso público, reuniões públicas da Diretoria, etc • Relatório ANEEL 7 anos – Principais realizações e desafios • Relatórios com as principais ações em cada Estado (26 e o DF) • Prestação de Contas – Congresso Nacional – Senado (9/11) e Câmara (11/11) • Relatórios Técnicos produzidos pelas superintendências – ações realizadas em 2004 e plano de trabalho para 2005 Dificuldades Enfrentadas Contingenciamento orçamentário e financeiro Ano % 1998 0% 1999 0% 2000 0% 2001 0,38 % 2002 24 % 2003 50,57 % 2004 56,56 % Dificuldades Enfrentadas Contingenciamento orçamentário e financeiro conseqüências 1) Redução da fiscalização Ex.: 31 distribuidoras não fiscalizadas e painel de controle econômico-financeiro 2) Redução da Ouvidoria Ex.: Celular – não atendimento / redução de postos de atendimento da CTA 3) Redução da regulamentação Ex.: Custo do déficit adiado (reduz a otimização do sistema) 4) Não ampliação da descentralização Ex.: Menos recursos para as 13 conveniadas e dificuldades na expansão (14 UFs) Dificuldades enfrentadas Marco legal segmentado 1988 1988 Constituição Federal (Artigos 175 e 176) 1993 Lei 8.631 Fixação dos níveis das tarifas de energia elétrica e extinção do Regime de remuneração Garantida 1995 Lei 8.987 Concessão de Serviços Públicos 1996 1997 Lei 9.427 Lei 9.433 Criação da ANEEL Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.074 Lei 9.478 Concessão de Serviços de Energia Elétrica CNPE e ANP Decreto 2.335 Regimento Interno da ANEEL Implantação da ANEEL 1998 1999 2002 2003 2004 Lei 9.648 Lei 9.984 Lei 10.438 Lei 10.762 Dec. 4.970 MAE e ONS ANA Expansão da oferta, RTE, baixa renda e universalização dos serviços Programa Emergencial Aproveitamento ótimo Dec. 4932 Lei 10.847 Cria a EPE Delega à ANEEL o Poder Concedente Lei 10.848 Lei 10.433 Cria o MAE Lei 10.604 Modelo Institucional Lei 10.871 RH das Agências Tarifa Baixa Renda PL nº 3.337 Gestão das agências Dec. 5.163 Comercialização e Outorga Dificuldades Enfrentadas • Quadro de pessoal temporário • Plano de carreiras inadequado – Lei nº 10.871/04 • Falta de clareza sobre papéis institucionais • Assimetria de informações • Descentralização não completada • Perda de pessoal para os regulados • Controles externos superpostos Dificuldades Enfrentadas • Implantar a desverticalização (G e T) e de D e C • Sinal locacional na Rede Básica • Expansão da geração - 2003 e 2004 - nenhuma nova licitação de concessão de UHEs - redefinição do modelo e dificuldades das licenças ambientais • Gás natural para UTEs do Nordeste Desafios do Regulador • Regulamentar o modelo de 1998 e o atual modelo institucional do setor elétrico brasileiro(2004) • Conquista da autonomia • Não-contingenciamento orçamentário e financeiro – recursos pagos pelo consumidor na tarifa • Ter quadro de pessoal próprio especializado com remuneração adequada – alteração da Lei nº 10.871/04 • Dar maior velocidade na redução a assimetria de informações Desafios do Regulador Aprimoramento do PL nº 3.337/2004 • Assegurar a autonomia das agências reguladoras • Não contingenciamento • Controle sobre as agências: Congresso Nacional • Eliminar o contrato de gestão e subordinação ao MME (apoio técnico) e aos órgãos de defesa da concorrência • Ouvidoria não descaracterizada Desafios do Regulador • Contribuir para a redução da carga tributária e dos encargos nas tarifas • Conquistar o reconhecimento como instituição de Estado que atende ao interesse público • Buscar a perenidade e o aperfeiçoamento institucional da ANEEL • Garantir os direitos dos consumidores e zelar pelo cumprimento das obrigações e os direitos dos concessionários Mensagem final Prestar contas à sociedade, mais que um dever, é uma crença da ANEEL, fundada em arraigadas convicções democráticas. Muito foi feito. Mas ainda há muito a fazer... www.aneel.gov.br 0800-727-2010 Fax: (61) 426-5705 [email protected]