Gestão de Stocks Gestão de Stocks Um inventário (stock) é uma reserva de materiais para facilitar a produção ou satisfazer a procura pelos clientes. Os stocks funcionam como almofadas entre as diversas taxas de procura e produção Os inventários incluem: - Matérias-primas e componentes - Produtos em vias de fabrico - Produtos finais taxa de produção matérias primas Produção Î assegura a suavidade e eficiência da produção Î nível elevado Marketing Î assegura o serviço ao cliente Î nível elevado taxa de procura WIP 1ºestádio WIP 2ºestádio procura matériasprimas Finanças Î fundos alocados aos inventários Î nível baixo matéria prima sem qualidade Gestão de Stocks sucata sucata Tipos de inventários (Galloway): - Protecção contra as incertezas (procura aleatória, imprevistos) - Matérias-primas ou bens de compra Stocks de segurança - Produtos acabados - Produção e encomendas de acordo com critérios económicos - Lotes de fabrico quantidade) WIP – produtos em vias de fabrico, (“work in process”) Gestão de Stocks Necessidade de existência de inventários: - produto final e lotes de encomenda (descontos de - Cobrir antecipadamente flutuações da procura ou do fornecimento (sazonais) - Produtos em vias de fabrico (WIP – work in process) - Consumíveis - Componentes de substituição - Cobrir necessidades de trânsito dos produtos - Produtos em vias de fabrico (entre postos de trabalho) Gestão de Stocks Tipos de inventários (Nigel Slack): - Stock de segurança - Inventário de ciclos Gestão de Stocks Procura perpétua Contínua num futuro indefinido Procura Sazonal Características sazonais Procura Blocos Influência da procura de um outro produto Padrões de Procura - Stock de antecipação 20 Perpétua 10 Sazonal Procura 15 Blocos 5 17 15 13 9 Tem po 11 7 5 3 0 1 - Stock de linha 1 Gestão de Stocks Gestão de Stocks Filosofias básicas associadas à gestão de inventários: Custos associados aos inventários PUSH – Alocação de capacidade (fornecimentos) com base na previsão de necessidades de cada armazém PULL – Reabastecimento de cada armazém com encomendas baseadas nas suas necessidades reais Disponibilidade de um produto – é a probabilidade deste estar disponível em stock para preencher um pedido, num determinado instante e numa determinada quantidade: B1 A1 B2 A2 Fábrica Nivel _ de _ Serviço = 1 − Procura estimada Armazém 1 A3 Armazém 2 Procura estimada Pr ocura _ anual _ não _ satisfeita Pr ocura _ anual Quando o cliente solicita mais de um item em simultâneo, o nível de serviço depende da probabilidade de preencher os requisitos totais da encomenda: B3 Nivel _ de _ Serviço = A – Alocação de capacidade para satisfazer o armazém de distribuição B - Pedidos de reabastecimento de cada armazém Procura estimada ∏ Nivel _ de _ Serviçoi i Armazém 3 Gestão de Stocks Gestão de Stocks 250 Custo de reabastecimento: Custo de armazenagem 200 Custo de manutenção do inventário: 150 Os custos associados à manutenção do inventário estão intimamente ligados à posse dos artigos e à necessidade de armazenagem e, tipicamente, são directamente proporcionais à dimensão média do inventário. Custo de reabastecimento e de rotura Custo total Custos Os custos associados com a aquisição de bens determinam fortemente as quantidades económicas de reabastecimento dos inventários. 100 50 Custo da rotura do stock: Os custos de rotura ocorrem sempre que uma ordem de reabastecimento é colocada e não pode ser satisfeita através de existências em stock. Gestão de Stocks Quantidade de aprovisionamento único Situações em que apenas uma ordem de encomenda ou de produção pode ser colocada para aprovisionamento de um produto. A quantidade a aprovisionar, Q*, será aquela para a qual o lucro marginal da próxima unidade vendida igualar a perda marginal de não vender essa próxima unidade. 0 0 20 Q40 - Quantidade 60 de reabastecimento 80 Gestão de Stocks EXEMPLO: Um supermercado espera vender 200Kg de salada russa na próxima semana. A procura é normalmente distribuída com um desvio padrão de 40 Kg. O preço de venda é de 12 Euros por quilo, sendo o custo dos ingredientes de 4 Euros por quilo. O valor residual da salada não vendida na semana é nulo. Qual a quantidade de salada que o supermercado deve aprovisionar? Lucro = Preço unitário – Custo unitário Perda = Custo unitário – Valor residual unitário Distribuição normal da procura de salada Probabilidade de uma determinada quantidade ser vendida, Pn Equilíbrio entre lucro e perdas: Pn = Pn (Perda) = (1 – Pn) Lucro 66,7% Lucro Lucro + Perda Z=0,43 Procura 200 A quantidade de aprovisionamento deve ser aumentada até que a probabilidade acumulada de vender mais unidades iguale a razão Lucro/(Lucro+Perda). Q* 2 Gestão de Stocks Gestão de Stocks Aprovisionamentos repetitivos Aprovisionamentos repetitivos Quando existe uma taxa de procura aproximadamente constante, controlar o inventário significa definir uma quantidade de reabastecimento e a frequência desse reabastecimento. Nestas condições, a QEE pode ser desenvolvida a partir da minimização dos custos associados ao inventário, CT : Quantidadede reabastecimento Gestão de Stocks ∂ CT =0 ∂Q Isto é, a QEE, o intervalo de tempo entre reabastecimentos, P*, e o número de reabastecimentos por ano, N*, são, respectivamente, dados por: D – Taxa de procura (unidades/ano) S - Custo de efectivação da encomenda ou do fabrico (UM) C - Custo unitário do artigo (UM) i - Taxa de custo de posse do artigo como percentagem do seu custo (%/ano) Q – Quantidade de reabastecimento - lote (unidades) CT - Custo total (UM/ano) A procura mensal de um produto que a empresa ABC AS adquire a um grande distribuidor é de 500 unidades. O custo de efectivação de cada encomenda é de 30 UM, os custos de manutenção do produto em armazém são 25% do custo do produto por ano e cada unidade custa 1 UM. Que quantidade deve ser encomendada e qual a frequência de aprovisionamento? Se no decorrer de um processo de melhoria contínua for possível, através de novos métodos de trabalho, reduzir os custos de efectivação da encomenda para 5 UM, de que forma é que esta redução irá afectar a dimensão do lote de encomenda e a frequência de compra? N* = D Q EE Gestão de Stocks Em geral existe um intervalo de tempo que decorre entre o instante em que uma ordem de encomenda (ou de fabrico) é efectivada e o instante em que os artigos estão disponíveis para utilização em armazém. Esse intervalo de tempo designa-se por prazo de entrega (“lead-time”). É necessário conhecer o prazo de entrega, LT, e desencadear a encomenda quando existe em armazém uma quantidade necessária e suficiente para cobrir a procura durante o prazo de entrega. Essa quantidade necessária e suficiente chama-se ponto de encomenda, R, e é calculado por: R = D * LT Q D + S ⋅ + D ⋅C 2 Q Exemplo A Quantidade Económica de Encomenda pode ser obtida derivando e igualando a zero, a expressão dos custos associados ao inventário: Q P * = EE D CT = i ⋅ C ⋅ Gestão de Stocks Aprovisionamentos repetitivos S⋅D Q = 2⋅ EE i ⋅C CT = Custo de manutenção do inventário + Custo de reabastecimento Gestão de Stocks Exemplo Para a situação do exemplo anterior, sabendo que o prazo de entrega são 10 dias calcule o ponto de encomenda. Considere que o ano possui 250 dias úteis de trabalho. 1500 Evolução do nível de stock 1250 Stock Nível de stock Considerando que: - A taxa de procura é constante e conhecida - O prazo de satisfação da encomenda ou do fabrico é constante e conhecido - Não existem roturas de stock - Os artigos são encomendados ou produzidos Tempo em lotes e armazenados Evolução do nível de stock no tempo - O custo do artigo é constante nas condições de aplicação da QEE - O custo de manutenção dos artigos em armazém depende linearmente da quantidade em stock - Não existem interacções entre diferentes artigos em armazém 1000 750 Colocação da encomenda 500 Recebimento da encomenda R 250 0 1 51 LT = 10 101dias 151 Tempo (1 ano 201 = 250 dias) 3 Gestão de Stocks Gestão de Stocks Em muitos processos de fabrico e mesmo de encomenda, o reabastecimento e o armazenamento pode ocorrer progressivamente no tempo com uma cadência finita, relacionada com a cadência de produção ou com a cedência de recepção. Nível de stock Nestas condições, o padrão do gráfico da evolução do inventário com o tempo modifica-se, assim como a quantidade óptima a produzir ou encomendar. Quantidade de reabastecimento Produção A quantidade de reabastecimento obtém-se derivando e igualando a zero a derivada da equação dos custos associados ao inventário: CT = i ⋅ C ⋅ Stock _ médio + S ⋅ Stock _ médio = D + D ⋅C Q Q p−D ⋅ 2 p onde p e D são respectivamente as cadências de armazenamento e de procura. Substituindo, derivando e igualando a zero obtém-se a quantidade óptima de reabastecimento Q*: Procura Produção + Procura Q* = 2⋅ S ⋅D ⋅ i ⋅C p p−D Tempo Gestão de Stocks Gestão de Stocks Exemplo Para a situação do exemplo anterior, sabendo que o taxa de recepção, controlo e armazenamento do lote é de 120 unidades por dia, qual a nova quantidade óptima de reabastecimento. Custo função da quantidade encomendada ou produzida A forma de expressar um esquema simples de desconto de quantidade inclusivo pode ser a seguinte: Quantidade Preço Qj < Qp P1 Qj ≥ Qp P2 Onde P1 é o preço unitário se for adquirido uma quantidade inferior a Qp e P2 é o preço unitário ser for adquirida uma quantidade igual ou superior a Qp. A quantidade óptima a encomendar ou produzir será aquela que minimizar os custos associados, CTj, isto é, aquela que minimizar a equação: CT j = i ⋅ C j ⋅ Gestão de Stocks 2 +S⋅ D + D ⋅Cj Qj Gestão de Stocks O procedimento a seguir envolve: Î Determinar a QEE para cada preço. Verificar se cada QEE calculada está no domínio de validade de cada ramo da curva CTj Î Calcular CTj para Qj igual à quantidade mínima a adquirir de forma a usufruir da redução de preço Î Comparar todos os TCj e TCQEE e seleccionar a quantidade que induzir menores custos Custos Totais Qj Custo para Qj < Q1 Custo para Qj >= Q1 Exemplo Considerando o exemplo que tem vindo a ser apresentado (admitindo que todos os artigos são armazenados instantaneamente), admita que foi recebida do fornecedor uma proposta com redução do preço do artigo. Assim, para aquisições inferiores a 1500 unidades o preço mantêm-se em 1 UM, para aquisições superiores ou iguais a 1500 unidades mas menores de 2000 é proposto um preço de 0,95 UM e, finalmente, para encomendas maiores ou iguais a 2000 unidades o novo preço é de 0,90 UM. Como deveria ser reformulada a nova política de aprovisionamentos? 260,0 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 0 0 0 0 0 0 0Quantidade 0 0 de 0 reabastecimento 0 0 0 0 Q1 4 Gestão de Stocks Gestão de Stocks 1. Calcular para cada preço a QEE respectiva e verificar a sua validade: Quantidade Qj = QEE = 1200 CTj CT j = 0 , 25 ⋅ 1 ⋅ 1200 500 * 12 + 30 ⋅ + 500 * 12 ⋅ 1 2 1200 = 6 300 UM Quantidade Qj < 1500 QEE Q = EE Validade Qj = 1500 Q EE = 2⋅ j = 0 , 25 ⋅ 0 ,95 ⋅ Qj = 2000 CT j = 0 , 25 ⋅ 0 ,9 ⋅ = 1231 Qj ≥ 2000 Q EE = 2⋅ : 30 ⋅ 500 ⋅ 12 0 , 25 ⋅ 0 ,9 2000 500 * 12 + 30 ⋅ + 500 * 12 ⋅ 0 ,9 2 2000 = 5 715 UM : 30 ⋅ 500 ⋅ 12 0 , 25 ⋅ 0 , 95 1500 500 * 12 + 30 ⋅ + 500 * 12 ⋅ 0 ,95 2 1500 = 5 998 UM = 1200 1500 ≤ Qj < 2000 CT ; 30 ⋅ 500 ⋅ 12 2⋅ 0 , 25 ⋅ 1 Custos Totais = 1265 6500 6400 6300 6200 6100 6000 5900 5800 5700 5600 5500 CT1 (Custo do artigo = 1 UM) CT2 (Custo do artigo = 0,95 UM) CT3 (Custo do artigo = 0,9 UM) 600 Gestão de Stocks Q* Q 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Q* 2200 2400 2600 2800 3000 Gestão de Stocks Ponto de encomenda com procura aleatória Ponto de encomenda com procura aleatória O inventário é continuamente monitorado e, quando o seu nível atinge um determinado valor (ponto de encomenda), é desencadeado um processo de reabastecimento (encomenda ou fabrico) sendo solicitado um lote com uma dimensão Q*. 1ª aproximação 1200 Colocação do pedido de Recepção do pedido de reabastecimento reabastecimento R = Procura média no prazo de entrega + Stock de segurança 1000 Nível de stock Uma vez que existe um intervalo de tempo, LT, entre o desencadear de um pedido de reabastecimento e a recepção em armazém dos artigos pedidos, nesse intervalo de tempo existe o risco da procura exceder a quantidade em armazém e, como tal, entrar-se em rotura de stock. Desta forma, considerando uma distribuição normal para a procura: 800 600 400 200 0 -200 0 -400 Q* = QEE (calculada para a procura média) O ponto de encomenda, R, dependerá do prazo de entrega, da procura (média e desvio padrão) e ainda do nível de serviço ao cliente pretendido. O seu cálculo pode ser realizado de acordo com a seguinte equação: RPonto de encomenda Rotura de stock 10 LT 20 30 40 Tempo Gestão de Stocks Exemplo O artigo refª XB-2001 tem uma procura média anual de 4000 unidades com um desvio padrão diário de 2 unidades. O custo unitário do artigo é de 266.97 UM. O custo de aprovisionamento é de 100 UM e o custo de posse é 30% do custo do artigo por ano. O prazo médio de entrega de cada encomenda é de 9 dias e o nível de serviço pretendido durante o prazo de entrega é de 95%. A produção realiza-se 5 dias por semana durante 50 semanas por ano. Defina um plano de gestão do inventário para este artigo de acordo com o modelo do ponto de encomenda. R = D ⋅ LT + z ⋅ σ D D é a procura média LT o prazo de entrega σD o desvio padrão da procura durante o prazo de entrega z o número de desvios padrão que é necessário deslocar a média da procura para se atingir o nível de serviço pretendido durante o prazo de entrega Gestão de Stocks Neste modelo o cálculo dos custos tem algumas diferenças devido à existência de um stock de segurança e à probabilidade de existência de roturas de stock. Assim, a nova equação dos custos associados ao inventário é: Q D D CT = i ⋅ C ⋅ + i ⋅ C ⋅ z ⋅σ D + S ⋅ + ⋅ K ⋅σ D ⋅ E(z) 2 Q Q 1º termo - custos de manutenção do stock regular 2º termo - custos de manutenção do stock de segurança 3º termo - custos de efectivação de um reabastecimento 4º termo - custos associados à rotura de stocks K - custo unitário de rotura σ D E(z) - número esperado de unidades em rotura num ciclo de encomenda E(z) - integral de perda da distribuição normal unitária 5 Gestão de Stocks Gestão de Stocks Ponto de encomenda no prazo de entrega Nivel _ de _ Serviço = 1 − Pr ocura _ anual _ não _ satisfeita Pr ocura _ anual D Nivel _ de _ Serviço = 1 − Q ⋅ σ D ⋅ E(z) D Este modelo simula de forma mais próxima a realidade da grande maioria das situações se, para além da incerteza associada à procura, se considerar também a incerteza associada ao prazo de entrega. Definir o desvio padrão da distribuição da procura no prazo de entrega com base na incerteza da procura e do prazo de entrega: σ D* = Exemplo Continuando o exemplo anterior admita que os custos unitários de rotura de stock são 20 UM. Calcule os custos anuais relevantes associados ao inventário do artigo refª XB-2001 e o nível de serviço anual. LT ⋅σ D 2 + D 2 ⋅σ LT 2 σLT é o desvio padrão do prazo de entrega Exemplo Para o exemplo anterior admita que o desvio padrão do prazo de entrega é de 2 dias. Qual o novo valor do desvio padrão da procura no prazo de entrega e o novo ponto de encomenda? Gestão de Stocks Gestão de Stocks Revisão periódica No método de revisão periódica, o conjunto de artigos em armazém pode ser monitorado periodicamente e os pedidos de reabastecimento colocados simultaneamente de forma a usufruir de economias de escala associadas. Revisão periódica No método de revisão periódica o stock de segurança tem de ser definido de forma a controlar a probabilidade de rotura durante o intervalo de tempo entre revisões e o prazo de entrega. Î Possibilidade de executar um plano de revisão dos inventários de forma periódica, por exemplo, uma vez por semana ou uma vez por mês. Î Uma grande quantidade de artigos diferentes poderem ser reabastecidos simultaneamente ao mesmo fornecedor. Î Possibilidade de economias de escala no transporte de múltiplos artigos em simultâneo. Colocação do pedido de Recepção do pedido de reabas tecimento reabas tecimento 1200 1000 Nível de stock Na realidade, este método determina maiores níveis de stock para o mesmo nível de serviço e, como tal, maiores custos de manutenção dos inventários, mas frequentemente estes maiores custos são compensados por menores custos administrativos e de transporte devido essencialmente a: TStock máximo Rotura de stock 800 600 400 200 0 -200 0 10 PPeríodo de revisão 20 30 LT 40 Tempo P P P Gestão de Stocks Gestão de Stocks Revisão periódica Uma boa aproximação para o intervalo óptimo entre revisões é dada através do modelo da QEE, de acordo com a seguinte relação: Exemplo O artigo refª XB-2001 tem uma procura média anual de 4000 unidades com um desvio padrão diário de 2 unidades. O custo unitário do artigo é de 266.97 UM. O custo de aprovisionamento é de 100 UM e o custo de posse é 30% do custo do artigo por ano. O prazo médio de entrega de cada encomenda é de 9 dias e o nível de serviço pretendido durante o prazo de entrega é de 95%. P= QEE S = 2 D i ⋅C ⋅ D No entanto, esta é apenas uma aproximação, uma vez que o período de revisão deve ser adequado à especificidade da empresa e das condições de fornecimento. O stock máximo, T, também designado por stock objectivo dependerá do período entre encomendas, do prazo de entrega, da procura (média e desvio padrão) e ainda do nível de serviço ao cliente pretendido. O seu cálculo pode ser realizado de acordo com a seguinte equação: A produção realiza-se 5 dias por semana durante 50 semanas por ano. Defina um plano de gestão do inventário para este artigo de acordo com o modelo da revisão periódica. T = Procura média em P e LT + Stock de segurança T = D ⋅ ( P + LT ) + z ⋅ σ D 6 Gestão de Stocks Gestão de Stocks Revisão periódica Foi assumido nos modelos discutidos anteriormente que cada artigo diferente no inventário era tratado de fora independente. Em muitas situações, especialmente se existirem diferentes artigos encomendados ao mesmo fornecedor, tal pode não ser a melhor solução, sendo conveniente prever que o reabastecimento ocorra simultaneamente. Agregar ordens de encomenda ou de produção envolve definir um período comum de revisão de inventário e definir para cada artigo um stock máximo óptimo em função desse período. O intervalo de revisão nestas condições é dado por: Revisão periódica O stock máximo e o custos total associado ao inventário são dados respectivamente por: P = 2⋅ Tk = Dk ⋅ ( P + LT ) + zk ⋅ σ Dk CT = i ⋅ P ∑ Ck ⋅ Dk ⋅ +i ⋅ 2 ∑C k ⋅ zk ⋅ σ Dk + O+ ∑S k P + 1 ⋅ P ∑K k ⋅ σ Dk ⋅ E ( z )k (O + ∑ S ) ∑C ⋅ D k i⋅ k k Onde O é o custo comum associado à efectivação do reabastecimento e Sk o custo especifico de encomendar o artigo k. Gestão de Stocks Gestão de Stocks Controlo agregado do inventário e a classificação ABC Métodos que permitem com alguma racionalidade classificar os inventários de forma a permitir a gestão agregada por conjuntos de artigos. Exemplo Defina as classes ABC conhecendo a seguinte informação referente a registos de inventário do último ano. Aplicando modelos de controlo adequados a cada uma das classes, os níveis de serviço podem ser atingidos com menores esforços de gestão e com menores inventários. À desproporção, entre o número de produtos e a percentagem das vendas, conhecida como o princípio dos 80 – 20 (ou lei de Pareto) e que significa que cerca de 20% dos produtos são responsáveis por cerca de 80% do volume de vendas, é frequentemente a base da classificação dos inventários nas classes A, B e C. Embora não exista uma forma precisa de agrupar os produtos em classes (nem mesmo um número preciso de classes), os produtos da classe A são os que mais movimentados e os da classe C os menos movimentados. 100% Valor do inventário A diferenciação dos artigos em classes é feita com base nos diferentes graus de importância em termos de impacto nas vendas, nos lucros ou na competitividade. 80% 60% Percentagem acumulada de vendas 40% 20% 0% A 0% B 20% C 40% 60% Produtos 80% Classes 100% Artigos % de artigos % do valor A Arts.46 e16 10 % 58 % B Arts.28, 21, 12, 44, 01, 29, 08, 17, 20, 33, 10, 36, 03, 50, 43, 48, 22, 42, 18, 15 40 % 40% C Arts. 13, 19, 02, 37, 30, 07, 39, 40, 31, 04, 26, 25, 09, 05, 24, 11, 14, 34, 45, 49, 35, 47, 06, 32, 41, 38, 27 50 % 2% 7