Modelos de Sucesso E em Portugal? Obrigações Fiscais: Cumprimento Voluntário Uma prioridade da DGCI, um papel essencial dos TOC’s 2006-11-04 I. Contexto II. Medidas adoptadas III. Perspectivas Contexto Repartição da Receita Fiscal do Estado - DGCI 1,5 1,25 Correcções à Mat. Colect. 2.500 milhões de euros Correcções à colecta 700 milhões de euros 90% 22,25 Cobrança executiva Correcções Cobrança voluntária Valores em mil milhões de euros 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 3 Contexto O nível de cumprimento voluntário depende entre outros factores: Nível de fiscalidade (que tem aumentado) Grande preocupação com o combate à evasão fiscal Propensão para a fraude e evasão em tempo de crise Nível de litigância (aumento) Medidas de combate à evasão e fraude Sofisticação da fraude organizada Comportamento ético dos agentes económicos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 4 Contexto Despesa Corrente Primária/PIB e Receita Fiscal/PIB (Portugal - Excluindo medidas temporárias) DCP/PIB 42,0 40,0 38,0 36,0 RF/PIB 34,0 32,0 30,0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006* Fonte: Relatório do Banco de Portugal e Plano de Estabilidade e Crescimento * Previsão 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 5 Contexto O nível de cumprimento voluntário depende entre outros factores: Nível de fiscalidade (que tem aumentado) Grande preocupação com o combate à evasão fiscal Propensão para a fraude e evasão em tempo de crise Nível de litigância (aumento) Medidas de combate à evasão e fraude Sofisticação da fraude organizada Comportamento ético dos agentes económicos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 6 Contexto O reforço do combate à fraude e à evasão fiscal constitui objectivo essencial por seis ordens de razões: • • • • A necessidade absoluta de uma maior equidade fiscal A necessidade de um aumento da receita fiscal global e, simultaneamente da redução da carga fiscal, já que se todos pagarem os impostos devidos é possível que cada um pague menos impostos A eliminação de um factor de distorção, designadamente em termos de competitividade empresarial A necessidade de evitar a delapidação do património do Estado - a fraude já não consiste apenas em deixar de pagar o imposto que é devido: muitas vezes “recupera-se” imposto que nunca foi pago Coloca em causa a receita voluntária Minimiza o único instrumento significativo de política económica 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 7 Contexto No sector da construção residencial, a informalidade sustenta a actividade das empresas menos eficientes e inovadoras Margem antes de IVA e pagamento de encargos sociais com o trabalho Construtor formal (ou cumpridor) 32 Construtor informal (ou não cumpridor) 24 Pior desempenho operacional ... Margem após de IVA e pagamento de encargos sociais com o trabalho 10 9-13* ... mais do que compensado pelo não cumprimento das obrigações fiscais Fonte: Portugal 2010, Relatório Mckinsey * Variação depende do grau de fuga aos impostos: 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos ~50% (limite inferior) e ~80% (limite superior) 8 Contexto O reforço do combate à fraude e à evasão fiscal constitui objectivo essencial por seis ordens de razões: • • • • A necessidade absoluta de uma maior equidade fiscal A necessidade de um aumento da receita fiscal global e, simultaneamente da redução da carga fiscal, já que se todos pagarem os impostos devidos é possível que cada um pague menos impostos A eliminação de um factor de distorção, designadamente em termos de competitividade empresarial A necessidade de evitar a delapidação do património do Estado - a fraude já não consiste apenas em deixar de pagar o imposto que é devido: muitas vezes “recupera-se” imposto que nunca foi pago Coloca em causa a receita voluntária Minimiza o único instrumento significativo de política económica 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 9 Contexto O nível de cumprimento voluntário depende entre outros factores: Nível de fiscalidade (que tem aumentado) Grande preocupação com o combate à evasão fiscal Propensão para a fraude e evasão em tempo de crise Nível de litigância (aumento) Medidas de combate à evasão e fraude Sofisticação da fraude organizada Comportamento ético dos agentes económicos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 10 Contexto Tipologias genéricas de comportamentos que reduzem a carga fiscal Crime Planeamento fiscal Evasão fiscal Erro Economia informal Fonte: HM Revenue & customs 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 11 Contexto Tipologias de Fraude Agentes “parcialmente dentro do sistema” Economia informal Actividades criminosas Agentes “totalmente fora do sistema” Ataque ao sistema fiscal Tradicionais – droga, contrabando, prostituição, venda de mercadorias roubadas Fonte: HM Revenue & customs 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 12 Contexto Tipologias de Crime Fiscal: Não entrega de imposto retido IVA deduzido indevidamente (v.g. fraude carrossel) Facturas falsas Software fraudulento* … * Altera e vicia registos de facturação e compras 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos Fonte: HM Revenue & customs 13 Medidas Evolução da cooperação Auxilio na investigação Acesso a base de dados tributárias Brigadas mistas CRIMES TRIBUTÁRIOS COMPETÊNCIA RESERVADA DA POLÍCIA JUDICIÁRIA VALOR SUPERIOR A € 500 000, QUANDO ASSUMAM ESPECIAL COMPLEXIDADE, FORMA ORGANIZADA OU CARÁCTER TRANSNACIONAL. 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 14 I. Contexto II. Medidas adoptadas III. Perspectivas Medidas Áreas de actuação Âmbito preventivo Âmbito correctivo Novas abordagens metodológicas 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 16 Medidas Maximização do cumprimento voluntário Simplificando Informação e educação Sensibilizar terceiros intervenientes no processo (TOC’s) Incremento da cooperação entre organismos e serviços Aumentar a percepção de risco e o valor esperado negativo para o incumpridor Recolha de informações (intelligence) Melhoria da qualidade de informação de terceiros Sistema de pré-preenchimento da declaração Modelo 3 Controlo do local de residência fiscal declarado Troca de informação entre Administrações Fiscais Procedimentos de controlo dos faltosos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 17 Medidas Alargamento de serviços on-line Evolução do número de utilizadores <2002* Num. de utilizadores 2003 727.987 2004 821.797 2005 1.157.088 2006 995.231 1.098.206 Evolução das declarações submetidas pela Internet ≤2002* 2003 2004 2005 2006 IRS - Fase 1 154.000 152.942 441.954 782.566 1.133.506 IRS - Fase 2 97.061 132.497 507.804 950.806 1.122.083 IRC 93.191 184.719 390.730 410.428 407.151 185.069 285.615 671.057 715.552 743.532 - - 488.411 544.511 560.745 323.819 918.060 2.878.616 3.631.585 3.040.598 Ret.IRS/IRC e Selo - - 3.214.497 3.419.622 2.988.476 Obrigações Acessórias - 342 4.993 8.868 7.730 Modelo 11 - - 1.654 11.697 10.839 IMT - - - 6.475 14.411 Pedidos Isenção IMI - - - 4.589 5.512 IMV - - - - 904.471 853.140 1.674.175 8.599.716 10.486.699 10.939.054 N.º esperado 12.504.338 Decl. Anual Modelo 10 IVA Total 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos Var(%) 05/06 30% 19% 18 Perspectivas Questionário aos Técnicos Oficiais de Contas 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% I nt er net Muito frequente E mai l Ser vi ços/ Di r ecções de Fi nanças Frequente 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos T el ef one Pouco frequente Cor r ei o/ Fax Não utilizou 19 Medidas Produtividade – IRS 2003 Custo declarativo global 177,8 milhões de Euros Administração fiscal 20,8 milhões de Euros Contribuintes 157 milhões de Euros 76% das declarações 86% do custo Entregue em papel Custo por declaração 43 € (papel) Entregue via internet 24% das declarações 14% do custo Custo por declaração 23 € (internet) Custo médio unitário por declaração 39,5 € (papel+internet) Em 2006 foram entregues menos 489 mil declarações em papel, representando um poupança estimada em 9,78 milhões de euros Fonte: Relatório da IGF e estimativa da DGCI 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 20 Medidas Maximização do cumprimento voluntário Simplificando Informação e educação Sensibilizar terceiros intervenientes no processo (TOC’s) Incremento da cooperação entre organismos e serviços Aumentar a percepção de risco e o valor esperado negativo para o incumpridor Recolha de informações (intelligence) Melhoria da qualidade de informação de terceiros Sistema de pré-preenchimento da declaração Modelo 3 Controlo do local de residência fiscal declarado Troca de informação entre Administrações Fiscais Procedimentos de controlo dos faltosos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 21 Perspectivas 1. Sistema fiscal assenta no princípio da “verdade declarativa” Importância das declarações: - Correcto enquadramento dos sujeitos passivos; - Como “ponte” entre o resultado contabilístico e o resultado fiscal (correcta evidenciação das correcções fiscais - Q07 da declaração Modelo 22) 2. Cooperação CTOC/DGCI - Vinheta dos TOC’s - Senha de acesso dos TOC’s 3. como “selo de qualidade Corresponsabilização sujeitos passivos/TOC’s Importância da atitude pedagógica (TOC’s como intervenientes com conhecimentos técnicos capazes de induzir os sujeitos passivos a um correcto cumprimentos das normas fiscais) 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 22 Medidas Maximização do cumprimento voluntário Simplificando Informação e educação Sensibilizar terceiros intervenientes no processo (TOC’s) Incremento da cooperação entre organismos e serviços Aumentar a percepção de risco e o valor esperado negativo para o incumpridor Recolha de informações (intelligence) Melhoria da qualidade de informação de terceiros Sistema de pré-preenchimento da declaração Modelo 3 Controlo do local de residência fiscal declarado Troca de informação entre Administrações Fiscais Procedimentos de controlo dos faltosos 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 23 Medidas Âmbito preventivo ◘ Acções de prospecção (recolha de informação para posterior cruzamento) ◘ Detecção de contribuintes não registados ou mal enquadrados ◘ Controlo dos novos sujeitos passivos (rápida detecção de empresários sem estrutura organizativa) ◘ Melhoria dos serviços prestados ao contribuinte (novas funcionalidades on-line, divulgação de informação fiscal, call-center) ◘ Maior facilidade no cumprimento das obrigações fiscais (entrega de declarações via Internet; pagamento via Home Banking, etc.) ◘ Alterações legislativas (alteração do regime de responsabilidade do IVA; acesso à informação bancária, revisão do regime simplificado de tributação, etc.) 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 24 Medidas Evolução do n.º de inspectores tributários 2500 1916 2000 1477 1381 2000 2001 1500 1488 1406 1386 1336 2002 2003 2004 2005 1000 500 0 2006(*) * Estimativa a Outubro de 2006 Fonte: DGCI 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 25 Medidas Âmbito correctivo ◘ Imobiliário (controle dos mútuos, contratos de promessa e acesso a informação bancária) ◘ Retenções na fonte (controle das entregas, cruzamento da modelo 10 com as guias de pagamentos) ◘ Manifestações de fortuna / Sociedades “off-shore” / Pagamentos a não residentes ◘ Sujeitos passivos que em 2003 apresentam um valor de endividamento perante os sócios não compatível com o rendimento declarado por estes. A acção proposta tem como objectivo confrontar o endividamentos das sociedades perante os sócios e verificar da compatibilidade deste endividamento face ao rendimento dos sócios. 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 26 Medidas Âmbito correctivo ◘ Sujeitos passivos de IVA enquadrados no art.º 53º do CIVA que declaram rendimentos para efeitos de IRS superiores a 10.000 euros. ◘ Controle de sujeitos passivos de IRC com resultados tributáveis nulos ou prejuízos fiscais durante 3 anos consecutivos. ◘ Acções dirigidas a empresas do sector da construção civil. ◘ Acções dirigidas a empresas do sector do trabalho temporário. ◘ Acções dirigidas a empresas do sector de limpezas e segurança. ◘ Acções dirigidas a artistas 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 27 Medidas Novas abordagens metodológicas ◘ Controlo do processos declarativo – Cruzamento automático da informação – Controlo da entrega de retenções na fonte – Implementação de avisos automáticos em caso de falta ou quebra de retenções ◘ Selecção de contribuintes - análise de risco – Introdução de novas ferramentas - Data Mining ◘ Acções conjuntas com outras entidades (GNR, BF, IGAE, SEF, PJ) 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 28 Medidas Regularizações voluntárias à matéria colectável 800 600 400 Var. 04/05 200 116% 0 2000 2001 2002 2003 * Estimativa 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 2004 2005 2006* Valores em milhões de euros 29 Medidas Regularizações voluntárias de Imposto 250 200 150 100 Var. 04/05 50 85% 0 2000 2001 2002 2003 * Estimativa 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 2004 2005 2006* Valores em milhões de euros 30 I. Contexto II. Medidas adoptadas III. Perspectivas Perspectivas Actuação mais célere Emissão de notas de cobrança Detectar faltosos Emissão de coimas Penhora de bens Maior número de cruzamentos Faltosos Discrepâncias detectadas pela Administração Fiscal Entidade pagadora ≠ Entidade declarante Troca de informações com Adm. Fiscais de outros países Discrepâncias detectadas junto de terceiros Segurança Social Notários INGA Tribunais Câmaras Municipais Outros 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 32 Perspectivas Coim as - Processos da DGCI 180.000 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006* * Estimativa 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 33 Perspectivas Penhoras consumadas em processos de execução fiscal 40000 116.259 emitidos 35000 30000 36547 25000 20000 15000 22888 17961 10000 2004 2005 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 2006 34 Perspectivas Utilizar instrumentos específicos Derrogação do sigilo bancário Manifestações de fortuna Maior eficácia na Justiça Tributária Evolução significativa na cobrança de coimas Correcções atempadas Eficácia da investigação criminal / dos tribunais PJ / Ministério Público Tribunais Tributários 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 35 Perspectivas Processos de levantamento do Sigilo Bancário PROCESSOS 2003 2004 2005 2006* TOTAL Nº de processos instaurados para efeito de levantamento do sigilo bancário 74 538 643 1336 2591 N de projectos de decisão notificados ao S.P 16 213 202 1110 1541 Nº de decisões de levantamento do sigilo 14 171 110 544 839 Nº de processo resolvidos por autorização voluntária ou notificação do projecto de decisão 51 331 364 1220 1966 Nº de recursos jurisdicionais interpostos pelo S.P 5 14 51 212 282 5 2 15 12 22 Nº de sentenças proferidas p/Tribunal a favor da administração fiscal * estimativa 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 36 Perspectivas Facilitar o cumprimento Entrega da declaração via internet, do anos “em aberto” - 2002, 2003 2004 e 2005 Pagamento em qualquer local Pré-preenchimento parcial Alertas de divergências aos contribuintes Sistema de Gestão de TOC’s Aposta no cumprimento voluntário Inspecção tributária Execução coerciva 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos São instrumentais 37 Perspectivas Atitude do agente económico face às obrigações fiscais Alto Não cumpre Tenta não cumprir Tenta cumprir Estratégia para o cumprimento da administração fiscal Força da lei tolerância zero Desincentivar por controlo Ajudar a cumprir Cumpre Facilitar Baixo 4 de Novembro de 2006 | Paulo Moita de Macedo, Director-Geral dos Impostos 38