PERFIL DE CLIENTES PORTADORES DE CARDIOPATIAS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO INTERIOR PAULISTA AUTORES: SILVA, S. S.; COSTACURTA, M. R. R.; CARITÁ, E. C. Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) têm causado elevada preocupação em nível mundial, traduzindo-se na principal causa de morbi-mortalidade. Nessa direção, inclui-se a doença arterial coronariana que tem sua incidência relacionada ao estilo de vida das pessoas e à presença de fatores de risco cardiovascular. O objetivo deste estudo foi levantar o perfil de clientes atendidos no ambulatório de cardiologia do hospital Electro Bonini, segundo o modelo de “Campo de Saúde” de Lalonde. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo, de caráter retrospectivo e abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu nos prontuários dos usuários, no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Ribeirão Preto, sob autorização do protocolo ComEt n. 62/08. Para a análise foram considerados dados de identificação, ocupação, valores pressóricos, presença de fatores de risco para a ocorrência de cardiopatias, diagnóstico principal e co-morbidades, registrados nos prontuários dos sujeitos dos sexos: masculino e feminino. As informações foram coletadas e armazenadas por meio de um formulário eletrônico elaborado com software Microsoft Access 2007, transferidos para uma planilha eletrônica do software Microsoft Excel 2007 e analisados através da ferramenta relatório de tabela e gráficos dinâmicos. Resultados: A amostra constituiu-se de 189 sujeitos com idades entre 13 a 89 anos, de ambos os sexos. Houve o predomínio da hipertensão arterial sistêmica (HAS) como diagnóstico principal em 66,67% homens e 100% mulheres. No sexo masculino (32,79%) apresentou valores de pressão arterial sistólica entre 140-159 mmHg (hipertensão estágio 1) e o sexo feminino, entre 130-139 mmHg (limítrofe), em 20,71% sujeitos. Quanto aos valores de pressão arterial diastólica, 37,11% homens expressaram valores <80mmHg (ótima) e 34,12% mulheres tiveram valores entre 90-99 mmHg (hipertensão estágio 1). Considerando a ocupação, 23,28% sujeitos realizavam atividades remuneradas. Como fator de risco modificável, a HAS ocorreu em 65,61% homens, de 61 a 70 anos, e em todas as mulheres, em idades acima de 50 anos. Quanto aos fatores de risco não modificáveis, a história familiar de cardiopatias apresentou-se em 85,71% homens e em 100% da amostra feminina. Conclusões: Os achados desse estudo evidenciaram que os fatores de risco para a DCV colaboraram de forma significativa para a ocorrência da HAS, na amostra estudada. Os resultados denotam que o estilo de vida dos jovens, adultos e idosos precisa ser transformado, cabendo aos profissionais de saúde a discussão e elaboração de estratégias para alterar esta realidade contemporânea, no tocante a sensibilizar os sujeitos para implementar mudanças no estilo de vida que culminem em melhor qualidade de vida.