BRINCANDO E APRENDENDO SOBRE MITOS E VERDADES DA HIPERTENSÃO: UM RELATO DE EXPERIENCIA Autor: Yoná Mikaely Araujo da Silva Orientador: Italla Maria Pinheiro Bezerra Coautor(es): Gleyciane Leandro Silveira, Francisca Ludgero da Silva, Nathália Catarina Martins e Campos, Fabiana de Araújo Borges Modalidade: oral Área: Ciências da Saúde A hipertensão arterial constitui um dos problemas de saúde de maior prevalência na atualidade, sendo uma das principais causas de mortalidade e de internação hospitalar de idosos. Sua evolução clínica é lenta, possui uma multiplicidade de fatores e, quando não tratada adequadamente, traz grave complicações, temporárias ou permanentes. visto que há vários fatores de risco que colaboram para o surgimento da HAS, sendo eles (hereditariedade, consumo excessivo de sal, etilismo, tabagismo, obesidade, sedentarismo, entre outros). Podendo assim ter um aumento da probabilidade de desencadear um problema cardiovascular. Segundo Jobim (2008) o risco de doenças cardiovasculares até 80 anos, em pacientes portadores de hipertensão, é idêntico ao de pacientes mais jovens. De fato, o risco absoluto real de morte é mais elevado no idoso, em face da probabilidade de ocorrência de acidente vascular encefálico ou infarto agudo de miocárdio (IAM) que é mais elevado nesta faixa etária. Atualmente, tem sido um tema muito explorado como forma de esclarecimento para idosos que, por muitas vezes, são leigos no assunto, onde muitos deles pensam que a pessoa se torna hipertenso por usar muito sal, sem perceber que existe outros condimentos e alimentos que influenciam ao desencadeamento das HAS. Nesse sentido, objetivou-se desenvolver atividade educativa à pessoa idosa acerca de mitos e verdades que envolvem a hipertensão arterial. Trata-se de um relato de experiência, realizado no Centro de Apoio Social do município de Juazeiro do Norte- CE, entre maio e junho de 2013. Teve como sujeitos idosos cadastrados nesta instituição. Utilizou-se de dinâmica e palestra para explanação do assunto e no final da apresentação, uma roda de conversa para discutir o tema e realização de prática junto com os idosos. Foram utilizados vários instrumentos de ilustração como o sal, kinor, sazom, refrigerantes, salgadinhos, biscoito recheado, macarrão instantâneo, abordando as quantidades ideais de consumo diário, assim como, ilustrado alguns condimentos que podem substituir o sal, sendo eles: alecrim, cebolinha, sálvia, manjericão, coentro e louro; esclarecendo assim os mitos e verdades da hipertensão arterial. Evidenciou-se que havia muitos idosos leigos acerca da temática, uma vez que ao afirmarem não colocar sal na comida, relatavam o uso de condimentos. Ao ponto que iam escutando as explanações, iam tirando as dúvidas, principalmente acerca da quantidade recomendada de sal diária a ser utilizado. Assim, através de dinâmicas estes idosos foram se envolvendo, esclarecendo alguns mitos, como a questão de parar de tomar a medicação quanto a pressão arterial estivesse controlada e, ainda, sendo ressaltado a importância das atividades físicas para ajudar ao tratamento medicamentoso. De acordo com Duarte et al,. (2011), a partir da classificação de risco individual e dos níveis pressóricos encontrados, duas abordagens terapêuticas para a HAS podem ser indicadas: o tratamento baseado em modificações no estilo de vida que compreendem controle do peso incentivo a atividades físicas, alimentação saudável, abandono do tabagismo e o tratamento medicamentoso. Onde há vários pontos que se pode abordar para que o idoso faça o uso do medicamento corretamente e não abandonem o tratamento sendo eles, escolher o medicamento não apenas com base na sua potência antihipertensiva, mas também em relação ao seu perfil de efeitos colaterais e de interações com os outros medicamentos que o paciente faça uso, detalhar o regime de tratamento, sendo o mais didático possível no tocante aos horários e às drogas (descrever os comprimidos, a cor e o tamanho e correlacioná-los com seus horários é uma alternativa), esclarecer a necessidade de seu tratamento, mostrando seus benefício. Sabendo-se que a educação em saúde é o melhor método para um processo educativo e informativo, onde o diálogo favorece o ato de ensinar e compreender os questionamentos que viram a surgir. Ficou claro que os idosos necessitam de momentos como estes, pois os mesmos tem a oportunidade de adquirir conhecimentos, esclarecer dúvidas, estabelecer um vinculo com os demais. Por meio de educação em saúde que consiste um dos principais elementos da promoção da saúde, pode-se observar que foi de suma importância desenvolver esse trabalho pois por meio de simples palavras conseguiu-se explanar um assunto que é grande relevância para toda a população com foco na pessoa idosa. REFERÊNCIAS: JOBIM, E. F. C.; Hipertensão Arterial no Idoso: Classificação e Peculiaridades. Rev Bras Clin Med, v.6, p.250-253, 2008. DUARTE, S. J. H. et al. Percepção das dificuldades relacionadas ao tratamento entre pessoas com hipertensão arterial sistêmica. Revista Eletrônica Gestão & Saúde v. 02, n. 01, p. 341353, 2011.