INTRODUÇÃO A BIOFARMÁCIA
2013
Luiz Fernando Secioso Chiavegatto
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VIA ORAL
VANTAGENS
É a via que a natureza destinou a toda substância que deve
ser absorvida pelo organismo.
É uma via natural para a introdução de um medicamento no
organismo.
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VIA ORAL
VANTAGENS
É a mais utilizada fora do meio hospitalar – MAIOR VIA DE
AUTOMEDICAÇÃO
Melhor utilizada
CONFORTO
para
pacientes
crônicos
–
VIA
DE
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VIA ORAL
VANTAGENS
A única via possível:
• Para algumas infecções intestinais
• Para certas parasitoses
• Para assegurar proteção da mucosa contra as inflamações
ou ulcerações
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VIA ORAL
DESVANTAGENS
Condições fisiopatológicas do doente : Medicação antiemética
Meio gástrico ácido – destruição de princípios ativos
protéicos
Medicamentos irritantes da mucosa – salicilatos
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VIA ORAL
DESVANTAGENS
Interação do principio ativo com constituintes da mucosa
gástrica
Velocidade de atuação – emergências
Efeito de primeira passagem
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
Preparações farmacêuticas idênticas não levam
sempre as mesmas respostas terapêuticas.
Surge , então, o conceito de:
EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA
É necessário estudar o caminho que o
medicamento deve seguir para passar da forma
farmacêutica ao ponto de ação (biofase) e os
fatores que encontra em seu caminho
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA
No caso da via oral isto pressupõe uma
passagem por uma membrana(processo de
absorção) em quantidade variável(coeficiente de
absorção) circulando na corrente sanguínea pelo
sistema porta hepático (Efeito de 1a passagem)
Absorção+efeito de 1a passagem 
BIODISPONIBILIDADE
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
Esta é definida como sendo : A quantidade de
medicamento que após administração, atinge a
circulação geral e a velocidade com a qual
realiza este processo, logo que um medicamento
é administrado ao mesmo paciente sob duas ou
mais formas farmacêuticas em um ensaio
comparativo
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
INTERESSES - OBJETIVOS
a) Durante o ajustamento de um novo produto (via de
introdução, forma farmacêutica)
b) Após a ajustamento – Controle contínuo de qualidade
c) Comparação entre medicamentos saídos de fabricantes
diferentes.
d) No estudo das interações
e) No estudo das interações in vitro e in vivo
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
MÉTODOS DE ENSAIO
1. Medida da concentração sanguínea em função do tempo
ou taxa de excreção urinária domedicamento nos líquidos
biológicos.
F = AUC v.o / AUC i.v x 100
F = Ae v.o
/ Ae i.v x 100
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VIA ORAL
BIODISPONIBILIDADE
MÉTODOS DE ENSAIO
2. Medidas repetidas de respostas farmacodinâmicas ou
bioquímicas dos medicamentos e seus metabólitos
3. Testes de desintegração e dissolução in vitro
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
1. Superfície de absorção
2. Idade
• Pediátrica
• Geriátrica
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
3. Natureza da membrana biológica
3.1. Transporte passivo
• Só a fração livre é difusível
• Depende do coeficiente de partilha entre a
membrana lipídica e a fase aquosa
3.2. Transporte ativo
Gasto de energia- carreadores
janela de absorção
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
4. Rapidez do trânsito - Tempo de permanência gástrica Este fator é muito importante :
• Um p.a. não absorvível em meio gástrico não deve
permanecer no estômago
• Tempo de permanência gástrica breve
• Trânsito intestinal lento será benéfico se for absorvido
por transporte ativo
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Via oral
FATORES QUE AUMENTAM O
TEMPO DE RETENÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
Volume
Consistência espessa
Acidez
Teor em certos produtos
Hipertonicidade
Estados emotivos
Posição deitada sobre o lado esquerdo
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
• Fatores que ativam o esvasiamento gástrico
 Alcalinidade
 Diluição
 Posição deitada sobre o lado direito
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
• Esvasiamento gástrico deve ser rápido
 Logo que o p.a. tem absorção intestinal ótima
(bases fracas, p.a. de absorção ativa)
 Se o p.a. é instável em meio gástrico
(benzilpenicilina) ou se forma complexo não
absorvível com a mucina
 No caso do p.a. ser irritante para a mucosa gástrica
sob sua forma ácida
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
5. Influência do pH
Teoria da partição do pH
• Formas não ionizáveis serão mais lipossolúveis –
Absorção passiva
• Formas revestidas – abertura em determinados valores
de pH.
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VIA ORAL
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA
ABSORÇÃO ORAL
6. Tensão superficial
• Esta é baixa no intestino pela presença de sais biliares
• Facilita a molhagem e a dissolução das partículas que
não se dissolveram
• Substâncias coleréticas – estimulam a secreção biliarfavorecem então a dissolução e facilitam a
emulsificação de gorduras e vitaminas lipossolúveis
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FATORES PATOLÓGICOS
• 1. PROBLEMAS EM FUNÇÃO DAS SECREÇÕES :
• As secreções gástricas são aumentadas na úlcera
duodenal levando a hipercloridria e diminuídas nas
úlceras gástricas, diabete, levando aqui um aumento do
pH.
• A insuficiência de secreção biliar por obstrução vai
diminuir a absorção de gorduras e vitaminas
lipossolúveis
• A retirada de um órgão secretor
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• PROBLEMAS DE TRÂNSITO
• O tempo de permanência gástrica aumenta
habitualmente:
• Estenose do piloro
• Úlceras gástricas justapilóricas
• Certos acidentes vesiculares
• Diabete
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O tempo de permanência gástrica diminui:
• Úlcera duodenal
• Estados ansiosos e parasimpaticotônicos
• A motricidade intestinal é sob dependência do simpático e
toda alteração deste terá uma repercussão sobre o trânsito
• A úlcera duodenal provoca hipermotricidade do duodeno
• Colites ulcerosas diminuem geralmente o trânsito
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PROBLEMAS DE ABSORÇÃO
• 1. DIMINUIÇÃO DA SUPERFÍCIE ABSORBENTE
•
a ) retirada de parte de órgão de absorção ;
Ex: vit B12, ac fólico, glicose
b) POR MODIFICAÇÃO DO MEIO INTESTINAL
Infecção microbiana ou parasitária
c) Por ausência de moléculas transportadoras
d) Por obstáculos diversos - tumores
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VIA ORAL
MODALIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
COM OU SEM LÍQUIDO
• Natureza da bebida – álcool aumenta efeitos dos
hipnóticos
• Aumento de taxas de riboflavina tomada com cocacola
• Bebidas
gástrico
gasosas
favorecerão
o
esvaziamento
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VIA ORAL
MODALIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
COM OU SEM LÍQUIDO
• Efeito da diluição da bebida
• Em jejum ou junto com o alimento
• O alimento diminui o trânsito – medicamento deve ser
ingerido em jejum
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MODALIDADES DE ADMINISTRAÇÃO
COM O ALIMENTO:
• a) agir sobre o bolo alimentar ( carvão )
• b) O principio ativo é irritante na mucosa
• c) o p. a absorvido a nível do duodeno – trânsito lento
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VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO
PRINCÍPIO ATIVO
Se o ativo estiver incluso em uma forma
farmacêutica ele , deverá primeiro, ser liberado
da forma antes de se dissolver para depois
difundir:
p.a. +
excipiente
 liberação 
p.a. liberado

dissolução  p.a. dissolvido  difusão e absorção  p.a
absorvido
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VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO
PRINCÍPIO ATIVO
“ Para ser absorvido, todo principio ativo deve
previamente estar dissolvido”
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VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO
PRINCÍPIO ATIVO
Nestas condições, a absorção de um principio ativo vai
repousar sobre :
1. Velocidade de dissolução nos meios biológicos que
banham as membranas
2. Seus caracteres físico-químicos próprios –
absorbabilidade
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Sistema de classificação biofarmacêutico
• Classe I . Fármacos com alta solubilidade e alta
permeabilidade (AS-AP)
• Classe II . Fármacos com baixa solubilidade e alta
permeabilidade (BS–AP)
• Classe III. Fármacos com alta solubilidade e baixa
permeabilidade (AS-BP)
• Classe IV. Fármacos com baixa solubilidade e baixa
permeabilidade (BS-BP)
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VIA ORAL
PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO
PRINCÍPIO ATIVO
A expressão matemática que explica o fenômeno da
dissolução é a desenvolvida por Nernst e Bruner:
dC / dT = D.A /h ( Cs – C )
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VIA ORAL
FATORES INFLUENTES
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA PARTÍCULA
ECONOMIA E SEGURANÇA
Desvantagens:
• Aumento da reatividade
• Aumento das características organolépticas
• Aumento da energia cinética
• Dificuldade da molhagem
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VIA ORAL
FATORES INFLUENTES
INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
1. Estado cristalino ou amorfo.
Ex: novobiocina só é ativa na forma amorfa que 10 vezes
mais solúvel que a forma cristalina.
Os ésteres de cloranfenicol que são só ativos sob a forma
amorfa.
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VIA ORAL
FATORES INFLUENTES
INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
2. Solvatos e hidratos
Durante a cristalização a água ou as moléculas de solventes
podem se combinar a matéria prima dando ligações mais
ou menos estáveis dando solvatos e em meio aquoso os
hidratos.
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VIA ORAL
FATORES INFLUENTES
INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
2. Solvatos e hidratos
Ex: cloral, cafeína, penicilina. Quinina, sulfamidas,
barbitúricos, corticosteróides, tetraciclina, e derivados da
xantina etc...
A repercussão deste fenômeno no organismo pode ser
constatado : a ampicilina anidra é muito mais solúvel que
a trihidratada.
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VIA ORAL
TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO
Os estudos de dissolução podem ser feitos com três
objetivos:
1. O estudo da dissolução de uma substância em um ou
vários meios dados permite definir os problemas que
poderá colocar uma molécula nova para a sua utilização
futura, ou eventualmente realizar uma triagem entre
várias moléculas
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VIA ORAL
TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO
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VIA ORAL
TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO
2. O estudo da dissolução entre várias formulações
realizadas com o mesmo p.a permitindo um ajustamento
e a escolha da melhor formulação.
3. O controle da cinética de dissolução para enfim efetuar na
rotina para verificar a boa fabricação de um lote.
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Os excipientes podem modificar a cinética do p.a.
agindo sobre:
• A superfície de troca (desagregação)
• A constante de difusão (espessante, tensoativo)
• A solubilidade do p.a. (por modificação do pH)
• Os únicos parâmetros sob o controle do operador são os
relativos a aparelhagem e ao meio de dissolução.
• Os ensaios são conduzidos
constante de 370C ± 0,5°C
a
uma
temperatura
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Formas farmacêuticas
• Cápsulas gelatinosas moles :
Abertura do envólucro: A túnica de gelatina se dissolve lentamente
( 4 a 7 min ), se rasga e liberta seu conteúdo
1. O tipo de gelatina ( se A ou B )
2. Meio ácido – é mais rápida a dissolução quanto mais ácido for o meio
3. O aumento da concetração de umectante aumenta a dissolução
Difusão e dissolução do P.A -
SOLUÇÃO E SUSPENSÃO
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• Cápsulas gelatinosas
•
TAMANHO DA CÁPSULA
•
TIPO DE GELATINA
•
MOMENTO DA TOMADA
•
FORMA DE TOMADA
•
TIPO DE EXCIPIENTE
•
Comprimidos
•
DISSOLUÇÃO X DESINTEGRAÇÃO
•
EXCIPIENTES :
•
1. DILUENTES
•
2. AGLUTINANTES
•
3. DESINTEGRANTES - TIPO DE DESINTEGRAÇÃO
•
4. LUBRIFICANTES
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Introdução a biofarmacia