O PAPEL DA GESTÃO DE RISCO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS Gestão de Riscos – RDC 36 de 2013 Aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional Conceitos –RDC 36/2013 Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde Evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico A palavra ‘segurança’ tem origem no latim e significa “sem preocupações” A definição mais comum é “um mal a evitar” ...Complexidade Hospitalar A Teoria do Queijo Suíço Gestão de Riscos RDC 63/2011 RDC 36/2013 Acreditação Boas práticas de funcionamento de serviços de saúde Objetivos da RDC 63/2011 Qualificação da gestão Humanização da atenção e gestão Redução e controle dos riscos aos usuários e ao meio ambiente RDC 36 de 2013 Art.3º Boas práticas Gestão de Risco Segurança do Paciente ACREDITAÇÃO Excelência em Gestão Gestão Integrada Segurança Porque a gestão de risco não é rotina na Saúde? É um conceito contemporâneo Origem na área financeira A ideologia da imprevisibilidade dos cuidados de saúde Exige ação sistemática A CONTEMPORANEIDADE DO RISCO A IDÉIA REVOLUCIONÁRIA QUE DEFINE A FRONTEIRA ENTRE OS TEMPOS MODERNOS E O PASSADO É O DOMÍNIO DO RISCO Uma nova visão do futuro A palavra “risco”deriva do italiano “riscare” que significa “ousar”. Neste sentido o risco é uma opção e não um destino Como vivemos na saúde sem fazer gestão de risco? Como fazer gestão de risco? “COSO” The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission Os eventos podem gerar impacto tanto negativo quanto positivo ou ambos. Os que geram impacto negativo representam riscos que podem impedir a criação de valor ou mesmo destruir o valor existente. Os de impacto positivo podem contrabalançar os de impacto negativo ou podem representar oportunidades, que por sua vez representam a possibilidade de um evento ocorrer e influenciar favoravelmente a realização dos objetivos Um exemplo... CASO Tameka Foster Esposa do cantor Usher As Metodologias de Gestão de Riscos Metodologias ativas e reativas Comissão de Gestão de Riscos Trabalho sistemático Metodologia de Gestão de Risco ISO 31000 ESTABELECER O CONTEXTO Se é importante para o paciente Leis e regulamentos Financeiramente é viável As pessoas estão motivadas para fazer Se quer correr riscos Conseqüências legais Identificar os Riscos Riscos externos Riscos Internos Matriz GUT MATRIZ DE PRIORIDADES Analisar o risco FATOR DE RISCO Método Meio Ambiente Mão de obra Máquinas Medida Material FATOR DE RISCO Escala Pontuação INFLUÊNCIA MUITO 5 INFLUÊNCIA 4 INFLUÊNCIA MEDIANAMENTE 3 INFLUÊNCIA LEVEMENTE 2 INFLUÊNCIA MUITO LEVEMENTE 1 Critério de exposição Escala Pontuação VÁRIAS VEZES AO DIA 5 FREQUENTEMENTE 4 OCASIONALMENTE 3 IRREGULARMENTE 2 REMOTAMENTE POSSÍVEL 1 PROBABILIDADE GRAU DE PROBABILIDADE: FATOR DE RISCO X EXPOSIÇÃO GP = FR x E Grau de Impacto Imagem – peso 4 Financeiro – peso 3 Operacional- peso 2 Legislação – peso 2 Avaliar o risco Pontuação e Interpretação Matriz de Probabilidade x Impacto => Criticidade Probabilidade mod alta alta alta alta baixa mod mod alta alta Moderada baixa mod mod mod alta Baixa baixa baixa mod Mod alta Muito baixa baixa baixa baixa baixa mod Muito alta Alta muito baixo baixo Moder. Impacto alto muito alto Estratégias tratar riscos Estratégias parapara tratamento do risco Evitar ou Prevenir Transferir Eliminando a condição que expõe ao risco Ex:alertas nas pulseiras de identificação Repassar as conseqüências do risco bem como a responsabilidade de resposta para quem está melhor preparado para lidar com o mesmo. Ex: seguro Reduzir Desenvolver ações visando minimizar a probabilidade da ocorrência do risco ou de seu impacto Ex: higiene das mãos Aceitar Sei que o risco existe, é pequeno ou de baixo impacto Ex: atender paciente HIV Tratamento do risco – planilha 5W 3H 2R WHAT O QUE? Implantar o checklist cirurgia segura WHO QUEM? Responsável pelo C.C WHERE ONDE? Hospital x WHY PORQUE? Diminuir a taxa de eventos adversos na clínica cirúrgica WHEN QUANDO? Setembro de 2013 HOW MANY QUANTO? 10% das cirurgias (perfil epidemiológico) HOW COMO? Reunir com alta direção e equipe cirúrgica ......... HOW MUCH QUANTO CUSTA? Horas trabalhadas.... R RISCOS POSITIVOS Atender à legislação, diminuição de eventos adversos... R RISCOS NEGATIVOS De imagem, de infecção, de morte... FMEA - Análise de Tipos e Efeitos de Falhas Lucas Santos Zambon Níveis de 1 a 10 para Ocorrência, Gravidade e Detecção OCORRÊNCIA GRAVIDADE DETECÇÃO Quase nunca 1 Nenhuma 1 Quase certa 1 Mínima 2 Mínima 2 Muito Alta 2 Rara 3 Muito pequena 3 Alta 3 Baixa 4 Pequena 4 Moderadamente alta 4 Ocasional 5 Moderada 5 Média 5 Moderada 6 Significativa 6 Baixa 6 Frequente 7 Grande 7 Muito Baixa 7 Alta 8 Extrema 8 Mínima 8 Muito Alta 9 Séria 9 Rara 9 Quase certa 10 Catastrófica 10 Quase impossível 10 Lucas Santos Zambon Exemplo de uma falha na prescrição médica analisada pelo FMEA Processo Função Tipo de Falha Prescrição Médica Tratamento do Paciente Prescrever Dose Errada Efeito Causa Reações Adversas Falha Humana 5 Ocorrência Gravidade Detecção RPN Ação Responsável Prazo 7 4 140 Criar Prescrição Eletrônica Informática Julho 2010 Lucas Santos Zambon Análise da causa raiz “Existe o risco que você não pode jamais correr, e existe o risco que você não pode deixar de correr.”