UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TOPOLOGIA DE ANÁLOGOS SÔNICOS DOS BURACOS NEGROS SOBRE AS PROPRIEDADES FÍSICAS DE ALGUNS SISTEMAS ATÓMICOS (Parte II) Fábio A. Gomes; Geusa de A. Marques Link (Parte I) ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Resumo Introdução Motivação Resultados e Discussão Conclusões Abordagens Futuras Referências Resumo O estudo de sistemas quânticos no espaço com diversas topologias tem sido objeto de intensas investigações. Estudar o comportamento de sistemas atômicos no espaço com topologia tipo Schwarzschild é importante para sabermos como esta tipo de topologia poderá afetar as grandezas físicas que descrevem este sistema microscópico. Do ponto de vista de sistemas correspondentes a sólidos, o estudo do comportamento do átomo de hidrogênio ou de átomos tipo hidrogênio pode ser importante para uma compreensão das propriedades de transportes em sólidos, como por exemplo, o transporte de cargas, propagação de ondas sonoras, etc. Introdução O estudo de sistemas quânticos em espaços-tempos curvos teve inicio do final dos anos vinte para o começo dos anos trinta do último século, quando a generalização das equações de Schrödinger e Dirac para espaço curvo foi discutida,motivada pela idéia de se construir uma teoria que combinasse física quântica e relatividade geral na tentativa de se construir uma teoria quântica para a gravitação. A mecânica quântica nos fornece esse conjunto de leis que descrevem o mundo microscópico com bastante sucesso. Ela os permite explicar a estrutura de átomos, moléculas e etc. Introdução Erwin Schrödinger em 1926 propôs uma equação, hoje conhecida como equação de Schrödinger, para descrever um dado sistema microscópico. Naturalmente, essa proposta não é suficiente para tratar todos os problemas de interesse, mas grande número de sistemas pode ser investigado, em particular, o átomo de hidrogênio. Introdução No caso do átomo de hidrogênio desprezamos, em primeira abordagem, o movimento do núcleo e o movimento do elétron, e admitimos que este esteja submetido a um potencial Coulombiano devido ao núcleo. Assim, usando a equação de Schrödinger podemos obter a função de onda e os níveis de energia do átomo. Esse tratamento é feito numa situação em que o sistema, ou seja, o elétron, possa estar em qualquer parte de um dado plano perpendicular a um eixo que passa pelo núcleo do átomo. Motivação Como o som se propagaria nesse sistema quando o mesmo se encontrar em um meio que apresente uma estrutura tipo Schwarzschild com propriedades tais que o raio de Schwarzschild seja maior que o raio da distribuição de matéria que contém ao átomo de hidrogênio? Será que teremos uma espécie de buraco negro sonoro ( não apresentado colapso da luz no raio de Schwarzschild, e sim colapso do som? ) Resultados e Discussão “O que é um buraco negro acústico?” Os Buracos mudos,”são análogos sônicos dos buracos negros”.Imaginemos um fluido,como a água caindo numa cachoeira, acelerando até ultrapassar a velocidade do som. Agora, imagine que há um ponto, na queda d'água, em que a velocidade da água ultrapassa a do som; qualquer sinal sonoro nesta região não escapará, o som vai até um certo ponto e depois é vencido pela água, estes são os chamados chamados de buracos sônicos, são os análogos sônicos dos buracos negros. Embora esses buracos sônicos tenham suas leis governadas pela hidrodinâmica, e os buracos negros objetos gerados a partir dos restos de estrelas que são tão compactos que sua gravidade não deixa nem a luz escapar. Este paralelo pode ser útil para realizar estudos sobre buracos negros que jamais poderiam ser feitos com um buraco negro gravitacional Figura 2 -: Um modelo fictício exibindo um horizonte acústico. As setas indicam a orientação da velocidade do fluido (v). O horizonte de eventos análogo (horizonte de eventos acústico) ocorre quando a velocidade do fluido (v) torna-se iguala velocidade do som (vs ). Impressão artística aprisionadas de ondas sonoras Dificuldades em Física de Buracos negros Buracos negros (BN) são os objetos mais fascinantes em Relatividade Geral. Fenômenos quânticos e clássicos são previstos. Por exemplo, Radiação Hawking (quântico) : emissão térmica de BNs Modos quasinormais (clássico) : oscillações característica de BNs Dificuldades para se observar. Modelos alternativos se fazem necessários! Figura 1 - Representação de um buraco negro O que é um buraco negro acústico? “BN acústico” = Fluido transônico Região sônica Região do BN acústico = horizonte sônico c sef v cs 0 v cs 0 v cs 0 Velocidade “efetiva” do som no lab. c s : velocidade do som v : velocidade do fluido c v cs ef s Na região supersônica, Ondas sonoras não se popagam no fluido → “Buraco negro acústico” M. VISSER and S.E.C. Weinfurtner,. Classical and Quantum Grav., 12, 2493, 2004. Nesse modelo, o potencial velocidade é dado por Onde A e B são constantes reais e ϕ apresenta um redemoinho em torno da origem. Impressão artística: Simula um buraco negro com rotação | A velocidade radial do fluido é direcionada para o centro do “Buraco Negro”. No estudo dos buracos mudos (análogos sônicos dos buracos negros), tivemos que considerar para um fluido irrotacional a seguinte métrica (VISSER,2004) ds v v f 2 2 s 2 r r r r dt 2v f .dxdt dx.dx 2 (1) 2 v Onde s é a velocidade do som em relação ao fluido Vf é a velocidade do fluido. O fluido é irrotacional, então a velocidade v pode ser escrita na r forma: v Onde Φ pode ser dado por (VISSER, 2004) A métrica dada por (1) torna-se 2 A2 B 2 2 A 2 2 2 2 ds v s dt 2 drdt 2 Bd dt dr r d dz r2 r 2 Abordagem relativística Levando em conta as mesmas considerações feitas para abordagem não relativística e fazendo o parâmetro A = 0, temos a seguinte métrica 2 B2 2 ds v s 2 dt 2Bd dt dr 2 r 2d 2 dz 2 . r 2 2 Observe na métrica acima que se identificarmos v s com a velocidade da luz, e fizermos o parâmetro B = 0, obtemos a métrica de Minkowski (espaço-tempo plano). Agora, usando o método de ondas parciais,podemos expressar a função de onda ψ(r,θ) como uma combinação de uma onda incidente ψinc(r,θ) mais uma onda espalhada ψesp(r,θ),isto é r, inc r, esp r, ou r r , exp r cos i f exp r (2) r Mas exp ir cos m m i m J m r exp im m r J m r 2 m cos r r 2 4 Portanto, substituindo as equações (3),em seguida em (2),obtemos 2 m m m i r, i cos r exp im f exp ir r m 2 4 r r Vamos considerar agora 1 2 1 2 2BEl l 2BEl l il il r e r , C r e l l 2 2 2 2 l 2Vs 2Vs l r , J 2 2 (3) Onde Cl r l 2 BEl l 2 2 il cos r e 2 r 2 V 4 4 s 1 2 1 2 BEl l 2 12 2 BEl l 2 2 i r i r 2 2 2Vs 4 4 2V 4 4 s 1 2 il Cl e e e 2 r l Assim teremos i r l 4 i r 4 il 1 2 i r , C e e e f eir l 2 r l r Das expressões anteriores obtemos i 1 2 i 1 2 e 4 eil f Cl e 2 r l r 2 r l 1 2 1 2 BEl l 2 2 2 2 4 2Vs i il i l 2 1 4 il e e r l 2 e 2 C e r l l 2 BEl l 2 2 2 2Vs i 1 2 4 eil (4) Então i l 4 e e 1 2 BEl l 2 2 i Cl 2V 2 2 4 s Como Cl e 1 2 2 BEl l Cl l 2 2 V 2 s 2 1 2 2 2 BEl l i l 2V 2 2 s (5) Substituindo (5) em (4),obtemos f e i 4 e i 4 i l 2 BEl l 2 12 Vs 2 il 1 e 1 e f 2 l i l 2 BEl l 2 12 Vs 2 il 1 e 1 e 2 l (6) O qual 1 1 2 2 2 BEl 1 2 BEl i l 2 l 2 2 l i l l 2 l 2 2 Vs Vs (7) Conclusão Diante da análise feita para o sistema atômico na presença da análogo sônico do buraco negro observamos que as equações (6) e (7),exibem dependência com o parâmetro de velocidade do fluido via constante B. Em decorrência disto,as propriedades físicas são afetadas pela presença do análogo sônicos do buraco negros.Essa configuração de buraco negro exibe uma amplitude de espalhamento não nulo. Abordagem Futura Estudo de geodésicas em buracos negros e seus análogos em matéria condensada. Motivação Teórica A importância de se evidenciar os efeitos da geometria e da topologia do espaço sobre o comportamento das geodésicas evidenciando as condições de estabilidade de trajetórias e a necessidade de se ter um laboratório para experimentação de efeitos gerados por um cenário físico análogo ao dos buracos negros, dando assim um maior suporte físico á teoria. Projeto de experimento de um BN acústico: Buraco negro em De Laval Nozzle “De Laval Nozzle”: Convergente-Divergente Nozzle Forma do Da Laval Nozzle (Univ. de Kyoto) Gargalo 61.6mm 61.6mm b=8mm 100mm 100mm REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOWKER, J. S . Nuovo Cim. B52 (1967), 129; BEZERRA, V. Barbosa. 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