Gestão de Transporte e Frotas
MBA – CASTELO
GESTÃO LOGÍSTICA
Prof. Manuel O. Lemos Alexandre
Mestre Engenharia de Transportes COPPE - UFRJ
Matriz do Transporte - Brasil
Gestão de Transporte e Frotas
•
O termo “gestão de frotas” representa a atividade de
reger, administrar ou gerenciar um conjunto de
veículos que pertencem a uma mesma empresa;
•
Ampla abrangência - envolve diferentes serviços,
como
as
atividades
de
dimensionamento,
especificação de equipamentos, roteirização, custos,
manutenção e renovação de veículos, entre outras.
Gestão de Transporte e Frotas O transporte de cargas
•
No Brasil, o transporte de cargas “rodoviário” – tem
uma estrutura respeitável, responsável pelo
escoamento, de safras inteiras à simples encomendas.
•
A estrutura, gira em torno de aproximadamente 7,5 %
do PIB, cerca de 30 bilhões de dólares por ano;
•
Desempenha papel vital para a economia e o bemestar da nação.
Gestão de Transporte e Frotas
o transporte de cargas
•
O transporte rodoviário de carga no Brasil opera em regime de
livre mercado, regulado segundo a Lei nº 11.442, de 5 de
janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de
cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.
1.
Por se tratar de uma atividade econômica, em regime de livre
concorrência, o transportador precisa de prévia inscrição no
RNTRC da ANTT;
2.
ANTT (atuação) – abrange mais de 85% do transporte de
cargas no Brasil e, nesse total, estão os 60,48% operados pela
modalidade rodoviário.
Gestão de Transporte e Frotas
O transporte de cargas
•
•
O RNTRC – de porte obrigatório – é a certificação para a prestação
do serviço de transporte rodoviário de cargas por empresas
transportadoras, cooperativas e transportadores autônomos do
Brasil;
A ANTT administra o RNTRC com a finalidade de atender
reivindicação dos transportadores;
•
O principal objetivo da ANTT ao criar o RNTRC visa regularizar o
exercício da atividade e disciplinar o mercado de transporte
rodoviário de cargas;
•
A ANTT ao adotar essas medidas, sugere as seguintes vantagens:
•
Manter atualizados os dados da oferta do transporte rodoviário de
cargas; distribuição espacial, composição e idade da frota; áreas de
atuação (urbana, estadual e regional) dos transportadores;
Gestão de Transporte e Frotas
O transporte de cargas
•
especialização da atividade econômica (empresas, cooperativas
e autônomos) e fiscalização do exercício da atividade;
•
mais informação sobre a oferta de transporte, maior segurança
ao se contratar um transportador, redução de perdas e roubos
de cargas e redução de custos dos seguros;
•
melhora na fiscalização – o porte do certificado é obrigatório e
é fiscalizado pela Polícia Rodoviária Federal, em todas as
rodovias federais do país e pelos fiscais da ANTT
Alguns números sobre transporte de cargas
•
834.471 transportadores inscritos sendo 703.545 autônomos,
130.293 empresas e 633 cooperativas, que totaliza uma frota de
1.595.133 veículos habilitados ao transporte rodoviário de
cargas;
•
48% dos veículos estão localizados na Região Sudeste; 29% na
região Sul; 11% na Nordeste; 8% na Centro-Oeste e 4% na
região Norte;
•
16,2 anos: sendo que 56,9% do total dos veículos – que são dos
transportadores autônomos - a idade sobe para 20,6 anos de
idade.
‘Sistema’ de Controle da Frota Rodoviária
Internacional de Cargas
•
Desenvolvido para agilizar o fluxo de informações;
•
Oferece segurança e confiabilidade ao controle da frota em
consonância com o Acordo sobre o Transporte Internacional
Terrestre (ATIT) principal instrumento de regulamentação de
transporte no CONESUL;
•
Possibilita maior controle Internacional de cargas;
•
Automatiza processos internos, além de garantir maior rigidez
na manutenção das informações sobre o transporte de cargas,
suas frotas e licença.
Algumas Dificuldades Encontradas na Evolução dos
Processos de Gestão de Frotas

Adoção de procedimentos empíricos e intuitivos que, muitas vezes, estão
distantes do ótimo ou do bom;
•
Os avanços em áreas como a informática, telecomunicações, sensoriamento
remoto etc. são relativamente recentes e estão sendo absorvidos lentamente
pelos transportadores;
•
Os transportadores, não conhecem ou não crêem em determinadas técnicas
ou ferramentas novas e sofisticadas;

Insegurança e resistência para incluir alterações em um sistema de trabalho
que, de certa forma, vem funcionando há certo tempo;

Carência de ferramentas ou sistemas computacionais capazes de, a um custo
acessível, ajudar as transportadoras a planejar e a executar suas operações.
A Estrutura Organizacional das Empresas de Transporte
•
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Segmentos do mercado brasileiro de transporte rodoviário de carga:
carga geral;
cargas sólidas;
cargas unitizadas;
encomendas;
carga viva;
cargas perigosas;
madeira;
cargas indivisíveis;
móveis;
produtos sob temperatura controlada;
produtos siderúrgicos;
valores;
veículos automotores;
Cargas líquidas
A Estrutura Organizacional das Empresas de
Transporte
• Estrutura em dois níveis: macro e micro.
• Macro – existência de uma matriz que coordena
as filiais e as agências;
• A coordenação é baseada a partir de uma
estratégia
operacional,
administrativa
e
mercadológica, com a finalidade de aproveitar
todo o potencial do segmento.
Representação da Macroestrutura de uma
Transportadora
Macroestrutura de uma empresa de
Transporte
•
O plano é feito com o objetivo de garantir o retorno
dos investimentos e de avaliar sua capacidade de
expansão.
•
Desta forma, fica definido a instalação e a localização
geográfica de filiais e agências.
•
O transporte de cargas entre elas é realizado por
veículos apropriados para deslocamentos de longo
curso, os quais têm maior capacidade estática do que
os empregados para as operações de coleta e
distribuição.
Representação da Microestrutura de uma Empresa
de Transportes:
Estrutura da Matriz e Filiais
Microestrutura
•
Microestrutura – caracterizada pela estrutura, pela
hierarquização das funções dentro da matriz e das
suas demais unidades;
•
Geralmente são divididas em Diretoria, Gerência e
Chefia;
•
A matriz tem em sua microestrutura uma área de
atuação que atinge toda a macroestrutura da empresa.
Nela estão os principais diretores e gerentes;
Organograma da Matriz
Microestrutura da matriz com a Coordenação
das filiais pelos diretores regionais
Microestruturas
•
As microestruturas das filiais são distintas à da matriz
e são esquematizadas conforme o plano estratégico
de cada unidade;
•
O conceito de interdependência entre as unidades da
macroestrutura resulta de uma metodologia
denominada gestão sistêmica;
•
A atuação sistêmica da matriz faz com que os
dirigentes tenham mais poder para a alocação de
recursos a cada unidade, em função da sua
importância dentro do plano estratégico.
Indicação dos Setores com Interação
Direta ou Indireta na Gestão de Frotas
Diretorias
De modo geral considera-se a existência de cinco diretorias
na administração de uma empresa de transporte:
1.
2.
3.
4.
5.
Administração
Operações
Finanças
Marketing; e
Recursos Humanos
Diretoria
•
Administração, Operação, Finanças, Marketing e
Recursos Humanos – constituem as cinco diretorias que
administram as atividades de uma empresa de transporte,
porém, é a diretoria de operações que está diretamente
ligada à gestão da frota.
•
O setor de operações controla todos os meios utilizados
para garantir as atividades de movimentação das cargas e
a administração (incluídas os serviços da equipe de
operações, os veículos de coleta e entrega e os de longo
curso, a manutenção e os postos da empresa, os armazéns
e o pessoal do setor, a área física de movimentação, além
de instalações e equipamentos de movimentação interna
de cargas.
Diretoria
•
Administração, Operação, Finanças, Marketing e
Recursos Humanos – constituem as cinco diretorias
que administram as atividades de uma empresa de
transporte, porém, é a diretoria de operações que está
diretamente ligada à gestão da frota.
•
A diretoria de operações é responsável por toda a
execução do serviço (gestão de frotas);
Enquanto a diretoria de mkt é a responsável pela
ocorrência de solicitação do transporte, a de
operações é responsável pela sua execução, bem
como seu respectivo padrão de qualidade.
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Diretoria
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Principais atividades vinculadas a Função Operações:
avaliação do desempenho da frota
avaliação do índice de produtividade dos armazéns da
empresa
avaliação e investigação da ocorrência de faltas, e
sobre avarias,
contratação de veículos autônomos
despacho de veículos- determinação dos padrões de
operação da empresa.
Diretoria
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•
Principais atividades vinculadas a Função
Operações:
dimensionamento da frota de longo curso
manipulação interna de carga
realização de coletas
e realização de
carregamentos
reformulação do layout do armazém.
É possível encontramos na diretoria de
operações as gerencias de FROTAS e de
OPERAÇÕES .
Gerências
• GERENTE DE FROTAS:
• acompanhamento de conservação e manutenção de
frota de coleta e entrega
• controle sobre aplicação das normas e políticas relativas
à contratação de veículos de terceiros, tanto para as
operações de longo curso como de coletas e entrega
• estabelecimento dos padrões de serviços prestados pela
frota
Gerências
• GERENTE DE FROTAS:
• programação e controle da frota de longo curso
• solução de sinistro, no que se refere à frota
• supervisão dos serviços de manutenção.
• As atividades de translação da carga entre filias e todos
os aspectos pertinentes à frota de coleta e entrega são
responsabilidades desse gerente.
Gerências
• GERENTE DE OPERAÇÕES:
• avaliação da produtividade da equipe de movimentação
interna da carga de cada filial;
• estabelecimento dos padrões de produtividade na
movimentação física da carga;
• estabelecimento dos padrões de serviço prestado pelas
filias ;
• estudo da racionalização da movimentação física da
carga ;
Gerências
• GERENTE DE OPERAÇÕES:
• estudo da reformulação do layout dos armazéns das
filias;
• exame dos casos de avarias motivado pela
movimentação física ou faltas decorrentes do processo
de controle da movimentação física;
• supervisão da aplicação da política tarifária da empresa,
referente à densidade dos bens transportados.
• Algumas empresas, incluem também nessa gerência, a
supervisão e o controle dos armazéns, entre outras.
Importância da Frota no Patrimônio e
nos Custos das Empresas de Transporte
• O percentual de participação da frota no patrimônio e
nos custos da empresa varia de caso a caso;
• A variação depende: (1) da natureza e dos objetivos da
organização (carga própria, de terceiros, passageiros,
fretamento, entre outros) e (2) a forma como os
veículos são incorporados e contabilizados na frota
(leasing, financiamento, aluguel etc.)
• A frota representa a grandeza da empresa pois, são a
fonte de receitas e a empresa desenvolve serviços e
amplia seus negócios;
• Daí a necessidade de uma boa gestão.
Importância da Gestão de frotas
1.
•
•
•
Para a Economia nacional:
Países mais ricos são os que possuem os melhores
sistemas de transporte, provando que o tamanho do
PIB está intimamente relacionado com a qualidade
dos transportes;
A estrutura do sistema de transporte de cargas, no
Brasil, movimenta anualmente montantes em torno
de US$ 40 bilhões, ou seja, 8,5% do PIB; sistema
rodoviário é responsável por 60% do escoamento
das cargas;
Uma boa gestão de frotas pode beneficiar a economia
em função dos números citados.
Importância da Gestão de frotas
2.
Para as Empresas: o transporte de cargas por operar
em um mercado de muita concorrência, a eficiência
na gestão de frotas torna-se um fator decisivo para o
crescimento e para a sobrevivência das empresas;
•
A má gestão, no caso das empresas de carga própria,
pode implicar custos elevados de transporte e
conseqüentemente comprometer o relacionamento
comercial com boa parte dos clientes;
Importância da Gestão de frotas
3.
•
Para os Embarcadores, Usuários e Consumidores:
O transporte se faz necessário com a finalidade de
conectar a produção e o consumo, e o custo desse
serviço (custo operacional dos veículos) será um
componente do preço final dos produtos;
•
Quem paga o referido custo é o comprador da
mercadoria;
Uma melhoria na gestão de frotas, tendo em conta
que o mercado de fretes é concorrente, refletirá na
redução
dos
custos
de
transporte
e
conseqüentemente, no preço final.
•
Gestão de Transporte e Frotas
1. Exercício de fixação:
• Defina gestão de frotas e qual a importância
para a logística;
• Explique qual a razão de grande parte do
transporte de carga ser realizado pelo modo
rodoviário, quais as vantagens e desvantagens.
A. Exercício para próxima aula:
• Atualizar a distribuição espacial da frota
rodoviária de cargas dentro do território
nacional .
Exercícios de fixação
2.
•
•
Apresente a estrutura organizacional
considerada “ideal” de uma empresa de
transporte
(veículos
automotores;
encomendas) que apresente a seguinte
configuração:
Oito filiais, quatrocentos funcionários, cinco
agências e setenta e cinco veículos que
compõem a frota entre longo curso, coleta e
entrega.
Atividades executadas em cinco funções:
Operações, marketing, recursos humanos,
administração e finanças;
Gestão de Transporte e Frotas
• Bibliográfica, Fonte:
• VALENTE, Amir Mattar; NOVAES, Antonio
Galvão; PASSAGLIA, Eunice; VIEIRA, Heitor.
Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2. Ed. rev. –
São Paulo: Cengage Learning, 2008.
• Sites e revistas especializadas;
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Gestão de Transporte e Frotas - Universidade Castelo Branco