Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Departamento de Ciências Fisiológicas Farmacologia
Colinérgicos
Daniela Martí Barros
Agonistas Colinérgicos
Ação Direta
Ação Indireta
• ACETILCOLINA
• Edrofrônio
• Betanecol
• Neostigmina
• Carbacol
• Fisostigmina
• Pilocarpina
• Piridostigmina
Principais Efeitos dos Agentes Muscarínicos
 Efeitos Cardiovasculares
- redução da freqüência cardíaca
- diminuição do débito cardíaco (redução da força
de contração do átrio)
- vasodilatação generalizada ( mediada pelo NO)
- queda da pressão arterial
 Efeitos sobre a musculatura lisa
-  contração do musc liso do TGI
- contração da bexiga e dos brônquios
Principais Efeitos dos Agentes Muscarínicos
 Efeitos oculares -
- músculo ciliar - ajusta a curvatura do cristalino
- constritor da pupila - ajusta a pupila em resposta
as alterações de luminosidade.
Usos clínicos dos Agentes Muscarínicos
 Tratamento do glaucoma (pilocarpina)
 Esvaziamento da bexiga pós operatório e
estimulador da motilidade gastrointestinal (betanecol)
Antagonistas Muscarínicos
 Parassimpaticolíticos
- ATROPINA (Atropa belladonna)
- HIOSCINA (Datura stramonium)
- Ipratrópio
- Pirenzepina (antagonista M1 seletivo)
Principais efeitos da ATROPINA
 Inibição das secreções (lacrimais, salivares, brônquicas e
sudoríparas), com aumento da temperatura corpórea
 Efeitos sobre a freqüência cardíaca
- taquicardia (bloq dos receptores musc cardíacos)
- doses baixas bradicardia paradoxal (ef central)
- não há alteração na pressão arterial
 Efeitos oculares
- midríase
- paralisia da acomodação do olho (cicloplegia)
- pode ocorrer  da pressão intraocular
Principais efeitos dos ATROPINA
Efeitos sobre o TGI
- inibição da motilidade
- Pirenzepina (seletivo M1) inibe a secreção de ac gástrico
 Efeito sobre a musculatura lisa
- relaxamento da musc das vias brônquicas, urinárias e
biliares.
 Efeito sobre o SNC
- efeitos excitatórios
-  doses causa inquietação
-  doses causa agitação e desorientação
Usos clínicos dos Antagonistas
Muscarínicos
 Cardiovascular
- tratamento da bradicardia sinusal (após o infarto
do miocárdio) - atropina iv
 Oftálmico
- para dilatar a pupila gotas oftálmicas de
tropicamida (ação curta); gotas oftálmicas de
ciclopentolato (ação prolongada)
 Neurológico
- prevenção da cinetose (hioscina) vo
- Parkinsonismo; ef extrapiramidais de agentes
antipsicóticos
Usos clínicos dos Antagonistas
Muscarínicos
 Respiratório
- asma - ipratrópio por inalação
- pré anestésico para ressecar secreções atropina e hioscina injetáveis.
 Gastrointestinais
- antiespasmódico
- suprimir a secreção de ácido gástrico
- úlcera péptica - pirenzepina (seletiva M1)
Colinesterases
Acetilcolinesterase - principalmente ligada à membrana
- específica para ACh
- responsável pela rápida hidrólise da Ach
 Butirilcolinesterase
- pseudocolinesterase
- não seletiva
- plasma e em muitos tecidos
Anticolinesterásicos
• Duração da ação
- ação curta - edrofônio
- ação intermediária - neostigmina, fisiostigmina
- irreversíveis - organofosforados
• Potencializam a transmissão colinérgicas nas
sinapses autônomas colinérgicas e na junção
neuromuscular.
• Efeitos no SNC - fisiostigmina e organofosforados
(atravessam a BHE)
Anticolinesterásicos
• Efeitos autônomos
- bradicardia
- hipotensão
- secreções excessivas
- broncoconstrição
- hipermotilidade gastrointestinal
- redução da pressão intra ocular
• Ação neuromuscular
- fasciculação muscular
- aumento na tensão da contração espasmódica
- bloqueio de despolarização
Aplicações Clínicas dos
Anticolinesterásicos
 Em anestesia - reverte a ação das drogas bloqueadoras
neuromusculares - neostigmina iv (atropina como precaução)
 Tratamento da miastenia grave - neostigmina e piridostigmina vo
- crise colinérgica com uso excessivo (ef muscarínicos)
- edrofônio para auxiliar no diagnóstico da miastenia
grave
Reativação da colinesterase
PRALIDOXIMA
• Reativa a ACh-E bloqueada
• Tem alta afinidade pelo P - desloca o
organofosforado, desde que administrada antes do
envelhecimento da ligação.
Drogas que afetam os
gânglios autônomos
Estimulantes
• Nicotina
• Lobelina
Afetam a junção
neuromuscular
• Dimetilfenilpiperazínio (DMPP)
Efeitos dos estimuladores
ganglionares
• Estimulação dos gânglios simpáticos e parassimpáticos
(efeitos complexos) -taquicardia
-  da pressão arterial
-  secreções brônquicas, salivares e sudoríparas
- sem utilidade terapêutica
Drogas que afetam os
gânglios autônomos
Mecanismos dos Bloqueadores Ganglionares
• Interferência na liberação de Ach (tb ocorre
na junção neuromuscular) - toxina botulínica e
hemicolínio e íon magnésio
• Desporalização prolongada nicotina
• Interferência na ação pós-sináptica da Ach
- Hexametônio
- Trimetafan
Efeitos dos bloqueadores
ganglionares
•Bloqueio dos gânglios autônomos e entéricos
-hipotensão
- perda dos reflexos cardiovasculares
- inibição das secreções
- paralisia gastrointestinal
- comprometimento da micção
- pouca utilidade clínica - exceção ao trimetafan produz hipotensão controlada na anestesia
Bloqueadores Neuromusculares
 Agentes bloqueadores não despolarizantes
- bloqueiam os receptores de Ach e/ou canal
iônico.
 Agentes bloqueadores despolarizantes
- são agonistas nos receptores de Ach
Bloqueadores Neuromusculares
 Agentes não despolarizantes
- tubocumarina, atracúrio, vecurônio
- atuam como antagonistas no AchR
- diferem na duração da ação
 Agentes despolarizantes
- suxametônio
Bloqueadores Neuromusculares
• O bloqueio não despolarizante é reversível por
agentes anticolinesterásicos
• O bloqueio despolarizante produz fasciculações
iniciais e, com freqüência, dor muscular pós
operatória
• Tubocumarina - bloqueio ganglionar, liberação de
histamina (hipotensão, broncocontrição)
• Suxametônio - bradicardia, disritmias cardíacas
(liberação de K+ particularmente em queimados ou
traumatizados), elevação da pressão intra-ocular e
hipertermia maligna (rara).
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Fármacos Colinérgicos 2