AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DA INCLUSÃO DE ATROPINA
NA PRÉ QT DE PACIENTES EM TRATAMENTO COM IRINOTECANO
Segreto, N. S.¹; Carvalho, L. A. ¹; Gambôa, N. F. ¹; Lima, M.L. ¹; Costa, B. C. P. 2
¹Farmacêutico Grupo COI, 2Estagiário Grupo COI – Rio de Janeiro, RJ
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O irinotecano é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores
da topoisomerase, indicado no tratamento de pacientes com neoplasias
gastrintestinais e pulmonares, entre outros. O fármaco inalterado possui
atividade anticolinesterásica que pode resultar em sintomas de aumento do
peristaltismo intestinal, como cólicas abdominais e diarreia. Está descrito
em bula que em pacientes com sintomas colinérgicos a administração
terapêutica ou profilática de atropina de 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou
subcutânea deve ser considerada, a não ser que contraindicada
clinicamente. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a inclusão de
atropina na pré–quimioterapia de pacientes que apresentaram cólica
abdominal e/ou diarreia durante tratamento com irinotecano.
METODOLOGIA
Destes pacientes, 25% tiveram inclusão de atropina em seu tratamento após
avaliação médica (gráfico 2).
75%
25%
Com adição de
Atropina
Sem adição de
Atropina
Gráfico 2 - Porcentagem de pacientes que tiveram a inclusão de atropina no seu tratamento.
Neste trabalho foram avaliados e acompanhados, a partir de busca ativa em
relatório de intercorrência preenchido pela enfermagem, os pacientes
oncológicos do Grupo COI que trataram com irinotecano no período de
março à dezembro de 2013 e que apresentaram cólica abdominal e/ou
diarreia durante a infusão. As reações adversas foram reportadas por e-mail
aos médicos assistentes para que, após análise e prescrição, fosse incluída
atropina na pré-quimioterapia destes pacientes.
Foram beneficiados com melhora dos sintomas 50% dos pacientes que
tiveram adição de atropina (gráfico 3).
50%
RESULTADOS
50%
Pacientes com
melhora dos sintomas
Pacientes sem melhora
dos sintomas
No período de março à dezembro de 2013, dos 154 pacientes que trataram
com irinotecano, 16% apresentaram cólica abdominal e/ou diarreia
(gráfico 1).
Gráfico 3 - Pacientes com melhora após a adição de atropina na pré-quimioterapia.
CONCLUSÃO
16%
Apresentaram cólica
e/ou diarréia
84%
Não apresentaram
cólica e/ou diarréia
Em vista do exposto, podemos concluir que a conscientização e
comprometimento da equipe multiprofissional é essencial para que a
subnotificação seja evitada e que grande parte dos pacientes acometidos
com cólica abdominal e/ou diarreia não tenham seus tratamentos
prejudicados. O acompanhamento desses pacientes e o “feedback” da
equipe médica, é importante na avaliação da necessidade de inclusão de
atropina desde o primeiro ciclo de tratamento na pré-quimioterapia de
pacientes iniciando tratamento com irinotecano, visando melhorar a
qualidade de vida durante o tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Gráfico 1 - Pacientes que trataram com irinotecano e apresentaram cólica abdominal e/ou diarréia.
1- Evoterin: Irinotecano. Responsável técnico: Dra. Liz Helena Gouveia Afonso . São Paulo: Rua Urussuí,
92 conj. 101 a 104 . Bula de remédio [2013].
2- Atropion: Atropina. Responsável técnico: Dr. Celso C. Hojaij. São Paulo: Rua Adherbal Stresser, 84.
Bula de remédio [2013].
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avaliação do benefício da inclusão de atropina na pré