Programa de Agentes Comunitários - PACS Em matéria de saúde, prevenir as doenças é sempre o caminho mais seguro e mais econômico. Essa prevenção deveria começar em cada família porém para isso existem muitas limitações que, entre outras causas, são geradas pela falta de informação e pelos problemas cruciais principalmente relacionados a saúde materno-infantil. No início da década de 80, alguns países iniciaram os primeiros passos nessa direção, aparecendo Canadá, Cuba, Inglaterra e outros, como pioneiros das mudanças nos serviços primários de saúde de reconhecida resolutividade e impacto, mundialmente. Inspirado nestas experiências bem sucedidas, o Governo Federal criou, por meio do Ministério da Saúde, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). A implantação do PACS, surge em 1991 com trabalhos de pessoas da comunidade treinadas. O PACS é uma estratégia que integra a Agenda Básica da Comunidade Solidária. No foco dessa estratégia estão as idéias de proporcionar a população o acesso e a universalização do atendimento à saúde, descentralizando as ações. A valorização da família e da comunidade, bem como sua participação ativa na prevenção de doenças e na promoção da saúde, são pontos centrais na atuação do PACS. Tal atitude proporciona à população uma assistência de maior qualidade e permite elevar seu padrão de saúde. É o próprio Município que opta pela implantação do PACS, promove a seleção dos agentes na comunidade e proporciona treinamento a eles. São exigidos dos municípios os seguintes requisitos: Estar habilitado na Norma Operacional Básica do SUS/NOB-SUS/96; elaborar projeto de implantação do PACS de acordo com as diretrizes do programa; Ter aprovação de sua implantação do PACS pelo Conselho Municipal de Saúde/CMS; Garantir a inclusão da proposta de trabalho do PACS no Plano Municipal de Saúde; Garantir a integração do ACS na rede básica dentro da área de abrangência do PACS; Garantir o programa de educação continuada para a equipe do PACS; Ter 01 enfermeiro supervisor para cada 30 ACS, em plena parceria entre a União, Estados e municípios, co-responsáveis na proteção da saúde da população brasileira. Todo o processo de implantação e de funcionamento do PACS conta com recursos, orientação e apoio dos três níveis de governo: municipal, estadual e federal. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da Família. Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de saúde. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade onde mora. É um dos moradores daquela rua, daquele bairro, daquela região. Tem bom relacionamento com seus vizinhos. Deve dedicar oito horas por dia ao trabalho de ACS. Orientado pelo médico e pela enfermeira da unidade de saúde, vai de casa em casa e anota tudo o que pode ajudar a saúde da comunidade. Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas em relação à rede do SUS: Ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da Família; Ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe multiprofissional. Atualmente, encontram-se em atividade no país cerca de 204 mil ACS, estando presentes tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em municípios altamente urbanizados e industrializados Um dos pontos mais fortes do Programa de Saúde da Família (PSF) é a busca ativa: a equipe vai às casas das pessoas, vê de perto a realidade de cada família, toma providências para evitar as doenças, atua para curar os casos em que a doença já existe, dá orientação para garantir uma vida melhor, com saúde. Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde BRASIL, ABRIL/2007 Meta e Evolução do Número de Agentes Comunitários de Saúde Implantados BRASIL - 1994 - ABRIL/2007 Agentes comunitários de saúde, mães e crianças participam de um mutirão de pesagem no interior de Alagoas. A Pastoral da Criança acompanha o crescimento e o desenvolvimento de meninas e meninos. Palestra para Agentes Comunitários