AULA 31/04 POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO: PERSPECTIVAS DE UM MUNDO POSSÍVEL Processo produtivo globalizado A emancipação do capital financeiro em relação à produção econômica real torna as grandes corporações descompromissadas com o desenvolvimento dos territórios, enfraquecendo a produção local autosustentável e eliminando as resistências à exploração econômica Novas formas de organização da produção, baseadas no associativismo e nas redes de pequenas empresas, vem emergindo com força crescente e conseguindo acumular as vantagens de ser “grande” (escala na produção, compra e venda) e “pequeno” (flexibilidade, personalização, humanidade) Os meios de comunicação Os meios de comunicação vinculados ao capital, dominados por um conjunto limitado de indivíduos e instituições, disseminam a ideologia burguesa que reforça a cultura do consumo voraz e o distanciamento virtual entre miseráveis e abastados Novas tecnologias de comunicação, interativas e abertas, se tornam cada vez mais acessíveis e utilizadas, permitindo a veiculação de informações livres da influência do poder econômico Organização política e social O crescimento das economias privadas frente ao enxugamento dos Estados tornou as corporações capazes de moldar a política e legislação de países do Terceiro Mundo de forma a satisfazer seus próprios interesses privados. A ampliação do acesso a ferramentas comunicativas da Web 2.0 e 3.0 e a disseminação dos ideais democráticos tem permitido uma mobilização mais articulada e mais inteligente da população, contra as forças políticas dominantes Hábitos de consumo O arsenal publicitário em favor das grandes corporações produziu hábitos de consumo cosmopolitas e vorazes, disseminando uma epidemia da “ansiedade pelo consumo” Movimentos de defesa do consumidor, redes de troca de informações sobre produtos e empresas se solidificam dentro de conceitos de “consumo consciente” e “slow movement”, ganhando adeptos massivamente Por uma nova globalização "É preciso explicar porque o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento de um longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma dos forças dominantes das revoluções e insurreições. Eu ainda sinto a esperança, como minha concepção de futuro". Jean Paul Sartre, 1963, prefácio de "Os Condenados da Terra" de Frantz Zanon.