Tecnologia da Informação – Uma área estratégica Foi na década de 70, e em alguns casos na de 80, que a área de Tecnologia da Informação (TI) era chamada de CPD – Centro de Processamento de Dados. Naquela fase o CPD era responsável por processar as informações em lote, simplesmente compilando dados e emitindo relatórios que em alguns casos ultrapassavam 1.000 páginas. Após esta fase, iniciou-se a disseminação dos computadores pessoais, os primeiros desktops, os quais eram centralizados em ambientes climatizados e seguros, onde as pessoas compartilhavam seu uso. Nesta época surgiu o conceito do Departamento de Informática (DI) e também as primeiras redes de computadores. O DI era então responsável por atender a demanda de sistemas informatizados de forma reativa e os profissionais, muito técnicos, não tinham a visão integrada dos processos e muito menos da estratégia da empresa. Devido a evolução da tecnologia, o surgimento da Internet, a globalização e a concorrência acirrada entre as corporações, surge então a TI - Tecnologia da Informação. Neste novo ambiente a TI assume a posição estratégica dentro das corporações, atuando não somente na área tecnológica (telefonia, impressoras, computadores, equipamentos de rede, servidores, etc), mas tendo comportamento pró-ativo, liderança e participativo nas decisões e no desenho da estratégia da empresa. É muito importante que a alta direção das empresas entenda que TI não é somente uma área de suporte e desenvolvimento de sistemas, pois TI tem a capacidade de entregar muito mais que sistemas e relatórios. TI é uma área chave que está envolvida com todas as áreas da empresa, seja em Recursos Humanos – ferramentas para seleção de candidatos, gerenciamento dos benefícios e projeção de recursos; Jurídica – controle de processos, direitos autorais e crimes digitais; Finanças e Administrativa – Controle e estratégia de custos, investimentos, impostos, SOX, controles e ganhos financeiros/fiscais; Marketing – SEO, campanhas digitais, análise de mercado; Comercial/Vendas – Mobilidade, Internet, negociação/comunicação com clientes, agilidade no atendimento; Supply Chain – Previsões assertivas, rastreabilidade, armazenagem, estratégia de abastecimento e entrega garantida; Alta Administração – Mobilidade e participação no desenvolvimento da visão estratégica do negócio. Como TI pode fazer parte deste jogo de negócios? Com presença garantida nas reuniões e encontros realizados para elaborar a estratégia, os objetivos de desempenho e no acompanhamento da execução. Direcionar para soluções criativas, inovadoras e viáveis com os recursos disponíveis em seu portfólio e no mercado tecnológico. Colaborando e buscando o comprometimento das pessoas envolvidas. Conhecendo os princípios e o grau de risco adotados pela empresa. Outro fator importante é a comunicação, pois sem receber a informação, em tempo hábil, não é possível acompanhar a evolução dos negócios e os índices de desempenho, assim como sugerir ações e medidas importantes para a tomada de decisão. A partir do momento que a empresa entenda TI como uma área estratégica, TI cresce, transformasse em TI 2.0 e toda organização ganha. Ricardo Tacine www.tassini.com.br