UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR FERNANDA SORATO ESTUDO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E ESTILOS DE LIDERANÇA NA VISÃO DOS LÍDERES E COLABORADORES DAS LOJAS DO VAREJO DA ARÉA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE URUSSANGA-SC Artigo submetido ao Curso de Administração da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Gisele Silveira Coelho Lopes Criciúma, 2013 FERNANDA SORATO ESTUDO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E ESTILOS DE LIDERANÇA NA VISÃO DOS LÍDERES E COLABORADORES DAS LOJAS DO VAREJO DA ARÉA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE URUSSANGA-SC Este artigo foi julgado e aprovado para obtenção do grau de Bacharel em Administração, com Habilitação em Administração, no Curso de Administração da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. ________________________________________ Gisele Silveira Coelho Lopes __________________________________________ Abel Corrêa de Souza _____________________________________________ Cleusa Maria Souza Ronsani ESTUDO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E ESTILOS DE LIDERANÇA NA VISÃO DOS LÍDERES E COLABORADORES DAS LOJAS DO VAREJO DA ARÉA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE URUSSANGA-SC Fernanda Sorato Gisele Silveira Coelho Lopes Resumo A presente pesquisa tem como objetivo identificar como os líderes e colaboradores das lojas do varejo da área central do município de Urussanga-SC estão lidando com a inteligência emocional no local de trabalho, e como os líderes se auto avaliam dentro da organização e de que forma são avaliados pelos seus subordinados. A metodologia utilizada nessa pesquisa para atingir os objetivos tem base descritiva, bibliográfica e de campo. A coleta dos dados foi feita por meio de questionários entregues nas lojas, foi possível obter um total de 63 participantes que se dividem em 16 líderes e 47 colaboradores. Os resultados apontaram que,em relação à inteligência emocional foi possível constatar que em todos os atributos os cargos não apresentaram diferenças significativas entre as médias. Com relação à liderança foram analisados os quesitos relacionados aos estilos de liderança transformacional, transacional, passivo/evitamento e os resultados de liderança. È possível afirmar que em todos os atributos relacionados a estes itens o valor do teste tfoi superior a 0,05, evidenciando que não existe diferença na visão dos líderes e colaboradores com relação a liderança, com exceção dos atributos referentes a tratar os outros como indivíduos ao invés de tratá-los apenas como membros de um grupo, e evitar envolver-se quando surgem assuntos importantes houveram diferenças entre líder e colaborador. Palavras-chave: Inteligência emocional, Liderança e Estilos de liderança. 1INTRODUÇÃO A liderança tem sido um tema relevante em estudos organizacionais. Nos últimos anos muitas investigações direcionaram seus enfoques para discussão da liderança (BERGAMINI, 1994; GALVÃO et al, 1997; COSTA; TRIGO 2008; LOPES et al 2008) e os estilos da liderança (STEFANO; FILHO, 2004; STRAPASSION; MEDEIROS, 2009; ROCHA; CAVALCANTE; SOUZA, 2010). As investigações que tratam da liderança em si (BOWDITCH; BUONO, 2004; COVEY, 2002; GIL, 2008) a reconhecem como uma combinação de traços pessoais, comportamentais e aos motivos que giram em torno da eficácia da liderança. As abordagens da liderança se dividem em quatro grandes grupos denominados de liderança situacional ou contingencial que enquadra o estilo de liderança ao momento ou situação (HERSEY; BLANCHARD, 1986; WEHBE; GALVÃO, 2005), no estilo carismático o líder exerce influência sobre os membros do grupo (CONGER; KANUNGO, 1987), no estilo transacional o líder busca satisfazer os interesses e necessidades de seus liderados e o estilo transformacional, o líder é um estimulador que leva os indivíduos a executarem suas atividades da melhor forma possível (AVOLIO; BASS, 1995). Outro temarelevante que desperta mais interesse em estudiosos contemporâneos é a inteligência emocional que foi proposta por Salovey e Mayer em 1990. Estes autores afirmaram que os indivíduos se diferenciavam em certo tipo de inteligência, que estaria associada ao conhecimento das emoções próprias, tendo a capacidade para expressar e descrever os seus próprios sentimentos as demais pessoas. Mas este tema só se tornou conhecido graças à obra de inteligência emocional na década de 1990 do autor Daniel Goleman (1995) um professor da Universidade de Harvard. De acordo com Mayer, Salovey e Caruso (2000), a relação entre a inteligência e a emoção já estava sendo utilizada antes mesmo da década de 1990. A inteligência emocional é um modelo de inteligência que trabalha com a capacidade das pessoas para compreenderem seus próprios sentimentos e emoções e os das outras pessoas (REGO; FERNANDES, 2005). Este estudo foi desenvolvido através da corrente teórica desenvolvida por Bastos, 2008 que buscou compreender a variável da inteligência emocional e sua relação com a chefia e com os colaboradores. Frente aos fatores apresentados, o presente estudo se torna importante, pois irá trabalhar com o setor varejista, num contexto local (município de Urussanga, SC-Brasil). O trabalho se justifica porque nas investigações teóricas e empíricas não foram encontradas investigações que abordaram o comércio varejista com enfoque na liderança e inteligência emocional. Diante deste contexto a presente pesquisa tem como principal objetivo o estudo da inteligência emocional e estilos de liderança na visão dos líderes e colaboradores das lojas do varejo do município de Urussanga-SC. O trabalho esta estruturado da seguinte forma: o primeiro capitulo apresentaà introdução, o segundo capitulo é composto pela revisão da literatura que apresenta trabalhos científicos publicados sobre inteligência emocional e liderança, o terceiro capitulo apresenta a metodologia utilizada no presente trabalho, o quarto capítulo traz a análise e discussão dos dados encontrados com a pesquisa de campo, por fim o quinto capítulo traz as considerações finais referentes ao estudo. 2 Revisão teórica 2.2.1 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL A inteligência emocional (IE) foi definida pela primeira vez por Salovey e Mayer (1990), como uma habilidade de monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos outros, utilizando essas informações para orientar pensamentos e ações. Santos (1999) em seu artigo sobre inteligência emocional no trabalho, concluiu que os indivíduos são auto-motivados pela inteligência emocional (IE) cujos reflexos são identificados na eficiência e satisfação no ambiente de trabalho. Roberts (2002) complementa que a inteligência emocional (IE) possui relação tanto com o bem estar edesempenho das pessoas dentro da organização. Neste contexto, vale ressaltar que quando as pessoas administram melhor suas próprias emoções, passam a ser mais bem sucedidas no trabalho, além de terem uma melhor qualidade de vida. Em uma época em que a tecnologia e a competitividade estão elevadas, o investimento na IE pode ser um meio para elevar o potencial daempregabilidade e do desempenho dos indivíduos (ROBERTS, 2002). Assim a inteligência emocional é apresentada como uma maneira de inteligência possível de ser empregada pelas pessoas que estão no ambiente de trabalho (WOYCIEKOSKI, 2006). Mayer e Salovey (1997) definem a inteligência emocional em quatro ramificações: aprimeira trata da percepção, avaliação e expressão da emoção – referente à capacidade de identificar emoções em si mesmo e nas outras pessoas, além da capacidade de expressar emoções e necessidades ligadas aos sentimentos.A segunda está relacionada à emoção como facilitadora do ato de pensar: a facilidade do pensamento quando, por exemplo, as emoções dão prioridade a algumas idéias, ao focaratenção para questões mais importantes. A terceira é chamada de compreensão e análise de emoções: esta é a capacidade de interpretar os verdadeiros significados que as emoções trazem sobre os relacionamentos interpessoais. A quarta e última área da inteligência emocional é o controle reflexivo daemoção para promover o crescimento emocional e intelectual. Estárelacionada à capacidade das pessoas se manterem abertas a sentimentos, tanto agradáveis quanto desagradáveis, administrando as próprias emoções e dos demais indivíduos. Assim finaliza-se com o estudo de Ryback (2000), afirmando que os líderes emocionalmente inteligentes conseguem compreender as outras pessoas e por meio de sua experiência ajudam os indivíduos a compreenderem suas próprias emoções, além de se sentirem mais valorizados. Isso ocorre quando eles se identificam com os sentimentos das pessoas, tentando se colocar em seu lugar, vendo as coisas sob o ponto de vista alheio. 2.2.2 Liderança e os Estilos de Liderança A palavra liderar originou-se do inglês, to lead, cujo significado está relacionado a “conduzir, dirigir, encaminhar e guiar” (STEFANO, 2008, p. 24). O termo vem despertando interesse para os cientistas há diversos anos e encontrar uma única definição para este tema se tornoualgo difícil. Entre as diversas definições a liderança pode ser definida como a habilidade de um individuo influenciar o outro (BASTOS, 2008). As quatro primeiras décadas do século XX foram caracterizadas por estudos focados nas características pessoais dos líderes, buscando encontrar uma lógica de atributos que os diferenciasse das pessoas lideradas, e conseqüentemente, aquilo que os distinguisse entre si, levando em consideração o grau de eficácia alcançada (GOMES, 2005). Bergamini, (1994)que durante alguns séculos os líderes eramavaliados através de uma lista de traços ou qualidade pessoais que os mesmos supostamente tinham. Assim surgiram duas teorias: dos traços e comportamentais. A teoria dos traços traz a idéia de que o líder nasce com habilidades inatas, inexplicáveis e incompreensíveis. Nesta teoria o líder possui traços de personalidade que influenciam no comportamento dos indivíduos (GALVÃO etal, 1997). A valorização das qualidades pessoais encontradas no líder demonstra uma visão de que liderar é uma habilidade que nasce com o individuo não podendo ser aprendida (BASTOS, 2008). Já a abordagem comportamental busca encontrar diferentes modos de classificar o comportamento do líder na organização, para compreender melhor os estilos de liderança (YUKL, 1998). Nesta ordem de idéias é importante esclarecer quatro classificações para liderança: liderança situacional ou contingencial, carismática, transacional e transformacional (BASTOS, 2008). A definição da liderança situacional ou contingencial está calcada na premissa que não há a existência de uma única forma de liderança para todos os momentos e situações (GALVÃO et al, 2000). Nessa abordagem, a ênfase está no comportamento do líder em relação aos liderados frente a uma tarefa específica (WEHBE; GALVÃO, 2005). Este modelo é baseado no princípio de que quando se há indivíduos com baixa capacidade e disposição é preciso haver um melhor controle e estruturação de suas atividades. Com o passar do tempo o colaborador se torna mais capacitado e o controle deve ser mais baixo e o apoio emocional mais alto(HAIM, 2003). No que se refere à liderança carismática, de acordo com Gomes e Cruz (2007), o carisma surgiuna antiga Grécia sendo interpretado como um dom, que utilizavam para comprovar ocorrências que não tinham uma explicação lógica. Porém este conceito não deve obter foco apenas no dom que o líder possui, mas sim na maneira de como ele é visto pelos outros, influenciando a se comprometerem com suas ações e idéias. Isso significa que não adianta somente analisar o fator carismático, é necessário saber, do ponto de vista dos subordinados, qual o fator que despertou interesse e vontade para seguir determinada pessoa. No trabalho de Conger e Karungo (1987),a liderança carismática foi considerada como um processo comportamental observável, podendo ser analisado e descrito. O carisma é um fenômeno de atribuição, no qual os componentes do grupo de trabalho se esforçam para atingir os objetivos. É visto como um conjunto de atribuições dos liderados, como também um conjunto de comportamentos apresentados pelo líder. Esses conjuntos estão relacionados no sentido de que o comportamento dos líderesconstroem a base das atribuições dos seus seguidores. O trabalho de Silva et al (2012) concluiu que o líder carismático é aquele que transmite forte impressão aos seus subordinados. Este líder faz com que as pessoas se comprometam em relação aos objetivos da organização, incentivando e fazendo com os mesmos superem seus desempenhos e também interesses pessoais. A liderança transacional está relacionada ao comportamento do supervisor no momento em que acompanha e orienta seus liderados, na distribuição de recompensas, na função de educador e motivador, tendo como objetivo atingir as metas estabelecidas pela organização. Este modelo de liderança promove a mudança a partir do carisma e uma visão de futuro do supervisor, a partir da capacidade de comunicar e influenciar os indivíduos a terem a sua maneira de ver as coisas (MELLO, 2004). O líder transacional é aquele que busca os interesses e as necessidades dos subordinados. Com isso promete oferecer recompensas para que os liderados trabalhem buscando atingir os objetivos e metas organizacionais (MAXIMIANO, 2005). O trabalho de Gomes (2005) complementa que este modelo de liderança representa a maneira mais habitual de relacionamento do líder e subordinados, sendo indicada para resolver os problemas mais freqüentes que existem na organização. Vale ainda evidenciar que a liderança transacional é subdividida em duas categorias: recompensa contingente e gestão por exceção ativa. A gestão por exceção ativase caracteriza pelas atitudes praticadas pelo líder, passando a especificar padrões a serem seguidos, inclusive o nível de desempenho. Este estilo de liderança resulta em um monitoramento dos erros e falhas que ocorrem no trabalho, com o objetivo de exercer uma ação que corrija os mesmos. A recompensa contingente édefinidaa partir do estabelecimento de objetivos, reconhecimento e recompensa quando os mesmos são alcançados. Desta forma é possível atingir melhoria no desempenho tanto do grupo como de cada colaborador individualmente (GONÇALVES, 2008). Outro estilo de liderança é atransformacional que pode ser aplicada como uma forma de motivação dos colaboradores, levando os mesmos a realizarem suas atividades superando as exigências mínimas. O líder transformacional tem o poder de estimular o potencial motivacional para incentivar o comprometimento de seus subordinados. É considerado um agente de mudanças, na qual está empenhado em maximizar o desempenho individual, grupal e organizacional (REZENDE, 2010). Este modelo de liderança é um processo de influência na qual os líderes, tentam transmitir aosseus subordinados o que é mais importante, para fazer com que os mesmos vejam as oportunidades e os desafios ao seu redor (BASS; AVOLIO, 2011). Dessa forma, Gomes (2005) afirma que a diferença entre a liderança transacional e transformacional pode ser percebidano modo de relacionamento que é estabelecido em um grupo. A liderança transacional propõe tarefas e consequentemente, as mesmas são respeitadas pelos outros. Já a liderança transformacional tem o poder de ir além da satisfação das necessidades individuais, criando um sentimento de identidade comum, relacionado a um propósito ou ideal coletivo. Portanto, os líderes transformacionais podem ser caracterizados por quatro fatores (BASS; AVOLIO, 1993): O primeiro fator é a influência idealizada que pode ser conhecida comocarismática. Neste estilode líder os indivíduos se sentem especiais e o líder influencia o grupo a seguir sua visão, pois ele é visto como uma pessoa extraordinária e com determinação no seu trabalho. Outra característica da liderança transformacional é a motivação inspiradora que sebaseia na comunicação para aumentar o espírito de equipe e desenvolver o comprometimento da mesma, o líder possui iniciativa e acredita no futuro do grupo. Outro fator é o estimulo intelectual cujos seguidores são incentivados a serem inovadores e criativos no trabalho. Os líderes desafiamas crenças e valores e de seus subordinados. O último componente dessa liderança é a consideração individualizada que está relacionada ao relacionamento individual dentro de um grupo. Olíder se preocupa com as necessidades dos subordinados, assim desenvolve habilidades e melhora a efetividade de todo o grupo. 3Metodologia A pesquisa utilizada nesse estudo quanto aos fins de investigação. Foi descritiva e no que se refere aos meios de investigação,foi de campo, pois a pesquisadora teve contato direto com os colaboradores e líderes das lojas do município de Urussanga, onde foram aplicados os questionários para compreender se existe diferenças entre líderes e liderados com relação à inteligência emocional e estilos de liderança. Os dados necessários foram obtidos através de fontes primárias, por meio de questionários aplicados diretamente com as pessoas. Para esta pesquisa foi utilizado o instrumento de coleta de dados do trabalho de Bastos, 2008. Empresas em estudo estão localizadas na área central do município de Urussanga, no estado de Santa Catarina. Ao todo foram entregues 95 questionários em 23 lojas do comércio. Após três tentativas para o recolhimento dos questionários 16 lojas que atuam no varejo foram as participantes, com um total de 63 funcionários que se dividem em 16 líderes e 47 colaboradores. Para a análise de dados da pesquisa foi utilizada a técnica quantitativa. Este termo significa quantificar as opiniões. Os dados foram tabulados e analisados deforma quantitativa, com o auxílio do software estatístico SPSS (StatisticalPackage for the Social Sciences) comaplicação do Teste t jáque haviam duas variáveis diferentes a serem analisadas (líderes e colaboradores). 4 ANÁLISE DOS DADOS 4.1 Perfildos participantes Com o intuito de conhecer o perfil dos participantes, foram analisadas as seguintes variáveis: cargo, tempo de empresa, anos de experiência e função desempenhada na empresa. As lojas participantes são lojas do varejo situadas no centro de Urussanga, SC, Brasil que se dividem em vários setores, conforme apresentado na Tabela 1. Tabela 1 - Lojas participantes da pesquisa Lojas participantes da pesquisa Lojas Farmácia Agropecuária Relojoaria Loja de Eletrodomésticos Loja de informática Lojas de roupas Supermercado Fonte: Dados da pesquisa (2013). Número de lojas participantes de cada setor 2 1 1 1 1 9 1 Os participantes foram colaboradores que atuam em diversos segmentos do varejo de Urussanga. Neste sentido, buscou-se comparar o cargo com a faixa etária destes participantes, conforme dados apresentados na Tabela 2. Tabela 2-Comparativo entre cargo e faixa etária Cargo Líderes Colaboradores Total Fonte: Dados da pesquisa (2013) N 16 47 Idade/Anos 34,31 26,42 63 28,43 Observando a Tabela 2 é possível verificar que participaram da pesquisa 63 profissionais, que se dividem entre líderes e colaboradores. Pode-se verificar que 16 líderes participaram da pesquisa, em sua maioria, possuem idade média de 34,31 anos. Já os colaboradores participantes da pesquisa totalizaram 47 pessoas, estes em sua maioria são jovens apresentando idade média de 26,42 anos. A Tabela 3 apresenta o comparativo entre o cargo e o tempo de empresa dos participantes, para conhecer se são os líderes ou colaboradores que trabalhamhá mais tempo na mesma empresa. Tabela 3-Comparativo entre cargo e tempo que trabalha na empresa Cargo N Tempo/Ano Líderes 16 7,38 Colaboradores 47 3,63 Tempo que trabalha na empresa Fonte: Dados da pesquisa (2013) Analisando o tempo de trabalho na empresa é possível perceber que os líderes estãohámais tempo nas empresas do que os colaboradores representando uma média de 7,38 anos na empresa (88,56 meses). Já os colaboradores possuem uma média de tempo na empresa equivalente há 3,63 anos (43,60 meses), isso significa que os colaboradores estão 44,96 meses a menos na empresa se comparado com os líderes. A Tabela 4 apresenta o comparativo entre o cargo e anos de experiência dos dois cargos. Tabela 4- Comparativo entre anos de experiência e cargo Anos de experiência no cargo Cargo N Tempo/Ano Líderes 16 7,375 Colaboradores 47 4,792 Fonte: Dados da pesquisa (2013) Analisando a questão do tempo de experiência no cargo é possível verificar que os líderes apresentam 7,375 anos de experiência na função, número muito próximo ao tempo que trabalha na empresa destacado na Tabela anterior (7,38 anos). Já os colaboradores obtiveram uma média de 4,792 anos de experiência, 2,583 anos a menos de experiência na função com relação aos líderes. 4.1.1 Inteligência emocional De acordo com a literatura a inteligência emocional está relacionada com a capacidade do individuo conhecer seus próprios sentimentos e das outras pessoas, motivando e gerenciando da melhor maneira suas emoções e relacionamentos (GOLEMAN, 1999). Frente à esse pressuposto, esta seção se propõe em apresentar os resultados deste estudo considerando as seguintes hipóteses de pesquisa à luz do modelo de IE de Bastos, 2008. Para testar as hipóteses (H0 e H1) houve a comparação das médias dos cargos (líderes e colaboradores), verificando se existe ou não diferenças significativas entre os mesmos em relação as categorias apresentadas. O Teste tfoi utilizado para testar as hipóteses utilizando um nível de significância de 0,05. Quadro 1: Categorias de análise e hipóteses de pesquisa. Categorias de Análise Compreensão das emoções próprias Autocontrole perante as criticas Auto encorajamento Autocontrole emocional Empatia Compreensão das emoções dos outros Hipóteses H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à compreensão das emoções próprias. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à compreensão das emoções próprias. H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação ao autocontrole perante as criticas. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação ao autocontrole perante as críticas. H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos lideres e colaboradores em relação ao auto encorajamento. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos lideres e colaboradores em relação ao auto encorajamento. H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação ao autocontrole emocional. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação ao autocontrole emocional. H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à empatia. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à empatia. H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à compreensão das emoções dos outros. H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à compreensão das emoções dos outros. Fonte: Elaborado pela pesquisadora à luz de Rego e Fernandes (2005). No instrumento de pesquisa para o conjunto de atributos relacionados à Inteligência Emocional (IE) foi solicitado que cada respondente assinalasse numa escala de 7 pontos suas percepções referente a questão. Quadro 2 – Escala do Instrumento de Coleta de Dados dos Atributos de Inteligência Emocional (IE). 1 2 3 De uma Não se aplica forma geral, Aplica-se rigorosamente não se aplica pouco nada a mim a mim Fonte: Dados da pesquisa (2013). 4 5 6 7 Aplica-se alguma coisa Aplica-se muito Aplica-se bastante Aplica-se Completamente a mim A Tabela 5 apresenta os atributos relacionadosà Inteligência emocional (IE) dos líderes e colaboradores nas 6 (seis) categorias de análise. Tabela 5 - Inteligência emocional Categoria I: Compreensão das emoções próprias Atributos 01 02 03 04 Cargo Líderes Compreendo os meus sentimentos e emoções Colaboradores Líderes Compreendo as causas das minhas emoções Colaboradores Líderes De uma forma geral tenho consciência dos meus sentimentos Colaboradores Líderes Quando estou triste, sei quais são os motivos Colaboradores Erro do Desvio Padrão Médio N Média Desvio Padrão 16 47 16 47 16 47 16 47 4,63 4,70 5,00 4,72 5,38 5,30 5,00 5,45 1, 204 1, 102 1, 317 1, 455 0, 957 1, 317 1, 713 1, 599 0, 301 0, 161 0, 329 0, 212 0, 239 0, 192 0, 428 0, 233 Erro do Desvio Padrão Médio Testet 0, 814 0, 504 0, 830 0, 347 Categoria II: Autocontrole perante as criticas N Média Desvio Padrão Líderes Não lido bem com as criticas que me fazem Colaboradores Líderes Quando sou derrotado num jogo, perco o controle Colaboradores Tenho dificuldade em conversar com Líderes pessoas que não partilham pontos de Colaboradores vista idênticos aos meus 16 47 16 47 16 3,44 3,38 2,38 1,77 3,44 0, 814 1, 438 1, 147 0, 813 1, 263 0, 203 0, 210 0, 287 0, 119 0, 316 47 2,68 1, 446 0, 211 Fico irritado quando criticam, mesmo Líderes sabendo que as outras pessoas tem Colaboradores razão Líderes É difícil para mim aceitar uma crítica Colaboradores 16 3,56 1, 094 0, 273 47 3,13 1, 689 0, 246 16 47 3,13 2,96 0, 885 1, 351 0, 221 0, 197 0,646 Erro do Desvio Padrão Médio Teste t Atributos 05 06 07 08 09 Cargo Teste t 0,853 0,024 0,067 0,340 Categoria III: Auto encorajamento Atributos 09 10 11 Cargo Líderes Colaboradores Líderes Dou o melhor de mim para alcançar os objetivos a que me propus Colaboradores De uma forma geral, costumo Líderes estabelecer objetivo para mim Colaboradores próprio. Normalmente encorajo-me a mim próprio para dar o melhor de mim N Média Desvio Padrão 16 47 16 47 16 5,81 5,70 6,00 6,09 5,19 0, 981 1, 121 1, 095 1, 080 1, 642 0, 245 0, 164 0, 274 0, 158 0, 410 47 5,23 1, 463 0, 213 0,727 0,787 0,915 Categoria IV: Autocontrole emocional Atributos 12 13 14 Cargo 16 17 18 Erro do Desvio Padrão Médio 4,50 4,19 4,81 4,23 4,56 3,87 1, 366 1, 610 1, 223 1, 339 1, 413 1, 424 0, 342 0, 235 0, 306 0, 195 0, 353 0, 208 N Média Desvio Padrão Erro do Desvio Padrão Médio 16 47 16 47 16 47 16 47 5,94 6,17 3,75 2,55 5,50 5,87 4,00 3,66 1, 063 1, 110 2, 206 1, 572 1, 095 1, 424 1, 366 1, 592 0, 266 0, 162 0, 552 0, 229 0, 274 0, 208 0, 342 0, 232 N Líderes 16 Colaboradores 47 Líderes 16 Sou realmente capaz de controlar as minhas próprias emoções Colaboradores 47 Líderes 16 Reajo com calma quando estou sob tensão Colaboradores 47 Categoria V: Empatia Consigo permanecer calmo mesmo quando os outros ficam zangados Atributos 15 Média Desvio Padrão Cargo Líderes Colaboradores Líderes Sou indiferente á felicidade dos outros Colaboradores Líderes Sinto-me bem quando um amigo meu recebe um elogio Colaboradores Líderes Vivo os problemas dos meus amigos como se fossem os meus problemas Colaboradores Quando algum amigo ganha algum premio, sinto-me feliz por ele. Teste t 0,495 0,133 0,098 Teste t 0,467 0,021 0,345 0,448 Categoria VI: Compreensão das emoções dos outros Atributos 19 20 21 Cargo Líderes Colaboradores Líderes Procuro compreender os sentimentos da pessoa que estou a ouvir Colaboradores Consigo compreender as emoções e Líderes sentimentos dos meus amigos vendo Colaboradores os seus comportamentos Empenho-me em compreender os pontos de vista das outras pessoas Erro do Desvio Padrão Médio N Média Desvio Padrão 16 47 16 47 16 5,00 5,34 5,94 5,49 4,75 0, 966 1, 166 0, 929 1, 266 1, 125 0, 242 0, 170 0, 232 0, 185 0, 281 47 4,83 1, 565 0, 228 Teste t 0,298 0,199 0,852 Fonte: Dados da pesquisa (2013) Observando o Teste t é possível verificar que em praticamente todos os atributos não houveram diferenças significativas entre as médias, sendo que os valores de t foram superiores a 0,05, com exceção dos colaboradores que destacaram que aplicam pouco em obter calma quando estão sob tensão (Categoria II – Atributo 6) e ( Categoria V – Atributo XXVI). Esse resultado comprova que a hipótese H0 é verdadeira, pois não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em todas as categorias de análise. Ao analisar o desempenho das médias, foi possível observar que em todas as categorias tanto os líderes como os colaboradores conseguem lidar com sua inteligência emocional. Vale evidenciar que a inteligência emocional está relacionada com a capacidade do individuo conhecer seus próprios sentimentos, e das outras pessoas, motivando e gerenciando da melhor maneira suas emoções e relacionamentos (GOLEMAN, 1999). Estilos de Liderança Esta seção se propõe em analisar os estilos de liderança que foram avaliados pelos próprios líderes e pelos colaboradores destes líderes, para compreender a percepção dos participantes sobre os estilos de liderança existentes foi proposta uma escala de 7 pontos, conforme Quadro a seguir: Quadro 2– Escala do Instrumento de Coleta de Dados dos Atributos dos Estilos de Liderança. 1 2 3 Nunca Raramente Poucas vezes 4 Algumas vezes 5 6 7 Várias vezes Muitas vezes Sempre Fonte: Dados da pesquisa (2013). Para compreender o ponto de vista dos participantes sobre os estilos de liderança, foi estabelecido algumas hipóteses de pesquisa, conforme Quadro a seguir: Quadro 5: Categorias de análise e hipóteses de pesquisa. Categoria de Análise Hipóteses Subcategorias de Análise Influência Idealizada (atributo) Liderança transformacional Liderança transacional Passivo/Evitamento H0: Não existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à (cada subcategorias de análise) H1: Existe diferença estatística entre as médias dos líderes e colaboradores em relação à (cada subcategorias de análise) Resultados de Liderança Influência Idealizada (comportamento) Motivação Inspiracional Estimulação Intelectual Consideração Individualizada Recompensa Contingente Gestão por Exceção Ativa Gestão por Exceção Passiva Laissez-faire Esforço Eficácia Satisfação Fonte: Elaborado pela pesquisadora. Da mesma forma como foi realizado na seção anterior, o Teste t foi utilizado para o teste das hipóteses de pesquisa, considerando o nível de significância de 0,05. a) Liderançatransformacional O objetivo dessa categoria é identificar se existe ou não diferença entre líderes e colaboradores quando se trata da avaliação dos colaboradores sobre a liderança praticada pelo seu líder e do líder quando seauto-avaliam em seu cargo com relação à liderança transformacional. Tabela 6- Liderança transformacional-líderes e colaboradores Influência Idealizada (atributo) Atributos Cargo N Média Líderes 16 4,63 Colaboradores 47 4,72 Concentro a minha total atenção ao Líderes 16 5,44 02 lidar com erros, reclamações e Colaboradores 47 5,45 falhas Trato os outros como indivíduos, ao Líderes 16 4,56 03 invés de tratá-los apenas como Colaboradores 47 4,79 membros de um grupo. Líderes 16 5,38 Articulo uma visão positiva e 04 motivadora a respeito do futuro Colaboradores 47 5,57 Influência Idealizada (comportamento) 01 Causo orgulho nos outros por estarem associados a mim Atributos Cargo Líderes Converso sobre as minhas crenças e valores mais importantes Colaboradores Líderes Invisto o meu tempo ensinando e 06 treinando Colaboradores Líderes Mantenho-me a par de todos os 07 erros Colaboradores Líderes Expresso satisfação quando os 08 outros correspondem às expectativas Colaboradores 05 N Média 16 47 16 47 16 47 16 47 4, 12 4, 02 3,81 4,19 5,38 5,38 5,75 5,72 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 025 0, 256 1, 410 0, 206 1, 209 0, 302 1, 396 0, 204 1, 861 0, 465 1, 933 0, 282 1, 668 1, 347 0, 417 0, 197 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 5864 0, 3966 1, 7630 0, 2572 1, 109 0, 277 1, 439 0, 210 1, 784 0, 446 1, 423 0, 208 1, 390 0, 348 1, 330 0, 194 Teste t 0, 978 0,167 0,030 0,441 Teste t 0, 836 0, 341 0, 986 0, 946 Motivação Inspiracional Atributos 09 Falo de forma otimista sobre o futuro 10 Falo com entusiasmo sobre o que precisa ser feito 11 12 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 580 0, 395 1, 625 0, 237 1, 500 0, 375 1, 356 0, 198 1, 668 0, 417 Cargo N Média Líderes Colaboradores Líderes Colaboradores Líderes 16 47 16 47 16 5,31 5,43 5,38 5,34 4,88 47 5,19 1, 454 0, 212 16 5,31 1, 302 0, 326 47 5,57 1, 175 0, 171 Dirijo a minha atenção para as falhas a fim de atingir os padrões Colaboradores esperados Sou eficaz em atender as Líderes necessidades dos outros em relação Colaboradores ao trabalho Teste t 0, 810 0, 932 0, 472 0, 456 Estimulação Intelectual Atributos 13 14 15 16 Cargo N Média Líderes 16 4,81 Colaboradores 47 4,64 Líderes 16 5,38 Procuro alternativas diferentes ao solucionar problemas Colaboradores 47 5,13 Líderes 16 5,50 Ajudo os outros no seu desenvolvimento de pontos fortes Colaboradores 47 5,13 Líderes 16 5,69 Demonstro interesse para responder as questões urgentes Colaboradores 47 5,40 Consideração Individualizada Reexamino suposições críticas questionando se são apropriadas Atributos Cargo Deixo claro o que cada um pode Líderes esperar e receber, quando as metas Colaboradores de performance são alcançadas Líderes Demonstro que os problemas devem 18 tornar-se crônicos antes de eu agir Colaboradores Líderes Faço com que os outros olhem para 19 os problemas de diferentes ângulos Colaboradores Líderes Sugiro novas alternativas e maneiras 20 de realizar e completar as atividades Colaboradores Fonte: Dados da pesquisa (2013) 17 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 328 0, 332 1, 481 0, 216 1, 500 0, 375 1, 498 0, 219 1, 155 0, 289 1, 527 0, 223 1, 302 0, 326 1, 439 0, 210 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 653 0, 413 N Média 16 4,75 47 4,74 1, 674 0, 244 16 47 16 47 16 47 2,69 2,83 5,63 4,79 5,75 5,09 1, 662 1, 646 1, 025 1, 503 1, 000 1, 472 0, 416 0, 240 0, 256 0, 219 0, 250 0, 215 Teste t 0, 678 0, 571 0, 377 0, 489 Teste t 0, 991 0, 767 0, 838 0, 099 Analisando a Tabela 6 é possível verificar que os atributos relacionados à liderança transformacional, que é composta por 5 (cinco) subcategorias, todos os atributos o valor de t foi superior a 0,05, com exceção dacategoria Influência idealizada- Atributo 3 que demonstra que a hipótese H0 foi confirmada, não existindo diferenças estatísticas significativas entre os cargos em todas as subcategorias relacionadas liderança transformacional.Pode-se perceber que em grande parte dos atributos, em ambos os cargos,os respondentes afirmam estar aplicando pouco, alguma coisa e muito estes atributos, excetono atributo 18 que relata que os problemas devem tornar-se crônicos antes agir (Subcategoria – Consideração Individualizada – Atributo 18), os respondentes demonstram em suas respostas não estar aplicando. Vale ainda destacar que a liderança transformacional é aplicada na maioria das vezes para motivar, levando os indivíduos a fazer um trabalho que possa superar as exigências mínimas (REZENDE, 2010). Esse modelo de liderança provoca efeitos positivos sobre os colaboradores, fazendo com que sintam confiança, admiração, e respeito pelo líder (BASTOS, 2008). b) liderança transacional Na liderança transacional a influência começa no líder e é transmitida de forma positiva para o colaborador. O líder não espera que os problemas ocorram para começara agir, está constantemente próximo das atividades do grupo para evitar que problemas ocorram (BERGAMINI, 2002). Tabela 7–Liderança transacional- líderes e colaboradores Recompensa Contingente Atributos 01 02 03 04 Cargo Líderes Forneço assistência aos outros em troca dos seus esforços Colaboradores Discuto quem é o responsável por Líderes atingir metas especificas de Colaboradores performance Demonstro acreditar firmemente Líderes que se não está quebrado não se Colaboradores conserta Líderes Expresso confiança de que as metas serão alcançadas Colaboradores Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 711 0, 428 1, 448 0, 211 1, 544 0, 386 N Média 16 47 16 4,56 4,77 3,88 47 3,83 1, 723 0, 251 16 4,00 1, 549 0, 387 47 3,60 1, 790 0, 261 16 47 5,63 5,66 1, 408 1, 256 0, 352 0, 183 Teste t 0, 645 0, 926 0, 424 0, 927 Gestão por Exceção Ativa Atributos 05 06 Cargo N Média 16 47 16 47 5,69 5,51 5,38 5,40 Líderes 16 4,81 1, 424 0, 356 Colaboradores Líderes Colaboradores 47 16 47 5,30 2,75 2,74 1, 428 1, 342 1, 437 0, 208 0, 335 0, 210 Líderes Colaboradores Líderes Levo em conta as consequências éticas e morais das decisões Colaboradores Sou eficaz em atender as necessidades da organização 07 Demonstro senso de poder e confiança 08 Evito tomar decisões Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 078 0, 270 1, 249 0, 182 1, 544 0, 386 1, 499 0, 219 Teste t 0, 615 0, 947 0, 245 0, 990 Fonte: Dados da pesquisa (2013) Observando a Tabela 7 é possível verificar que os atributos relacionados aliderança transacional o Teste t foi superior a 0,05 em todos os atributos. Isso demonstra que não existe diferença entre as médias dos cargos quando se trata da liderança transformacional. Isso significa que líderes e colaboradores apresentaram opiniões semelhantes em todos os atributos. No que se refere a análise das médias dos atributos em ambas subcategorias, é perceptível que em todos os atributos os respondentes consideram que os líderes estão agindo de maneira transacional, no sentido de acompanhar e orientar os liderados na realização das atividades diárias, além de motivar os liderados a alcançar as metas da empresa (MELLO, 2004). b) Passivo/ Evitamento Nesta categoria serão apresentados os atributos relacionados à gestão por exceção passiva e laissez-faire. No estilo de gestão por exceção passiva, o líder espera as coisas darem erradas para tomar ações corretivas (CUNHA et al, 2007). Tabela 8 -Passivo/ evitamento- líderes e colaboradores Gestão por Exceção Passiva Atributos 01 02 03 04 Cargo Falho em interferir em problemas Líderes até o momento em que eles se Colaboradores tornam sérios Líderes Espero as coisas darem erradas para começar a agir Colaboradores Líderes Ajo de forma tal que consigo o respeito dos outros por mim Colaboradores Líderes Vou além do interesse pessoal pelo bem do grupo Colaboradores Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 0, 911 0, 228 N Média 16 3,19 47 3,09 1, 457 0, 213 16 47 16 47 16 47 2,13 2,49 5,06 5,13 5,19 4,89 0, 719 1, 333 1, 389 1, 689 1, 223 1, 844 0, 180 0, 194 0, 347 0, 246 0, 306 0, 269 Teste t 0, 793 0,175 0, 890 0,475 Laissez-faire Atributos Cargo Líderes Evito envolver-me quando surgem assuntos importantes Colaboradores Líderes Estou ausente quando necessitam 06 de mim Colaboradores Considero cada indivíduo como Líderes tendo necessidades, habilidades e 07 aspirações diferentes em relação Colaboradores aos outros. Líderes Enfatizo a importância de se ter 08 um senso único de missão Colaboradores Fonte: Dados da pesquisa (2013) 05 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 0, 750 0, 187 1, 599 0, 233 0, 981 0, 245 1, 155 0, 168 1, 483 0, 371 N Média 16 47 16 47 16 1,81 2,45 2,19 2,40 5,75 47 4,83 1, 736 0, 253 16 47 4,69 4,79 1, 580 1, 444 0, 395 0, 211 Teste t 0,039 0,504 0,063 0,816 Observando os atributos referentes ao passivo/evitamentona Tabela 8 é possível verificar que somente no atributo categoria Laissez- faire- Atributo 8 o teste foi inferior a 0,05 existindo diferença entre os gêneros. Nos demaisatributos não houveram diferenças significativas nas médias tanto dos líderes quando dos seus subordinados. Isso significa que a hipótese H0 pode ser confirmada, ou seja, todos os valores de t foram superiores a 0,05. c)Resultados de liderança A Tabela 9 apresenta os fatores relacionados ao desempenho da liderança, ou seja, oesforço, a eficácia e a satisfação que os mesmos proporcionam no ambiente de trabalho. Tabela 9: Resultados de liderança- líderes e colaboradores Esforço Atributos Cargo Sou capaz de representar os meus Líderes subordinados perante níveis Colaboradores hierárquicos superiores Presto a atenção em irregularidades, Líderes erros, exceções e desvios dos Colaboradores padrões esperados. Lidero um grupo que é eficiente Líderes Colaboradores Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 652 0, 413 1, 464 0, 214 N Média Teste t 16 47 4,94 4,83 16 47 5,75 5,26 1, 390 1, 496 0, 348 0, 218 0, 250 16 47 5,31 5,66 1, 662 1, 256 0, 416 0, 183 0, 384 0, 806 Eficácia Atributos Cargo Trabalho com os outros de maneira Líderes satisfatória Colaboradores Utilizo método de liderança que são Líderes satisfatórios Colaboradores Estimulo a vontade dos outros em Líderes tentar com maior afinco Colaboradores N Média 16 47 16 47 16 47 5,56 5,68 4,94 5,11 5,25 5,43 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 1, 153 0, 288 1, 321 0, 193 0, 929 0, 232 1, 289 0, 188 1, 291 0, 323 1, 247 0, 182 Teste t 0, 751 0, 632 0, 631 Satisfação Atributos Cargo Faço com que os outros façam mais Líderes do que o esperado Colaboradores Elevo o desejo dos outros de obter Líderes sucesso Colaboradores Fonte: Dados da pesquisa (2013) N Média 16 47 16 47 4,63 4,68 5,81 5,45 Erro do Desvio Desvio Padrão Padrão Médio 0, 885 0, 221 1, 446 0, 211 1, 328 0, 332 1, 230 0, 179 Teste t 0, 885 0, 318 A partir dos resultados obtidos com o teste t da Tabela 9, é possível concluir que todos os valores de t foram superiores a 0,05. Isso significa que a hipótese nula (H0) pode ser confirmada, não existindo diferenças significativas entre as médias de líderes e colaboradores quanto ao esforço da liderança. Analisando as médias pode-se verificar que os líderes e colaboradores afirmam estar aplicando algumas vezes alguns atributos e várias vezes outros atributos. 4.5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Com relação ao perfil dos participantes foi possível perceber que no comparativo entre o cargo e faixa etária os líderes apresentam idade mais elevada que os colaboradores, além de estarem há mais tempo na empresa e possuírem maior tempo de experiência quando comparado com seus subordinados. Analisando os resultados obtidos com a pesquisaé possível perceber que quando se trata de inteligência emocional os resultados obtidos foram positivos, pois demonstram que tanto os líderes quanto os colaboradores estão na maioria das vezes lidando bem em suas vidas. Isso significa que compreendem suas próprias emoções e das outras pessoas, mantendoo controle diante de criticas recebidas, se encorajando diante das situações, além de estarem se pondo no lugar das outras pessoas (empatia) e obtendo um melhor controle emocional. Com relação à liderança, a análise das variáveis demonstrou que,quando os líderes se auto-avaliam e quando os mesmos são avaliados pelos seus subordinados, os resultados também ficaram muito próximos um dos outros,não existindo diferenças significativas entre as médias dos mesmos. Assim destaca-se a importância destes resultados, pois fica evidente que quando os líderes afirmam estar aplicando dentro da organização é verídico, já que suas repostas ficaram muito próximas a de seus liderados. 5 CONCLUSÃO Este trabalho teve o objetivo de estudar a inteligência emocional e a liderança na visão dos líderes e colaboradores das lojas do varejo da área central do município de Urussanga-SC. Através desse estudo foi possível compreender como os líderes e colaboradores estão lidando com a inteligência emocional em suas vidas. Além disso buscouse identificar quando os líderes são avaliados e se auto avaliam se os resultados de suas respostas são os mesmos. Através deste estudo foi possível concluir que os líderes apresentaram uma idade mais elevada emrelação aos colaboradores estando há mais tempo na empresa, além disso, sua experiência na função é de sete anos, enquanto a dos colaboradores foi de quatro anos. Com relação à inteligência emocional foi possível constatar que em todos os atributos os cargos não apresentaram diferenças significativas entre as médias. Isso justifica que tanto líderes quanto colaboradores conseguem compreender as suas próprias emoções e a das outras pessoas, possuem o autocontrole ao receber uma critica, temauto encorajamento, auto controle emocional e empatia, ambos os cargos estão pesando e agindo da mesma forma diante destes fatores. Com relação à liderançaforam analisados os quesitos relacionados aos estilos de liderança transformacional, transacional, passivo/evitamento e os resultados de liderança. È possível afirmar que em todos os atributos relacionados a estes itens o valor do teste t foi superior a 0,05, evidenciando que não existe diferença na visão dos líderes e colaboradores com relação à liderança. Isso é importante, pois demonstra que aquilo que os líderes dizem estar praticando dentro da organização éverdade, pois os mesmos foram também comprovado por seus subordinados, já que os mesmos obtiveram respostas muito próximas. Com exceção dos atributos referentes a tratar os outros como indivíduos ao invés de tratá-los apenas como membros de um grupo, e evitar envolver-se quando surgem assuntos importantes houveram diferenças entre líder e colaborador. Com o presente artigo foi possível verificar que alguns fatores são essenciais para continuar a pesquisa e apresentar a importância de compreender melhor a liderança e inteligência emocional, principalmente no varejo em que as pessoas trabalham com vendas e precisam estar motivadas. Portanto o papel da liderança é essencial para que isso ocorra e apresente resultados positivos à organização. Deixa-se a sugestão para mais estudos futuros direcionados ao varejo, que requer maior investigação, e também a inteligência emocional e a liderança que são fatores importantes para o desempenho da organização e que necessitam de mais investigações. Referências AVOLIO, Bruce J; BASS, Bernard M. Individual consideration viewed at multiple levels of analysis: a multi-level framework for examining the diffusion of transformational leadership. BinghamtonUniversity, 1995. p. 199-218.Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/1048984395900357>. Acessado em: 22 maio 2013. 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