4º P24 - SP Esta prova contém M 5 B 29/09/09 questões. INSTRUÇÕES: Verifique se sua prova está completa. Preencha corretamente todos os dados solicitados no cabeçalho. Resoluções e respostas somente a tinta, azul ou preta. Utilize os espaços determinados para respostas, não ultrapassando seus limites. Evite rasuras e o uso de corretivos. Resoluções com rasuras ou corretivo não serão revisadas. Resoluções e respostas que estiverem a lápis não serão corrigidas. Boa prova! TODAS AS QUESTÕES VALEM DOIS PONTOS TEXTO PARA AS QUESTÕES 1,2, 3 e 5. A Sesta de Nero (Olavo Bilac) Fulge de luz banhado, esplêndido e suntuoso, O palácio imperial de pórfiro luzente É mármor da lacônia. O teto caprichoso Mostra, em prata incrustada, o nácar do Oriente. Nero no trono ebúrneo estende-se indolente... Gemas em profusão no estrágulo custoso De ouro bordado vêem-se. O olhar deslumbra, ardente, Da púrpura da Trácia o brilho esplendoroso. Formosa ancila canta. A aurilavrada lira Em suas mãos soluça. Os ares perfumando Arde a mirra da Arábia em recendente pira. Formas quebram, dançando, escravas em coréia... E Nero dorme e sonha, a fronte reclinando Nos alvos seios nus da lúbrica Pompéia. Vocabulário: fulge: brilha suntuoso: pomposo, magnífico, esplêndido. pórfiro: espécie de mármore de cor verde ou avermelhada. lacônia: região da Grécia. incrustada: coberta. nácar: substância calcária, dura, branca e irisada, que se encontra no interior das conchas de vários moluscos. ebúrneo: feito de marfim estrágulo: tapete. Trácia: região histórica do sudeste da Europa. ancila: escrava, serva. aurilavrada: lavrada em ouro. mirra: erva balsâmica utilizada como incenso. pira: fogueira. coréia: doença nervosa que obriga a movimentos convulsivos e freqüentes e cujo nome popular é dança de São Vito. lúbrica: escorregadio. 1 – Leia o texto e responda: a) [1,0 ponto] – Em linguagem simples e sucinta, “traduza” o soneto. b) [1,0 ponto] – Qual é a métrica do soneto? Faça a divisão das sílabas poéticas do primeiro verso. 2 – Responda: a) [1,0 ponto] – De que forma o poeta estabelece o distanciamento, característica própria da arte parnasiana? Sabendo-se das razões que norteiam esta escola literária, explique, ainda, a escolha do tema tratado no poema. b) [1,0 ponto] – No primeiro verso da segunda estrofe notamos a ocorrência de um recurso estilístico que será largamente utilizada pelos poetas simbolistas. Identifiqueo. Tal recurso restringe-se somente a este verso? Explique a razão de tal ocorrência em um poema parnasiano. 3 – Ainda sobre o poema, responda: a) [1,0 ponto] – Como o poeta constrói a chave de ouro do poema? b) [1,0 ponto] – Por que a palavra “mármor” foi grafada desta maneira no poema? Explique. TEXTO PARA AS QUESTÕES 4 E 5 Cantiga outonal (Cecília Meireles) Outono. As árvores pensando... Tristezas mórbidas no mar... O vento passa, brando, brando... E sinto medo, susto, quando Escuto o vento assim passar... 4 – (Unirio-RJ – adaptado) – Leia e responda: a) Apesar de modernista, a autora apresenta tendências de outro movimento literário, evidentes no texto. Que movimento é esse? Aponte, no texto, ao menos três características que justifique sua resposta. b) Na descrição da cena, a poeta revela impressões que também são típicas do movimento literário, objeto da questão anterior. Explique, de forma sucinta, como se dá tal conformidade. 4 – Responda: a) [1,0 ponto] – Aponte, no poema, dois elementos típicos da poesia de Cruz e Sousa. b) [1,0 ponto] – Que efeito provoca o uso das reticências no final de alguns versos? 5 – Ainda sobre o texto, responda: a) [1,0 ponto] – No aspecto formal, o que diferencia os dois textos? b) [1,0 ponto] – No aspecto temporal, o que diferencia os dois poemas? Explique como se dá tal diferenciação. Espaço para a resposta da questão 1: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 2: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 3: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 4: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0 Espaço para a resposta da questão 5: (2,0) 0,5 1,0 1,5 2,0