“Joelho do Saltador” Tendinose Patelar - Tendinopatia - Anatomia Patológica Tendão Normal Fibras colágenas organizadas Tendinopatia Fibras colágenas desorganizadas Hiperplasia endotelial Neo-vascularização vascular desorganizada Popp et al., AJSM, 1997. Anatomia Patológica Tendinopatia Ausência de células inflamatórias Maffuli et al., 2005. Etiologia § Fatores Intrínsecos § Sexo § Idade § Alinhamento joelho § Ângulo “Q” § Rotação tibio-femoral § Posição da patela § Estabilidade do joelho § Biotipo Etiologia § Fatores Extrínsecos § Sobrecarga § Ferretti (AJSM,1986) § Piso duro (cimento, parquet, linóleo) § Duração das sessões treinamento § Tríade de Bassett (AJSM, 1990) § Magnitude da força aplicada § Duração da carga § Ângulo do joelho durante estresse Teoria do impacto da patela no tendão patelar • Impacto do polo inferior da patela no tendão patelar em 60° flexão. Johnson et al., JBJS. 1996 Controvérsia • Sem evidência de impacto em sua série. Schmid et al., AJSM. 2002 • Pólo inferior longo em sintomáticos, mas não se correlacionou com a região do tendão comprometido. RM não é eficaz em casos leves. Shalaby e Almekinders., AJSM. 1999 Classificação de Blazina modificada Fase 0 – sem dor Fase I – dor somente após atividade intensa, sem alt. funcionais Fase II – dor começo e após atividade esportiva ; (ainda capaz de participar) Fase III- dor durante atividade, dor interfere performance atleta Fase IV – dor durante atividade esportiva; (incapaz participar satisfatoriamente esporte) Fase V – dor durante atividades diárias; (incapaz participar qualquer nível) Ferretti et al., JBJS. 2002. História § 1963 – Maurizio descreve assoc. com esportes de saltos § 1973 – Blazina cunhou o termo “joelho do saltador” § 1978 – Mariani e Roels incluíram o termo “joelho do saltador” para patologia na tuberosidade tibial § 1986 – Ferretti descreveu a epidemiologia do “joelho do saltador” Epidemiologia § Ocorre geralmente em: § Corredores § Saltadores § “chutadores” § § § § § Adultos esqueleto maduro 16 a 40 anos Homens ligeiramente + freq. Pé excessivamente pronados Corrida plano inclinado exacerba sintomas Ferretti, Sports Med., 1986 Epidemiologia § Prevalência 40 a 50% em jogadores participantes do voleibol de alto nível Ferretti et al., Physician Sports Med., 1984 Ferretti, Sports Med., 1986 Lian et al., Scand J Med Sci Sports., 1996 • 138 estudantes (99 masc., 39 fem.) • idade média: 18,8 anos • sem dor joelhos seguidos 2 anos para tendinopatia patelar • diagnóstico: dor polo inf e ultrassom + Resultados: • 19 de 138 (13,8%) tendinopatia patelar • 11 masc., 8 fem. • 10 de 19 no MI dominante AJSM, 2001. Cont. AJSM, 2001. Resultados: • encurtamento dos flexores joelho e quadríceps aumenta risco para tendinopatia patelar Alavanca § Terceira classe Fulcro no final, mas a força entre o fulcro e resistência Analisou RM em série de casos: • RM apresenta • sensibilidade de 75% • especificidade de 29% AJSM. 1999 • Largura proximal do tendão maior para os doentes • Em pacientes mais velhos achados positivos na RM não estão relac. a tendinopatia (38 anos x 26 anos) Tendinopatia RM normal Achados inequívocos Achados duvidosos Modelo Adaptativo Interface tendão patelar – patela gera ambiente compressivo Sobrecarga Falência secundária deste tecido Pode ser indolor, lesões hipoecóicas Estímulo aos nociceptores Degeneração Cont. Conclusão Etiologia corrente: Degeneração tecidual e falha na cicatrização Este estudo: Mudanças adaptativas decorrentes de força compressiva intra-tendinosas Limitações Necessitamos de comprovação de que haja força compressivas em regiões distintas no tendão Sensores AJSM, 2008. Região anterior e posterior da inserção do tendão patelar no pólo inferior da patela em 7 indivíduos normais Resultados: exercício de agachamento e saltos ocasionaram aumento força tênsil na região posterior proximal no tendão patelar comparado a região anterior Conclusão: Evitar agachamentos acima de 80° flexão joelho AJSM, 1996. • 10 jogadores (destros) time masc. de voleibol Canadense • Analisados plataforma de força (FRS) Resultados: preditores • Flexão maior joelho dir. na aterrisagem • 8 de 10 apres. Tendinopatia • Aterrisagem joelho esq (flexão acentuada do joelho) • Momento torsional tibial externo durante decolagem • Joelho dir: gesto do corte • Joelho esq: gesto do bloqueio Conclusão: flexão maior na aterissagem AJSM, 2008. • 5 complexos patela-tendão-tibia de adultos jovens • Simulação da aterrissagem de salto de 60 cm de altura • Força de 4000 – 5000 N envolvidas no salto Conclusão • Após aplicada carga no complexo OTO e simulação computacional: Observada lesão: • Lesão inserção do tendão na patela no local clássico região posterior da inserção (exame ultrassom demonstrou lesão) Apresentado na ISAKOS meeting – Rio de Janeiro, 2011 • 89 atletas, 11 desenvolveram tendinopatia patelar • Utilizou exame de ultrassom para avaliar espessura dos tendões quadriciptal e patelar • Tendão patelar aumentou sua largura em 100% casos doentes • Tendão quadriciptal aumentou espessura em ambos grupos comparados aos assintomáticos “alterações adaptativas” tendão quadriciptal à sobrecarga ?? Manejo nas Tendinopatia § Conservador (evidência pobre) § Cirúrgico ? Manejo em Tendinopatia § Conservador § Aines, repouso, gelo, ... § Alongamentos isquio-tibiais § Exercícios excêntricos carga alta (melhores resultados depende motivação) § Repetições múltiplas § 2 x ao dia § 7 dias semana, 12 semanas. Rees et al. , AJSM, 2009 Cont. Manejo em Tendinopatia § Conservador § Ultrassom, laser baixa-intensidade § Injeção corticóide § Porém não há estudo randomizado, controlado comparando Rees et al. , AJSM, 2009 § Injeção esclerosantes § Óxido nítrico (vasodilatador) Murray, Br J SportsMed., 2007 § Trinitrato de glicerol Paoloni et al., AJSM, 2005 § Dextrose 12,5% Topol et al., Pediatrics, 2011. Manejo em Tendinopatia § Cirúrgico (após exaustiva tentativa conservador) § Não há estudo nível I bem elaborados § Excisar adesões fibróticas § Remover nódulos degenerados § Incisões múltiplas intratendíneas Cont. Manejo em Tendinopatia § Procedimentos § § § § § § § “Drilling” pólo inferior patela Realinhamento Excisão tecido degenerado Reparo defeito macroscópico Tenotomia longitudinal “needling” subcutâneo Desbridamento artroscópico Resultados imprevisíveis Cont. Manejo em Tendinopatia § Desbridamento artroscópico § “shaving” neo-vasos e nervos superfície posterior tendão patelar § Melhora com retorno atividades em 2 meses § Não “mexe” no tendão Willberg et al, KSSTA, 2007 Coleman et al., AJSM, 2000. 29 tendões (25 pcts) – 3,8 anos seguimento 25 tendões (23 pcts) – 4,5 anos seguimento Resultados: Melhora sintomas – 81 % aberto; 96% artr. Qualidade no esporte – 54% aberto; 46% artr. Retorno esporte – 10 m aberto; 6m artr. Conclusão • Sem diferença resultados. • Ultrassom anormal em 70% casos no total • 50% retornaram ao nível de esporte JBJS, 2002 32 pctes; 38 joelhos Realizada incisão longitudinal tendão Ressecção polo inf patela Perfurações pólo inf patela Resultados • Excelentes em 23 joelhos (70%) • 82% retornam nível pré-sintoma • 63% livres de sintomas • 4 de 5 resultados insatisfatórios - voleibol Resultados menos previsíveis nos jogadores de voleibol Arthroscopy, 1999. 2 casos tratados (nota técnica) Técnica: remoção tecidos moles com exposição tendão patelar • Retorno ao esporte 6 sem. • Queixas menores 3 meses PO Nível de Evidência: IV (série de casos) 64 pctes (73 joelhos) Até 10 anos de seguimento (29 dos 73) Artroscopia • Desbridamento gordura retropat. • Desbridamento tendão patelar doente • Ressecção polo inferior patela Resultados • 19 de 27 atletas profissionais retornam esporte mesmo nível • 7 pctes dor local a em 3 anos PO • Todos retornaram ao esporte em 3 meses • Falência 7 em 73 (9%) AJSM, 2011. JBJS, 2010 Fracas evidências: Terapia ondas de choque associada a exercício excêntrico bons resultados Retirada artroscópica ou aberta tecido necrótico Sem evidências: Substancias injetáveis: PRP, polidocanol, sangue autológo, corticost. Manejo: • Exercício excêntrico + fisioterapia por 12 semanas • Ondas de choque • Patch de Óxido nítrico • Injeções • 3- 6 meses: tratamento cirúrgico considerado Recorrência dos sintomas Nível de Evidência: IV (série de casos) 24 pctes Ressecção polo inferior da patela Arthroscopy, 2008 Pré Resultados satisfatórios em: • Kujala, Lysholm, escala análogo-visual • Blazina modificado: estágio 0 ou I (18 de 20 pacientes) Pós Conclusão § § § § Tratamento conservador inicial Tratamento cirúrgico nos refratários ao cons. Resultados menos favoráveis jogadores de voleibol Alguns § não retornam ao nível pré-sintoma § ou se retornam: dor residual § Procedimento § aberto § artroscópico MUITO OBRIGADO www.cesarmartins.com.br