RUPTURA DO TENDÃO FIBULAR TERCEIRO
DURANTE MONTA NATURAL
Luis Fernando O. Varanda1; Cinthia Beatriz da S. Dumont1; Ana Lourdes A. A. Mota¹; Mariana Damazio
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Rajão ; Fernanda A. Fonseca ; Ernane P.F. Novaes ; Antonio Raphael T. Neto ; Roberta F. de Godoy
1 Mestranda
em Saúde Animal – Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAV/UNB* [email protected]; 2Residente do Hospital Escola
de Grandes Animais da Granja do Torto – FAV/UnB; 3 Professor Adjunto de Clínica e Equinos –FAV/UnB ; 4Professora Adjunta de Cirurgia de Grandes Animais –
FAV/UnB.
Introdução
O tendão fibular terceiro caracteriza-se por ser uma estrutura músculo-tendínea de grande resistência, sendo
componente importante do aparelho recíproco, mantendo flexões e extensões coordenadas das articulações társicas e
femoro-tibio-patelares. Sua ruptura é relativamente rara, podendo ocorrer devido à hiperextensões traumáticas do tarso e
manifesta como sinal clínico clássico, a capacidade de extensão da articulação társica com a articulação femoro-tibiopatelar flexionada, indicando a perda da integridade do aparelho recíproco, além de enrugamento do tendão comum do
calcâneo na região caudo-lateral da coxa. Como opção de tratamento, o repouso completo parece ser o mais eficaz, por
meio de confinamento em baia por 4 a 6 semanas, seguido de exercício controlado na guia durante 8 semanas.
Observando-se que na maioria dos casos, o prognóstico é favorável, conseguindo-se a movimentação normal do membro
e, se adequadamente condicionado, o retorno ao trabalho habitual
Relato de Caso
Foi atendido no Hospital Escola de Grandes Animais da Universidade de Brasília, um garanhão da raça Mangalarga
Marchador, com 09 anos de idade e 410 kg, com histórico de queda sobre os membros posteriores durante a intenção de
realizar cobertura. Ao exame clínico, observou-se claudicação grau III, um enrugamento na região do tendão comum do
calcâneo com o animal ainda em estação, que se tornou ainda mais evidente no momento em que se levantou e estendeu
caudalmente o membro. Foi notado que a articulação társica permitia a realização de extensão enquanto a articulação
femoro-tibio-patelar permanecia flexionada. O diagnóstico foi de ruptura do tendão fibular terceiro. O animal foi imobilizado
com bandagem compressiva e mantido em baia. Para controle da dor foi utilizado fenilbutazona (4,4mg/kg IV) durante 05
dias. Aos 14 dias de internação, recebeu alta sob recomendação de repouso por 60 dias seguido de retorno gradual às
atividades.
Figura 1- Extensão da articulação tarsica com grande facilidade,
enquanto a articulação femoro-tibio-patelar permanece flexionada.
Figura 2- Enrugamento na região do tendão
comum do calcâneo (seta).
Conclusão
O diagnóstico de ruptura do tendão fibular terceiro pode ser facilmente realizada por meio de exame clínico e o
repouso por aproximadamente 70 dias seguido de exercícios controlados mostrou-se efetivo para resolução total desta
afecção, porém, a intervenção rápida e adequada é fator determinante para o sucesso do tratamento
Brasília/2010
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