CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA A ESPECTROMETRIA DE MASSAS – GC‐MS Princípios e Aplicações p p ç Elias Paulo Tessaro Elias Paulo Tessaro [email protected] [email protected] 1 1. Introdução Instrumentação Direto GC HPLC EI CI APCI APPI ESI MALDI B Q Tof IT LIT ICR Orbitrap Multiplicador e‐ MCP 2 1. Introdução O que é cromatografia?? • 1906 – Botânico russo Mikhail Tswett 3 1. Introdução 4 2.Cromatografia Gasosa O principal mecanismo de separação da Cromatografia Gasosa (CG) está baseado na partição dos componentes de uma amostra entre a fase móvel gasosa e a fase estacionária (líquida ou sólida). sólida) • Alto poder de resolução; • Alta sensibilidade; •A amostra e/ou seus componentes devem ser voláteis e termicamente estáveis!!! (temperaturas até 300 °C); • Tempos razoavelmente longos de analise. 5 2.Cromatografia Gasosa Sinal Registrado Introdução de amostra Conversor de sinal Gás de Arraste Coluna Cromatográfica Coluna Cromatográfica e Forno Detector 6 Instrumentação Instrumentação Direto GC HPLC EI CI APCI APPI ESI MALDI B Q Tof IT LIT ICR Orbitrap Multiplicador e‐ MCP Sinal Registrado Introdução de amostra Conversor de sinal Gás de Arraste Coluna Cromatográfica e Forno Detector 7 3. Ionização por Elétrons 8 3. Ionização por Elétrons Moléculas neutras, na fase gasosa (dessorção térmica), a uma pressão típica de 10‐5 torr, são bombardeadas por elétrons, com energia i típica í i de d 70 eV. V Ocorre O principalmente i i l a retirada i d ou captura de um elétron formando íons M+. ou M‐.. Íons positivos são predominantes. M‐. se tornam importantes para moléculas com alta EA. EA M + e‐ (70 eV) → M+. (~ 5‐10 eV) + 2e‐ (~60‐65 eV) 9 3. Ionização por Elétrons Fonte de EI 10 3. Ionização por Elétrons I i ã Ionização 70 eV • Os espectros de massas são reprodutíveis em equipamentos similares • Existem uma variedades de bibliotecas de espectros de massas: Wil Nist, Wiley, Ni t entre t outras t 11 3. Ionização por Elétrons Energia x Fragmentação 12 3. Ionização por Elétrons E Exemplos l C7H16 m=100 13 3. Ionização por Elétrons Características • Processo unimolecular. Os íons formados são rapidamente extraídos da fonte de ionização pelo eletrodo de repulsão ("repeller“). • Íons Í moleculares são formados com excesso de energia interna e se fragmentam total ou parcialmente. • EI é bastante popular: produz tanto o íon molecular (massa) como também fragmentos (estrutura); espectros reprodutíveis; bibliotecas de espectros de EI a 70 eV; estável; fácil de operar; alta sensibilidade. • Aplica‐se a moléculas de média e baixa polaridade e baixo peso molecular (~500u), voláteis e termo‐estáveis: moléculas orgânicas relativamente pequenas. • Quando o íon molecular não é observado (devido a dissociação excessiva), existe um processo dissociativo exotérmico e portanto M+. é uma espécie instável. • EI ocorre em ~10‐16 s. Uma U em cada d 103‐105 103 105 moléculas lé l que entram t na fonte f t de d EI é ionizada. 14 4. Ionização Química Munson and Field ‐ 1966 • EI: – Simples – Produz extensa fragmentação – Muitas vezes tem M+. – Quando não tem M+. ??? 15 4. Ionização Química Fonte de CI 16 4. Ionização Química I i ã Ionização • Pressão ~ 10‐3 mbar; • Método de ionização indireta e branda; próton do ggás reagente g à molécula ‐ • Transferência de um p íon molecular protonado [M‐H]+; • Fragmentação leve ou quase ausente, ideal para obter o íon molecular 17 4. Ionização Química CH4 Exemplos Iso‐C4H10 NH3 18 EI vs CI E Espectro de Massas: Comparação entre EI e CI t d M C ã t EI CI IIonização Eletrônica i ã El t ô i • Fragmentação intensa – mais informações sobre a molécula; • Muitas vezes não é encontrado o íon molecular. Ionização Química • Fragmentação branda – espectro mais limpo; • Sempre é encontrado o íon molecular; • Necessário a utilização de um gás reagente. reagente 19 Instrumentação Instrumentação Direto GC HPLC EI CI APCI APPI ESI MALDI B Q Tof IT LIT ICR Orbitrap Multiplicador e‐ MCP Sinal Registrado Introdução de amostra Conversor de sinal Gás de Arraste Coluna Cromatográfica e Forno Detector 20 5. Setor Magnético S Setor Magnético M éi 21 5. Setor Magnético S Setor Elétrico Elé i Devido a problemas de focalização dos íons após passar pelo Setor Magnético 22 5. Setor Magnético D l F li ã Dupla Focalização 23 5. Setor Magnético F Francis Aston i A •1919 Francis Aston constrói o primeiro espectrógrafo de massa com focalização de velocidade com poder de resolução l ã de d 130. 130 •1937 Aston constrói um espectrógrafo de massa com poder de resolução de 2000 • Descobriu 212 dos 287 isótopos naturais 1922 •Nobel Nobel Prize in Chemistry "for for his discovery, by means of his mass spectrograph, of isotopes, in a large number of non‐radioactive elements, and for his enunciation of the whole number rule whole‐number 24 5. Setor Magnético F Francis Aston i A 25 5. Setor Magnético Mi ã Viki Missão Viking 26 5. Setor Magnético C l Calutron Main M i Calutron C l patents: U.S. Patent 2709222 Methods of and apparatus for separating materials (Ernest O. Lawrence) U.S. Patent 2719924 Magnetic shims (Robert Oppenheimer and Stanley Frankel) U S Patent 2847576 Calutron U.S. 2847576 Calutron system (Ernest O. Lawrence) system (Ernest O Lawrence) 27 6. Razão Isotópica R ã I tó i Razão Isotópica 28 6. Razão Isotópica R ã I tó i Razão Isotópica 29 6. Razão Isotópica R ã I tó i Razão Isotópica 30 6. Razão Isotópica R ã I tó i Razão Isotópica 31 6. Razão Isotópica 32 6. Razão Isotópica 33 6. Razão Isotópica 34 6. Razão Isotópica Características • Alta resolução (~50.000) ( ) • Alta exatidão (~ 10‐20 ppm) • Alta exatidão ( 10 20 ppm) • Analizador Analizador discriminativo • Feixe contínuo 35 7. Quadrupolo Quadrupolo Quatro pólos acoplados diagonalmente Quatro pólos acoplados diagonalmente • Idealmente hiperbólicos – Substitui‐se por circulares • Voltagem RF e DC Para Quadrupolos Circulares D/d = 1.148 36 7. Quadrupolo Dimensões Quadrupolo sintonizado para m/z 200 e íon de m/z 200 Freqüência = 880 kHz Comprimento = 20 cm Potencial de aceleração = 10 V Potencial de aceleração = 10 V Tempo de permanência aproximado = 64 s 37 7. Quadrupolo C Características t í ti • Resolução unitária (1 Da) Resolução unitária (1 Da) ~ número de ciclos RF número de ciclos RF • Paralelismo é muito importante ! p • Simples • Varredura discriminatória 38 7. Quadrupolo EEspectrometria de Massas t ti d M Sequencial 39 7. Quadrupolo Tipos de Experimentos MS/MS Tipos de Experimentos MS/MS Experimentos p – Varredura (MS) – SIM (MS) SIM (MS) – SRM / MRM (MS/MS) – Varredura de Íons Produtos (MS/MS) Varredura de Íons Produtos (MS/MS) – Varredura de Íons Precursores (MS/MS) – Varredura de Perda Neutra (MS/MS) V d d P d N t (MS/MS) 40 7. Quadrupolo 41 8. Ion Trap Ion Trap 3D 42 8. Ion Trap I Trap Ion T 3D Armadilha iônica desenvolvida por Wolfgang g g Paul ((Nobel de Física de 1989)) 43 8. Ion Trap I Trap Ion T 3D • Consiste de um eletrodo em forma de Anel e dois eletrodos “tampa” • Consiste de um eletrodo em forma de Anel e dois eletrodos tampa • Conectados à uma voltagem RF/AC • Forma um potencial oscilante de aprisionamento • Forma um potencial oscilante de aprisionamento • Segue a equação de Mathieu 44 8. Ion Trap Sequência de Eventos (MS) • Aprisionamento p • Resfriamento • Varredura • Detecção (por instabilidade de órbita) Sequências no Tempo !!! 45 8. Ion Trap Desvantagens Chemical Shift • Interações entre os íons causam desvio de órbita dentro do trap; • Provoca um erro de massa em alguns casos. Fonte • Fonte de íons deve ficar afastada do trap; p; • Possibilidade de reações Íon molécula (CI); • Usa‐se um guia de íons para fazer a transferência de íons. 46 8. Ion Trap Espectrometria de Massas Sequencial no d l Tempo (IT) Tempo (IT) • Eventos de análise de m/z, dissociação e análise de m/z ocorrem / / no IT; • Eventos ocorrem no tempo; • Único analizador Único anali ador m/z, vários experimentos; m/ ários e perimentos • Dissociação é realizada com He; • Nova fonte de RF excita os íons axialmente, provocando o aumento da energia interna Dissociação aumento da energia interna 47 8. Ion Trap Desvantagens Low Mass Cut Cut‐Off Off (LMCO) • Nas condições de CID; ç ; • Íons de massa baixa não são estáveis nessas condições; • Íons com massa < 1/3 do precursor são ejetados 48 8. Ion Trap Low Mass Cut‐Off ff ‐ (LMCO) ( ) 49 8. Ion Trap MSn • Experimentos de MS sequencial com n > 2 são possíveis sem custo; • Basta B repetir i os ciclos i l d seleção, de l ã resfriamento, fi dissociação e varredura; • Limitado pela sensibilidade (somente 1 acumulação !); • Aplicações c/ n=3, demonstrado c/ n=12. 50 8. Ion Trap Ion Trap Linear (LIT) ( ) • Outra forma de “Trap”; • Consiste em um arranjo quadrupolar com lentes de entrada saída; • Consiste em um arranjo quadrupolar com lentes de entrada saída; • Várias melhorias em relação ao 3D: – Maior capacidade – Menor LMCO – Menor chemical shifts • Dois tipos extração: – Radial (Thermo) – Axial (Applied Biosystems) 51 8. Ion Trap Configurações f Thermo h 52 8. Ion Trap Configurações f AB Sciex 53 8. Ion Trap 54 9. Time‐of‐Flight Time‐of‐Flight ‐ TOF • Princípio mais simples dos analizadores; Princípio mais simples dos analizadores; • Íons são acelerados por uma voltagem constante; • As velocidades dos íons dependem da razão m/z; • Mede‐se o tempo que o íon leva para percorrer uma certa distância. 55 9. Time‐of‐Flight TOF Linear • Analisador Pulsado (não‐contínuo) • Grande sensibilidade (Não faz varredura) • Sem limite teórico de massa • Baixo B i Custo C t •Baixa resolução (100‐400) devido à dispersões 56 9. Time‐of‐Flight TOF Refletor • Alta resolução (10000‐20000) • Alta exatidão (~ 3‐10 ppm) • Limite de massa (até 8000 a 10000) • Menor sensibilidade 57 Instrumentação Instrumentação Direto GC HPLC EI CI APCI APPI ESI MALDI B Q Tof IT LIT ICR Orbitrap Multiplicador e‐ MCP Sinal Registrado Introdução de amostra Conversor de sinal Gás de Arraste Coluna Cromatográfica e Forno Detector 58 10. Detectores Detectores O detector tem a função de detectar e amplificar o sinal d corrente da t de d íons í que vem do d analisador li d e transferir t f i o sinal para o sistema de processamento de dados. Os principais tipos de detectores são: • Multiplicador de elétrons • MCP (micro‐channel plate) 59 10. Detectores Multiplicador de Elétrons • Dinodo de conversão que é utilizado para converter íons positivos ou negativos em elétrons. • Potencias mais altos nos dinodos de conversão são utilizados para acelerar íons de massa altas e assim melhorar a sensibilidade 60 10. Detectores M lti li d d Elét Multiplicador de Elétrons 61 10. Detectores MCP • O MCP é um multiplicador lti li d de d elétrons lét muito it rápido á id • Um único íon pode gerar 107 elétrons sendo produzidos em um período de 4‐5 ns 62 10. Detectores MCP 63 Instrumentação Instrumentação Direto GC HPLC EI CI APCI APPI ESI MALDI B Q Tof IT LIT ICR Orbitrap Multiplicador e‐ MCP Sinal Registrado Introdução de amostra Conversor de sinal Gás de Arraste Coluna Cromatográfica e Forno Detector 64 11. Acoplamentos A l Acoplamentos t 65 11. Acoplamentos GC/MS: Fred McLafferty The direct coupling of gas chromatography (GC) and TOF MS was achieved in the mid-1950s by Roland S. Gohlke and McLafferty of Dow Chemical Co., Midland, Mich., in collaboration ll b ti with ith Wiley, Wil M L McLaren, and d Dan D H Harrington i t att Bendix. At about the same time, GC was coupled to a magnetic sector instrument by Joseph C. Holmes and Frank A. Morrell of Phillip Morris, Richmond, Va., among others. Finnigan 1968 – Hewlett‐|Packard 1971 66 11. Acoplamentos The Perfect Couple ! The Perfect Couple ! 67 Configurações Configurações de Equipamentos f d 68 Vantagens e Desvantagens Vantagens • EI fornece fragmentos / Ion molecular • GC tem alta resolução • Quantificação feita através de monitoramento de 1 ou mais íons f f é d d í • Maior a massa → Maior sele vidade D Desvantagens t • Tempos razoavelmente longos l l • Necessidade de derivatização em vários casos 69 Exemplos Hid Hidrocarbonetos b t policíclicos li í li aromáticos áti • Amostra – Matriz simples ou complexa? solo, águas, sedimentos, partículas no ar, entre outros o to ados e regulamentados egu a e tados 16 6 HPAs s ((7 • Monitorados HPAs são classificados como g p pela – IARC)) carcinogênicos • Otimização da separação cromatográfica Quantificação necessário Quantificação ‐ • Limites de detecção IARC International Agency for Research on Cancer Exemplos HPA Separação HPA – Exemplos Espectros de massas PHA Espectros de massas ‐ 128 100 152 100 50 50 26 0 39 51 64 20 30 40 50 60 MW: 128 C10H8 (ma inlib ) Na p htha lene 77 70 85 89 80 97 90 102 100 113 110 0 120 130 140 153 100 14 27 37 44 50 55 76 78 84 89 63 10 20 30 40 50 60 MW: 152 C12H8 (ma inlib ) Acena p hthylene 70 80 90 98 109 100 110 120 126 120 130 150 160 166 100 50 140 50 76 82 63 0 14 27 32 39 51 10 20 30 40 50 60 70 MW: 154 C12H10 (ma inlib ) Acena p hthene 87 80 90 98 100 126 110 110 120 130 139 140 0 150 160 170 14 26 39 44 51 56 63 69 74 10 20 30 40 50 60 MW: 166 C13H10 (ma inlib ) Fluorene 70 87 80 90 97 100 115 110 139 122 120 150 130 140 150 160 170 180 Exemplos Espectros de massas PHA Espectros de massas ‐ 178 100 50 0 50 27 38 63 69 76 50 20 30 40 50 60 70 MW: 178 C14H10 (ma inlib ) Anthra cene 80 76 89 98 90 110 100 110 120 152 139 126 130 140 150 163 160 0 170 180 190 50 39 27 152 89 63 98 20 30 40 50 60 70 80 MW: 178 C14H10 (ma inlib ) Phena nthrene 90 100 110 110 126 120 130 139 140 163 150 160 202 100 184 170 180 190 228 100 50 50 0 178 100 39 50 62 30 40 50 60 (ma inlib ) Fluora nthene 88 74 70 80 90 101 110 100 110 122 150 162 28 174 120 130 140 150 160 170 180 190 200 0 210 39 50 63 74 88 101 114 122 150 163 174 187 200 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 MW: 228 C18H12 (ma inlib ) Benz[a ]a nthra cene Exemplos Drogas de abuso Drogas de abuso • Substancias b i entorpecentes psicotrópicas, e seus metabólitos – Anfetaminas e Metanfetaminas – Cocaína ‐ Metabólitos – Maconha ‐ Canabinoides Exemplos Análise por CG/EM Análise por CG/EM Acidic/neutral drugs resolved to baseline Acidic / neutro drogas resolvidos com a base de referência 1. Methprylon 2. Butalbital 3. Amobarbital 4 Meprobamate 4. 5. Glutethimide 6. Phenobarbital 7. Methaqualone 8 Primidone 8. Figure 1a Analyze underivatized acidic drugs or basic drugs under the same conditions, using an Rxi™‐5ms column (http://www.restek.com/aoi_forensics_A002.asp) Exemplos Análise por CG/EM Análise por CG/EM Sensitive analysis for basic drugs in free base form 1. Amphetamine 2. Methamphetamine 3. Nicotine 4 Cotinine 4. 5. Caffeine 6. Benzphetamine 7. Ketamine 8. Phencyclidine 9. Methadone 10. Cocaine 11 Scopolamine 11. 12. Codeine 13. Alprazolam Figure 1b Analyze underivatized acidic drugs or basic drugs under the same conditions, using an Rxi™‐5ms column (http://www.restek.com/aoi_forensics_A002.asp.) Exemplos Análise MS/MS Análise MS/MS Atividades: • Entregar a Atividade 3; • 28/09 (sexta) – Reservado para Atividade 4: Encontrar e resumir em 2‐3 páginas um artigo e resumir em 2‐3 páginas um artigo “Encontrar cientifico publicado na Quimica Nova sobre o Uso d GC/MS de GC/MS em analises orgânicas” li â i ” 78