FAESO – FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Aula 04 Construção de Gráficos Física Experimental I Prof. Ms. Alysson Cristiano Beneti OURINHOS-SP 2013 Para que serve • É uma representação visual do modo como as grandezas variam em relação às outras. • Por meio da “leitura” de um simples gráfico pode-se “compreender” o que está acontecendo com diversas grandezas medidas. Para construir um gráfico, é preciso: • Seleção do papel(milimetrado, monolog ou dilog) • Definição dos eixos A variável dependente deverá estar sempre no eixo vertical (eixo das ordenadas) e a independente no eixo horizontal (eixo das abscissas), isto é, coloque a causa no eixo horizontal e o efeito no eixo vertical; • Registros dos eixos Trace os eixos e indique as grandezas com as respectivas unidades entre parênteses; no eixo horizontal é usual colocar essa informação abaixo do eixo ou abaixo da seta (ao lado direito), e no eixo vertical ao lado esquerdo; Fator de escalas e a posição do papel Fator de escala (ou módulo de escala) é a razão entre a variação da grandeza que se quer representar G e o comprimento do papel L disponível para um eixo. Também pode ser utilizado uma regra de três. Arredondonda-se o fator de escala para um valor maior que o calculado. Dicas para construção de gráficos • Se as medidas estão entre 2,36s e 6,04s, não é necessário construir um gráfico com uma escala entre 0 e 10 s, sendo suficiente de 2,30s até 6,10s. • Procure não escrever todos os dados da tabela, que, em geral, "quebrados"; localize-os, sem escrever os números; • Ao localizar os pontos, não utilize "tracejados" para todos os pontos, reserve os "tracejados" para alguns pontos importantes; • Represente os dados no gráfico por "ponto", "cruz", "retângulo" ou um outro símbolo que torne os dados visíveis (eles devem ser visíveis, porém não exagerados; (precisão da informação). • Não ligue os pontos "dois a dois" através de segmentos de retas, nem passe uma curva "lisa" por todos os pontos pois nenhuma medida é "exata"; • trace uma curva ou reta que melhor se ajuste aos pontos, ou seja, uma "curva média", que passe pela maioria dos dados experimentais, de tal modo que o número de pontos situados acima da curva ou reta seja aproximadamente igual ao número de pontos abaixo; Exemplo Em um experimento de dilatação volumétrica mediu-se o volume (V) de uma esfera para várias temperaturas (T), obtendose uma tabela de valores de V e de T. Variável Dependente: Volume (V) A grandeza física varia entre os valores 64,1.10-9 e 260,0.10-9 m3. Momentaneamente ignoremos a unidade (inclusive a potência) para facilitar. OBS: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Vertical (280 mm) 1ª possibilidade: Se começarmos o gráfico a partir do zero, a variação do volume é de (260 – 0,0) = 260 unidades de volume. A escala direta é 1,0 unidade de volume : 1 mm do papel Variável Dependente: Volume (V) 2ª possibilidade: Se não começarmos o gráfico a partir do valor zero, calculamos o fator de escala (f) e o intervalo de variação para o volume é de (260,0 – 64,1) = 195,9 unidades de volume. G (260 ,0 64,1) 195,9 f 0,699 0,7 L 280 280 Variável Dependente: Volume (V) Para cada ponto, faremos a diferença entre o ponto analisado e o ponto inicial escolhido (ex: Ponto inicial escolhido 60.10-9m3) dividido pelo fator f (0,70). São esses pontos que marcamos no gráfico. G Gi 64,1 60 5,85 6m m f 0,7 G Gi 80,7 60 29,57 30m m f 0,7 G Gi 97,8 60 54m m f 0,7 Os três primeiros pontos do eixo da variável dependente. Os demais são calculados da mesma forma. IMPORTANTE !!! • A escala usada em um eixo é totalmente independente da escala usada no outro eixo. • Arredondamos o fator de escala (f) sempre para mais. Variável Independente: Temperatura (T) A grandeza física varia entre os valores 60°C e 100,0 oC. OBS: considerando o papel na posição “retrato” - Eixo Horizontal (180 mm) (a) Começando do zero: Se começarmos o gráfico a partir do zero, o intervalo de variação para a temperatura é de (100 – 0) = 100 unid. de temperatura. A escala direta é 1 unidade de temperatura : 1 mm do papel e a maior medida da temperatura (100°C) corresponde a 100 mm no papel. Variável Independente: Temperatura (T) (b) Não começando do zero: Se não começarmos o gráfico a partir do zero, calculamos o fator de escala (f) e o intervalo de variação para a temperatura é de (100,00 – 60,00) = 40,00 unidades de temperatura. G (100,00 60,00) 40,00 f 0,22 0,3 L 280 180 Variável Independente: Temperatura (T) Para cada ponto, faremos a diferença entre o ponto analisado e o ponto inicial escolhido (ex: Ponto inicial escolhido 60C) dividido pelo fator f (0,3). São esses pontos que marcamos no gráfico. G Gi 60,00 60,00 0m m Os três primeiros pontos f 0,3 do eixo da variável G Gi 65,00 60,00 16,7 17m m independente. Os demais são calculados da mesma f 0,3 G Gi 70,00 60,00 33,3 33m m forma. f 0,3 Indicação de valores nos eixos • Tanto no eixo vertical, quanto no horizontal, devem ser indicados valores referenciais adequados à escala. • Jamais indique nos eixos os valores dos pontos experimentais. • Os valores indicados devem ter a mesma quantidade de algarismos significativos das medidas, no caso do volume, os valores indicados serão: 50,0; 100,0; 150,0; etc. • É fundamental que os pontos experimentais sejam bem marcados no gráfico e identificados por um sinal que não deixe dúvidas sobre sua localização. • Identifique apenas os pontos experimentais! Traçado da curva • O traçado da curva deve ser suave e contínuo, ajustando-se o melhor possível aos pontos experimentais. • Nunca una os pontos experimentais por linhas retas, pois isto significa que a relação entre as grandezas físicas é descontínua, o que dificilmente será verdadeiro. Exercitando Observou-se o movimento de um bloco que desce deslizando um plano inclinado. Obteve-se um conjunto de medidas da velocidade e do tempo Construa o gráfico da velocidade em função do tempo representando e calculando as escalas. Exercitando Exercitando Construa o gráfico da altura de queda em função do tempo representando e calculando as escalas. Exercitando