COMPETITIVIDADE E ORIENTAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE UVA, MELÃO E MAMÃO NO PERÍODO DE 1997 A 2007 [email protected] APRESENTACAO ORAL-Comércio Internacional PRISCILA BRATKOWSKI1; ADAYR DA SILVA ILHA2; TAIZE DE ANDRADE MACHADO3. 1,2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARI - RS - BRASIL; 3.CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANODE SANTA MARIA, SANTA MARIA - RS BRASIL. COMPETITIVIDADE E ORIENTAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE UVA, MELÃO E MAMÃO NO PERÍODO DE 1997 A 2007 GRUPO DE PESQUISA: Comércio Internacional Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a evolução da competitividade e orientação das exportações brasileiras de uva, melão e mamão no comércio internacional, no período de 1997 a 2007. Para mensurar a evolução da competitividade, optou-se por calcular o Índice de Vantagens Comparativas (IVC), proposto por Bela Balassa (1965). Para tornar a análise mais completa, também se mensurou o Índice de Orientação Regional (IOR), elaborado por Yeats (1997). A hipótese básica deste trabalho é que houve um aumento da competitividade das frutas selecionadas ao longo do período estudado. Os resultados encontrados apontam que, apesar da competitividade brasileira para os três produtos estudados ter realmente evoluído positivamente, ainda existem anos em que esta sofre retração. No que se refere ao Índice de Orientação Regional, observa-se que as frutas analisadas estão orientadas mais para o mercado europeu do que para o Nafta. Quanto à União Europeia, o produto mais aceito é o mamão e, para o Nafta, segundo os resultados apurados, a fruta mais vendida é o melão. Palavras-chave: Competitividade, Orientação Regional, Frutas, Brasil. Abstract: This article aims to analyze the evolution of Brazilian exports competitiveness of grape, melon, and papaya in international trade from 1997 to 2007. It was chosen to calculate the index of Comparative Advantage (CA), suggested by Bela Balassa (1965), to measure the evolution of competitiveness. The Regional Orientation (RO) index, elaborated by Yeats (1997), was also used for a better analysis. The basic hypothesis of this work was the increase of selected fruits competitiveness throughout the period of this study. The results show that although Brazilian competitiveness for the three products has really evolved positively, there is some kind of downturn in some years. When it comes to Regional Orientation it is possible to say that for the analyzed fruits there are some periods 1 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural in which exports are more aimed at NAFTA or European Union. However, in the European Union the most accepted product is papaya, and for NAFTA, it is melon. Keywords: Competitiveness, Regional Orientation, Fruits, Brazil. JEL Classification: F11; F15 1. INTRODUÇÃO Acompanhando o processo de globalização das atividades econômicas, observa-se a formação de blocos econômicos que possuem o objetivo de alcançarem mais forças para competirem frente ao mercado internacional globalizado. Neste contexto, merecem destaque o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e a União Europeia (U.E). Assim, através da globalização e da formação de blocos econômicos, o comércio do Brasil com os países do NAFTA e da União Europeia vem-se intensificando. Neste contexto, merece destaque a exportação de frutas brasileiras para esses blocos, em que a União Europeia é um dos principais importadores, seguida pelos Estados Unidos. Sabe-se que a produção mundial de frutas aumentou de maneira significativa nesta década. Um dos principais motivos do aumento da produção se deve à procura por alimentos saudáveis. Uma das consequências econômicas do aumento da produção e da exportação de determinadas frutas é o aumento da receita dos exportadores, principalmente influenciada pela abertura de novos mercados, além de meios de entrega mais eficientes e produção com qualidade. O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, perdendo apenas para a China e a Índia (TODA FRUTA, 2010). Os principais importadores das frutas brasileiras são a União Europeia, seguida dos Estados Unidos. Entretanto, além das nações da Comunidade Europeia, têm crescido muito as exportações brasileiras para países do Oriente Médio (como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait), da Ásia, com destaque para Bangladesh, e da África (como Líbia, Sudão e outros). No total, são 74 nações para as quais o país envia suas frutas. De acordo com dados do IBGE (2009), o mercado brasileiro de frutas frescas tem avançado 4% a 6% por ano. Porém, o Brasil destina apenas 0,26% da sua área para o cultivo da fruticultura. Assim, apesar de a fruticultura ser um setor com boas perspectivas para o Brasil, o país encontra diversos entraves comerciais para a exportação de frutas. Mercados como o europeu e o norte-americano, que são os principais destinos das exportações das frutas brasileiras, exigem um elevado padrão de qualidade. Esses mercados incorporam a preocupação com a segurança alimentar dos consumidores e as exigências para a certificação do produto. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivos responder às seguintes questões: a) As exportações do mamão, do melão e da uva são competitivas junto ao mercado internacional? e b) As exportações destas frutas estão orientadas para os principais mercados, ou seja, para União Europeia e Nafta? Para analisar estas questões, são utilizados o Índice de Vantagens Comparativas Reveladas (IVC) e o Índice de Orientação Regional (IOR), pois, ainda que a União Europeia e o Nafta sejam os maiores importadores de frutas brasileiras, é importante especificar a tendência regional de exportação e a evolução das vantagens comparativas do mamão, do melão e da uva produzidos no Brasil no que se refere ao mercado internacional. 2 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Neste âmbito, faz-se necessário analisar a evolução da produção e da exportação da fruticultura brasileira no período estimado (1997 – 2007), além de explorar os principais entraves para o aumento da exportação de determinadas frutas selecionadas. Para melhor compreensão do texto, este trabalho está dividido em cinco seções, sendo esta Introdução a primeira delas. Na seção 2, são discutidas as vantagens comparativas no comércio internacional, bem como suas principais teorias. Além disto, analisam-se as principais barreiras às exportações, pois estas distorcem a competitividade das nações. 2. AS VANTAGENS COMPARATIVAS E AS DISTORÇÕES COMERCIAIS O famoso economista e filósofo Adam Smith publicou, em 1776, a Riqueza das Nações. Nesse livro, o autor definiu como deveria ser o comércio entre as nações. Smith definiu o que ficou conhecido como Vantagens Absolutas, tendo como base a teoria de que se duas nações comercializassem entre si, ambas poderiam ganhar. De acordo com Adam Smith, o comércio entre duas nações baseia-se nas vantagens absolutas. Quando uma nação é mais eficiente do que outra (ou possui uma vantagem absoluta em relação àquela) na produção de uma commodity, porém é menos eficiente do que a outra nação (ou possui uma desvantagem absoluta em relação àquela), na produção de uma segunda commodity, ambas as nações podem ganhar, cada uma delas especializando-se na produção da commodity de sua vantagem absoluta e trocando parte de sua produção com outra nação pela commodity de sua desvantagem absoluta.(SALVATORE, 2000, p. 19) Entretanto, a teoria das Vantagens Absolutas não explicava por completo as bases do comércio. Neste sentido, em 1817, David Ricardo publicou “Princípios de Economia Política e Tributação”, no qual expôs a Lei das Vantagens Comparativas. De acordo com Ricardo, mesmo que uma nação possua desvantagem absoluta na produção de ambas as commodities, ainda assim haveria uma possibilidade de comércio, desde que a nação se especializasse na produção de sua commodity de menor custo de produção. Para Salvatore (2000, p.17), “a lei das vantagens comparativas é uma das mais importantes leis da economia, aplicável tanto a nações quanto a indivíduos, é útil por expor várias graves falácias do pensamento aparentemente lógico”. De acordo com Carvalho e Silva (2007), Ricardo resolveu um problema que Adam Smith deixou em aberto, ou seja, o que ocorreria quando os custos de produção de todas as mercadorias fossem maiores do que no restante dos países. Assim, David Ricardo demonstrou que não são os custos absolutos, mas sim os custos relativos que realmente importam, os quais, por sua vez, são determinados pela produtividade do trabalho. Apesar de o modelo ricardiano ser uma ferramenta muito utilizada para analisar as relações comerciais, esse modelo tem algumas limitações. Para Krugman e Obstfeld (2001), o modelo ricardiano prevê um grau de especialização que não se observa no mundo real. Esse modelo assume efeitos indiretos do comércio internacional sobre a distribuição da renda dentro dos países e não permite papel algum para as diferenças de recursos entre 3 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural os países como uma causa do comércio. Além disso, o modelo ricardiano ignora o possível papel das economias de escala como causa do comércio. Portanto, sabe-se que, atualmente, não é possível um grau de especialização tão alto, até porque o livre-comércio tem sido mais exceção do que regra. Apesar de se estar em um mundo globalizado, os entraves comerciais prejudicam a competitividade, principalmente dos países em desenvolvimento. Conforme Carvalho e Silva (2007), mesmo após a vigorosa defesa teórica do livre comércio, as barreiras às importações não terminaram depois do período mercantilista (século V a XV). A proteção pode se dar através de diversos instrumentos de proteção e, em seu conjunto, são denominadas de política comercial. Dentre estas proteções está a tarifa, definida como uma barreira tarifária. A tarifa é um imposto sobre importação e cobrado quando a mercadoria entra no país. Entretanto, existem outras formas de proteção como quotas, controles cambiais, proibição de importação, barreiras não-tarifárias, dentre outras. No comércio de frutas, observa-se regularmente a prática de barreiras não-tarifárias, como as fitossanitárias e as sanitárias. As barreiras não-tarifárias correspondem a restrições impostas pelo funcionamento normal da burocracia, conforme explica Carvalho e Silva (2007), e nem sempre visam à redução das importações. Segundo Ferracioli (2002, p.1), “o próprio conceito de ‘barreira técnica’ não é bem compreendido, sendo equivocadamente associado a dificuldades de exportadores em cumprir exigências técnicas encontradas nos países para os quais vendem seus produtos”. Prazeres (2002, apud GARRIDO, 2005, p.3) defende que, no âmbito da OMC, um Estado Membro tende a tomar medidas de proteção quanto aos tipos de barreiras nãotarifárias, pois as tarifárias são facilmente identificadas. Thorstensen (2003, p. 170) afirma que É prática usual dos governos a adoção de regras sobre regulamentos e normas técnicas aplicados sobre bens produzidos internacionalmente e sobre importados, com objetivo de garantir padrões de qualidade, de segurança, de proteção à saúde e ao meio ambiente. No entanto, estas regras podem se transformar em barreiras ao comércio internacional, tendo em vista a redução de tarifas e as pressões políticas para proteção de setores menos competitivos. Assim, as tarifas aumentam o preço dos produtos importados e reduzem o excedente do consumidor. Entretanto, existem outras formas de proteção comumente utilizadas, como as barreiras não-tarifárias. Mas todas as formas de intervenção provocam distorções nos mercados e alteram o grau de competitividade “natural” dos países, sendo que, muitas vezes, países ricos desenvolvem uma “competitividade forçada” no comércio internacional, graças às medidas de proteção e de apoio. 3. Metodologia Com o objetivo de verificar a competitividade e a orientação das exportações brasileiras de mamão, do melão e da uva brasileira, utilizar-se-ão os Índices de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) e o Índice de Orientação Regional (IOR), respectivamente. 4 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural O Índice de Vantagens Comparativas foi proposto por Balassa, em 1965, baseado na lei das Vantagens Comparativas, formulado por Ricardo, em 1817. Segundo Maia (2002, p. 2), “os índices de VCR servem para descrever os padrões de comércio que estão tendo lugar na economia (...)”. O Índice de Vantagem Comparativa Revelada é dado pela equação abaixo: IVCR i j = (X ij /X i) / (Xwj/Xw) Onde: X ij = valor das exportações brasileiras i do produto j; X i = valor total das exportações brasileiras i; X wj = valor das exportações mundiais w do produto j; X w = valor das exportações mundiais w. Sendo: i= exportações brasileiras; w = exportações mundiais; j = produto estudado (neste caso, mamão, melão e uva). De acordo com Maia (1997 apud CORONEL, 2004, p. 17), se o IVCRj > 1, o país possui vantagem comparativa revelada para as exportações do produto j. Mas, se o IVCRj < 1, o país possui desvantagem comparativa revelada para as exportações do produto j. O Índice de Orientação Regional foi proposto por Yeats (1997). Segundo Waquil et al (2001), o Índice de Orientação Regional das exportações avalia a tendência de exportar o produto para determinado bloco econômico ou para fora do bloco. O IOR é uma razão entre duas proporções, e seu resultado é obtido através da divisão da participação das exportações de um produto sobre as exportações totais do país para determinado bloco pela participação das exportações desse produto no total exportado extrabloco. O IOR deve ser observado ao longo do tempo. Se seu resultado situa-se entre zero e infinito, um valor igual a um indica a mesma tendência de exportar para dentro e para fora do bloco. Se os valores do IOR forem crescentes ao longo do tempo, isto demonstrará uma tendência a exportar intrabloco. Se, por outro lado, o IOR for decrescente, indicará que as exportações estão se direcionando para fora do bloco. O IOR é dado pela equação abaixo: IOR= (X rj / X tr ) / ( X oj / X to) Em que: X rj = Valor das exportações brasileiras do produto intrabloco; X tr = Valor total das exportações brasileiras intrabloco; X oj = Valor das exportações brasileiras do produto extrabloco; X to = Valor total das exportações brasileiras extrabloco. 5 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Onde: r = exportações brasileiras intrabloco; o = exportações brasileiras extrabloco; j= mamão, melão e uva. Sabe-se que a construção destes indicadores é de grande significância, pois podem auxiliar em decisões governamentais, no que se refere às políticas públicas. Vale, entretanto, ressaltar que o IVC, por exemplo, é um índice estático, ou seja, reflete a capacidade competitiva em um dado momento e não captura determinadas mudanças que venham a ocorrer no grau de competitividade do país (Carvalho e Cunha Filho, 2007). 3.1 Fonte de dados Os dados serão coletados junto ao Sistema de Análise de comércio Exterior (ALICE), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o qual possui os dados das exportações brasileiras em dólares (FOB). Os dados relativos às exportações mundiais serão obtidos através da Food Agriculture Organization (FAO) e através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os dados são trabalhados a partir de valores em US$ FOB. 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Sabe-se que o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, o que representa 5% da produção mundial. No entanto, o país tem participação pouco expressiva no cenário internacional e, dentre os vários motivos, um dos principais determinantes é a atratividade interna, ou seja, o alto consumo nacional (Veloso et al, 2009). Talvez, por isto, o índice de competitividade do Brasil para a uva tenha-se revelado com desvantagem comparativa, até o ano de 2001. Segundo Veloso et al (2008), os maiores produtores de uva são Itália, França e Estados Unidos, fato que também pode explicar esta desvantagem nas exportações, dada a grande concorrência. Já o melão e o mamão foram considerados competitivos e sua competitividade evoluiu positivamente, ao longo do tempo. Na Tabela 01, é possível analisar estes índices para a uva, o melão e o mamão, respectivamente. Tabela 01 – IVC da uva, mamão e melão brasileiro (1997-2007) 6 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 UVA 0,22 0,28 0,44 0,67 0,90 1,32 1,94 1,49 2,27 2,57 2,43 MELÃO 3,23 4,09 4,67 4,42 6,06 5,85 7,04 6,43 7,46 7,53 8,18 MAMÃO 10,98 9,22 16,62 18,20 15,55 17,35 18,18 12,20 14,67 14,38 15,68 Fonte: Resultados de pesquisa No que se refere à uva, segundo Vitti e Boteon (2008), o Brasil ocupa o 6º lugar no ranking dos maiores produtores. Ao longo do tempo, a produção tem aumentado e alguns dos motivos são a diversificação das variedades, a expansão da infraestrutura, o investimento em tecnologia, dentre outros. Entretanto, o Brasil ainda possui baixos índices de produtividade, com exceção do Vale de São Francisco. Além disto, os países que mais abastecem o mercado europeu, por exemplo, são o Chile e a África do Sul. Assim, a produção brasileira possui pouca representação no comércio mundial, “[...] participando com apenas 2% da receita gerada com as exportações mundiais” (p. 14). Conforme Veloso et al (2009), o market-share doméstico da uva, medido pelo valor de produção da uva nacional sobre o valor da produção mundial, indica que o país, apesar de estar entre os maiores produtores de uva, tem pouca representatividade no comércio internacional, mesmo tendo a participação brasileira na produção mundial de uva aumentado entre 1990 e 2005, período de análise. Além disto, as autoras afirmam que, para elevar a competitividade da uva brasileira, é necessário reduzir os custos, buscar novos mercados, atender a exigências técnicas (sanitárias e fitossanitárias) e capacitar mão de obra. De acordo com Veloso et al (2008), que analisou a competitividade das exportações de uva de mesa para o período de 1990 a 2005, os índices de produção e exportação de uva apresentaram oscilações durante todo o período analisado. A partir de 1999, o Vale do São Francisco, que possui uma significativa produção da fruta, no Brasil, contribuiu para o aumento das exportações, principalmente no que se refere à adequação para o mercado internacional. Este fato pode ser comprovado pelo aumento significativo do market-share brasileiro, variando entre 0,16 e 0,33 do valor total comercializado. Assim, estes fatos explicariam o recente ganho de competitividade nas exportações da uva no mercado internacional. Vê-se que a competitividade das outras frutas selecionadas para o estudo, o melão e mamão, apresentam a mesma dinâmica. O melão e o mamão são competitivos e sua competitividade evoluiu positivamente ao longo do tempo, embora se notem anos em que houve uma retração do índice de competitividade. No caso do mamão, isto pode ser observado nos anos 1998 e 2004. Mas é claro que o aumento da competitividade brasileira 7 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural no mercado internacional reflete-se diretamente pelo aumento das exportações dos produtos para o exterior, como pode ser observado na Tabela 02. Na Tabela 02, é possível notar que as exportações brasileiras dos produtos estudados aumentaram significativamente, durante o período selecionado. De acordo com Carvalho e Cunha Filho (2007), as exportações brasileiras de melão, por exemplo, ganharam participação nos mercados do Reino Unido e Países Baixos, ao longo dos anos. Este aumento no volume de exportações pode ser visto na segunda coluna da Tabela 02. Assim, a evolução positiva do IVC para as frutas estudadas revela um quadro com importantes vantagens comparativas e ganho de participação nas exportações mundiais. Tabela 02 – Exportações brasileiras de produtos selecionados, 1997-2007. UVA MELÃO 1997 4.779.957 20.913.101,00 1998 5.823.331 28.323.447,00 1999 8.613.790 28.733.371,00 2000 14.604.702 25.004.970,00 2001 21.563.353 39.296.988,00 2002 33.788.896 37.778.013,00 2003 59.938.777 58.315.524,00 2004 52.755.494 63.251.151,00 2005 107.284.772 91.481.936,00 2006 118.535.022 88.241.589,00 2007 169.696.455 128.213.642,00 Fonte: Elaboração própria a partir de dados FAO e SECEX. MAMÃO 7.276.752,00 9.453.484,00 13.577.523,00 17.694.482,00 18.502.886,00 21.623.890,00 29.213.738,00 26.563.343,00 31.268.007,00 30.330.909,00 34.403.924,00 De acordo com Vitti e Boteon (2008), o aumento das exportações de frutas, de um modo geral, pode ser explicado, por exemplo, pela abertura de novos mercados consumidores e pela maior rapidez nos meios de distribuição, o que permite a entrega de uma mercadoria com melhor qualidade. E, no que se refere mais especificamente ao Brasil, o aumento no volume de exportações tem sido resultado da combinação de avanços tecnológicos e maior acesso aos mercados. Segundo as autoras, a demanda por frutas também está aliada à elevação da renda dos consumidores, à urbanização e à melhora dos níveis educacionais. Para Juntolli (2009), o Brasil é o terceiro maio produtor mundial de frutas, mas o 15º exportador, e isto se deve ao grande aumento do consumo interno. Mas, para que o Brasil aumente suas exportações, é preciso, de forma impreterível, atender exigências do mercado externo. No que se refere ao mamão, o país tem mantido o primeiro lugar no ranking de maior produtor da fruta. Determinantes como incentivos governamentais, preparação da terra, apoio à irrigação (sobretudo no Nordeste) estimularam produtores a iniciar a atividade ou a expansão da produção. Aliado a isto, encontra-se o crescimento da produtividade, sobretudo pela maior profissionalização do setor, com novas técnicas de cultivo, acompanhamento do clima, análise e preparo de solos corretos, entre outros. Mas, devido à proximidade dos Estados Unidos, o México é beneficiado, fato que leva a entender, por exemplo, por que, no triênio 2003/2005, este país apresentou a maior receita com exportação de mamão. Além disto, apesar de o Brasil ter um elevado potencial na 8 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural produção de mamão, a sazonalidade da oferta, em função do clima e da baixa quantidade da fruta, segundo os padrões exigidos no mercado externo, tem limitado o aumento do volume das vendas (VITTI e BOTEON, 2008). Quanto ao melão, segundo as autoras, entre 2003 e 2005, o Brasil passou para o vigésimo lugar no ranking da produção mundial, dado que houve um significativo aumento da produtividade. Entretanto, os fatores limitantes da expansão da produção são as condições climáticas desfavoráveis, os ataques da mosca mineradora e a utilização de sementes pouco adaptadas ao clima brasileiro. Segundo Araújo et al (2001), a tendência do melão é um excepcional crescimento de mercado. O crescimento do comércio mundial da fruta, na década de 70, foi de 3% e, na primeira metade da década de 90, já havia se registrado um aumento de 4,3%. Segundo o autor, a União Europeia, que é um dos principais mercados importadores do Brasil, mostra aumento nas exportações de melão, desde a década de 80. E o mais importante é que este produto vem passando de um consumo de temporada para consumo contínuo, visto que o crescimento também ocorre nos meses de outono e inverno, que poderiam ser de baixo consumo da fruta analisada. Salienta o autor que esta posição deve ser preservada pelo Brasil, pois está sendo disputada por vários países. Quanto ao IOR, na Tabela 03, é possível verificar os resultados do Índice de Orientação Regional para a União Europeia. Tabela 03 – Índice de Orientação Regional das exportações de uva e mamão para a União Europeia (1997-2007). 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Resultados de pesquisa UVA 4,45 3,01 2,43 6,38 14,98 71,45 36,50 20,91 17,81 8,71 11,54 MELÃO 27,80 31,95 24,79 28,51 49,36 196,53 221,64 418,61 272,44 179,48 342,17 MAMÃO 16,78 9,99 5,06 4,63 5,65 6,15 7,71 17,98 14,47 17,43 9,80 Como se vê, o IOR para uva brasileira direcionada à União Europeia possuía uma dinâmica ascendente até o ano de 2002, o que indica que a orientação das exportações do Brasil para este produto era principalmente a União Europeia. Entretanto, a partir de 2003, observa-se uma tendência de redução do índice, o que poderia indicar uma nova orientação brasileira, ou seja, as exportações de uva passam a ser direcionadas também para outros países fora da União Europeia. A União Europeia é o principal consumidor de frutas frescas brasileiras, sendo responsável por 95% da comercialização de uva, no ano de 2002, dado que explica o alto índice de orientação regional obtido neste ano (TODA FRUTA, 2006). No que se refere às barreiras impostas, sabe-se que 9 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural As barreiras técnicas impostas pelo bloco econômico até o ano de 2003 foram pouco rigorosas na importação de frutas frescas exigindo apenas o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) que não requer nenhum tratamento específico para a fruta importada. Porém, o mercado europeu está se tornando cada vez mais exigente e a partir de 2003, no caso das frutas, essa tendência se concretizará. O bloco econômico, visando um maior controle de qualidade dos alimentos consumidos, exigirá até o final desse ano o selo EurepGap criado em 1999 e elaborado por um grupo de empresas varejistas (Euro Retailer Produce Working Group - Eurep). Esse selo visa atender os padrões das chamadas “boas práticas agrícolas” (Good Agricultural Practice - GAP) bastante difundido no mercado internacional com ênfase na segurança do alimento, preservação do meio ambiente e silvestre e preservação dos direitos dos trabalhadores. Além disso, o EurepGap demanda implementação e verificação independente através dos processos de certificação que assegurem a conformidade dos requisitos exigidos por esses compradores. (TODA FRUTA, 2006). Como se vê, ao longo do tempo, a União Europeia tem-se tornado mais rigorosa no que se refere à entrada de frutas exportadas. Quanto ao IOR do mamão direcionado à União Europeia, este demonstra uma clara tendência de queda entre 1997 e 2000, recuperando-se as vendas para este mercado a partir de 2001 e sofrendo quedas novamente em 2005 e 2007. Quanto ao melão, observa-se que este tem sido o produto com maior índice de orientação regional voltado para a União Europeia. Na Tabela 04, pode ser verificada a evolução das exportações de uva, melão e mamão para a União Europeia. Tabela 04 – Exportações brasileiras de uva, melão e mamão (1997-2007) para a U.E 10 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural UVA MELÃO 1997 3.051.548 19.174.659 1998 3.269.016 26.380.892 1999 4.347.400 26.214.873 2000 10.386.146 22.921.306 2001 18.205.330 37.213.460 2002 32.483.188 37.233.893 2003 55.540.367 57.564.817 2004 46.294.740 62.813.313 2005 90.159.637 90.359.720 2006 84.986.370 86.582.570 2007 134.918.730 127.108.988 Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAO e SECEX. MAMÃO 6.326.575 7.652.151 9.234.082 11.344.823 12.423.653 14.736.621 21.251.274 22.854.380 25.343.347 25.332.117 26.391.887 Através da Tabela 04, pode-se observar que as exportações brasileiras direcionadas para a União Europeia têm aumentado significativamente. Segundo Vitti e Boteon (2008), quase 98% das exportações brasileiras de melão, por exemplo, possuem orientação para a este mercado, comprovando os resultados encontrados. Pode-se verificar inclusive que, no que se refere à uva, em 2004 observa-se uma redução nos volumes exportados somente em decorrência de excessos de chuva. De acordo com a autora, o principal destino das exportações de uva brasileira é para a União Europeia, comprovando os resultados obtidos pelo IOR. De acordo com a autora, A necessidade de mudança no tratamento dispensado pelos formuladores de políticas publicas à viticultura brasileira é evidente e o fraco desempenho nacional no comércio mundial é a prova disso. A situação dessa fruta põe em evidência a enorme dificuldade que será transformar o País de um mero coadjuvante em um exportador importante de uva. (VELOSO ET AL, 2008, p. 15). Da mesma forma, vê-se a preocupação de pesquisadores com sistemas mais eficientes de comercialização das frutas, principalmente por estas terem curto tempo de vida até chegarem ao consumidor final. Uma destas atividades pouco exploradas pelo comércio exterior brasileiro é a fruticultura tropical, onde o país possui grandes vantagens comparativas como clima, solo, água e proximidade dos mercados consumidores, além de um enorme mercado consumidor para ser explorado. Porém, para que este mercado se concretize, muitos problemas precisam ser superados. O mercado mundial de frutas frescas cresce rapidamente e a concorrência é muito intensa. A competitividade internacional parece depender cada vez mais de sistemas eficientes de comercialização, que são resultado de ações publicas e privadas, combinadas em doses variáveis. (TODA FRUTA, 2010). Assim, a fruta fresca, por ser um produto delicado e de rápido processo de amadurecimento, necessita de cuidados especiais e, a partir daí, pode surgir um grande entrave à produção nacional, que é o problema de logística. 11 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Na Tabela 05, apresentam-se os resultados para o Índice de Orientação Regional das frutas em estudo, no que se refere ao Nafta. Tabela 05 – Índice de Orientação Regional de produtos selecionados para o Nafta (19972007). 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Resultados de pesquisa UVA 0,059 0,066 0,041 0,077 0,022 0,047 0,100 0,236 0,458 1,140 0,770 MELÃO 0,093 0,000 0,020 0,000 0,001 0,000 0,001 0,010 0,028 0,061 0,029 MAMÃO 0,182 0,396 0,966 1,176 1,411 1,306 0,996 0,682 0,577 0,569 1,032 Como pode ser observado, o IOR para as frutas em estudo direcionadas ao Nafta possui um valor muito baixo, indicando que as exportações de frutas brasileiras estão mais orientadas para a União Europeia do que para a América do Norte. O que parece ser importante é que, em alguns anos, mais especificamente em 2004 e 2005, este índice sofreu um aumento considerável no que se refere às uvas e, entre 2000 a 2002, pode ser observada esta tendência também para o mamão. O que pode se concluir, através dos dados da FAO e SECEX, é que as exportações de uva e mamão têm crescido ao longo do tempo, entretanto, as exportações de melão não parecem ser regulares, pelo menos para o Nafta. Em alguns anos (1998, 2000 e 2002), não foi registrado nenhum volume de vendas. De acordo com Vitti e Boteon (2008), desde 2004 o Brasil exporta melão para os Estados Unidos, entretanto este mercado ainda representa apenas 1% das vendas brasileiras. Segundo as autoras, os obstáculos podem ser resumidos por barreiras sanitárias e fitossanitárias, pois os Estados Unidos exigem que a fruta seja produzida em áreas livres da mosca-das-frutas1 e, desta forma, um certificado deve ser emitido pela autoridade fitossanitária do governo norte-americano. No que se refere às uvas, a importância do mercado norte-americano para o Brasil é insignificante, correspondendo a uma parcela mínima das exportações brasileiras, em virtude do abastecimento pelo Chile e pela própria produção do estado da Califórnia. Mas, por certo, o que mais dificulta a exportação para os Estados Unidos são as barreiras impostas. O principal requisito exigidos pelos norte-americanos para a licença de importação é o selo do APHIS (Serviço de Inspeção sanitária de animais e vegetais), um certificado que engloba regulamentos sanitários, fitossanitários e de saúde animal, apresentando para cada fruta e vegetal normas específicas (TODA FRUTA, 2010). 1 Segundo Prates (2005), as moscas-das-frutas são um tipo de praga de difícil controle, que causa grande prejuízo econômico. Assim, diversos países restringem a comercialização de frutas in natura, que podem espalhar esta praga. 12 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Desta forma, observa-se que, como se não bastassem os problemas estruturais brasileiros que tornam, por exemplo, o custo de produção ainda mais alto, as barreiras nãotarifárias e tarifárias tornam ainda mais onerosas as exportações de frutas, embora o país tenha competitividade “natural” frente aos países desenvolvidos. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados encontrados e corroborando a análise de Vitti e Boteon (2008), observou-se que a fruticultura brasileira vem ganhando destaque no mercado internacional nos últimos anos, seja pela busca de hábitos saudáveis, seja pelo aumento da demanda mundial pelo produto, sendo que a tendência é que uma maior parte da população venha a ter esta preocupação ao longo do tempo. Após analisar os resultados encontrados, pode-se concluir que as exportações brasileiras de uva, mamão e melão estão mais orientadas para a União Europeia do que para o Nafta, possuindo evolução ascendente em alguns anos ou retração em outros, principalmente por causa do fator clima. Assim, observa-se que, dentre os produtos estudados, o melão parece ser o que possui maior aceitação no mercado europeu, sendo que o mamão brasileiro possui uma melhor aceitação no Nafta, seguido pela uva. Entretanto, como se pode observar, dentre os produtos analisados, a uva é a que possui uma das mais baixas competitividades (IVC), dado que existem países europeus tradicionais vendedores da fruta, além do Chile e da África do Sul. De acordo com os resultados apurados, o mamão encontra-se entre as frutas estudadas mais competitivas no comércio internacional. Conforme explicam Vitti e Boteon (2008), o Brasil ainda não alcançou o ranking dos 10 maiores exportadores de frutas, embora venha aumentando sua competitividade ao longo do tempo, principalmente pelo atendimento de exigências internacionais e aumento da demanda internacional. Além disto, segundo o IBRAF (2010), o Canadá possui um grande potencial como destino das frutas brasileiras, pois aproximadamente 75% das frutas consumidas são importadas. Portanto, embora as frutas estudadas apresentem competitividade no mercado internacional, ainda possuem espaço para a busca de maiores mercados consumidores. Assim, conclui-se que a competitividade das frutas estudadas tem evoluído positivamente ao longo do tempo, embora os resultados pudessem ter sido melhores se fossem implementadas políticas públicas de contenção dos gargalos estruturais brasileiros, no que se refere à logística de transportes, por exemplo. Além disso, devem sempre ser estudadas maneiras mais práticas de tornar menos burocráticas as barreiras técnicas impostas, que podem até mesmo prejudicar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALICE WEB. Disponível em <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br> . Acesso em 01 out 2009. ARAÚJO, J. L. de; GARCIA, J. L. L.; CORREIA, R. C. Potencial competitivo do melão brasileiro no mercado do Reino Unido. CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E 13 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural SOCIOLOGIA RURAL, 39.,2001, Recife. Anais... Recife: SOBER/ESALQ/EMBRAPA/UFPE/URFPE, 2001. 1 CD-ROM. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/CPATSA/8958 Acesso em: abr. 2010. BALASSA, B. Trade Liberazition and “Revealed”Comparative Advantage. The Manchester School of Economic and Social Studies,1965. CARVALHO, R. M.; CUNHA FILHO, M. H. 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