PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO Realizada nos dias 06 a 12 de agosto/2015 Analistas consultados: 23 Apresentação ao Senado PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO Pesquisa de Projeções Macroeconômicas (média) Efetivos Pesquisa anterior Pesquisa atual jun/15 jul/15 Variáveis Macroeconômicas 2013 2014 2015 2016 2015 2016 Crescimento do PIB Total (var. %) 2,6 0,3 -1,38 0,88 -1,98 -0,09 Crescimento do PIB Agropecuário (var.%) 7,8 0,4 2,20 1,98 2,64 2,10 Crescimento do PIB Industrial (var.%) 1,7 -1,1 -3,19 1,07 -3,99 -0,23 Crescimento do PIB Serviços (var.%) 2,5 0,7 -0,82 0,79 -1,47 0,08 PIB – Formação Bruta de Capital Fixo (var. %) -5,8 -7,8 -5,86 1,31 -7,97 -0,61 Produção Industrial (var. anual %) 1,1 -3,2 -3,7 1,3 -5,5 -0,3 IPCA (%) 5,91 6,41 8,67 5,58 9,27 5,53 IGP-M (%) 5,51 3,69 6,96 5,54 7,68 5,74 Taxa Selic Meta1 (fim de período) 10,00 11,75 14,25 12,50 14,25 12,00 Nota: (1) - Mediana 2 Apresentação ao Senado PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO As previsões para o crescimento econômico seguem recuando, ainda refletindo a baixa confiança das famílias e do empresariado, pelo aumento da taxa de desemprego e pelo elevado nível da inflação corrente. Para 2015, a previsão de retração do PIB se acentuou de 1,38% para -1,98%. Para 2016, as perspectivas também pioraram em relação à pesquisa anterior, saindo de um crescimento de 0,88% para uma relativa estabilidade (-0,09%). Por setores, a maior contribuição negativa para o PIB em 2015 segue na Indústria, cuja retração projetada em 2015 voltou a piorar, de -3,19% para -3,99%, enquanto o desempenho para 2016 recuou de +1,07% para -0,23%; parte relevante deste desempenho é explicada pela queda significativa dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), cujo recuo projetado em 2015 é de -7,97%. Em relação à inflação oficial, a previsão para 2015 avançou de 8,67% na pesquisa anterior para 9,27%, enquanto a previsão para o IGP-M avançou de 6,96% para 7,68%. Para 2016, a previsão para o IPCA caiu marginalmente, de 5,58% para 5,53%, e o IGP-M passou de 5,54% para 5,74%. Em relação à taxa Selic, a expectativa é de manutenção do patamar atual até o final de 2015 (14,25% a.a.). Para 2016, a previsão é de recuo da Selic para 12% a.a., queda de 0,5 p.p. em relação à pesquisa anterior. 3 Apresentação ao Senado PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO Pesquisa de Projeções Macroeconômicas (média) Efetivos Pesquisa anterior Pesquisa atual jun/15 jul/15 Variáveis Macroeconômicas 2013 2014 2015 2016 2015 2016 Taxa de Câmbio (R$ / US$ - fim de período) 2,34 2,66 3,19 3,32 3,38 3,53 Balança Comercial (US$ bilhões) 2,6 -3,9 1,6 10,0 7,1 14,3 Saldo em transações correntes (US$ bilhões) -81,4 -90,9 -78,6 -72,2 -75,4 -63,3 Investimento direto estrangeiro (US$ bilhões) 64,1 62,5 67,0 65,4 67,2 63,8 Reservas Internacionais (US$ bilhões) 375,8 374,1 369,9 371,5 370,7 371,4 Risco Brasil - EMBI (pontos) 229 259 280,5 244,1 301,7 276,7 Resultado Nominal (% do PIB) -3,3 -6,7 -5,6 -4,2 -7,0 -5,8 Resultado Primário (% do PIB) 1,9 -0,6 0,9 1,7 0,1 0,6 Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 33,8 36,7 36,0 37,7 36,1 39,1 Crescimento do PIB – EUA (var.%) 1,9 2,4 2,5 2,7 2,4 2,7 CPI – EUA (var.%) 1,5 0,8 1,3 2,2 1,0 2,1 Taxa do fed funds - EUA (fim de período) 0,25 0,25 0,68 1,47 0,55 1,27 Nota: (1) - Mediana 4 Apresentação ao Senado PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO As expectativas para o quadro fiscal pioraram, também refletindo a revisão recente das metas. O superávit primário esperado em 2015 passou de 0,9% na pesquisa anterior para 0,1% do PIB e em 2016 de 1,7% para 0,6%. Por sua vez, o déficit nominal esperado avançou de 5,6% para 7,0% do PIB em 2015 e de 4,2% para 5,8% do PIB em 2016. Como efeito, a relação Dívida Líquida/PIB esperada subiu para 36,1% em 2015 (+0,01 p.p.) e avançou de 37,7% para 39,1% do PIB em 2016. Em relação ao setor externo, as previsões para o superávit da balança comercial aumentaram de forma expressiva em relação à pesquisa anterior. Para 2015, saiu de US$ 1,6 bi para US$ 7,1 bi e para 2016 de US$ 10 bi para US$ 14,3 bi. O déficit em transações correntes está menor que na pesquisa anterior, de US$ 78,6 bi para US$ 75,4 bi para 2015 e de US$ 72,2 bi para US$ 63,3 bi para 2016. Já o Investimento Estrangeiro Direto esperado ficou praticamente estável em US$ 67 bi para 2015 e se reduziu de US$ 65,4 bi para US$ 63,8 bi em 2016. Reservas cambiais previstas avançaram de US$ 369,9 bi para US$ 370,7 bi em 2015 e se mantiveram estáveis para 2016, em US$ 371 bi. A taxa de câmbio esperada avançou de R$ 3,19 para R$ 3,38 para o final de 2015 e de R$ 3,32 para R$ 3,53 para o final de 2016, com um ajuste em função dos desdobramentos recentes e o possível reajuste dos juros básicos nos EUA. As previsões para o PIB dos EUA em 2015 recuaram ligeiramente, de 2,5% para 2,4%, e permaneceram estáveis para 2016, em 2,7%. 5 Apresentação ao Senado PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO Efetivos Pesquisa anterior Pesquisa atual jun/15 jul/15 Variáveis do Setor Bancário (var. % anual) Operações de Crédito da Carteira Total (var. %, total do SFN) Operações de Crédito com Recursos Direcionados (var. %, total do SFN) Operações de Crédito com Recursos Livres (var. %, total do SFN) Operações de Crédito para Pessoas Físicas (var. %, total do SFN com recursos livres) Operações de Crédito para Pessoas Físicas Crédito Pessoal (var. % , incluindo consignado) Operações de Crédito para Pessoas Físicas – Aquisição de Veículos (var. %, incluindo leasing) Operações de Crédito para Pessoas Jurídicas (var. %, total do SFN com recursos livres) Taxa de Inadimplência (acima de 90 dias, em %) 2013 2014 2015 2016 2015 2016 14,6 11,3 9,0 9,7 8,5 9,3 24,5 19,6 14,5 14,1 13,8 13,5 7,8 4,7 4,3 5,8 3,7 4,7 7,6 5,5 4,5 6,2 4,3 5,6 14,5 10,8 9,2 9,6 8,5 7,9 -4,9 -6,6 -5,4 1,2 -6,9 -1,7 8 3,9 4,0 5,3 3,6 4,5 4,8 4,8 5,0 5,0 5,3 5,3 6 Apresentação ao Senado PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES E EXPECTATIVAS DE MERCADO As projeções para o crescimento do crédito apresentaram ligeiro recuo ante a pesquisa anterior, tanto para 2015 quanto para 2016, com crescimento esperado de 8,5% e 9,3%, respectivamente. As projeções indicam a permanência da atual dinâmica diferenciada entre o crédito direcionado e livre, embora com maior convergência entre as taxas de crescimento desses segmentos em 2015 e 2016; O crescimento previsto do crédito com recursos livres recuou para 3,7% em 2015, de 4,3% anteriormente e para 2016 recuou de 5,8% para 4,7%, mas ainda com aceleração prevista ante 2015. Em relação ao crédito direcionado, a estimativa para 2015 recuou de 14,5% para 13,8% e para 2016 de 14,1% para 13,5%, refletindo a sinalização do governo de moderação nas concessões dos bancos públicos e os ajustes nas taxas praticadas. No crédito com recursos livres, o crescimento previsto em Pessoa Jurídica saiu de 4,0% para 3,6% em 2015 e de 5,3% para 4,5% em 2016. Em Pessoa Física, a expansão prevista recuou ligeiramente, de 4,5% para 4,3% em 2015 e de 6,2% para 5,6% em 2016. Em PF, o desempenho deve seguir mais forte no crédito pessoal (inclui consignado), com crescimento de 8,5% em 2015 (9,2% na pesquisa passada) e 7,9% em 2016, mas com desaceleração ante os anos anteriores. A taxa de inadimplência prevista (Recursos Livres) avançou de 5,0% para 5,3% em ambos os anos e 60% dos economistas consultados esperam mesmo um aumento moderado da inadimplência, porém sem grandes impactos sobre o setor. 7 Apresentação ao Senado