Linhas de Transmissão em Alta Frequência Estudo de ondas electromagnéticas guiadas por linhas de transmissão. Propagação de Modos TEM Padrão de Onda Estacionária Parâmetros da Onda Estacionária Carta de Smith Adaptação de Impedâncias Linha de transmissão que propagam Modos TEM Estruturas que suportam ondas TEM: Linha de planos paralelos Linha Bifilar Cabo coaxial Modos TEM Hz 0 Ez 0 k z k1 Linha de Planos Paralelos Em microondas a linha de planos paralelos é fabricada de forma simples e barata usando técnicas de circuito impresso num substracto dielétrico (“striplines”). Metal diel. diel. Metal Metal Linha bifilar e Cabo coaxial Linha bifilar Linhas telefónicas em areas rurais; Linhas de potência Linhas da antena TV no telhado para o receptor Cabo coaxial Cabos de telefone e TV e cabos de entrada de instrumentos de medida de alta precisão. Vantagem: confinam os campos E, H no dielétrico evitando interferências. Estas estruturas propagam também modos TE e TM, quando a distância eléctrica entre os condutores aumenta, o que acontece para frequências elevadas. Teoria dos Circuitos As eqs. gerais das linhas de transmissão podem ser formuladas com base num modelo de circuitos em termos de uma resistência, inductância, condutância e capacitância por unidade de comprimento da linha, isto é de parâmetros distribuídos ao longo da linha. O estudo das propriedades das linhas em regimes harmónicos fica muito facilitada utilizando métodos gráficos, que evitam o recurso a cálculos repetidos com números complexos. A carta mais conhecida é a carta de Smith. LT - Descrição em termos de parâmetros distribuidos Pode-se definir unicamente tensão e corrente, V e I. As LT podem ser descritas em termos de parâmetros distribuídos. Cada troço elementar de linha Δz é modelado por parâmetros R, L, G e C definidos por unidade de comprimento: R – resist em série dos condutores [Ω/m] L – indutância em série dos condutores [H/m] G – condutância em paralelo [S/m] C – capacidade em paralelo [F/m] L – A indutância em série representa a indutância própria dos 2 condutores. C – A capacidade em paralelo é devida à proximidade dos dois condutores. R – A resistência em série representa a resistência devida á condutividade finita dos condutores. G – É devida ás perdas dieléctricas no material entre condutores. R e G – traduzem as perdas Campos electromagnéticos versus Teoria dos Circuitos a) Dieléctrico com perdas G – dieléctrico não perfeito σd ≠ 0 b) Condutor com perdas => aparecimento de uma componente E z , deixa de ser um modo TEM. c) R = Ri – resistência interna dos condutores Li, Ci ≈ 0 normalmente desprezam-se A teoria das linhas de transmissão estabelece a ponte entre a análise dos campos electromagnéticos e a teoria dos circuitos. Teoria de Circuitos em Alta Frequência • Os fenómenos de propagação de ondas em linhas de transmissão podem ser abordados como uma extensão da teoria dos circuitos ou como uma especialização das equações de Maxwell. • A diferença fundamental entre a teoria dos circuitos e a teoria da linha de transmissão é o comprimento eléctrico. Nos circuitos as dimensões físicas são muito menores que o comprimento de onda, enquanto que nas linhas de transmissão são uma fracção considerável do comprimento de onda. • A linha de transmissão é vista como um circuito de parâmetros distribuídos, em que a tensão e a corrente variam em amplitude e fase ao longo da linha Parâmetros da LT C C e Ci Ce Q V 2 Hdl Le 1 I We 1 Ce V 2 2 Wm 1 LeI2 2 Exterior ao condutor perfeito Auto indução exterior ao condutor perfeito Energia eléctrica Energia magnética L e C e C Ce G Ge L L e Li C C e Ci Eqs. Canónicas das LT V ( z, t ) I R I ( z , t ) L ( z, t ) z t I( z, t ) V ( z, t ) G V ( z , t ) C z t d V(z) R I ( z ) j L I ( z ) dz d I( z ) G V ( z ) j C V ( z ) dz dV R I j L I R jL I dz dI R V j c V G jc V dz Eqs de Tensão e de Corrente As eqs. resolvem-se em ordem a V e I : d2 V 2 V 0 dz 2 ( I) 2 d I 2 I 0 2 dz em que R jL G jc j jk z Linhas com fracas perdas a) Condutores perfeitos (σ = ∞) R=0 Modos TEM → kz= k0 b) Materiais de boa qualidade (situação real) Bons dieléctricos e bons condutores e/ou alta frequência ω L >> R ω c >> G Solução geral das eqs (I): V(z) a e z a e z 1 2 a1 z a 2 z I ( z ) e e Z Z 0 0 Onda incidente Onda reflectida Ondas incidente e reflectida de V e I V (z) a e z a e z 2 1 a1 z a 2 z e e ) z ( I Z0 Z0 em z l V (z 1) V 2 e I( z 1) I 2 V( z 1) V 2 a1 l a 2e l Vi 2 V r 2 a1 Vi 2 e l l a 2 V r 2 e Onda estacionária na LT (l z ) ( l z ) V ( z ) V V i2 e r2 e I ( z ) V i 2 e ( l z ) V r 2 e ( l z ) Z0 Z0 V i 2 V r 2 V 2 V i 2 V r 2 V 2 V i 2 V r 2 V2 Z0 Z0 Z0 V i 2 V r 2 I 2 Z0 Z0 V i2 V 2 Z0 I 2 2 Factor de Reflexão na Carga Ks V r2 V 2 Z0 I 2 V 2 Z0 I 2 V 2 2 2 V 2 I 2 Zs V 2 Z0 I 2 Zs Zs V r2 j ks k e Zs Z0 V i2 V 2 Z0 I 2 Envelope da Onda Estacionária V( y) Vi 2 e y k s e y Vi 2 y y e ks e I ( y ) Z 0 V ( y) ey e jy k e je ye jy ey e jy k e je y e jy Vi2 V ( y) e 2y k 2e 2y 2k cos2y Vi2 I( y ) e 2y k 2e 2y 2k cos2y Ii 2 A tensão e a corrente na linha consistem na sobreposição da onda incidente e da onda reflectida. Tais ondas designam-se por ondas estacionárias. Apenas quando Zs = Z0 não há onda reflectida (ks = 0). V(y) e I (y) em Linhas sem perdas V ( y) Vi 2 I( y ) Ii 2 1 2 k cos2 y k 2 1 2 k cos2 y k 2 a) A tensão é máxima quando: 2 y máx 2m V ( y) 1 k Vi 2 m 4 2 V ( y) 1 k Vi2 y máx Primeiro máximo de tensão: y 4 Nos planos em que a tensão é máxima a corrente é mínima. V(y) e I (y) em Linhas sem perdas b) A tensão é mínima quando: 2 m 1 min y min m 4 4 2 c) Factor de onda estacionária Vmáx I 1 k máx p Vmin I min 1 k 2 y Quando a linha está adaptada p = 1. Quando a linha está terminada por uma reactância pura: um curto circuito ou um vazio: k = 1 e p = ∞ Impedância nos planos de máximo e de mínimo a) Plano de máximo ymáx de tensão Z ymáx Vmáx Z 1 k Z0 0 Rm I min 1 k p b) Plano de mínimo ymin de tensão Z j min Z Vmin 1 k Z0 0 Rm I máx 1 k p Nos planos de Vmáx ou Vmin (Imin ou Imáx) a impedância da linha é óhmica pura. Linhas com perdas V ( y) Vi 2 I( y) Ii 2 2 2 e 2y k 2e 2y 2k cos2y e 2y k 2e 2y 2k cos2y Linhas com perdas Quando cos (2βy - Ө) ═ 1 tem-se: V ( y) Vi2 2 e 2 y k 2 e 2 y 2 k V ( y) e y k e y Vi 2 Quando cos (2βy - Ө) ═ -1 Vy e y k e y Vi 2 Quando há perdas os pontos de estacionaridade das funções deixam de coincidir com os de cos (2βy - Ө). Quando há fracas perdas α << 1 os pontos estão próximos. Iy V ( y) e Vi 2 Ii 2 Impedância ao longo da linha sem perdas V( y l ) Z( y l ) I ( y l ) j y k e j y V ( y) V i 2 e s A impedância da linha (cociente entre a tensão e a corrente) varia ao longo da linha. À distância y = l da carga tem-se: I ( y) V i 2 j y k s e j y e Z0 1 k s e j2 l Z( y l ) Z0 1 k s e j2 l ks Zs Z0 Zs Z0 Z( y l ) Z0 Zs j Z0 t g l Z0 j ZS t g l Linhas sem perdas R =0, G = 0 R jLG jC Z R jL G jC a) Constante de propagação: 0 j j LC LC (função linear de ω) b) Velocidade de fase vf 1 LC (constante) c) Impedância característica Z 0 R0 j X 0 L (constante) C e X0 0 Linha com fracas perdas R << ωL (relações fácilmente verificadas em altas frequências) G << ωC a) Constante de propagação j j LC 1 R G 1 jL j C R G 1 j LC1 2 j L 2 j C 1 R G 1 R L j LC 1 j LC R G 2 j L C 2 L C 1 C L R e LC (função aproximada linear com ω) G 2 L C LT com fracas perdas a) Velocidade de fase vf 1 LC (Aproximadamente constante) c) Impedância característica Z 0 R0 j X 0 L C 1 R 1 jL 1 G jC L R G 1 1 C 2 jL 2 jC L C 1 R G 1 2 j L C R L L 1 R G e X0 0 C C 2 L C Z R jL G jC