Anexos Seguidamente, será explanado a aplicação do ICON. 1. Componentes do ICON 1.1. Componentes estético A escala deste componente é graduada de 1 a 10 sendo que, 1 corresponde à oclusão mais atrativa e 10 ao seu oposto, ou seja, à oclusão menos atrativa(9,10,22). O clínico deve comparar a dentição em estudo com a escala de fotografias, escolhendo a que mais se assemelha à situação em estudo, sem grande detalhe (3) (figura 1), sendo esta comparação mais fácil de aplicar em dentição permanente (3,9). A pontuação obtida é multiplicada por 7(3). 1.2. Apinhamentos ou diastemas na arcada superior Este elemento quantifica a discrepância entre o espaço disponível e o espaço necessário na arcada superior. O espaço disponível diz respeito ao perímetro do arco dentário desde a face mesial do último dente presente na arcada de um quadrante até à face mesial do último dente do quadrante contra-lateral, sobre os pontos de contacto dos dentes posteriores e os bordos incisais dos dentes anteriores. O espaço necessário refere-se à soma da largura mesiodistal de cada dente. De salientar que nenhuma estimativa é feita à curva de Spee nem à inclinação dos incisivos. Uma vez determinada a pontuação da discrepância do apinhamentos/diastemas em milímetros, esta deve ser reduzida a uma escala nominal representada na tabela 1. Relativamente aos dentes retidos, estes são imediatamente considerados como apinhamento máximo, quer na arcada superior quer na inferior. Considera-se dente retido como: Dente em posição ectópica ou retido contra um dente adjacente. Neste parâmetro exclui-se terceiros molares, mas inclui-se dentes supranumerários; Dente com espaço inferior a 4 mm entre os pontos de contacto dos dentes adjacentes permanentes. Os dentes decíduos retidos (sem sucessor permanente), dentes supranumerários e dentes perdidos por trauma são considerados como diastema, exceto quando os dentes em causa, ou o seu espaço, são mantidos para evitar perda de espaço e/ou para posterior reabilitação protética. Por fim, após obter o valor da escala nominal, multiplica-se o valor encontrado por 5(3). 1.3. Mordida cruzada A relação transversal normal nos segmentos vestibulares é encontrada quando as cúspides palatinas dos molares e dos pré-molares superiores ocluem com a fossa ou entre as cúspides linguais e vestibulares dos dentes oponentes. Assim, considera-se mordida cruzada quando existe uma relação cúspide-cúspide ou pior. A mordida considerada por este componente pode ser lingual ou vestibular e, corresponder a um ou mais dentes. Quando a mordida cruzada anterior e/ou posterior estiver presente é atribuída a pontuação de 1, a qual é multiplicada posteriormente por 5(3). Caso a mordida cruzada esteja ausente é atribuído o valor de zero. 1.4. Relação vertical anterior Quanto à relação vertical anterior, é importante avaliar quanto à presença de mordida aberta (excluindo condições de desenvolvimento) ou mordida profunda. Caso ambas estejam presentes devemos considerar a mais severa. A mordida profunda e/ou aberta é medida em milímetros e, posteriormente, esta é reduzida a uma escala nominal como a tabela 1 pretende ilustrar. Por fim, o valor encontrado é multiplicado por 4(3). 1.5. Relação ântero-posterior no segmento vestibular Este componente inclui caninos, pré-molares e molares. A avaliação deste componente deve contemplar o lado direito e o esquerdo. A pontuação dos dois lados é somada e posteriormente multiplicada por 3 (tabela 1)(3). 2. Complexidade de tratamento Consoante o valor de ICON pré-tratamento o clínico poderá consultar na tabela 2 para inferir acerca do grau de complexidade do caso clínico. 3. Resultado do tratamento A pontuação após o tratamento é multiplicada por 4, e seguidamente, esta é subtraída à pontuação do índice antes do tratamento (tabela 3).