UPPSALA UNIVERSITET Controle para a competitividade Prof. Dr. Fredrik Nilsson Porto Alegre, Brasil, julho de 2011 Temas UPPSALA UNIVERSITET • Competitividade • Como o controle afeta a competitividade? − A importância da estratégia − A importância do controle de gestão − A importância da TI − A importância do controlador • Fechamento UPPSALA UNIVERSITET Países mais competitivos 1. Suíça 2. Suécia 3. Cingapura 4. Estados Unidos 5. Alemanha 6. Japão 7. Finlândia 8. Holanda 9. Dinamarca 10. Canadá Fonte: Competitividade Global I Relatório do Fórum Econômico Mundial, 2010-2011 UPPSALA UNIVERSITET Líderes mundiais em inovação 1. Suécia 2. Finlândia 3. Estados Unidos 4. Suíça 5. Holanda 6. Cingapura 7. Canadá 8. Reino Unido 9. Noruega 10. Nova Zelândia Fonte: Faculdade de Administração Europeia, Índice de Capacidade de Inovação 2009-2010 UPPSALA UNIVERSITET Empresas competitivas: Exemplos de empresas suecas UPPSALA UNIVERSITET Criação de valor da perspectiva do acionista Fonte: www.affarsvarlden.se UPPSALA UNIVERSITET Existem muitos stakeholders GOVERNO COMUNIDADES CLIENTES CONCORRENTES MÍDIA A EMPRESA FINANCIADORES COLABORADORES FORNECEDORES GRUPOS DE INTERESSE ESPECIAL STAKEHOLDERS PRIMÁRIOS Figura 1.2 GRUPOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR STAKEHOLDERS SECUNDÁRIOS Criando valor para os stakeholders Fonte: R. Edward Freeman, Jeffrey S. Harrison e Andrew C. Wicks 2007. Managing for Stakeholders: Survival, Reputation, and Success. New Haven: Yale University Press. Originalmente de uma conversa com Robert Phillips. UPPSALA UNIVERSITET É possível controlar para a competitividade? Fonte: www.help.sap.com UPPSALA UNIVERSITET A cabine do Airbus A380 Fonte: www.airbus.com UPPSALA UNIVERSITET A coordenação é difícil… CEO FUNÇÕES DO GRUPO UNIDADE DE NEGÓCIOS MULTIMÍDIA UNIDADE DE NEGÓCIOS SERVIÇOS GLOBAIS REGIÕES Práticas Conta principal PESQUISA UNIDADE DE NEGÓCIOS SISTEMAS MÓVEIS CDMA UNIDADE DE NEGÓCIOS REDES Centro de operações e competência C L I E N T E S JOINT VENTURES – SONY ERICSSON MOBILE COMMUNICATIONS – ST-ERICSSON Fonte: www.ericsson.com UPPSALA UNIVERSITET Um exemplo de um fabricante de classe mundial na Suécia e no Brasil A coordenação de uma organização grande e complexa exige uma estratégia clara, governança e uma compreensão que transcenda todas as fronteiras funcionais e regionais. Em relação a uma série de aspectos, a Scania é a empresa líder de seu setor. Para manter essa liderança, os objetivos de negócio da empresa devem ser integrados à sua visão e missão. Eles devem ser transformados em diretrizes e metas concretas, tanto para a Scania, como um todo, como para suas várias unidades operacionais. Fonte: Relatório Anual da Scania, 2003, p. 11 UPPSALA UNIVERSITET Controle para a competitividade Muitas pessoas contribuem para o sucesso das organizações hoje: não só os colaboradores, mas também as pessoas que trabalham para os fornecedores, as cadeias de varejo que comercializam os produtos da empresa e outras empresas parceiras. Como envolvemos a todos no trabalho da organização? Como utilizamos as suas habilidades e o seu entusiasmo? Como reunimos os esforços realizados nas várias partes da organização? O controle gerencial fornece as rotinas, as estruturas e os processos para tudo isso. Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 49 UPPSALA UNIVERSITET Principais conceitos e relacionamentos Estratégia O Controlador Controle gerencial Sistemas empresariais Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 35 UPPSALA UNIVERSITET A importância da estratégia Resumo da estratégia 2011 Reviravolta cultural através de uma orientação ao cliente e maior comprometimento Foco em operações aéreas Concentração no Norte da Europa Harmonização e desenvolvimento das ofertas aos clientes Competitividade em todas as partes do negócio ... são as bases de um crescimento rentável Fonte: SAS Caso: Singapore Airlines Desenvolvimento holístico de RH Design de serviço rigoroso Excelência em serviços Inovação total Sinergias estratégicas Relação custo-eficácia Consciência de rentabilidade arraigada UPPSALA UNIVERSITET Figura 1 Os cinco pilares que sustentam a excelência dos serviços da relação custo-eficácia da SIA Fonte: Heracleous, Wirtz e Johnston, 2004, Cost-effective service excellence: lessons from Singapore Airlines, Business strategy review 15 (1), p. 35 Caso: Singapore Airlines (continuação) UPPSALA UNIVERSITET Sistema de recompensa com base em desempenho Pressão entre pares para o desempenho Conceito de equipe Consciência de rentabilidade arraigada Diversificação relacionada Alta rentabilidade Relação custo-eficácia Inovação total Sinergias estratégicas Excelência em serviços Inteligência de concorrência, voos espiões Infraestrutura de suporte Mecanismo de feedback amplo Benchmarking contra os melhores da classe Clientes exigentes Desenvolvimento holístico de RH Design de serviço rigoroso Desenvolvimento da menina de Cingapura Figura 2 O sistema de atividade de autorreforço da Singapore Airlines para desenvolver sua excelência em serviços de relação custo-eficácia Fonte: Heracleous, Wirtz e Johnston, 2004, Cost-effective service excellence: lessons from Singapore Airlines, Business strategy review 15 (1), p. 35 UPPSALA UNIVERSITET Congruência estratégica Estratégia do Grupo Estratégia do Grupo Estratégia do Negócio Unidade de Negócio Estratégia A Estratégia funcional Estratégia de compras Unidade de Negócio Estratégia B Estratégia de produção Estratégia de mercado Unidade de Negócio Estratégia C Estratégia de P&D Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 158 UPPSALA UNIVERSITET Caso: Volvo e Geely Matriz Volvo Geely Estratégia do Negócio: Diferenciação Estratégia do Negócio: Liderança em custos Indicadores críticos de sucesso: Qualidade, segurança e inovação Indicadores críticos de sucesso: Baixo custo UPPSALA UNIVERSITET Caso: Volvo e Geely (continuação) Li Shufu (Presidente da Geely Automoile Holding) diz: Continuamos a defender nosso princípio de que a Geely é a Geely e a Volvo é a Volvo Fonte: www.media.volvocars.com Caso: Uma empresa global no negócio de bens de consumo Alto Mudando a estratégia corporativa Compartilhamento de atividade A empresa agora Potencial de sinergia A empresa na época Gerenciamento de carteira Baixo UPPSALA UNIVERSITET Baixo Alto Grau de diversificação Fonte: Lindvall e Nilsson, 2011, The role of IT-systems in the strategy process Caso: Uma empresa global no negócio de bens de consumo (continuação) Alto Mudando a estratégia do negócio Diferenciação Diferenciação de produto relativa A empresa agora A empresa na época Liderança de custos Baixo UPPSALA UNIVERSITET Baixo Alto Nível de preços de produto relativo Fonte: Lindvall e Nilsson, 2011, The role of IT-systems in the strategy process UPPSALA UNIVERSITET A importância do controle de gestão “No ambiente empresarial atual, a estratégia é cada vez mais importante. Ainda assim, as pesquisas revelam que a maior parte das empresas fracassa na execução da sua estratégia. Por trás de um histórico abismal reside um fato inegável: muitas empresas continuam a usar processos gerenciais táticos, de cima para baixo, de motivação exclusivamente financeira e que foram concebidos para administrar as organizações do passado”. Robert S. Kaplan e David P. Norton “A execução de estratégias vencedoras é a chave do sucesso nos negócios. A melhor estratégia do mundo, no entanto, não tem valor a menos que possa ser implementada em circunstâncias competitivas em transformação. Controles efetivos – de contabilidade a orçamento e a medidas de desempenho – são ferramentas essenciais de implementação”. Robert Simons UPPSALA UNIVERSITET Criação de valor no Século XXI Valor de mercado “prêmio” Vendas e valor de mercado mais altos: Exxon Mobile Maior número de colaboradores: Wal-Mart Maior índice valor de mercado/vendas: Microsoft Figura 5.4 As maiores empresas dos EUA em 2008-2009; valor em bilhões de US$ (contas anuais em 31/12/08 e valor de mercado em 27/03/09) de acordo com a lista das 500 da revista americana Fortune (2009). Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 186 Caso: Skandia UPPSALA UNIVERSITET Valor de mercado Capital intelectual Capital financeiro Capital humano Capital estrutural Capital de clientes Capital organizacional Capital de inovação Capital processual Fonte: Marr, Schiuma e Neely, 2004, Intellectual capital – defining key performance indicators for organizational knowledge assets, Business process management journal, 10(5), p. 556 UPPSALA UNIVERSITET Caso: Skandia (continuação) Foco financeiro Despesas totais Renda prêmio Contribuição bruta Índice de despesas totais Índice de despesas administrativas Fluxo de caixa, seguro Resultados estatutários Resultados operacionais Retorno sobre o valor dos ativos líquidos Foco no processo Foco no cliente Índice de satisfação do cliente Novas vendas Prêmio por participação de mercado Barômetro do cliente Índice de lapso Esforço comercial Foco humano Número de colaboradores Índice de apoio de decisão Número de dias de capacitação ao trabalho Tempo médio de resposta Chamadas descontadas Tempo médio para lidar com casos completos Tempo médio de pagamentos não conciliados Foco na renovação e no desenvolvimento Número de novos produtos Prêmio de novos produtos Porção de atividades de interface de usuário gráfico Número de horas de desenvolvimento de TI Despesas de TI/despesas administrativas Fonte: Marr, Schiuma e Neely, 2004, Intellectual capital – defining key performance indicators for organizational knowledge assets, Business process management journal, 10(5), p. 557 UPPSALA UNIVERSITET Mudando as práticas de controle de gestão Formulação de estratégia Nível estratégico Metas, estratégias e políticas Controle de gestão Nível tático Implementação de estratégia Controle de tarefa Nível operacional Desempenho eficaz e efetivo de tarefas individuais Figura 1.1 A relação entre formulação da estratégia, controle de gestão e controle de tarefa. (Fonte: Anthony e Govindarajan 2007 p. 7; diagrama modificado) Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 32 UPPSALA UNIVERSITET Estratégias pretendidas x realizadas Estratégia realizada Estratégia não realizada Estratégia emergente Figura 4.1 Estratégias pretendidas são parcialmente realizadas e as estratégias emergentes se desenvolvem. (Fonte: Mintzberg 1987 p.14) Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2010, Controlling for Competitiveness, p. 139 UPPSALA UNIVERSITET Controle diagnóstico x interativo Alta gerência Informação sobre o domínio estratégico Informação sobre as estratégias pretendidas e os planos Informação sobre o resultado em relação às estratégias e aos planos Informação sobre as ameaças e oportunidades Colaboradores em níveis inferiores da organização Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2010, Controlling for Competitiveness, p. 58. Esta figura foi originalmente publicada por Simons, 1996, Levers of Control, p. 6 UPPSALA UNIVERSITET O pacote de controle de gestão Controles culturais Clãs Valores Planejamento Planejamento de longo alcance Planejamento de ações Símbolos Controles cibernéticos Orçamentos Sistemas de medições financeiras Sistemas de medições não financeiras Sistemas de medições híbridas Recompensa e remuneração Controles administrativos Estrutura de governança Estrutura organizacional Políticas e procedimentos Figura 2.5 Pacote de sistemas de controle de gestão. (Fonte: Malmi e Brown 2008 p. 291) Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 73 Caso: Handelsbanken UPPSALA UNIVERSITET • Handelsbanken é um banco extremamente bem-sucedido • Sem orçamento • Descentralização • Acompanhamento rígido do desempenho UPPSALA UNIVERSITET Caso: ACO Fatores críticos de sucesso Mapa estratégico (metas estratégicas) Métricas e metas Atividade/ iniciativa Financeiro Clientes Processos Renovação e desenvolvimento Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 105 UPPSALA UNIVERSITET Caso: ACO (continuação) Valor crescente da empresa Vendas em alta, principalmente na linha de novos produtos Financeiro Imagem positiva na mídia Clientes Processos Conhecer o mercado Renovação e desenvolvimento Rentabilidade Incluída na linha de produtos das redes de varejo Desenvolver produtos próprios e licenciar outros Os clientes reconhecem e gostam dos produtos da empresa Comprar produtos com custo e qualidade certos Nova forma de atender às redes varejistas Criar demanda forte do que mais queremos vender Marcas mais claras Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 107 UPPSALA UNIVERSITET A importância da TI Processamento de transações, registro contábil, outras operações contábeis Redução de custos Sistemas integrados de TI ativados pela Internet Responsabilidade, direcionamento de atenção Novo conceito Apoio à decisão, sistemas integrados de TI Papel transformado Processamento de transações, registro contábil, outras operações contábeis Responsabilidade, direcionamento de atenção Apoio à decisão (solução de problemas) Figura 2.1 Transformação possível do departamento de contabilidade e controladoria (com base em May, 2002) Fonte: Cieślak, 2011, The work of the accounting & controlling department and its drivers, Tese de doutorado, Universidade de Lund, p. 26 UPPSALA UNIVERSITET Integrando sistemas de controle Controle de produção Controle de qualidade Controle de gestão Controle ambiental Controle de pessoal Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 69 UPPSALA UNIVERSITET Caso: O grande município Os desenvolvimentos em TI possibilitaram medir e monitorar de maneira significativa, além de coletar, armazenar e distribuir informações. Funções de busca, cubos e outros desenvolvimentos tiveram um grande impacto. Quem procura sempre alcança! Trata-se mais de um caso em que os desenvolvimentos em TI causam outros problemas. Temos bastante informação. Por isso devemos ser seletivos: quais desses indicadores podemos usar? E quanto posso incorporar? O que é essencial? Priorizar já era difícil no passado, e agora não se tornou mais fácil. Grande parte do nosso trabalho atualmente, como controladores, passa por ajudar os tomadores de decisão a selecionar as informações certas. Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 49 UPPSALA UNIVERSITET A importância do controlador (Número de fontes de informação) Todas as informações pertinentes ao negócio Assessoria ao negócio Alertas precoces Monitoramento ambiental Análise (ex.: aquisições) Comparativos dos principais índices Catalisador da adoção de medidas Parceiro de conversa/questiona pressupostos Informações contábeis (interno) Monitorar e analisar variações Avaliação de rentabilidade consolidada Avaliação “tradicional” da rentabilidade Esclarecer estratégias Formular metas e relatórios Capacitação financeira Análise pelo controlador Afetar o raciocínio dos outros Analista Coach Contador Educador (Atenção aos processos de grupo) Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 249 UPPSALA UNIVERSITET Fechamento Concorrência e orientação ao cliente Demandas mais claras e numerosas – transparência e controle Desenvolvimento de TI que muda as condições de controle Estratégia O controlador Controle de gestão Sistemas empresariais Fonte: Nilsson, Olve e Parment, 2011, Controlling for competitiveness, p. 35 UPPSALA UNIVERSITET Obrigado por sua atenção! Prof. Dr. Fredrik Nilsson Departamento de Estudos de Administração Universidade Uppsala Box 513 SE-751 20 Suécia Fone: +46 (18) 4711278 E-mail: [email protected]