Programa Ler e Escrever Diretoria de Ensino Região São Vicente Ciclo I / EF – 02 escolas EE. “Gov. Mário Covas Júnior” Total de 13 classes: 1º ano, 3º ano e 4º ano (3 salas cada) e 4ª série (4 salas). EE. “Antônio Luiz Barreiros” Total 10 classes: 2º ano (2 salas), 3º ano (3 salas), 4º ano (2 salas) e 4ª série (2 salas). Apresentação Ler e Escrever é um conjunto de linhas de ações articuladas que inclui formação, acompanhamento, elaboração e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios para o Ciclo I, que busca promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual. Ações do PCOP – Ciclo I Apoio ao Professor Coordenador em seu papel de formador de professores dentro da escola; Acompanhamento do trabalho dos professores regentes na complexa ação pedagógica de garantir aprendizagem de leitura e escrita aos alunos. Mapas de Sondagem; Jornada da Matemática; Bolsa Alfabetização; Curso: Formação em Didática da Matemática; Curso: PIC para Ler e Escrever – Professor. Concepção de alfabetização O objetivo maior é possibilitar que todos os alunos se tornem leitores e escritores competentes; A concepção de escrita não é vista como um código que deve ser decifrado mas é entendida como linguagem, meio de comunicação e a escola deve propor atividades que tenham significado para que as crianças vejam sentido em aprender; Planejamento prévio do trabalho pedagógico Rotinas; Agenda; Atividades de leitura e escrita; Atividades permanentes e sequenciadas; Leitura inicial; Produção de textos; Reescrita e revisão de textos; Projetos; Trabalho com textos literários; Roda de leitores; Oficina de ortografia ROTINA SEGUNDA-FEIRA TERÇA- FEIRA QUARTA- FEIRA QUINTA -FEIRA SEXTA- FEIRA Leitura pelo professor: Leitura pelo professor: Leitura pelo professor: Leitura pelo professor: Leitura pelo professor: Texto literário Texto literário Texto literário Texto literário Texto literário 15 min. 15 min. 15 min. 15 min. 15 min. Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática Cálculo mental ou Números naturais Cálculo mental ou Números naturais Jogos envolvendo estimativo, exato ou estimativo, exato ou números naturais ou aproximado aproximado operações Operações Operações Língua Portuguesa Projeto didático Comunicação oral Projeto didático Língua Portuguesa Leitura do aluno Animais do mar Jornal/revista Recreio Animais do mar Leitura do aluno ( Ciências) Língua Portuguesa ( Ciências) Projeto didático: animais Sequência Didática: Projeto didático: animais Sequência Didática: Comunicação oral da Mata Atlântica reescrita de contos da Mata Atlântica reescrita de contos Roda de jornal/de curiosidades Análise e reflexão sobre o sistema de escrita ** Língua Portuguesa Ortografia * Análise e reflexão Língua Portuguesa sobre o sistema de Ortografia * escrita ** Análise e reflexão sobre o sistema de escrita ** Alfabetizar e Avaliar A sondagem A sondagem das hipóteses de escrita é um dos recursos de que o professor dispõe para conhecer as idéias que os alunos ainda não alfabetizados já construíram sobre o sistema de escrita, para planejar as atividades didáticas essenciais. As produções dos alunos (amostra de escrita) são organizadas e o resultado do desempenho registrado no mapa da classe. Quando a criança escreve tal como acredita, está nos oferecendo um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para poder ser avaliado. Essas escritas têm sido consideradas, displicentemente, como garatujas ou o resultado de fazer “ como se soubesse escrever”. Aprender a lê-las, isto é, interpretá-las é um aprendizado que requer uma atitude teórica definida. Aqui mencionaremos alguns aspectos fundamentais da evolução psicogenética, que apontam para as hipóteses que o aluno constrói neste processo. Hipóteses de escrita Hipótese Hipótese Hipótese Hipótese Hipótese PRÉ-SILÁBICA SILÁBICA SEM VALOR SONORO SILÁBICA COM VALOR SONORO SILÁBICO-ALFABÉTICA ALFABÉTICA Qual é a hipótese de escrita de Renata? Qual é a hipótese de escrita de Natália? PRÉ-SILÁBICA CARACTERÍSTICAS • Escrever e desenhar têm o mesmo significado; • Não relaciona a escrita com a fala; • Não diferencia letras de números; • Reproduz traços típicos da escrita de forma desordenada; • Acredita que coisas grandes têm um nome grande e coisas pequenas têm nome um nome pequeno (realismo nominal); • Usa as letras do nome para escrever tudo; • Não aceita que seja possível escrever e ler com menos de três letras; • Leitura global: Lê a palavra como um todo. Conflitos vividos pela criança nesta etapa: • Que sinais eu uso para escrever palavras? • Conhecer o significado dos sinais escritos. Avanços: • Diferenciar o desenho da escrita; • Perceber as letras e seus sons; • Identificar e escrever o próprio nome; • Identificar o nome dos colegas; • Perceber que usamos letras em diferentes posições. Atividades favoráveis: • Desenhar e escrever o que desenhou; • Usar, reconhecer e ler o nome em situações significativas: chamada, marcar atividades, objetos, utilizá-lo em jogos, bilhetes, etc; • Ter contato com diferentes portadores de textos; • Frequentar a biblioteca, banca de jornais, etc; • Conversar sobre a função da escrita; • Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome ou dos amigos; • Bingo de letras; • Produção oral de histórias; • Escrita espontânea; • Textos coletivos tendo o professor como escriba; • Aumentar o repertório de letras; • Leitura dos nomes das crianças da classe, quando isto for significativo; • Comparar e relacionar palavras; • Produzir textos de forma não convencional; • Identificar personagens conhecidos a partir de seus nomes, ou escrever seus nomes de acordo com sua possibilidade; • Recitar textos memorizados: parlendas, poemas, músicas, etc; • Atividades em que seja preciso reconhecer e completar a letra inicial e a letra final; • Escrita de listas em que isto tenha significado: listar o que usamos na hora do lanche, o que tem numa festa de aniversário, etc. Qual é a hipótese de escrita de Talita? Qual é a hipótese de escrita de Ricardo? SILÁBICA HIPÓTESE SILÁBICA SEM VALOR SONORO HIPÓTESE SILÁBICA COM VALOR SONORO Características: • Para cada fonema, usa uma letra para representá-lo; • Pode, ou não, atribuir valor sonoro à letra; • Pode usar muitas letras para escrever e ao fazer a leitura, apontar uma letra para cada fonema; • Ao escrever frases, pode usar uma letra para cada palavra. Conflitos vividos pela criança: • A escrita está vinculada à pronúncia das partes da palavra? • Como ajustar a escrita à fala? • Qual a quantidade mínima de letras necessárias para se escrever? Avanços: Atribuir valor sonoro às letras; Aceitar que não é preciso muitas letras para se escrever, apenas o necessário para representar a fala. Atividades favoráveis: • Todas as atividades do nível anterior; • Comparar e relacionar escritas de palavras diversas; • Escrever pequenos textos memorizados (parlendas, poemas, músicas, trava-línguas...); • Completar palavras com letras para evidenciar seu som: camelo = c__m__l__ ou __a__e__o. • Relacionar personagens a partir do nome escrito; • Relacionar figura às palavras, através do reconhecimento da letra inicial; • Ter contato com a escrita convencional em atividades significativas: reconhecer letras em um pequeno texto conhecido; • Leitura de textos conhecidos; • Relacionar textos memorizados com sua grafia; • Cruzadinha; • Caça-palavras; • Completar lacunas em textos e palavras; • Construir um dicionário ilustrado, desde que o tema seja significativo; • Evidenciar rimas entre as palavras; • Usar o alfabeto móvel para escritas significativas; • Jogos variados para associar o desenho e seu nome; • Colocar letras em ordem alfabética; • Contar a quantidade de palavras de uma frase. Qual é a hipótese de escrita de Antonio? SILÁBICO-ALFABÉTICO Características: • Compreende que a escrita representa os sons da fala; • Percebe a necessidade de mais de uma letra para a maioria das sílabas; • Reconhece o som das letras; • Pode dar ênfase a escrita do som só das vogais ou só das consoantes bola= AO ou BL; • Atribui o valor do fonema em algumas letras: cabelo= kblo. Conflitos vividos pela criança nesta etapa: • Como fazer a escrita dela ser lida por outras pessoas? • Como separar as palavras na escrita se isto não acontece na fala? • Como adequar a escrita à quantidade mínima de caracteres? Avanços • • Usar mais de uma letra quando necessário; Atribuir o valor sonoro das letras; . Atividades favoráveis: • As mesmas do nível anterior; • Separar as palavras de um texto memorizado; • Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece: associar o GA do nome de GABRIELA para escrever garota, gaveta...; • Ditado de palavras conhecidas; • Produzir pequenos textos; • Reescrever histórias Qual é a hipótese de escrita de Rodrigo? ALFABÉTICO Características • Compreende a função social da escrita: comunicação; • Conhece o valor sonoro de todas ou quase todas as letras; • Apresenta estabilidade na escrita das palavras; • Compreende que cada letra corresponde aos menores valores sonoros da sílaba; • Procura adequar a escrita à fala; • Faz leitura com ou sem imagem; • Inicia preocupação com as questões ortográficas; • Separa as palavras quando escreve frases; • Produz textos de forma convencional. Conflitos vividos pela criança nesta etapa: • Por que escrevemos de uma forma e falamos de outra? • Como distinguir letras, sílabas e frases? • Como aprender as convenções da língua escrita? Avanços: • Preocupação com as questões ortográficas e textuais (parágrafo e pontuação); • Usar a letra cursiva. Atividades favoráveis: • Todas as anteriores; • Leituras diversas; • Escrita de listas de palavras que apresentem as mesmas regularidades ortográficas em momentos em que isto seja significativo; • Atividades a partir de um texto: leitura, localização de palavras ou frases, ordenar o texto; Jogos diversos com bingo de letras e palavras, forca... MATEMÁTICA O Programa tem por objetivo: Apoiar o professor na construção de boas intervenções para que possa promover a aprendizagem dos seus alunos em Matemática; Criar referenciais teórico-práticos para discutir com os professores alguns modelos de gestão de aula que favoreçam aprendizagem dos alunos; Apresentar aos professores, de modo contextualizado, as situações presentes nos materiais didáticos do Programa Ler e Escrever, de modo a favorecer a construção de conhecimentos sobre a Matemática nos seus diferentes blocos de conteúdo, ressaltando a visão não linear que está presente no material; Contribuir para a compreensão do papel do professor considerando a intervenção didática e a interação entre os alunos a favorecer o avanço no fazer Matemática; Apoiar os professores na organização dos conteúdos nas diferentes modalidades, ressaltando o desenvolvimento de sequências didáticas, favorecendo uma rotina de aula produtiva; Discutir com o professor a validação dos conhecimentos do grupo de alunos e promove interações dando visibilidade às novas aprendizagens. Telma Weisz Vê a aquisição do sistema de escrita como um processo contínuo e acredita que formar leitores e gente capaz de escrever é uma tarefa de todos da escola: coordenadores, gestores e professores de todas as séries e disciplinas. “A leitura e escrita são conteúdos centrais da escola e têm a função de incorporar a criança à cultura do grupo em que ela vive". Telma Weisz Equipe Ciclo I – DERSV Supervisora responsável: Mariza Rodrigues Branco PCOPs: Adriana Cristina Pires Rial Juliana Márcia Pereira