Estudo sobre Alfabetização – Programa Ler e Escrever Maria Cláudia Belluzzo Maia Maria Jussara Zamarian Diretoria de Ensino Região Campinas Oeste Acreditando que a criança é realmente o sujeito da própria aprendizagem, o professor saberá favorecer o mais possível a sua ação sobre o objeto do conhecimento, facilitar as descobertas e sua reconstrução. Elias recuperando Rousseau Ao aprendiz como sujeito de sua aprendizagem corresponde, necessariamente, um professor sujeito de sua prática docente. Telma Weisz Hipóteses de Escrita Pesquisa realizada por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, publicada em 1979 (Brasil–1985) Pré-silábica Silábica Silábico-alfabética Alfabética Pré-silábica Escrita não formada por grafias convencionais: - grafismos primitivos; - escrita unigráficas. Escrita sem controle de quantidade; Presença de letras e números; Escrita fixa; Quantidade variável, repertório fixo/parcial; Quantidade constante, repertório variável; Quantidade variável, repertório variado. Leitura “sempre” global. Importante: nesta hipótese o sujeito ainda não relaciona a escrita como uma representação da fala. Silábica Descoberta de que a escrita representa a fala: Tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a escrita; Escrita de letras com ou sem valor sonoro convencional: Silábica Sem Valor Sonoro Convencional O sujeito escreve uma letra para representar a sílaba sem se preocupar com o valor sonoro correspondente Silábica Com Valor Sonoro Convencional O sujeito escreve uma letra para cada sílaba, utilizando letras que correspondem ao som da sílaba – vogais, consoantes ou ambas. Leitura O sujeito tenta passar da correspondência global para a correspondência termo a termo, isto é, do todo para as partes da expressão oral. Silábico-alfabética Coexistência de duas formas de corresponder sons e grafias: fonemas para algumas partes das palavras e sílabas para as outras, ou seja, ora escreve silabicamente, ora alfabeticamente. Não se trata de omissão de letras, mas de um tipo de escrita que procura incorporar grafias rumo à escrita alfabética. Surgem perguntas e pedido de ajuda em relação a qual fonema ou sílaba usar. Alfabética O sujeito já construiu a base alfabética de escrita, compreendendo o sistema, faltando apenas apropriar-se: Das convenções ortográficas; Da separação convencional da escrita – segmentação. Avaliação diagnóstica - Sondagem Definição: é uma situação de avaliação numa atividade de escrita que, em um 1º momento, envolve a produção escrita pelos alunos de uma lista de palavras, do mesmo campo semântico, seguida de uma frase simples, sem consultar fontes escritas. Trata-se de uma situação de escrita na qual o aluno precisa, necessariamente, ler o que escreveu – para você poder observar se está estabelecendo relações entre o que escreve e o que lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita. Procedimentos Palavras do cotidiano do aluno, que não tenha memorizado; Palavras com número variável de letras; Ditado deve ser iniciado pela polissílaba, seguida da trissílaba, dissílaba, por último, monossílaba. O ditado deve ser feito sem escandir as palavras (DI-NO-SSA-U-RO) Ditar uma frase que envolva pelo menos uma das palavras da lista. Evitar palavras com sílabas contíguas repetidas. O Ditado deve ser iniciado pela polissílaba, seguida da trissílaba, dissílaba, por último, monossílaba. Regularidade A avaliação diagnóstica (sondagem) deve ser realizada no início do ano com todos os alunos; Deve ser repetida em intervalos de 1 mês/bimestre apenas com aqueles que não estiverem alfabéticos, ou quando perceber que houve um avanço na escrita do aluno, em situação de sala de aula. Acreditando que a criança é realmente o sujeito da própria aprendizagem, o professor saberá favorecer o mais possível a sua ação sobre o objeto do conhecimento, facilitar as descobertas e sua reconstrução. Elias recuperando Rousseau Bibliografia ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emílio a Emília – a trajetória da alfabetização. Ed. Scipione, 2005. Brasil, Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Módulo 1. SEF/MEC, 2001. São Paulo, Guia de Planejamento e Orientações didáticas – professor – 2ª séries, volume I, Programa Ler e Escrever SEE – 2009.