RÁDAR DE NOTÍCIAS – SÁBADO E DOMINGO, 20 E 21 DE AGOSTO DE 2011
NOTÍCIAS PUBLICADAS PELA IMPRENSA CATARINENSE
DOMINGO
DIÁRIO CATARINENSE
INFORME POLÍTICO | ROBERTO AZEVEDO
A atuação conjunta das polícias
Na semana em que o destempero do tenente-coronel Rogério Luiz Kumlehn, ex-comandante do 14º Batalhão da
Polícia Militar em Jaraguá do Sul, expôs a fratura nas conflitantes relações entre a Polícia Militar e a Polícia Civil
em Santa Catarina, vem do Ministério Público estadual um exemplo efetivo de que as duas instituições
conseguem trabalhar em sintonia e cooperação. O âmbito desta convivência está nas ações da força-tarefa do
Grupo de Combate às Organizações do Crime Organizado (Gaeco), capitaneado pelo MP, que, de acordo com a
amplitude das missões, incorpora reforços da Secretaria da Fazenda e da Polícia Rodoviária Estadual.
Na visão do procurador-geral de Justiça Lio Marins, o trabalho conjunto e articulado é prova mais do que
contundente que existe caminho para a integração. O importante, segundo o chefe do MP catarinense, é que
cada instituição cumpra suas funções constitucionais. Este ano, o grupo já investigou 77 casos, a maioria crimes
contra a administração pública, no combate ao tráfico de drogas e à sonegação fiscal.
É lógico que a questão que envolve o Gaeco é pontual, nada comparada ao dia a dia. Mas a avaliação é
importante sob todos os aspectos, pois é um promotor de Justiça, César Grubba, que comanda a Secretaria
Estadual da Segurança Pública, pasta que engloba a atuação das polícias Militar e Civil. O debate em território
catarinense não é isolado sobre as competências de cada autoridade policial.
O que o cidadão espera é que as divergências não ganhem um caráter capaz de excluir a prioridade da
segurança em meio às discussões entre oficiais da PM e delegados de polícia. A relevância da atividade não
pode ser comprometida.
VISITA A UM MESTRE
O prefeito Edson Piriquito (PMDB) e o
deputado federal Esperidião Amin (PP)
relembraram em grande estilo o tempo em
que eram integrantes do mesmo partido e
foram fazer uma visita ao ex-senador
Jaison Tupy Barreto, que fez história no
MDB, no PMDB, no PDT e no PSDB.
Aliás, Amin e Jaison estiveram juntos na
Aliança Social Trabalhista (AST), na
eleição de 1985 à prefeitura da Capital,
um momento diferente da vida política de
ambos, que sempre foram adversários.
Para Piriquito, está na hora de fazer um novo PMDB no município, e ele contará com os conselhos de Jaison
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para tanto, bem como dos tradicionais rivais estaduais, pois os pepistas fazem parte de sua administração. Da
esquerda para a direita, Fábio Flôr, secretário municipal da Fazenda de Balneário Camboriú, que é presidente do
PP local; Amin, Jaison e Piriquito.
“As cotas obrigam o usuário da TV por assinatura a receber e pagar por um conteúdo
que não pediu.”
PAULO BORNHAUSEN, secretário de Desenvolvimento Econômico e deputado federal
licenciado, sobre o projeto de autoria dele, aprovado pelo Senado, que deveria ser um
marco regulatório do setor e ficou cheio de penduricalhos.
A guerra das gravatas
Esta ocorreu durante a audiência com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais),
em Brasília, quando se debatia a incorporação da Furb pela UFSC, dentro do sonhado
processo de federalização da instituição de ensino superior de Blumenau.
Paralelo ao assunto, os deputados Décio Lima (PT) e Esperidião Amin (PP) se vangloriavam por terem optado
por gravatas de cor vermelha, a preferida de ambos. Foi quando o prefeito João Paulo Kleinübing (futuro PSD)
aparteou o debate, quase parlamentar, para dizer que a dele era azul por ser esta a cor que mais aprecia. Como
as tonalidades correspondem aos partidos e Décio ainda balança em ser candidato ou não à sucessão de
Kleinübing, o atual prefeito disse que dará uma gravata azul ao petista.
O trânsito não andava em Brasília, na
última quarta-feira. Estava pior do que nos
dias considerados normais, quando, em
alguns trechos, a velocidade mal
ultrapassa os 30 quilômetros por hora. O
motivo: milhares de trabalhadoras do
campo de todo o país participavam da
Marcha das Margaridas. O deputado
Celso Maldaner (PMDB) não se fez de
rogado, desceu do carro e foi dar um
abraço nas integrantes da comitiva
catarinense que integravam a passeata.
Maldaner, de óculos de sol, está é de olho
na base eleitoral. Soube, mais tarde, que a presidente Dilma Rousseff atendeu parte da lista de 158
reivindicações das trabalhadoras.
Na regional (1)
Secretário regional de Itajaí, o tucano Fabrício de Oliveira ainda tenta quebrar o distanciamento com o prefeito de
Balneário Camboriú, Edson Piriquito (PMDB).
Dos nove prefeitos que fazem parte da área de abrangência da pasta, somente Piriquito não recebeu Fabrício. O
secretário, que é vereador no município, passou a ser visto como um pré-candidato à prefeitura em 2012.
Na regional (2)
Piriquito tem a resposta sobre a negativa de receber Fabrício na ponta da língua. Afirma que o ritmo de seu
governo e as obras que realiza, sem a ajuda da regional, incomodam o grupo político do secretário, leia-se o
PSDB do ex-governador Leonel Pavan.
– Eu converso diretamente com Florianópolis porque não posso contar com a regional. Meu ritmo de trabalho
não permite o luxo de reuniões e encontros protocolares – dispara Piriquito.
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A reação do empresariado
Empresários de todo o Estado apoiam a Federação das Associações Comerciais e Industriais pela criação do
Deputadômetro. As manifestações reforçam que é uma forma de trazer transparência ao Legislativo. Foi uma
reação à posição contrária dos deputados estaduais.
Parece até irônico o confronto entre parlamentares e Facisc no momento em que um ex-presidente da entidade
comanda a Assembleia.
MOACIR PEREIRA
Os miseráveis
Enquanto existir nas leis e nos costumes uma organização social que cria infernos artificiais no seio da
civilização, juntando ao destino, divino por natureza, um fatalismo que provém dos homens; enquanto não forem
resolvidos os três problemas fundamentais: a degradação do homem pela pobreza, o aviltamento da mulher pela
fome, a atrofia da criança pelas trevas; enquanto, em certas classes, continuar a asfixia social ou, por outras
palavras e sob um ponto de vista mais claro, enquanto houver no mundo ignorância e miséria, não serão de todo
inúteis os livros desta natureza.
Só mesmo a genialidade de um Victor Hugo para imortalizar lições tão verdadeiras, inseridas no prefácio de Os
Miseráveis, o magistral romance do extraordinário francês, autor também de Notre Dame de Paris. Sábias,
verdadeiras e atuais para uma obra que vai completar 150 anos de lançamento em 2012.
Uma história simples, mas contundente, em defesa das liberdades e contra a opressão, que se popularizou no
mundo inteiro pelo musical do mesmo nome. Mais de 65 milhões de expectadores já assistiram à comovente
produção de Cameron Mackintosh, estreada em Londres há mais de 25 anos. Foram mais de 50 países,
incluindo o Brasil. Iniciado em Paris, o romance foi integralmente revisto, revisado e concluído por Victor Hugo
em Saint Peter Port, a capital de Guersney, uma pequena ilha com 70 mil habitantes, distante apenas oito milhas
da costa francesa, mas pertencente à comunidade britânica.
A Casa de Victor Hugo é uma das visitas obrigatórias no roteiro cultural da acolhedora e simpática cidade. Tudo
ali é instigante, a começar pela localização. Fica no alto da vila, de onde se descortina uma paisagem
exuberante. Uma marina antiga ocupando o espaço do porto protegido pelo Castelo Cornet, veleiros, lanchas e
variados equipamentos náuticos embelezando a paisagem. Água transparente até nas pilastras do trapiche. Na
via principal junto à baia, em toda a extensão, casas com arquitetura normanda, outras lembrando estilo inglês. E
uma sucessão de restaurantes, atelieres, bistrôs, lojas de suvenires e uma belíssima construção de pedra,
coberta de flores, abrigando o Centro de Informação Turística.
CARÍSSIMO
Circular pelos três andares da casa de Victor Hugo é mergulhar no túnel do tempo para tentar entender os
escritos do imortal escritor. Por defender as liberdades e opor-se ao golpe do ditador Napoleão III, a quem
chamava de “o pequeno” e “o imperador”, Victor Hugo permaneceu exilado em Guersney durante quase 18 anos.
De seu escritório, tinha o cenário artístico do porto e do castelo e visualizava a costa francesa.
O conteúdo de Os Miseráveis tem, portanto, uma relação direta com o exílio, a saudade da pátria, as convicções
pelos direitos humanos, o pavor pelas ditaduras, a tortura da separação dos seus. Para os catarinenses que ali
estiveram na última escala de recente cruzeiro marítimo, outra surpresa cultural. A Hauteville House preserva a
rica biblioteca do romancista, mantém as cores estranhas de seus quartos, sua dedicação à sinuca, as peças de
faiança, as salas e os jardins. E uma câmara chamada Garibaldi, homenagem a Giuseppe, pelas lutas pela
liberdade e em defesa da unificação italiana. O francês e o italiano trocaram correspondência. Vários foram os
convites de Hugo a Garibaldi para visitá-lo. Visita nunca realizada. Uma vila sem estresse que recebe todos os
dias navios de cruzeiro, vindos da Europa ou do Reino Unido. Nos restaurantes, música ao vivo sempre. Nas
ruas, bandas, guitarras e até quartetos femininos tocando. E, ali, no monumento a Victor Hugo (1802-1885), na
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escultura em granito de Jean Boucher, o apelo definitivo a favor da educação: “Aquele que abre uma porta de
escola, fecha uma prisão!”.
CACAU MENEZES | Cacau Menezes
Positivo
Os telespectadores aprovaram a campanha do governo do Estado que está sendo veiculada na mídia coibindo a
terrível prática do bullying. De maneira clara, simples e criativa, a propaganda institucional esclarece, ensina e
condena o uso deste procedimento causador de inúmeros problemas, tanto psíquicos quanto físicos.
VISOR | RAFAEL MARTINI
AFAGO À TROPA
O governo do Estado decidiu que pagará todas as horas extras trabalhadas para os policiais militares e
bombeiros de Santa Catarina, inclusive quando ultrapassem o limite de 40 horas mensais. Os detalhes serão
definidos na próxima quarta, pela Procuradoria Geral do Estado.
SC Planalto
Quem te viu...
Tanto Paulo Bornhausen quanto o governador Raimundo Colombo participaram da reunião do partido com a
presidente da República Dilma Rousseff. Os dois saíram elogiando a simpatia e a tal postura republicana da
petista.
– Ela tem exercido o cargo com altivez – elogia Bornhausen.
Clima que nem de longe lembra as rixas do tempo do ex-presidente Lula.
Economia
AVIAÇÃO REGIONAL
Interior de SC prepara-se para decolar
Consolidada no eixo Capital, Navegantes e Joinville, e crescendo em Chapecó, a aviação catarinense se volta
para os pequenos municípios. Jaguaruna, no Sul de SC, é a grande aposta do governo do Estado
Desconhecidas fora e muitas vezes até dentro de Santa Catarina, Jaguaruna e Correia Pinto devem entrar no
mapa nacional, pelo menos da aviação. Se a expectativa da Secretaria de Infraestrutura for confirmada, a partir
2012 os moradores destas cidades terão de se acostumar com o barulho das turbinas de jatos comerciais que
integram a frota de companhias como TAM e Gol.
A intenção do governo do Estado é permitir que os novos aeroportos absorvam parte da demanda concentrada
em Florianópolis, Navegantes e Joinville. Juntos, os três receberam 2,7 milhões de passageiros no primeiro
semestre deste ano.
A principal aposta entre os regionais é Jaguaruna, no Sul catarinense. A pista está pronta e é a maior da Região
Sul do país, com 2,5 quilômetros. A obra vai receber R$ 22,3 milhões para instalação de equipamentos de
segurança, terminal de passageiros e acesso, declara Dilney Cabral Filho, diretor de Transportes da Secretaria
de Infraestrutura.
Ele diz que o aeroporto vai atender as cidades que estão na faixa litorânea entre Garopaba e a divisa com o Rio
Grande do Sul. A população estimada nesta área é de um milhão de pessoas.
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Cabral Filho afirma que a Gol já vistoriou o aeroporto e recebeu um relatório com as condições de operar no
local. O diretor de Transportes diz, ainda, que a Trip teria pedido informações. A Trip confirma o interesse. A Gol
informa apenas que está atenta a oportunidades.
A promesssa do governo é de que o aeroporto começa a funcionar em março do ano que vem. A previsão é
receber 200 mil passageiros nos primeiros 12 meses – número igual a movimentação de 2010 registrada em
Chapecó, que tem um aeroporto consolidado com o crescimento do agronegócio na região.
O cronograma está em dia, afirma Murilo Bortoluzzi, conselheiro da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e
coordenador do Projeto Regional Sul da associação dos empresários. Ele garante que há mercado para atrair as
grandes empresas, principalmente em voos para São Paulo. Conta que 20% do público de 1,5 milhão de
passageiros que passou pelo aeroporto de Florianópolis no primeiro semestre é formado por pessoas que serão
atendidas por Jaguaruna. Bortoluzzi diz que a criação de voos no Sul de SC facilitaria a vida dos moradores da
região.
Ele afirma que, hoje, voar exige planejamento para evitar os horários de fila na BR-101 e na chegada a
Florianópolis. Até a tabela do Campeonato Brasileiro precisa ser checada para saber se não tem jogo do Avaí,
time com estádio próximo ao aeroporto da Capital. Mesmo que todos estes empecilhos sejam contornados, o
viajante perde duas horas. Além disso, existe o risco de acidentes na estrada, com a maior parte não duplicada,
e os gastos com combustível e estacionamento.
A Secretaria de Infraestrutura informa que Jaguaruna deve aliviar o aeroporto da Capital. A inauguração também
daria fim a uma novela que começou em 2002. O início da operação chegou a ser marcado para 2008. Durante a
construção, houve interrupções por causa do corte de verbas do governos federal, que pagou 70% da obra.
Transporte de carga na segunda etapa
Existe ainda outra oportunidade para o aeroporto. Um plano do governo federal elaborado há 14 anos para
desafogar os aeroportos de carga do Sudeste escolheu Jaguaruna como sede de um terminal de cargas para o
Sul do país, revela Bortoluzzi. Os critérios levaram em conta a baixa densidade demográfica, não haver
impeditivos ambientais, reduzida incidência de nuvens e ser próximo ao mar, o que facilita a visibilidade.
A longa pista já foi construída com esta intenção e suporta o maior peso das aeronaves de carga. O terreno
também é o maior de SC para permitir ampliação de depósitos. Cabral Filho, da secretaria, ressalta que o
aeroporto fica a 50 quilômetros do Porto de Imbituba e a cinco quilômetros da Estrada de Ferro Tereza Cristina.
Mas Bortoluzzi, da Fiesc, diz que estes planos ficarão para um segundo momento e não há previsão para sairem
do papel.
Ele destaca que um terminal de cargas aéreas na região ajudaria as empresas que hoje pagam caro pelo frete
de 800 quilômetros até Campinas ou Guarulhos.
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AVIAÇÃO REGIONAL
Terminal vai atender Planalto e Alto Vale
Correia Pinto também está nos planos do governo estadual para receber voos comerciais com destinos às
principais cidades do Brasil. O aeroporto atenderia o Planalto Serrano, além dos municípios do Alto Vale do
Itajaí, incluindo Rio do Sul.
Ele também daria um refresco para o lotado aeroporto de Florianópolis. Mas os moradores vão ter que esperar.
Se tudo der certo, e os problemas se acumulam no histórico da obra, a inauguração vai ocorrer somente no final
de 2012.
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, serão investidos R$ 7,9 milhões na construção do terminal de
passageiros e na instalação de água, energia elétrica e rede de esgoto. A licitação para o prédio do Corpo de
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Bombeiros, obrigatório por lei em todos os aeroportos, deve ser lançada neste mês. Também falta o
asfaltamento do acesso até a BR-116, que tem um quilômetro e ficará sob responsabilidade do Dnit.
A expectativa da Secretaria de Infraestrutura é de que as grandes companhias se instalem na região. O diretor
de Transportes, Dilney Cabral Filho, diz que já houve consultas. Ocorre que no Planalto Serrano as chances
parecem menores do que em Jaguaruna. A TAM informou que não tem intenção de operar no local. A Azul
enviou nota explicando que a operação em Caxias do Sul é a única novidade para a Região Sul. A Gol não
confirma, nem nega.
A maior esperança é a Trip, especializada em aviação regional. A empresa confirmou interesse em operar a
partir de Lages assim que o aeroporto estiver em condições de uso. O perfil da companhia é outro indicativo. Ela
atende cidades de médio porte e tem vários destinos ligados ao agronegócio. A rota que faz
Chapecó/Londrina/Maringá/Campo Grande ou Cuiabá serve de exemplo para os dois casos citados.
Mas a aviação regional tem características e preços diferentes das grandes empresas, ressalta André Castellini,
sócio da Bain & Company, consultoria especializada no setor aéreo. A primeira é aeronaves menores, o que
eleva o custo por assento e aumenta o valor dos bilhetes.
Por este motivo, o ramo não se beneficia do crescimento da classe C que está impulsionando TAM, Gol e Azul.
Na aviação regional, os clientes viajam a trabalho e não a passeio. Operar em cidades menores requer mais
cuidado na seleção das rotas e tem seus riscos. Muitas vezes quando um local lucrativo é descoberto, uma das
grandes entra com um jato, joga o preço no chão e é preciso garimpar um novo mercado.
Castellini diz que as dificuldades explicam a alta taxa de mortalidade em companhias deste porte.
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AVIAÇÃO REGIONAL
Reforma na pista para receber mais aviões
Chapecó não é projeto, é realidade. O aeroporto da cidade é o que mais cresce em Santa Catarina. Nos últimos
cinco anos, o número de passageiros aumentou 83,5%, passando de 63,4 mil pessoas no primeiro semestre de
2007 para 118,3 mil no mesmo período deste ano, de acordo a Secretaria de Infraestrutura. A previsão para
2012 é incremento de 18%. Há voos da Gol e Avianca, a Trip estreia em 29 de agosto e existe interesse da Azul.
A demanda em alta levou o governo estadual a investir na estrutura.
Estão previstos a recuperação e o reforço da pista que vão custar R$ 9 milhões. A obra vai fechar o aeroporto
por três semanas. O objetivo é permitir pousos de Airbus A 320, que fazem parte da frota da Avianca. Hoje, a
companhia utiliza o modelo Fokker, menor em tamanho e em capacidade de passageiros. Entre os aviões de
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grande porte, Chapecó só pode receber o Boeing 737-700 da Gol. Se ambas usarem a pista, o asfalto se
degradará.
Outra obra é o alargamento da faixa de pista – uma espécie de acostamento livre de obstáculos com 105 metros
de largura para cada lado. Hoje, ele varia entre 30 e 40 metros. A construção vai custar R$ 8,6 milhões – 70% do
dinheiro virá do governo federal e o restante do estadual.
O aeroporto de Chapecó vai receber bastante atenção no Plano Aeroviário de Santa Catarina (Paesc), estudo
elaborado a cada 20 anos que traça as linhas que regulam o setor pelas duas décadas seguintes. O último foi
lançado em 1990 e o próximo será concluído até março de 2012. A elaboração conta com estudo de renda das
regiões do Estado, previsão de crescimento econômico, concentração populacional e outros dados
socioeconômicos.
Por melhor que seja a elaboaração do Paesc, a realidade sempre muda. No último, o aeroporto de Caçador era
considerado o principal do Meio-Oeste. Acabou ultrapassado por Joaçaba. O aeroporto da cidade estava sem
atividades até 2007, quando empresários se reuniram em busca de uma linha regular. O governo estadual
gastou R$ 100 mil na recuperação do terminal e na instalação de um equipamento complementar de balizamento
noturno.
Hoje, a NHT opera em Joaçaba, cidade localizada no centro do setor de avicultura e suinocultura catarinense. Os
empresários da região pedem o alargamento da pista, que tem somente 18 metros de largura. A intenção é
aumentar para 23 ou 30 metros e melhorar a condição operacional. Mas a Secretaria de Infraestrutura informa
que não existe perspectivas para o investimento.
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A NOTÍCIA
CANAL ABERTO | Cláudio Prisco
AJUSTES NO GOVERNO
Caminhando para 2/3 do seu primeiro exercício, Raimundo Colombo está reavaliando seu comportamento
administrativo como governador. Com a experiência de três mandatos como prefeito de Lages, além das
presidências da Celesc e da Casan, diretoria da antiga Telesc e secretarias estaduais, Colombo percebe que seu
estilo de delegar funções, atribuições e missões não tem oferecido os resultados desejados na esfera estadual
de poder.
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Em menos de oito meses de governo, Raimundo Colombo enfrentou uma greve do magistério de 62 dias, duas
fugas da penitenciária e um curto-circuito no relacionamento entre as polícias Civil e Militar. Como não pretende
deixar correr solto um mandato conquistado nas urnas em turno único, com mais de 52% dos votos válidos, o
governador parece determinado a introduzir uma nova mecânica de tratamento a ser dispensado a seus
colaboradores, especialmente de primeiro escalão.
Metas
Raimundo Colombo vai estabelecer metas e vai cobrá-las no curto prazo, exigindo performance de seus
auxiliares, sob pena de ajustes na equipe já na virada do ano, quando teria que promover mudanças por conta
do prazo de desincompatibilização entre março e abril.
Naturalmente que todo aquele que se elege para um cargo executivo vislumbra a perspectiva da reeleição,
dentro de um projeto de oito anos. E com Raimundo Colombo não será diferente. Para assegurar a eleição de
prefeitos de sua ligação política, inseridos no leque de sua aliança, que vai do PMDB ao PP, passando pelo
PSDB e outras siglas de menor porte, o governo estadual tem que apresentar números alentadores: obras,
investimentos, parcerias com a União e os municípios, além de políticas públicas bem definidas e delineadas.
Linha de frente
Com um ritmo administrativo acelerado, Colombo quer a agenda positiva se sobrepondo a eventuais
contratempos, naturais em qualquer governo, mas que não devem ganhar grandes dimensões.
O objetivo é acompanhar mais de perto a execução das diretrizes fixadas. Reuniões mensais do colegiado serão
realizadas a partir de setembro, algumas com a participação dos regionais, como forma de afinar o discurso e
consolidar o entrosamento. O governador quer a máquina funcionando com celeridade, não abre mão de um
serviço público de qualidade e pretende oferecer melhorias salariais a algumas categorias, especialmente
àquelas que acumulam maior defasagem, com a Segurança e a Saúde.
MP e TCE
Raimundo Colombo quer colocar o pé no acelerador, mas sem descuidar do padrão ético de sua administração,
que até aqui não enfrentou situação de ordem moral, ao contrário do governo federal. O governador quer o MP e
o TCE vigilantes. O governador, que no primeiro semestre ficou recolhido, deseja se expor mais na medida em
que sua comunicação coloquial agrada ao catarinense. O governador não é carismático como Esperidião Amin e
Leonel Pavan, mas carrega consigo uma boa dose de empatia, assim como seu correligionário no passado:
Vilson Kleinübing. Se o mote de 2010 foi a novidade e a renovação, Colombo sabe que para renovar o mandato
em 2014 terá mostrar o que foi feito em quatro anos.
CIUMEIRA DO PT
Petistas catarinenses não escondem certo desconforto pelo tratamento “excessivamente” cordial dispensado
pela presidente Dilma ao governador Colombo, como na última visita dela a Santa Catarina, em junho.
Estratégia nacional
Com pouco mais de 50 anos, Raimundo
Colombo tem consciência de que, se realizar um
bom governo e assegurar a reeleição, apresenta
perspectivas para 2018. Representando um
Estado que conserva uma bela imagem no plano
nacional, ele poderia surgir como uma
alternativa para uma composição federal. Outro
nome que desponta, ao natural, é o governador
Beto Richa (PSDB), do vizinho Estado do
Paraná, com perfil assemelhado ao deColombo.
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A convenção nacional do PSD, realizada semana passada, já guindou Raimundo Colombo à primeira vicepresidência da nova sigla, como braço direito de Gilberto Kassab.
Nas visitas da última quinta aos presidentes da República, STF, Câmara e Senado, o governador chamou a
atenção pela desenvoltura. Despretensioso e simples no trato, agrada já no primeiro contato, assim como
ocorreu com Dilma Rousseff. Embora tenha feito campanha ao tucano José Serra, ela ficou com boa impressão
do governador, que trocando o DEM pelo PSD vai estar mais em sintonia com o Planalto.
-------------------------------------------------------------------------------Longe de fazer oposição sistemática ao governo federal, como tem acontecido com o DEM (antes PFL) desde o
governo Lula, o PSD vai se colocar em posição mais maleável: nem oposição sistemática, nem alinhamento
automático. Os pessedistas não vão fazer parte da base no Congresso, mas desejam ter uma convivência
harmoniosa com a União, o que proporcionará frutos aos governadores e prefeitos que aderirem a nova sigla. A
bancada do PT tem praticado combativa oposição ao seu governo, mas Raimundo Colombo não vai tomar
conhecimento e nem vai passar recibo. Como sua maioria na AL é esmagadora (31 dos 40 deputados), o
governador vai levar na maciota, até porque os petistas não representam uma resistência à aprovação dos
projetos do interesse do Executivo.
-------------------------------------------------------------------------------DUPLA
Gilberto Kassab e Eduardo Campos são as duas referências nacionais de Raimundo Colombo. O primeiro na
condição de correligionário e o outro como parceiro estratégico.
SIMILARIDADE
Colombo tem conversado com os dois interlocutores frequentemente. Na maior parte das vezes, sem dar
publicidade. A ligação com Kassab teve como ponto de partida o ex-senador Jorge Bornhausen, que é padrinho
político dos dois.
ALINHAMENTO
Com Eduardo Campos, que preside o PSB nacional, Raimundo Colombo tem tratado especialmente do tempo de
TV a ser disponibilizado ao PSD em 2012.
DEFINIÇÕES
O próximo encontro do governador de Pernambuco com Colombo será em Florianópolis, em retribuição à última
visita do catarinense, em Recife. Em setembro será acertado se o prefeito Djalma Berger (São José), candidato à
reeleição, continuará ou não no comando partidário do PSB no Estado.
SÁBADO
DIÁRIO CATARINENSE
INFORME POLÍTICO | ROBERTO AZEVEDO
Tucanos em fúria
No dia em que completou 58 anos, o deputado estadual Marcos Vieira disparou pesada artilharia contra a
executiva estadual do PSDB, na mesma linha do discurso de cobranças que tem feito em eventos dos quais
participa. O novo epicentro das críticas é motivado pelo programa eleitoral da sigla com as participações do exgovernador Leonel Pavan, do senador Paulo Bauer e do prefeito Beto Martins (Imbituba), presidente em
exercício do tucanato estadual.
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Ao questionar o critério adotado, Vieira acrescenta que o espaço, a ser exibido na TV, poderia ser destinado a
pelo menos 20 pré-candidatos a prefeito. Para o deputado, a executiva abriu mão de visitar o Estado, as bases.
Este trabalho passou a ser feito pelos parlamentares. O próprio Vieira afirma que, durante os 60 dias em que
está licenciado da Assembleia, visitará 130 municípios com o seu próprio carro. E questiona: “Onde está o
presidente Leonel Pavan que se licenciou da presidência do partido”.
As reclamações de Vieira foram transmitidas por ele ao presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio
Guerra (PE), que lhe pediu para continuar no trabalho de visitar as bases. Os últimos acontecimentos que
envolvem o deputado estadual provocaram reação do presidente em exercício Beto Martins, que fala em pedir
uma moção de apoio da bancada na Assembleia.
Martins afirma que cada atitude de Vieira terá resposta a partir de agora. O presidente tucano reclama de
problemas financeiros da sigla, disse que teve acesso à lista das indicações do PSDB no governo só há duas
semanas, e que, depois disso, poderá contar com os recursos da cobrança de mensalidade. Martins reforça que
o maior número de cargos é de apadrinhados de Vieira.
Para Martins, o “vestígio de rancor” do deputado remonta a sua derrota na eleição ao diretório estadual, e o
parlamentar já prepara a campanha para daqui a dois anos. Vieira nega e lamenta que a executiva não esteja
atrás de novos filiados. Os tucanos estão em novo conflito. Demorou.
O PROJETO DE RIO DO SUL
A foto registra o passeio do vicegovernador Eduardo Pinho Moreira (à
esquerda) com o vice-prefeito Garibaldi
Ayroso (ao centro), pelas ruas de Rio do
Sul, no Alto Vale do Itajaí. Junto com o
deputado federal Rogério Peninha
Mendonça (à direita), que tem base na
região, dividiram a agenda dos encontros
que o PMDB realiza em todo o Estado
com a agenda do governador Raimundo
Colombo, que, ao lado do presidente do
Badesc Nelson Santiago, assinou, ontem,
convênios de R$ 15 milhões com a prefeitura local, uma parceria entre Cohab e o o programa Minha Casa,
Minha Vida, do governo federal. Sobre a sucessão riosulense, Pinho Moreira tem abençoado a candidatura de
Garibaldi, conhecido como Gariba. Algo que até o prefeito Milton Hobus (do futuro PSD) avaliza como uma das
possibilidades.
Paróquia
Beto Martins adverte que Marcos Vieira passou dos limites. Para rebater uma das reclamações, disse que ele
nomeou o deputado coordenador regional há duas semanas, durante reunião da executiva estadual.
É que Vieira afirma que, apesar de ser o responsável pela Grande Florianópolis, soube pela imprensa das
chegadas ao partido, pelas quais se empenhou, do vice-prefeito João Batista Nunes (Florianópolis), do viceprefeito Valmir Schwinden (Palhoça) e do coronel Ivon de Souza. Martins afirma que a costura também foi feita
por Leonel Pavan e Paulo Bauer.
Sucesso
Depois de corrigir problemas técnicos no sistema de pregão eletrônico, o governo do Estado demonstra que é
possível obter sucesso com a modalidade. Para comprar 462 mil resmas (500 folhas) de papel A4, conseguiu
economizar R$ 1,4 milhão.
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O certame teve 15 empresas habilitadas e o lance vencedor foi de R$ 6,82, abaixo do preço de referência de R$
10. No comércio, a unidade custa entre R$ 13 e R$ 15.
O segredo
O pregão foi resultado de uma soma de esforços. O gerente de Auditoria de Licitações e Contratos da Diretoria
de Auditoria Geral da Fazenda, Luciano Tizatto, explicou que a modalidade foi operacionalizada por uma equipe
de analistas da Secretaria de Administração, auditores internos da Fazenda e técnicos do Ciasc.
Para lembrar
Entre os lugares em que PMDB e o futuro PSD estão bem afinados está Rio do Sul. Pinho Moreira defende a
manutenção da coligação, mas sustenta que em municípios importantes, como Jaraguá do Sul, Lages, Joinville,
Tubarão, Criciúma e Florianópolis, a sigla deve ter a cabeça de chapa.
O prefeito Milton Hobus já praticou um gesto e abriu mão da Secretaria Regional para o peemedebista Ítalo
Goral.
Na palheta
A Assembleia pagará R$ 6,5 mil para a confecção de um novo quadro com o retrato do deputado Gilmar Knaesel
(PSDB).
A solicitação foi feita pela coordenadoria de eventos sob a justificativa de que o atual está fora dos padrões de
medida dos demais que integram a galeria de ex-presidentes. Vaidoso, Knaesel tem passado por mudanças
faciais, o que sugere uma atualização. O parlamentar, em tese, não tem a ver com o pedido.
No pé
O deputado Jailson Lima (PT) conseguiu reunir um grupo contra ele que não aceita suas investidas contra certos
benefícios que corriam soltos na Assembleia.
Na nova viagem à China, sem diárias do Legislativo, tem quem pergunte se o parlamentar abrirá mão dos
vencimentos e se é mais um roteiro com interesse único do Porto de São Francisco do Sul.
O PR trabalha firme para 2012. Em
Chapecó, reuniu 300 pessoas para a
debater a nominata do partido. A ideia é
manter o apoio ao prefeito José Caramori
(do futuro PSD) e indicar um vice na
chapa. Os nomes que circulam são do
vereador licenciado Márcio Sander, do
presidente municipal Diógenes Lang e do
ex-vice-prefeito Élio Cella. Na foto, da
esquerda para a direita, Cella, Sergio Wallner (secretário municipal da Defesa do Cidadão), Fernando Dias (da
executiva estadual), Sergio Faust (presidente estadual), Sander e Lang.
“Nem Mussolini teria maltratado tanto os sobrenomes alemãs.”
ESPERIDIÃO AMIN, deputado federal do PP, durante a homenagem aos 60 anos da Buddemeyer, em São
Bento do Sul, sobre os tropeços do deputado Reno Caramori (PP), que comandava a solenidade.
Outra boa
Esperidião Amin estava afiado na sessão solene da Assembleia em homenagem à Buddemeyer, em São Bento
do Sul.
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Ao começar seu discurso, deixou todos na expectativa, pois prometeu descrever alguns dos problemas que
valorizam os 60 anos de sucesso da empresa. E perguntou: “Quantos zeros desapareceram da nossa moeda
neste período?” Com o silêncio dos presentes, Amin informou que foram 15 ao todo. Claro que a revelação soou
como uma bem argumentada provocação ao PMDB, dono do número, apesar de ser fato histórico de nossa
economia.
ADENDO
- Até outubro, quando será realizado o congresso do partido, o PPS de Florianópolis será presidido por Luciano
Formighieri, suplente de deputado estadual que já chega na condição de pré-candidato à prefeitura.
- Prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt (PMDB), sugeriu à bancada catarinense no Congresso que os
repasses do governo federal às prefeituras, a maioria inferior a R$ 1 milhão, sejam feitos de fundo para fundo,
como hoje ocorre com a Saúde, e não mais pela Caixa Econômica Federal, o que só aumenta a burocracia.
- Orlando Angioletti Junior confirma para o próximo dia 26 a primeira convenção municipal do novo Democratas
catarinense, em Balneário Camboriú.
- O governador Raimundo Colombo concede entrevista, nesta segunda-feira, à revista Forbes sobre o potencial
de Santa Catarina para receber investimentos estrangeiros e turistas.
MOACIR PEREIRA
O inquérito do Ibama
A Procuradoria Regional da República vai iniciar na próxima semana a tomada de depoimentos dos servidores
da Superintendência do Ibama em Santa Catarina acusados de atos de corrupção, a partir de denúncias de
extorsão e formação de quadrilha feitas por empresários da Grande Florianópolis.
As investigações estão sendo conduzidas pelo procurador Walmor Alves Moreira, que emitiu nota anunciando as
primeiras medidas. Informa sobre a decisão da Justiça Estadual de declinar de competência para julgar “os
supostos crimes de concussão, corrupção e formação de quadrilha praticados por servidores do Ibama no âmbito
da Justiça Federal”.
A equipe do delegado Renato Hendges, da Deic, encaminhou todas as provas, documentos e informações sobre
as denúncias de corrupção no Ibama à Superintendência Estadual da Polícia Federal. O processo foi avocado
pelo procurador da área ambiental, Walmor Alves Moreira, que tomou as primeiras medidas.
A preocupação maior é evitar qualquer conflito de competência, para não repetir os equívocos da Operação
Moeda Verde. Houve superposição de ações entre o Ministério Público Federal e a Justiça Federal e entre esta e
a Justiça Estadual. Resultado: passaram-se mais de quatro anos e as discussões jurídicas sobre competências
continuam sendo travadas no Tribunal Regional Federal. Nem denúncia houve até agora.
AS PROVAS
O delegado Renato Hendges garante que são robustas as provas de três empresários extorquidos por servidores
do Ibama. Acusa a existência de lideranças políticas, algumas em Brasília. Não indica quais são elas porque as
investigações foram suspensas.
Os documentos que estão na Procuradoria revelam que operavam no Ibama três sistemas diferentes: 1. A
quadrilha impunha dificuldades nos processos de licenciamento para extorquir dos empresários; 2. Loteamentos
clandestinos, cujos proprietários pagam todo mês, para não sofrer embargos, os “mensalitos”; 3. Patrocínio
dentro do Ibama. Os funcionários embargavam a obra e indicavam advogados para fazerem a contestação.
Depois, liberada a licença, vinha a divisão de valiosos honorários entre os advogados e os funcionários do
instituto.
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– Há uma organização criminosa atuando na Superintendência do Ibama em Santa Catarina – proclamou o
delegado Renato Hendges, ao assinalar que existem crimes conexos que podem esclarecer muita coisa. A
Polícia Federal recebeu um pedido do presidente nacional do Ibama, Curt Trennepohl, para instaurar inquérito
com base nas denuncias veiculadas pelos veículos do Grupo RBS, mas decidiu ficar restrita às investigações da
Deic. A Polícia Federal já identificou situações inexplicáveis. Uma delas a que envolve o técnico Eduardo Benício
de Abreu. Representado em 2007, por práticas ilícitas no Ibama, foi indiciado em inquérito pela Polícia Federal.
Era, segundo o processo, o único técnico que visitava as empresas e emitia apenas notificações, anotando o
número de um telefone no verso. A Polícia Federal constatou que se tratava de um advogado que fazia a defesa
da empresa notificada.
Os demais servidores notificavam e intimavam empresas irregulares. De acordo com a Polícia Federal, “nas
investigações já realizadas existem provas robustas para oferecimento de denúncia pelo Ministério Público”.
Denúncias de que empresários são extorquidos por servidores de órgãos ambientais e que autorizam
construções, municipais, estaduais e federais, circulam há anos em Florianópolis. Os fatos acabaram
beneficiando os maus empresários e punindo os que procuravam cumprir a legislação.
O novo inquérito poderá iniciar uma faxina ética em órgãos públicos de Florianópolis. Tudo vai depender, agora,
das decisões do Ministério Público.
VISOR | RAFAEL MARTINI
SOS NORTE
O vereador Aurélio Valente (PP) encaminhou ao governo do Estado pedido de providências imediatas para
conter a crescente violência nos bairros Balneário Daniela e Jurerê Internacional, no Norte da Ilha de Santa
Catarina. Mais um que pediu, mas simplesmente foi ignorado!
Política
AVALIAÇÃO POLÊMICA
O que é isso, deputados?
Tom da reação a ranking feito por entidade empresarial é avaliado por parlamentares e pela ONG Transparência
Brasil
O polêmico ranking do Deputadômetro não ficou no ar mais do que 24 horas. Mas, mais do que a publicação, a
posição de cada deputado ou a retirada do levantamento, chamou a atenção o tom da reação dos deputados
estaduais à iniciativa.
Durante duas sessões, o que se viu na Assembleia foram discursos inflamados na tribuna, depoimentos
passionais e até ameaças contra o setor empresarial, como a divulgação de casos de sonegação de impostos e
a retirada de benefícios fiscais dados pelo setor público.
Para o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo, os parlamentares sempre reagem
quando há alguma tentativa de fiscalização, porque eles não querem ser “julgados” ou “observados”.
A entidade mantém o projeto Excelências, que é pioneiro na publicação de informações sobre os políticos
brasileiros. Segundo ele, em geral, os parlamentares “detestam” estas iniciativas, porque eles “desrespeitam os
eleitores”, que têm todo o direito de vigiá-los.
– Eles são representantes públicos e representação é prestar contas e ser julgado. Eles sempre reclamam, mas
este tipo de reação os desmoraliza, pois mostra como eles ficam desesperados quando são observados. Esta
postura mostra o que eles são – avalia Abramo.
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Já o deputado Joares Ponticelli (PP) não acha que a reação foi desmedida e diz que não poderia ser diferente.
Para o pepista, está na hora da Assembleia “reagir”, caso contrário “vão colocar chip ou tornozeleira” nos
deputados. Ponticelli diz que é a favor da transparência e da publicação das informações na internet, mas é
completamente contrário à ideia de um ranking.
– Agora somos cavalinhos do campeonato brasileiro, vamos ser emparelhados como se estivéssemos num
campeonato? A iniciativa é boa, mas não existe parâmetro honesto para se fazer um ranqueamento – destaca o
pepista.
Amauri Soares (PDT) também defende a transparência, mas concorda que é complicado se estabelecer critérios
para um ranking. Além disso, afirma que também se deveria propor iniciativas semelhantes para os outros
poderes e para empresas privadas que trabalham com recursos públicos. Mas, Soares avalia que, em alguns
casos, a reação dos deputados foi desproporcional.
– Até um ponto me solidarizo com os colegas, mas fiquei constrangido em alguns momentos, principalmente
quando um deputado disse que a entidade não tinha o direito de fazer aquilo e outros falaram em retaliação. Até
fiquei preocupado, porque há dois meses fizemos um pedido à Secretaria da Fazenda para saber os cem
maiores sonegadores, mas foi bem antes de toda esta confusão – disse o pedetista.
O que poderia aperfeiçoar o ranking do Deputadômetro
AVALIAR QUALIDADE DOS PROJETOS
Nem sempre apresentar muitos projetos qualifica o parlamentar. Boa parte das propostas apenas dão o título
de “utilidade pública” a entidades para que possam receber subvenções sociais (dinheiro público). Também
existem projetos que dão nomes a locais públicos, por exemplo. Além disso, é frequente a apresentação de
propostas inconstitucionais apenas para gerar repercussão, como projetos que extinguiam a assinatura básica
na telefonia fixa (que só pode ser feito pelo Congresso) ou que criem gastos (esses só podem ser
apresentados pelo governo).
PONTUAR RELATORIAS
Um dos principais trabalhos dos parlamentares é ser relator de projetos importantes. Sempre que o governo ou
um deputado apresenta uma proposta, outro parlamentar é escolhido relator em cada comissão. É ele que faz
a análise jurídica da proposta, sugere emendas e dá um parecer pela aprovação ou arquivamento. Um dos
trabalhos prestigiados da Assembleia é, por exemplo, ser relator do Orçamento.
PREMIAR ASSINATURA EM CPI
A Assembleia Legislativa não instala uma comissão parlamentar de inquérito desde 2007. A maior dificuldade
é reunir 14 assinaturas aprovando o início das investigações. Talvez os deputados se animem, se valer como
critério para o ranking da Facisc.
CRIAR CRITÉRIOS PARA A MESA DIRETORA
Sem participar de comissões e audiências públicas, o presidente da Assembleia e os demais integrantes da
mesa diretora (responsáveis pelas decisões administrativas da Casa) acabam prejudicados na avaliação
produzida pela Facisc. Esses parlamentares poderiam ser avaliados de acordo com as atividades
determinadas para cada um deles pelo regimento da instituição. O quarto-secretário, por exemplo, deve ser
uma espécie de relações públicas do Poder Legislativo.
GESTÃO DOS GABINETES
Quem conseguisse controlar melhor os gastos de gabinete, receberia pontos no ranking. Valeria para
despesas com diárias, gastos com telefone, correspondência, xerox etc.
Deu no DC
Na edição de quarta-feira, informações sobre o evento que apresentaria o Deputadômetro.
Registro da reação dos deputados, que criticaram o ranking feito pela entidade empresarial.
No dia seguinte, a suspensão temporária do ranking que foi atacado pelos parlamentares.
AVALIAÇÃO POLÊMICA
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Facisc considera “desproporcional”
O presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Alaor Tissot, diz que sabe
que o assunto é polêmico, mas que ficou surpreso com a reação “desproporcional”.
Segundo ele, a equipe técnica do projeto vai reavaliar os critérios do ranking, antes de colocá-lo de volta no ar.
Ele afirma que vê com tranquilidade a possibilidade dos deputados divulgarem as empresas que devem
impostos, uma das ameaças feitas nos pronunciamentos.
– É um direito que eles têm. Não protegemos sonegadores e sempre batalhamos pela fiscalização – afirma o
presidente da entidade.
As críticas dos deputados começaram antes da divulgação do projeto. Na terça, véspera da apresentação do
Deputadômetro em plenário, parlamentares já teriam procurado o presidente da AL, Gelson Merisio, para
expressar “desconforto” .
No dia do lançamento, antes mesmo de Tissot explicar a proposta, os deputados já detonavam o projeto. O líder
do governo, Elizeu Mattos (PMDB), foi o primeiro a reclamar, ao dizer que estava “na moda bater em deputado”.
O peemedebista queixou-se de julgamento do poder, pressão que estaria fazendo com que ele estivesse até
perdendo a vontade de ser deputado.
O segundo a se manifestar foi Jailson Lima (PT). Até ver o resultado do ranking, em que aparecia em último, o
petista elogiou a iniciativa, mas não poupou a ironia, ao sugerir que se criassem ferramentas semelhantes nos
outros poderes e, também, um “corruptômetro” e um “sonegômetro”.
Depois da apresentação formal e da divulgação do ranking, o bombardeio foi imediato e generalizado. Os
parlamentares se revezavam na tribuna. Pelos corredores do Legislativo, os comentários eram ainda mais
ácidos: promessas de entradas com ações judiciais e ameaças de divulgação das empresas devedoras de
impostos e até a retirada de benefícios tributários.
NOTÍCIAS DO DIA
Paulo Alceu
Não basta anunciar uma fiscalização, tem que ir até o fim
É nessas circunstâncias que se estabelece o descrédito. Anunciam medidas punitivas e fiscalizadoras e depois
apostam no esquecimento
Muito além da fiscalização
De nada adianta anunciar medidas saneadoras e de proteção do dinheiro público se essas medidas ficarem
apenas no discurso de lançamento e muitas vezes visando apenas holofotes. Houve uma determinação por parte
do governo ao serem localizadas ONGs e entidades que receberam recursos em 2009 do Fundo Social e não
prestaram contas. O prazo expirou e o silêncio se estabeleceu. Quais cumpriram com as exigências legais das
111 localizadas com pendências e quais estão em dívida com o erário? Uma forma também de preservar as
entidades corretas, que de repente, sofreram algum detalhe contábil das atendidas politiqueiramente. É nessas
circunstâncias que se estabelece o descrédito. Anunciam medidas punitivas e fiscalizadoras e depois apostam
no esquecimento. Por exemplo, está terminando o prazo do Iprev de se manifestar sobre as aposentadorias por
invalidez. Vai silenciar? A Assembleia lançou uma auditoria para os próximos 45 dias na folha e assiduidade de
servidores. A expectativa é de que apresente resultados, até porque o termo sindicância, diante de atos
suspeitos, banalizou pela ineficiência. A primeira reação é de que não dará em nada. É fundamental que se
recupere essa confiança da população diante de atos suspeitos com medidas concretas e efetivas.
Autorizado
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A Secretaria da Agricultura vai iniciar o desassoreamento da Barra do Camacho, no município de Jaguaruna,
além da dragagem do Rio Carniça, em Laguna. A autorização partiu do governador Raimundo Colombo, que se
reúne na semana que vem com o secretário João Rodrigues para definir o cronograma das obras. A abertura da
Barra do Camacho atende reivindicação de colônias de pescadores, beneficiando mais de mil famílias. A
dragagem também, além de favorecer as atividades turísticas na região.
Falta casa
O seminário realizado no Ministério
Público, onde foi apresentado um
diagnóstico sobre a situação habitacional
no Estado, poderá servir de base para a
criação de um Plano Catarinense de
Habitação de Interesse Social. O déficit
de moradias no Estado é de 143 mil
domicílios. O IBGE constatou que 43%
prefeitos no Estado reconhecem a
existência de favelas e cortiços nos
municípios que administraram. Pois é, menos mal que a boa relação do governador Raimundo Colombo com a
presidente Dilma vai viabilizar a construção de 410 moradias em Rio do Sul. O acordo foi assinado na sextafeira. Enquanto isso o governo do Estado lançará o programa de habitação tendo por meta construir 20 mil
residências em todas as regiões do Estado. Ainda longe do déficit atual.
Deputadômetro
Houve uma reação em todo o Estado no momento em que a Facisc suspendeu o deputadômetro por pressão de
deputados. A Associação Empresarial de Imbituba em nota de apoio destacou que a intenção não é fazer juízo
de valores, mas dar subsídios, de forma clara e transparente, para que os cidadãos façam a sua própria análise
da atuação daqueles que elegeram com seu voto. Ótimo, sendo assim há necessidade de ajustes. É um
instrumento como qualquer outro, mas ligado a uma entidade que pode de repente permitir suspeições, cobradas
por parlamentares devido a interesses mútuos. Houve um lançamento, digamos, um tanto precipitado,
sustentando o discurso dos deputados. Nada mais aconselhável do que ajustar essa ferramenta as atividades e
conteúdo do Parlamento evitando interpretações distorcidas. E, desta forma tornando um instrumento em defesa
da democracia e do bom parlamentar.
Tuitando
# Exercício: Já imaginou a ex-deputada Angela Amin disputando a prefeitura com César Souza Júnior de vice e
apoio do governo do Estado? Em caso de vitória, Angela sairia em 2014 para concorrer a Câmara e Júnior
assumiria. Hummmm.
# “O que tem que fazer é ajudar a buscar uma solução já que há problemas. Vamos resolver e não criar
dificuldades” atirou o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Solpesa, referindo-se ao mutirão das
cirurgias.
# “Só nós?” Esse é o sentimento de indignação dos parlamentares do PR que foram atingidos diretamente pela
faxina da presidente Dilma. E a reação de insatisfação mostra que há mais e de outras siglas. Estão de olho nos
ministério das Cidades e Turismo já que Agricultura caiu.
# “Estou me dedicando a formação da chapa de vereadores. Este é o momento de filiação, que vai até sete de
outubro”, destacou o deputado Gean Loureiro, garantindo que é mais candidato do que nunca a Prefeitura da
Capital.
# Nesta segunda-feira, o governador Raimundo Colombo concede entrevista a “Revista Forbes”, que classificou
Santa Catarina como opção ao eixo Rio/São Paulo para investimentos de empresas estrangeiras.
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Agendado
A reunião do presidente do PMDB,
Eduardo Moreira, com a bancada
federal e os dois senadores em
Brasília, que não aconteceu na
semana passada, será nesta terçafeira. No encontro em Tijucas, dentro
do projeto de revitalização partidária
Estradas e Bandeiras, houve
manifestações
de
apoio
à
permanência de Moreira no comando
do partido. Além disso, a militância está aderindo ao curso de formação política obrigatória para os candidatos.
“Somos os maiores do Brasil e do Estado, agora queremos ser os mais qualificados", evidenciou o presidente da
sigla, que aparece rindo com o ex-governador Paulo Afonso depois de prometer as mulheres presentes ao
evento que os discursos seriam breves para dar tempo de chegar em casa e assistir a novela.
E a Vida Segue
Nem assumiu é começou a ser bombardeado. O novo ministro da Agricultura Mendes Ribeiro é autor do projeto
que regulamenta o lobby. Uma lei, de repente, bloquearia certas atitudes, embora não eliminaria o mau
profissional.
A NOTÍCIA
PORTAL | JEFFERSON SAAVEDRA
Nada, ainda
Agosto se encaminha para o fim e até agora Colombo e Carlito ainda não sentaram para conversar em
audiência. O prefeito de Joinville vem tentando o encontro desde o início do ano.
Lia Abreu no PPS
Foi por convite de Juarez Pereira e Sandro Silva que a fiscal da Vigilância Sanitária Lia Abreu se filiou ontem ao
PPS de Joinville. Ela ainda não decidiu se vai concorrer em 2012. “Não decidi, apenas me filiei. Claro que o PPS
quer que eu concorra. Mas isso ainda vamos ver. Além do PPS, outros partidos conversaram comigo. Como o
PPS vinha conversando há dois anos, escolhi ele.”
Longa data
Em material distribuído ontem pela assessoria do PMDB, Udo Döhler diz que sua ligação com o PMDB vem de
longe. “Há mais de 40 anos conheço o Luiz Henrique, estive envolvido nos 150 anos de Joinville e participei do
conselho do Ministério da Ciência e Tecnologia, quando Luiz Henrique foi ministro”.
Com LHS
Talvez ficasse melhor dizer que a ligação de longa data de Udo Döhler é muito mais com o senador do que com
o PMDB. O material do PMDB foi para dizer que o plano de governo da candidatura peemedebista está em
elaboração. Abre com “igualdade social e combate à pobreza”.
Vai, mesmo
O prefeito de Itapoá, Ervino Sperandio (PSDB), mantém a disposição de ir para o PSD, só espera a concessão
do registro. “No governo anterior, o PSDB teve três secretários de ponta, Educação, Turismo e Saúde, e depois o
governador Pavan. Nada fizeram por Itapoá”.
Sem polarização
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José Carlos Vieira (PR) acha que a campanha em Joinville poderá ser pobre em debate em caso de polarização
entre o que ele chama de rolo compressor político-industrial e o atual governo, com apoio da máquina. “É preciso
construir alternativas”, diz ele, que tem o irmão, Dr. Xuxo, como pré-candidato.
CANAL ABERTO | Cláudio Prisco
UDO ASSUME A CONDIÇÃO DE PREFEITURÁVEL
Pré-candidato à Prefeitura de Joinville pelo PMDB, o empresário Udo Döhler recebeu o primeiro conjunto de
propostas que para nortear a campanha em 2012. O decálogo foi elaborado por uma equipe de peemedebistas
ligados à vereadora Tânia Eberhardt.
Döhler elogiou a contribuição e fez uma referência especial ao capítulo que invoca a moralidade política,
enfatizando que a reconquista do governo municipal só terá algum sentido se igualmente for reconquistada uma
consistente representação na Câmara de Vereadores.
O empresário aproveitou para dizer que, ao contrário do que alguns possam imaginar, sua ligação com o PMDB
é de longa data. “Há mais de 40 anos conheço o Luiz Henrique, estive muito envolvido nas comemorações dos
150 anos de Joinville (em 2001) e participei do conselho do Ministério da Ciência e Tecnologia, quando Luiz
Henrique foi ministro.”
Pelo visto, o PMDB está unido em torno do projeto eleitoral de Udo Döhler, que verdadeiramente assumiu a
condição de pré-candidato, contrariando a expectativa de muitas lideranças, convencidas de que o presidente da
Acij acabaria negando fogo já na largada.
Ofensiva
Paulo Bauer relembrou ontem a rotina de gravações do horário eleitoral. O senador passou a manhã em um
estúdio da Capital, preparando a propaganda do PSDB que será veiculada nas emissoras de TV do Estado. No
texto, Bauer abordou duas promessas de campanha que já viraram projeto de lei: o pagamento em dobro do
salário-família para mães com filhos de 0 a 6 anos e o veto à redução de pena para roubo e sequestro, seguidos
de morte e estupro de menores. Os presidentes licenciado e o interino dos tucanos, Leonel Pavan e Beto
Martins, também gravaram.
-------------------------------------------------------------------------------Será no próximo dia 26 a convenção municipal do DEM em Balneário Camboriú. O anúncio foi feito ontem, pelo
presidente Orlando Angioletti Junior, durante reunião estadual do partido, em Florianópolis. O presidente
nacional, senador Agripino Maia, e o presidente da Fundação Liberdade e Cidadania, deputado José Carlos
Aleluia, foram convidados para o encontro em Balneário.
Alerta
Presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o conselheiro catarinense
Salomão Ribas Júnior entregou ao ministro Benjamin Zymler, presidente do Tribunal de Contas da União, o
pedido para que seja organizado um fórum permanente de consultas entre os técnicos, durante a vigência do
chamado Regime Diferenciado de Contratações Públicas, implantado pelo governo federal para execução das
obras da Copa do Mundo de 2014.
Em encontro com Zymler no Rio de Janeiro, onde aconteceu o 7º Fórum Brasileiro de Controle da Administração
Pública, Ribas Júnior expressou sua preocupação com a fiscalização da aplicação de recursos públicos nas
obras.
Agenda
Michel Temer confirmou presença na solenidade de abertura da Efapi 2011, a Exposição-feira Agropecuária,
Industrial e Comercial de Chapecó, no dia 7 de outubro. A informação foi transmitida pelo deputado federal Celso
Maldaner ao prefeito José Cláudio Caramori.
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22
A programação oficial ainda não foi definida, mas o vice-presidente também fará uma palestra para os prefeitos
reunidos em assembleia da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
Cassação
Juiz da comarca de Catanduvas, Rafael Borges, afastou Jadinei Terezinha, filha do prefeito de Jaborá, Luiz
Nora, do cargo de professora da rede municipal. A oposição acusou Nora de ter prorrogado, ilegalmente,
concurso público para permitir a contratação da filha. Pela irregularidade, o prefeito pode ser cassado já na
semana que vem pela Câmara de Vereadores. As ações jurídicas impetradas por Nora e pelo seu vice,
Barcelides Nicolli, contra a comissão de inquérito, não estão surtindo os efeitos esperados.
Derrapada
Deputado estadual Neodi Saretta (PT) comprou uma briga, com parte do eleitorado de Concórdia, cidade que já
administrou por oito anos, ao defender o aumento do número de vereadores de 10 para 13. Nas próximas
eleições, Saretta vai ter que dar explicações.
CONVÊNIOS VARIADOS
Ítalo Goral (E), titular da SDR de Rio do
Sul, participou do ato presidido pelo
governador (D), que liberou recursos para
o Alto Vale do Itajaí, representado pelo
prefeito Milton Hobbus (centro).
TRIPÉ
A sintonia entre os governadores
Raimundo Colombo e Eduardo Campos e
o prefeito Gilberto Kassab tem como pano
de fundo o pacto Sul-Sudeste-Nordeste.
DETALHE
Eduardo Campos está tão próximo
politicamente de Colombo, como no
passado esteve de Paulo Afonso Vieira,
mas no contexto administrativo. Paulo
Afonso e seu avô Miguel Arraes foram governadores na mesma safra: 1995-1998.
RELAÇÃO
Os precatórios nasceram na Prefeitura de São Paulo, mas foram difundidos nos governos Arraes e Paulo
Afonso. O governador pernambucano delegou ao neto, que respondia pela Fazenda, a condução do processo.
RESGATE
Eduardo Campos tricotou direto com os auxiliares de Paulo Afonso.
LIVRE MERCADO | CLAUDIO LOETZ
Moradias clandestinas
Há déficit de 143 mil habitações em Santa Catarina. O dado é de 2007 e consta do diagnóstico elaborado pela
Cohab/SC e apresentado pela empresa Demacamp em seminário realizado pelo Ministério Público de Santa
Catarina. Do total, 18% estão no Norte do Estado. A situação dos domicílios em SC é precária em 4,6% deles, o
que equivale a 91 mil moradias. E 69% dos prefeitos disseram haver loteamentos irregulares ou clandestinos.
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26
Blog Ivan Exxtra - Bastidores da política em SC
Por Ivan Lopes da Silva
Vera Silva Silveira - Interina
Início das “tretas” no meio político
Em meio de um intenso tiroteio, no meio político, alvejando autoridades e derrubando ministros na linha dos
alvos, é recomendável entender que a guerra política já está declarada. Portanto, os “estrategistas” políticos já
estão no front. Embora a etimologia da palavra possa datar do grego clássico, a concepção de estratégia como a
arte de reunir e empregar as forças militares no tempo e no espaço para atingir os objetivos de uma guerra tem
origem relativamente recente. No Brasil, muito recente, iniciada na campanha em que Fernando Collor aniquilou
Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela presidência da República.
Puxando pela História, desde os tempos de Maquiavel até o século XVIII, os escritos utilizaram o termo
relacionado "estratagema", que significa uma treta ou ardil para conseguir uma vantagem através da surpresa.
Foram os grandes intérpretes da arte da guerra napoleônica, o Barão Antoine Henri Jomini e Carl von
Clausewitz, que fundaram os estudos modernos da estratégia, considerada como a "aplicação das forças
militares para cumprir os fins da política". Hoje os “militares” da presidente Dilma Rousseff são os petistas e
peemedebistas de plantação no Governo.
Foi, contudo, na segunda metade do século XX – após duas guerras mundiais – que o uso do vocábulo
"estratégia" transbordou, referindo-se ao emprego de todas as expressões do poder nacional como instrumentos
para atingir os fins políticos, tanto na guerra como na paz. Assim, a política estabelece "o que" deve ser feito e a
estratégia, "como" deve ser feito. A primeira, por si só, configura mero exercício de retórica; a segunda, sem a
orientação política, corre o risco de se perder-se em ações divergentes ou mesmo conflitantes. Portanto, isso
que ocorre no Planalto, e visto por Dilma como “malfeito” de alguns dos seus colaboradores, vai se reverter em
“estratégia” de disputa pelo poder nas próximas eleições.
Não percebe quem não quer ver, que os políticos fazem escola no Brasil, ao conseguirem “vender” os seus
“produtos” (candidatos), mesmo quando é de péssima qualidade. Com isso, nas últimas décadas, todavia, o
advento de inúmeras empresas de porte internacional tem levado os estudiosos oriundos de diferentes áreas a
buscar, na política e estratégia estatais, as mais eficazes metodologias de gestão. Hoje, presidentes, diretores e
gerentes das mais diversas instituições, públicas e privadas, lêem livros como "Os Treze Momentos", do chinês
Sun Tsu – escrito provavelmente no século III antes de Cristo – "Da Guerra", do citado Clausewitz, e "A Arte de
Guerra", de Jomini, adaptando seus conceitos e métodos e utilizando-os com expressivo sucesso. Os políticos
que “chegam lá”, são sucessos, não importa como foi sua caminhada, sua estratégia.
Com isso faz lembrar aquele conhecido diálogo travado nos anos 70, no Congresso, entre dois jornalistas. Um
deles, com pouco experiência na lida dos corredores da Casa, no primeiro dia de trabalho comentou com um
colega de longa vivência no meio político:
– Esses velhinhos do Senado parecem uns idiotas!”
Resposta: “O mais idiota que está ali sentado, consegue consertar relógio no escuro usando luvas de boxe”.
Ou seja, se existe algum idiota nas guerras políticas, não faz parte dos “vitoriosos” que galgaram o poder,
democraticamente, pelo seu voto.
Partidos e instituições apresentam sugestões para as Eleições 2012
Na tarde de quarta-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, em audiência pública, representantes
de partidos políticos e de instituições que trouxeram sugestões para as minutas de resolução que orientarão o
processo eleitoral nas eleições municipais de 2012 (foto).
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Esta foi a segunda audiência pública realizada pelo TSE com foco no pleito do próximo ano, e serviu para
debater as instruções sobre pesquisas eleitorais, apuração de crimes eleitorais e escolha e registro de
candidatos.
Sobre as pesquisas eleitorais, falaram hoje Bernardo Guerra, da Associação Brasileira das Empresas de
Pesquisas, e Alan Ricardo da Silva, do Conselho Federal de Estatística.
Entre as sugestões apresentadas está a que pede alteração no inciso 9º do artigo 1º da minuta que trata da
necessidade de identificar o estatístico responsável pela pesquisa com o respectivo nome e número do registro
profissional. Foi sugerido que não seja exigida a divulgação da identificação desse profissional, pois em diversas
situações o nome e o número do estatístico pode ter sido utilizado irregularmente.
Partidos
Os representantes do PT, Antônia Vanda, e do PSDC, Alexandre Araújo, apresentaram pequenas sugestões
acerca da resolução que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos.
Uma das alterações sugeridas se refere à antecipação do Candex (sistema que registra as candidaturas), para
que as certidões que são exigidas sobre cada candidato, como a certidão de antecedentes criminais, por
exemplo, sejam digitalizadas e enviadas com antecedência para evitar atrasos.
Participação feminina nas eleições
Já o representante do PDT, João Carlos de Matos, disse que a obrigação de os partidos políticos reservarem no
mínimo 30% do número de vagas para as mulheres é uma das principais preocupações partidárias. Ele observou
que a regra é um grande desafio para os partidos, principalmente em locais que não têm quantidade suficiente
de mulheres que queiram ser candidatas.
O ministro Arnaldo Versiani, relator das resoluções, disse que, na verdade, este é um problema sério que os
partidos terão de enfrentar. Afirmou que, se nas eleições de 2010 o problema já foi grave, nas eleições
municipais será ainda maior.
Segundo as manifestações feitas na audiência pública, o que preocupa os dirigentes partidários é que a Lei das
Eleições (Lei nº 9.504/1997) prevê que os partidos ou coligações são obrigados a preencher o mínimo de 30% e
o máximo de 70% para candidatos de cada sexo.
A lei foi modificada neste ponto, com a nova redação dada pela Lei nº 12.034/2009. Anteriormente, a norma
previa apenas que os partidos e coligações deveriam reservar essas cotas. Depois de 2009 esse percentual é
obrigatório.
O ministro Arnaldo Versiani disse esperar que os partidos tenham investido, de 2009 até hoje, em cursos e
campanhas de esclarecimento junto às mulheres, levando-as a uma maior conscientização política. No entanto,
afirmou, a Justiça Eleitoral apenas cumpre a lei, que teve origem no Congresso Nacional. Nas eleições de 2010,
o Tribunal Superior Eleitoral resolveu a questão caso a caso.
Ibrade
Também falou na audiência pública o representante do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), Gustavo
Severo. Ele defendeu pontos de vista de advogados que atuam na área eleitoral em relação ao reconhecimento
ou o afastamento da inelegibilidade de determinados candidatos. Em sua opinião, é necessário que conste na
resolução que a notícia de inelegibilidade possa ser reconhecida “de ofício”.
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Ministério Público
Rodrigo Molinaro, promotor de Justiça, falou em nome do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a resolução
que trata da apuração de crimes eleitorais. Ele sugeriu uma alteração no artigo 10 desta norma, que tem o
seguinte teor: "o Ministério Público poderá requerer novas diligências, desde que necessárias ao oferecimento da
denúncia".
Para Rodrigo Molinaro, deve constar da resolução que essas diligências poderão ser requeridas "até a
elucidação dos fatos".
A terceira audiência pública para tratar das Eleições 2012 está marcada para a próxima quarta-feira (24), às 15h.
Ao todo, serão realizadas cinco audiências com o intuito de debater as regras para o pleito municipal do ano que
vem. Veja aqui o cronograma e as minutas das resoluções que serão debatidas.
Além do ministro Versiani, que presidiu a audiência, participaram da mesa diretora dos debates o ministro
Henrique Neves, a vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, o secretário-geral da Presidência do TSE,
Manoel Carlos, e os assessores especiais da Presidência do Tribunal Cybele Macedo e Luiz Gustavo Maciel.
Governo do Estado libera R$ 10 milhões para obras de infraestrutura de Rio do Sul
O maior programa de pavimentação da história de Rio do Sul foi assinado pelo governador Raimundo Colombo,
sexta-feira (19), por meio do Programa Badesc Cidades (foto). O contrato no valor de R$ 10 milhões foi
financiado pela prefeitura e vai pavimentar mais de 100 ruas do município. “Estamos iniciando esse programa
aqui no município de Rio do Sul, mas atenderemos todos os municípios de Santa Catarina”, destacou Colombo.
Para o presidente do Badesc, Nelson Santiago, o programa irá colaborar com a malha viária municipal. “Com
esse financiamento, as prefeituras poderão melhorar a viabilidade, trazendo desenvolvimento e uma maior
qualidade de vida para a comunidade”, afirma. Os valores desse financiamento serão liberados conforme
andamento das obras. O Programa Badesc Cidades funciona como linha de financiamento para os municípios
que não possuem recursos próprios realizarem obras de infraestrutura.
Com a assinatura do contrato, as prefeituras irão apresentar os projetos que terão suporte do Programa Badesc
Cidades para o seu aprimoramento. Após liberação do Badesc, será aberto o edital para realização das obras.
Além do financiamento, o Programa dá apoio técnico aos projetos e fiscaliza regularmente as obras. Para o
prefeito de Rio do Sul, Milton Hobus, os investimentos estão superando as metas anuais. “Estamos cumprindo a
meta de investir mais de R$ 15 milhões por ano em infraestrutura no município e isso só está sendo possível
através da colaboração efetiva do Governo do Estado”, destacou o prefeito.
PSOL perde cota partidária por seis meses e deve restituir R$ 1.672,04
O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina decidiu nesta quarta-feira (17), por unanimidade, desaprovar as
contas do exercício financeiro de 2007 do diretório estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL),
suspender o repasse de cotas do Fundo Partidário por seis meses e determinar o ressarcimento de R$ 1.672,04
ao erário, no prazo improrrogável de 60 dias a partir do trânsito em julgado da decisão. A sigla pode recorrer ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O relator do caso, juiz Gerson Cherem II, (foto) votou pela rejeição da prestação com base em quatro
irregularidades apontadas pelo órgão técnico do TRESC, a Coordenadoria de Controle Interno (Cocin).
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A principal delas envolve a ausência de comprovação sobre despesas de R$ 1.340,29, realizadas com recursos
do Fundo Partidário, e a apresentação irregular de documentos referentes a gastos de R$ 331,75. Os valores
totalizam R$ 1.672,04, montante que deverá ser restituído.
"Não havendo comprovação das despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário, é inevitável, além da
rejeição das contas, a determinação de devolução dos valores recebidos, que são públicos na sua origem, e,
portanto, têm sua aplicação vinculada às determinações legais", ressaltou Cherem II.
As outras três irregularidades que resultaram na desaprovação das contas de 2007 do PSOL foram: ausência do
parecer da comissão executiva/provisória sobre a prestação; sobras de campanha não contabilizadas; e falta de
manifestação sobre a condição de autoridade de um doador.
A íntegra da decisão do TRESC pode ser conferida no Acórdão nº 26.249.
Deputados debatem epidemia das drogas no litoral de Santa Catarina
A Comissão Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas da Assembleia Legislativa realiza segunda-feira,
em Itajaí, a audiência pública regional, com objetivo de diagnosticar a realidade do combate e prevenção ao uso
de drogas no litoral catarinense.
Segundo o presidente do fórum, deputado estadual (foto) Ismael dos Santos (DEM), a audiência em Itajaí,
permitirá conhecer a realidade local e ouvir todos os envolvidos no combate a epidemia que atinge a sociedade
catarinense. “Para desenvolvermos políticas públicas eficazes é preciso conhecer como cada município está
enfrentando a epidemia das drogas e os problemas sociais que ela causa,” declarou o parlamentar.
A audiência contará com a presença de prefeitos, secretários municipais de saúde, juízes e promotores,
Comens, Caps, polícias, comunidades terapêuticas, familiares de dependentes, além da sociedade local e
imprensa.
Para o deputado o consumo de drogas é o fator de maior relevância na questão da violência urbana e no
aumento dos índices de criminalidade. “É hora da sociedade e dos agentes públicos se unirem. Identificar e
reconhecer as deficiências. Mas, acima de tudo buscar as soluções. A audiência é fundamental para determinar
as prioridades da região para o enfrentamento dos problemas decorrentes do consumo de entorpecentes”.
A audiência regional é aberta a comunidade e será realizada na Câmara Municipal, nesta segunda-feira, dia 22
de agosto, às 19hs.
Sapiens Parque recebe primeiro investimento 100% privado
A Softplan fará o primeiro investimento 100% privado no Sapiens Parque, em Florianópolis, num total de R$ 19,5
milhões. O foco será o desenvolvimento de softwares em gestão pública, infraestrutura, obras e justiça. O
governador Raimundo Colombo assinará, nesta segunda-feira (22), o contrato para implantação da sede da
empresa. “O Sapiens Parque é a cara que queremos dar ao desenvolvimento econômico de Santa Catarina,
mirando o conhecimento, a sustentabilidade ambiental e a inovação tecnológica”, afirma o governador.
A empresa foi fundada em 1990 por três egressos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “É
simbólico que, no início dessa nova fase do Sapiens Parque, o primeiro empreendimento-âncora privado seja
catarinense”, diz Colombo. Já o presidente do parque tecnológico, Saulo Vieira (foto), crê que a chegada da
Softplan mostra que, além do investimento público, a iniciativa privada confia no desenvolvimento da tecnologia
em Santa Catarina. “É a confirmação do modelo baseado na cooperação, no empreendedorismo e na inovação",
argumenta.
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Ainda no ato da assinatura, será anunciada a criação dos Conselhos Consultivos do Sapiens Parque. Os
conselheiros farão o trabalho de forma voluntária, nas áreas empresarial, técnico-científica, sustentabilidade e
político-institucional. O governador ainda fará uma visita aos prédios em construção do Instituto do Petróleo,
Energia e Gás (Inpetro), maior investimento da Petrobras em Santa Catarina, e do Centro de Referência em
Farmacologia, empreendimento do Ministério da Saúde, Anvisa e UFSC que visa diminuir a dependência do país
por medicamentos vindos do exterior.
O Sapiens Parque - Em uma área de 450 hectares, no norte da Ilha de Santa Catarina, o Sapiens Parque é um
projeto com um novo conceito de pólo tecnológico - concebido para ser referência em inovação, pesquisa,
tecnologia e sustentabilidade. Seu horizonte de implantação é de 15 a 20 anos, com investimento total de US$
1,6 bilhão, incluindo terreno, infraestrutura e prédios. Após as cinco fases de implantação, serão 27 mil empregos
diretos e 33 mil indiretos.
Audiência pública debate alternativas para merenda escolar
A intenção do governo do estado de suspender a terceirização da merenda escolar, anunciada em julho, foi o
ponto de partida dos debates da audiência pública promovida pela Comissão de Educação Cultura e Desporto,
da Assembleia Legislativa, na manhã de quarta-feira, dia 17, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright (foto).
De acordo com a vice-presidente da comissão, deputada Luciane Carminatti (PT), o fim da privatização do
serviço acarretará muito benefícios para o estado. “Vamos incentivar o consumo dos produtos da agricultura
familiar, fortalecer a economia, em especial dos agricultores, além de oferecer aos estudantes uma alimentação
saudável e consequentemente garantir um bom rendimento no período em que estiverem em sala de aula”,
ressaltou.
Com a participação dos deputados Dirceu Dresch (PT), Neodi Saretta (PT), Sargento Amauri Soares (PDT),
autoridades e entidades ligadas à agricultura, educadores e alunos, foram listadas as principais carências da
merenda escolar oferecida hoje. A proposta de criar políticas públicas por intermédio de uma ação conjunta entre
a Secretaria de Estado da Educação e a Secretária de Estado da Agricultura foi uma das sugestões
apresentadas.
Segundo Dresch, é inaceitável que o Executivo continue comprando alimento de outros estados como São
Paulo, uma vez que, Santa Catarina possui cerca de 200 mil agricultores preparados para oferecer seus
produtos. Em acordo com as cooperativas e entidades presentes na audiência, o deputado propôs que, com o
fim da terceirização, 50% dos produtos destinados à merenda escolar sejam oriundos da agricultura familiar,
sendo que, destes, 20% devem ser produtos orgânicos. “A merenda escolar tem que ser comprada no município
ou na região onde a escola está sediada”, defendeu.
Representando as cooperativas da agricultura familiar de Santa Catarina, Genésio Fonseca explicou que a
entidade tem por finalidade organizar as cooperativas promovendo que os produtos cheguem ao consumidor
com a qualidade desejável buscando entrar nas escolas, a partir da merenda. “Se conquistarmos este espaço
estaremos fortalecendo a economia do setor, cuidando da saúde das crianças, evitando doenças e a obesidade”,
frisou. Já o prefeito de São Domingos, no Oeste catarinense, Alcimar de Oliveira revelou que como uma boa
logística e administração é possível reduzir custos e oferecer uma merenda de qualidade. Segundo ele, o
primeiro passo é valorizar os produtos do estado. “Quando assumi o governo municipal, São Domingos oferecia
28 itens na alimentação escolar, hoje são 147, sendo que 47 itens vêm da agricultura familiar”.
Posição do Poder Executivo
Representando o Secretário de Estado da Educação, Marco Antonio Tebaldi, o diretor de Cooperativismo e
Agronegócios da Secretária de Estado da Agricultura e da Pesca, Paulo Von Dokonal ressaltou que a secretaria
reconhece que valorizar os produtos oferecidos pela agricultura do estado é o caminho certo, porém precisa ser
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permanente. “Vamos aprofundar o debate, desejando que o produto seja comercializado no mercado de forma
regionalizada aprimorizando a logística de compra, comercialização e estocagem”, mencionou.
A TRIBUNA
Adelor Lessa
Vice de Clésio não muda para disputa de 2012. Será de novo Márcio Búrigo!
Apesar de especulações sobre possível mudança do vice, prefeito Clésio Salvaro já decidiu. Não vai mudar.
Disputará a reeleição com Márcio Búrigo de novo ao seu lado.
Primeiro motivo - a sintonia perfeita entre os dois.
Segundo - Márcio é um vice que "não incomoda". Pelo contrário. Ele soma, e bastante.
Terceiro - Márcio transita, e consolidou liderança, entre os formadores de opinião da cidade. Especialmente na
área central.
Na verdade, Clésio Salvaro nunca disse, pelo menos em público, ou em qualquer reunião, que poderia mudar o
seu vice. Se ele cogitou alguma vez, foi em conversa privada, e entre poucos.
Mas aliados do prefeito dizem desde o ano passado, depois da eleição para governador, que Clésio teria
decidido trocar o vice.
Primeiro, pela votação insignificante do PP na cidade. Depois, porque seria a forma de quebrar o isolamento
político a que Clésio foi submetido. Sem relação com Governo do Estado, nem Governo Federal.
A última especulação foi que o ex-prefeito Anderlei Antonelli estava sendo mapeado para o lugar de Márcio
Búrigo.
Principais argumentos: Antonelli é do partido do governador Colombo e amigo do empresário Henrique Salvaro,
tio de Clésio. Mas nada disso é suficiente para convencer Clésio a se desligar de Márcio.
Não vai!
Em Tubarão, prefeito Manoel Bertoncini ainda não anunciou, mas não deverá disputar a reeleição. O viceprefeito Pepê Colaço poderá ser o candidato do Governo. Na oposição, a candidatura do deputado Edinho Bez a
prefeito é cada vez mais dada como certa. Vereador Deka May, que acaba de assumir a presidência do PP,
também pode ser candidato.
FOLHA DE SÃO PAULO
Painel
Como está fica?
Quando dizem ser importante que o recém-indicado Mendes Ribeiro possa "escolher sua equipe" na Agricultura,
os peemedebistas estão de olho, antes de tudo, na secretaria-executiva do ministério, ocupada, desde a
remoção do encrencado Milton Ortolan, pelo engenheiro agrônomo José Gerardo Fontelles.
Incomoda ao PMDB não apenas a proximidade de Fontelles com Guido Mantega (Fazenda), mas também com o
ex-ministro Reinhold Stephanes, filiado ao partido, porém mal visto pela cúpula atual.
Outro recado: no que depender do PMDB, a parentada abrigada na Conab continua toda onde está.
-------------------------------------------------------------------------------Por que não? O pleito peemedebista de reocupação da Agricultura encontra respaldo em gabinetes do Planalto.
Um assessor de Dilma pondera que "secretário-executivo e chefe de gabinete são cargos da confiança do
ministro", considerando natural a eventual troca de Fontelles. Sobre o cabide da Conab, contemporiza: "Não dá
para demitir só por ser parente. Tem de ver o trabalho que eles estão fazendo".
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Constatação Com a adesão do deputado Tiririca (PR-SP) ao requerimento da CPI da Corrupção, a piada
começou a correr a Congresso: "Ele deve ter percebido que pior do que está fica!".
Maracatu Aécio Neves não é o único tucano empenhado em instalar a deputada Ana Arraes (PSB-PE) no TCU.
Também o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pede votos na Câmara para a mãe do governador Eduardo
Campos (PSB-PE).
Na selva Dilma planeja lançar a versão Norte do Brasil sem Miséria em 5 de setembro, Dia da Amazônia. Ali, o
Ministério do Desenvolvimento Social iniciará o pagamento do Bolsa Verde, programa pelo qual serão destinados
R$ 300, trimestralmente, a famílias de baixa renda que fizerem ações de conservação em florestas e áreas de
extrativismo.
Next Convicto de que obterá registro, o PSD já mobiliza seu corpo jurídico rumo à segunda batalha, desta vez
para amealhar o tempo de TV dos partidos de origem de seus recém-filiados. Ancorados na tese segundo a qual
a adesão à legenda ocorre na brecha legal da "justa causa", advogados provocarão o TSE para rever a partilha
da propaganda eleitoral.
Brecha legal Os advogados de Gilberto Kassab entendem que, uma vez reconhecida a legitimidade da mudança,
a agremiação anterior perde, além do mandato, todas as suas prerrogativas legais. Hoje, o cálculo do palanque
eletrônico é baseado na bancada empossada.
Calendário Mesmo que a manobra não prospere para 2012, o PSD quer se fortalecer para a eleição de 2014,
principal objetivo eleitoral do prefeito paulistano.
Falta combinar O DEM, principal prejudicado caso a tentativa vingue, não admite a hipótese de revisão da regra.
"Seria um atentado à lei" diz o presidente da sigla, Agripino Maia (RN).
Será possível? Também acionando o PSD na Justiça, Campos Machado (PTB) desdenha das chances de o
partido obter registro formal para 2012: "Tudo o que vem sendo feito para que isso ocorra não passa de uma
jogada de marketing político".
Visita à Folha Abina M. Dann, cônsul-geral do Canadá em São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava com
Jaqueline Aguilar, agente regional para Educação na América Latina, e Angelo Raposo, assessor de imprensa.
-------------------------------------------------------------------------------com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI
tiroteio
"A "faxina" de Dilma é lenda, mera reação às denúncias da imprensa. É desrespeitoso comparar o que a
presidente faz com o trabalho das faxineiras, este sim duríssimo."
DO SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB-PA), rejeitando a ideia de que exista uma deliberação do Planalto para
atacar focos de corrupção na máquina federal.
contraponto
Nada de estranho
Ao fim das quatro horas em que Pedro Novais depôs na Câmara sobre os problemas no Turismo -"se é que
existiram", minimizou-, Chico Alencar (PSOL-RJ) resolveu contar uma parábola ao distraído ministro:
-O senhor me faz lembrar a história daqueles pescadores que estavam na barranca do rio, à tardinha, e viram
dois elefantes passarem voando. Depois de uns cinco minutos de silêncio, um comentou com o outro: "É,
compadre, esses bichos estão voltando pra casa. Mas, me diga, pra que morar tão longe do serviço?".
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RÁDAR DE NOTÍCIAS – SÁBADO E DOMINGO, 20