15-06-05 Risco de Transmissão Ocupacional (Hepatites B e C e HIV) Sinaida Teixeira Martins Investigação e Prevenção de Infecção e Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Risco Ocupacional Risco: probalidade de ocorrência de um evento não desejado (acidente de trabalho) Ocupacional: relacionado aos procedimentos específicos à profissão desempenhada Risco Incapacidade para Nacional trabalho Agência de Vigilância Sanitária Acidente Conseqüência Danos pessoais lesão corporal pertubação funcional doençawww.anvisa.gov.br Riscos de Doença Ocupacional no ambiente hospitalar Estimativa anual de acidentes com AGULHA Lavanderia, higiene e limpeza Auxiliares enfermagem Enfermeira Profissionais laboratório Médico, dentista e internos 11.700 a 45.300 9.900 a 17.900 2.800 a 4.300 800 a 6.500 100 a 400 Agency for Toxic Substances and Disease Registry, Springfield, Va,1990 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Riscos de Doença Ocupacional no ambiente hospitalar Estimativa de 600.000 a 800.000 acidentes com pérfuro-cortantes / ano em hospital – EUA Verdadeira incidência é desconhecida Subnotificação Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Subnotificação Subnotificação altas taxas: 40 a 95% das exposições envolvendo material biológico não são notificadas. média 50% subnotificação. Jagger J et al. Adv Exposure Prev 1995. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Subnotificação Coutinho AP et al.SHEA/2004 Evaluation of Under-Reporting of Occupational Exposure in an University Hospital - PHASE III Entre as fase 1 e 2: treinamento Entre fase 2 e 3: informação impressa Under-reporting Occupational exposure 31% Phase 3 39% 34% Phase 2 43% 49% Phase 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária 0% 48,98% 20% 40% 60% www.anvisa.gov.br Riscos de Doença Ocupacional no ambiente hospitalar Questões Hospital de agudo Hospitais de longa permanência (PQ) Assistência ambulatorial (clínicas de estética) Assistência domiciliar (descarte) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Riscos de Doença Ocupacional no ambiente hospitalar Custos com exposições ocupacionais exames laboratoriais, tempo de trabalho perdido, aconselhamento, medidas profiláticas pós exposição, acompanhamento, etc Custos pós exposição sem profilaxia p/ HIV: US$ 80 a US$560. incluindo 28 dias de profilaxia ARV: US$ 1440 a US$2000. compensação por soroconversão: US$ 1300 milhão. Custo psicossocial: não estimado. Health Canada, 2002. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Acidentes com pérfuro-cortantes CDC: National Surveillance System for Healthcare Workers - NaSH 236.000 acidentes percutâneos / ano 75% (177.000) = preveníveis GAO-01-60R Needlestick Prevention. 2000. Italian Study on Occupational Exposure to HIV - SIROH compensação 439 acidentes percutâneos analisados (1 ano) 74% preveníveis (alteração do comportamento). Castella A, et. al. J Hosp Infect, 55, 2003 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO Hepatite pelo vírus B 6-30 % Hepatite pelo vírus C 1,8 % (0-7%) HIV 0,3% percutânea 0,09% mucosa Agência Nacional de Vigilância Sanitária Guideline CDC, 2001 www.anvisa.gov.br ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO Hepatite pelo vírus B Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte HBsAg e HBeAg positivos: hepatite clínica: 22 a 31% conversão sorológica: 37 a 62% Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte HBsAg positivo e HBeAg negativo: hepatite clínica: 1 a 6% conversão sorológica: 23 a 37% Agência Nacional de Vigilância Sanitária Guideline CDC, 2001 www.anvisa.gov.br ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO Hepatite pelo vírus C Após acidentes percutâneos com agulhas com lúmen: 1,8% (0 a 7%) após exposição de mucosas: < 1% após acidentes com agulhas sem lúmen (?) Guideline CDC, MMWR 2001;50(RR-11) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HIV Após acidentes percutâneos: 0,3% após exposição de mucosas: 0,09% Agência Nacional de Vigilância Sanitária Guideline CDC, 2001 www.anvisa.gov.br Hepatite B Em profissionais da saúde 3 a 4 vezes maior população geral Tipo de exposição Categoria profissional Denes, AE. JAMA, 239: 210-212, 1978. Tempo de trabalho Cirurgiões 13 - 18% Short, LJ. Am. J. Infect. Control, 21: 343-350, 1993. Dentistas Período de incubação: 45 -180 dias 12 - 27% CDC. MMWR, 42: maio, 1993. Fatores de Risco Meio ambiente 7 dias Agência Nacional de Vigilância Sanitária Grady, GF. J. Infect. Dis., 138: 625-638, 1978 www.anvisa.gov.br Hepatite B > 50% formas assintomáticas 90 - 95% = cura (adultos) 5 - 10% = forma crônica (adultos) CIRROSE HEPÁTICA HEPATOCARCINOMA Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Hepatite B Hepatite B por exposição ocupacional EUA - 1.000 casos/ano 250 casos = Doença clínica 63 casos = Cronicidade 4 casos = Carcinoma Hepatocelular 17 casos = Óbito por cirrose 1 caso = Óbito por H. fulminante CDC, 1994 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Hepatite B 1.200 casos/ano (1980) 8.700 casos/ano (1990) 1.450 casos/ano (1993) Queda de 90% na incidência de HBV nos profissionais Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profilaxia para Hepatite B Vacina 3 doses (1 ml IM-deltóide) 0,1 e 6 meses Comprovação de “viragem” sorológica após 2 meses da 3ª dose Intervalos maiores não demandam mais doses Doses de reforço NÃO são necessárias Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Vacina Hepatite B Triagem sorológica prévia é desnecessária Anti-HBsAG pós vacina Contato com pacientes ou sangue Enfermeiros Médicos Flebotomistas Dentistas Técnicos Estudantes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profilaxia para Hepatite B Imunoglobulina Paciente Fonte HBsAg POSITIVO ou desconhecido com risco (paciente em hemodiálise, com cirrose, HIV+ usuários de droga e politransfundidos) Até 72 horas após exposição dose 0,06 ml/Kg Alto custo Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profilaxia para Hepatite B Situações indicadas para imunoglobulina PAS não vacinado, ou vacinação incompleta PAS vacinado sem resposta adequada (Anti HBs < 10 UI) PAS vacinado mas desconhece resposta Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Vacinação de Hepatite B DURAÇÃO DA RESPOSTA anti-HBs inicial = 94% pico de 6 meses 15 anos de follou-up = 66% McMahon BJ et al. Hepatology 2000; 32:379A Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Vacinação de Hepatite B Após 12 anos do esquema vacinal Declínio em 60% Desnecessário reforços periódicos ou triagem sorológica (população normal) Triagem pós-vacinação é indicada em PAS com atividade assistencial e contato com sangue Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Situação do profissional de saúde exposto Paciente Fonte HBsAg + ou desconhecido com risco Paciente Fonte HBsAg desconhecido sem risco Paciente Fonte HBsAg negativo Não vacinado ou vacinação incompleta 01 dose de HBIG e iniciar esquema vacinal ou completar vacinação Iniciar esquema vacinal ou completar vacinação Iniciar esquema vacinal ou completar vacinação Vacinado com resposta adequada Anti-HBs > ou igual 10 Não imunizar Não imunizar Não imunizar Vacinado sem resposta adequada Anti-HBs < 10 01 dose de HBIG e revacinar Revacinar Revacinar Vacinado com resposta não conhecida Fazer anti-HBs* com resposta adequada não imunizar sem resposta adequada : 01 dose de HBIG e revacinar Fazer anti-HBs com resposta adequada não imunizar sem resposta adequada : revacinar Fazer Anti-HBs Não imunizar * Na impossibilidade de fazer o teste Anti-HBs rapidamente, tratar o profissional acidentado com 01 dose de HBIGg + 01 dose de vacina contra a Hepatite B. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Manual Biossegurança/MS, 2003 www.anvisa.gov.br Hepatite C identificado em 1989 ANTI-HCV em 70 a 90% Hepatites NA/NB Período de incubação: 6 -7 semanas Transmissão ambiental Guideline CDC, 1998 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Hepatite C Prevalência 60 a 90% usuários de drogas e hemofílicos 20% pacientes em Hemodiálise 10% pacientes DST (não usuários de drogas) 0,5 a 2% em doadores de sangue Agência Nacional de Vigilância Sanitária Vacina ????? Imunoglobulinas ?? Interferon ??? Guideline CDC, 1998 www.anvisa.gov.br Hepatite C Infecção aguda < 25% apresentam sintomas 30 a 70% evoluem para forma crônica CIRROSE HEPÁTICA HEPATOCARCINOMA Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Hepatite C 44 pacientes com infecção aguda, sintomática, por VHC Ensaio clínico: tratamento com interferon alfa-2b (5 milhões de unidades /dia SC por 4 semanas; a seguir 3 x por semana, por 20 semanas) Níveis indetectáveis de RNA do VHC 43 pacts Jaeckel E et al. New Engl J Med 345 (20): 1452-1457, 2001 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profilaxia para Hepatite C A única medida eficaz ? Agência Nacional de Vigilância Sanitária para eliminação do risco de infecção pelo vírus da hepatite C é prevenir a ocorrência do acidente www.anvisa.gov.br HIV - Fatores de risco potenciais Acidente estágio terminal carga viral alta uso de drogas antiretrovirais tipo de Mbiológico envolvido lesão profunda agulha calibrosa e oca quantidade de sangue inoculado dispositivo visivelmente contaminado com sangue e/ou ter sido utilizado em procedimento vascular Paciente PAS início tardio da quimioprofilaxia Cardo DM et al. N Engl J Med 1997; 337:1485-90 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br HIV Até 30 de junho de 1999 - USA 427.795 casos de AIDS 21.760 casos em PAS ( 5,1%) Cardo, DM. N. Engl. J. Med., 337 (21): 1485-1490, 1997 Nov. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Casos documentados de soroconversão HIV por exposição ocupacional USA - 1999. Enfermeiras Técnicos em venopunção Médico (clínico) Técnico de laboratório Técnico cirúrgico Atendente Limpeza Terapeuta resp Técnico de diálise Total Agência Nacional de Vigilância Sanitária 23 19 06 01 02 01 01 01 01 55 Cardo, DM. N. Engl. J. Med., 337 (21): 1485-1490, 1997 Nov. www.anvisa.gov.br Casos documentados e suspeitos de aquisição de HIV por PAS País Casos Documentados Casos Suspeitos Total EUA (CDC)* 57 138 195 Outros países 42 43 85 Total 99 181 280 MMWR. Centers for Disease Control and Prevention, 2001 * Ann N. Do, MD. ICHE,2003 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Casos documentados e suspeitos de Ann N. Do, MD.ICHE,2003 aquisição de HIV por PAS 35 17 138 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profilaxia para HIV Até 02 horas pós exposição, risco em 81% Anti-retrovirais durante 04 semanas 02 inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa AZT 03 (300mg) comprimidos 08/08 h + 3TC 01 (150mg) comprimido 12/12 h Biovir (AZT + 3TC) 01 cp 12/12h 01 inibidor de protease Indinavir 02 (800mg) cápsulas 08/08 h Nelfinavir 03 (750mg) cápsulas 08/08 h Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Risco de infecção ocupacional pelo HIV, HBV e HCV e materiais biológicos envolvidos: Risco de infecção HIV HBV HCV Percutâneo 0,2 - 0,5% 6 - 40% 3 - 10% Mucosa 0,09% Não medido Não medido Não medido Não medido Não medido Pele não íntegra MB mais envolvido Sangue Sangue Sangue MB improváveis de oferecer risco Urina, fezes, saliva Urina, fezes Urina, fezes, saliva Agência Nacional de Vigilância Sanitária São Paulo, 1998. www.anvisa.gov.br Fonte Tipo de exposição Percutânea HIV + assintomático carga viral baixa HIV + sintomático, AIDS, ou carga viral elevada Densidade Quimioprofilaxia Regime antiretroviral + Grave Recomendado ZDV+ 3TC+ IP -Grave Recomendado ZDV+ 3TC Membrana mucosa ou pele Grande volume íntegra Pequeno volume Reco mendado ZDV+ 3TC Recomendado ZDV+ 3TC Percutânea + Grave Recomendado ZDV+ 3TC+ IP -Grave Recomendado ZDV+ 3TC+ IP Recomendado ZDV+ 3TC+ IP Recomendado ZDV+ 3TC Membrana Grande volume mucosa ou pele íntegra Pequeno volume Fonte ou sorologia anti-HIV Percutânea desconhecidas Membrana mucosa ou pele íntegra Em geral não se recomenda HIV negativo Percutânea Membrana mucosa ou pele íntegra Agência Nacional de Vigilância Sanitária Em geral não se recomenda Manual Biossegurança/MS, 2003 www.anvisa.gov.br Situação Atual no Brasil • Portaria Interministerial MPAS/MS nº 11 de 14 de julho de 1995: Programa Integrado de Assistência ao Acidentado do Trabalho (PIAT) • Portaria Interministerial MPAS/MS nº 14 de 13 de fevereiro de 1996: Responsabilidade do Ministério da Previdência e Assistência Social/MPAS no sentido de prover assistência adequada ao trabalhador acometido de doença profissional ou vítima de acidente do trabalho; Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Situação Atual no Brasil Novo Algoritmo para o Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV PORTARIA Nº 59 MS/GM, DE 28 DE JANEIRO DE 2003 Edição Número 22 de 30/01/2003: • Implantar um programa que tem por objetivo o controle da qualidade analítica do diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV; • Definir e normatizar a sub-rede de laboratórios do Programa Nacional de DST e Aids, que realizam testes sorológicos para a detecção de anticorpos anti-HIV, integrante da Rede Nacional de Laboratórios Clínicos, em conformidade com a Portaria No 15, de 03 de janeiro de 2002; Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Situação Atual no Brasil Manual de condutas: Exposição ocupacional a material biológico MS/99: Controle de Infecções e prática odontológica em tempos de Aids MS/00 Recomendações para Terapia ARV em Adultos e Adolescentes MS/01; Testes rápidos: considerações gerais para seu uso com ênfase na indicação de terapia anti-retroviral em situações de urgência Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Situação Atual no Brasil A quem compete a Responsabilidade de notificar? Laudos laboratoriais morosos Disponibilização de profiláticos? Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Situação Atual no Brasil DADOS NACIONAIS DE NOTIFICAÇÃO: – ESTADO DE SÃO PAULO – SINABIO- 2002 • CRT/AIDS; – ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RISCO BIOLÓGICO (BIO); Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DADOS DO SINABIO Dezembro de 1999 a agosto de 2002 SINABIO - 3513 notificações de acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos • 124 municípios: • 20% de todos os municípios do Estado (lembramos que esses acidentes ainda não são de notificação compulsória no Estado de São Paulo). • 80% dos acidentes notificados funcionárias do sexo feminino; ocorreram em • Faixa etária - 1269 (36%) profissionais tinham entre 20 e 29 anos; Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DADOS DO SINABIO 1742 acidentes notificados: • 49,6% auxiliares de enfermagem • 8,3% funcionários da limpeza • 7,0% médicos • 4,9% técnicos de enfermagem • 3,5% enfermeiros Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO www.riscobiológico.org Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO www.riscobiológico.org Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO www.riscobiológico.org Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO www.riscobiológico.org Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO www.riscobiológico.org Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL Julho de 1999 - Investigação Epidemiológica PAS - um auxiliar de enfermagem 14/10/1994 punção venosa auxiliando o colega no procedimento cateter perfurou acidentalmente o antebraço paciente: diagnóstico clínico/laboratorial de AIDS ( Santos NJS, Monteiro ALC, Ruiz EAC. Brazilian Journal of Infectious Diseases, 6 (3): 140-141, 2002) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL Foi realizado teste de HIV - 17/10/1994 Resultado: negativo único parceiro sexual - HIV negativo PAS - não tomou medicamento profilático Brasil não havia padronização Santos NJS, Monteiro ALC, Ruiz EAC. Brazilian Journal of Infectious Diseases, 6 (3): 140-141, 2002. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL Em novembro /1994 - PAS febre e linfadenopatia cervical diagnóstico definitivo não havia confirmado paciente AIDS (estágio avançado) - óbito Santos NJS, Monteiro ALC, Ruiz EAC. Brazilian Journal of Infectious Diseases, 6 (3): 140-141, 2002. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL 29 de dezembro /1994 - PAS teste HIV - resultado negativo 11 de janeiro /1995 - PAS teste HIV - resultado positivo (ELISA) 27 de abril /1996 - PAS Western Blot - resultado positivo PAS: liberado de suas atividades - junho Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL 27 de setembro /1996 - PAS caso foi definido como AIDS CD4= 72 candidíase oroesofageana perda de peso importante anemia tosse persistente linfadenopatia Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso documentado de soroconversão HIV por exposição ocupacional - BRASIL 10 de agosto /1997 - PAS caso foi relatado não como exposição ocupacional Investigação do caso: agosto /1998 autores e profissionais do programa DST/AIDS 1° caso de contaminação de HIV por exposição ocupacional Santos NJS, Monteiro ALC, Ruiz EAC. Brazilian Journal of Infectious Diseases, 6 (3): 140-141, 2002. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Comissão de Biossegurança-MS Cômite Técnico Nacional de Biossegurança MS FUNASA SAS ANVISA FIOCRUZ MT I WorkShop de Biossegurança Brasília/12/03 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Norma técnica, resolução, legislação – Obrigatoriedade de notificação – Convênio com laboratórios para agilidade nos resultados – Elaboração de Manual de Risco Ocupacional e BIOSSEGURANÇA – Folders explicativos Programa de informação gratuito – Monitoramento das instituições notificadoras Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Avaliação do nível do anti-HBS em Profissionais de Saúde Vacinados Contra Hepatite B com seguimento por mais de 10 anos. (Kazuhiko Nakao et al.Vaccine 21 (25-26); 2003: 3789-3794) Avaliaram os níveis séricos de anti-HBs 104 PAS após 3 doses de reforço de vacina contra hepatite B 80 PAS com anti-HBs negativo em um período médio de 2,4 anos após a vacinação primária 24 casos - não houve resposta à vacinação Níveis protetores de anti-HBs (>= 10 mIU/ml) após 1 mês do booster em 96% dos casos após 10 anos da vacinação de reforço 64% PAS persistiam com níveis séricos >= 10 mIU/ml Conclusão: Não recomenda a vacinação de reforço para PAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profissionais da saúde e aids: um estudo diferencial frente a ocorrência de acidente ocupacional com material biológico potencialmente contaminado (Rissi, MRR.. Tese de Mestrado, Ribeirão Preto, 2001) PAS por força de seu trabalho expostos ao risco de acidente com material biológico potencialmente contaminado Objetivo: compreender aspectos psicológicos implícitos na prática de PAS que cuidaram de pacientes portadores do HIV/Aids questionário – PAS que nunca haviam se acidentado – PAS passaram pela experiência de acidente ocupacional 50 PAS Unidade de Tratamento de Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Resultados PAS que atenderam pacientes portadores do HIV/Aids exercem suas atividades motivados pela necessidade de autorealização reconhecem as demandas biológicas, psicológicas e sociais valorizam sua atuação quando são capazes de atender às necessidades emocionais destes pacientes valorizam também o papel do paciente no tratamento PAS que nunca se acidentaram prevaleceu a crença de que o paciente se arrepende de ter se exposto ao HIV aqueles que já se acidentaram esta crença não ficou bem caracterizada Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Resultados Todos os profissionais – acidente ocupacional acarreta complicações na vida pessoal – relação aos aspectos técnicos associam a pressa à possibilidade de ocorrência do acidente Todos PAS estão disponíveis para atender tanto as necessidades clínicas, quanto as necessidades emocionais dos pacientes portadores do HIV/Aids, o que toma este atendimento diferenciado e propício ao vínculo que estes doentes precisam construir com a vida Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Transmissão de uma cepa do HIV com resistência para um PAS pós-exposição ocupacional (Beltrami EM, Luo CC, de la Torre N, Cardo DM, 2002) – CDC Funcionário da limpeza de 35 anos de idade que sofreu uma lesão grave com dispositivo que estava no lixo e vinha do quarto de um paciente infectado pelo HIV O paciente fonte apresentava no momento do acidente uma contagem de células CD4 igual a 69 céls/ml e CV de 750.000 cópias/ml Em uso de SQV e EFV, porém já havia utilizado AZT, 3TC, ddI, d4T, IDV, RTV e NFV nos últimos 18 meses Infect Control Hosp Epidemiol. 2002 Jun;23(6):345-8. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Transmissão de uma cepa do HIV com resistência para um PAS pós-exposição ocupacional (Beltrami EM, Luo CC, de la Torre N, Cardo DM, 2002) – CDC Antes de completar 2 horas de ocorrência do acidente o PAS já havia recebido AZT e 3TC, porém após o conhecimento dos ARV utilizados previamente pelo paciente fonte, o esquema foi trocado para d4T, ddI e NVP (Nevirapina). O ddI não foi tolerado e o esquema seguiu apenas com 2 drogas (d4T e NVP). O exame de genotipagem do paciente fonte mostrou resistência a NVP e ao EFV, ou seja, efetivamente o PAS tinha apenas o d4T. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DESCARTE E COLETORES 48 caixas avaliadas outubro de 1999 (5 dias) Fechamento adequado - 62,7% dos casos 37,5% (3740 agulhas) - reencapadas 21,6% das agulhas conectadas à seringa 45% das agulhas não-conectadas à seringa 35% (6533 objetos) - não eram perfurocortantes Silva CC et al - ABIH 2000 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Programa de Atendimento de Acidentes Ocupacional com Material Biológico em PAS – HSP/UNIFESP Programa:1992 3745 acidentes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br PROGRAMA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DO HSP/UNIFESP Realiza prevenção e profilaxia “Pager” 24 horas/dia, 7 dias/semana Formulário específico - código Testes sorológicos funcionários pacientes Indicação de profilaxia Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br PROGRAMA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DO HSP/UNIFESP Período junho de 1992 a dezembro de 2004 Profissionais do Hospital São Paulo (HSP) 3745 acidentes notificados Nursing, 1994,(1): 48-50 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exposição a sangue e secreções origem do acidente Mucosa 11% Outras 1% Percutânea 88% Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exposição a sangue e secreções origem do acidente Lâmina 8% Outros 10% Agulha 82% Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exposição a sangue e secreções: etiologia dos acidentes transportando outros reencapando 1% 4% 12% local impróprio 30% Agência Nacional de Vigilância Sanitária durante uso 45% descarte 8% www.anvisa.gov.br Exposição a sangue e secreções perfil sorológico da fonte Anti-HIV + 18% Anti-HCV + 9% HBsAG+ 7% Desconhecido 66% Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exposição a sangue e secreções: imunização dos profissionais em relação à hepatite B Não 43% Sim 57% Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br UNIFESP Comissão de Epidemiologia Hospitalar Laboratório de Retrovirologia Universidade Federal de São Paulo Hospital São Paulo ANÁLISE DA RESISTÊNCIA GENOTÍPICA DO HIV-1 AOS ANTIRETROVIRAIS EM PACIENTES INFECTADOS QUE ATUAM COMO FONTE PROPRIAMENTE DITA OU POTENCIAL DE ACIDENTES OCUPACIONAIS EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE. Fabiane El-Far Tese de Mestrado - 2002 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Local: Enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina – UNIFESP Pacientes fonte Período 1: abril de 2000 a 2001 População 1: pacientes fonte de acidente ocupacional pérfuro-cortante envolvendo sangue Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Paciente Potencialmente Fonte Período 1’: setembro a novembro de 2000 População 1’: pacientes potencialmente fonte de acidente ocupacional Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Critérios de inclusão Todos os pacientes portadores do HIV-1/AIDS, maiores de 18 anos, internados na enfermaria do Hospital São Paulo, que atuavam como fonte potencial de acidentes ocupacionais com material biológico, ou já eram paciente fonte de acidente percutâneo com indicação de quimioprofilaxia com medicamento anti-retroviral Critérios de exclusão Pacientes sem diagnóstico definitivo para HIV ou ausência de exame laboratorial confirmatório, menores de 18 anos, pacientes em coma ou sem condições de entender o estudo e assinar o termo de consentimento Preenchimento da Ficha de Dados do Paciente Fonte HIV + Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Etiqueta FICHA DE DADOS DO PACIENTE FONTE HIV POSITIVO Data da coleta do sangue __/__/__ hora_______ Data da entrada no laboratório __/__/__ hora_______ Nome: _______________________________ sexo: (1) masculino RG do hospital: _________ Idade: ___ anos (2)feminino Há quanto tempo tem HIV/AIDS: ___ meses È virgem de tratamento: (1) sim (2) não Se não há quanto tempo faz uso de ARV: ____ meses Quais ARV já usou: (1) AZT (2) ddI (3) ddC (4) d4T (5) 3TC (6) adefovir (7) ABC (8) NVP (9) DLV (10) EFV (11) SQV (12) IDV (13) RTV (14) NFV (15) APV (16) LPV/r Quais ARV esta tomando agora: (1) AZT (2) ddI (3) ddC (4) d4T (5) 3TC (6) adefovir (7) ABC (8) NVP (9) DLV (10) EFV (11) SQV (12) IDV (13) RTV (14) NFV (15) APV (16) LPV/r Há quanto tempo já esta fazendo uso do esquema atual: ___ meses Último CD4: ______ de ___/___/___ e Carga Viral: _________ de ___/___/___ Já apresentou alguma doença oportunista associada ao HIV? (1) Tuberculose (2) Neurotoxoplasmose (3) Neurocriptococose (4) HTLV (5) Herpes simples (6) Linfoma (7) CMV (8) Pneumocistose (9) Herpes zoster (10) Sarcoma de Kaposi (11) Micobacteriose atípica (12) Infecção fúngica (13) Candidose esofagiana (14) outras __________________________________________________________________ Motivo da internação: ________________________________________________________ Grupo de risco: ______________________________________________________________ Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 2 tubos 5 ml de sangue: CD4, CV e genotipagem CD4 – citometria de fluxo CV – NASBA (< 80 cópias/ml) Genotipagem – extração do DNA proviral e análise da região da transcriptase e protease Banco de dados Beta Test – Universidade de Stanford Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Ficha de Dados do Profissional da Saúde: – iniciais, idade, setor de trabalho, local onde ocorreu o acidente, hora, tempo até a notificação, características do acidente, tipo de fluido envolvido, gravidade, conduta. Todos os profissionais da saúde que sofreram acidente receberam esquema expandido com 3 drogas e foram acompanhados por 6 meses. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RESULTADOS Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 371 casos de acidentes em 1 ano 194 sorologia negativa para HIV, HBV, HCV 40 casos HIV 72 60 sorologia positiva fonte desconhecida 11 casos HCV Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3 casos HBV 45 estado imune não definido 3 casos 3 casos HIV + HCV HIV + HBV www.anvisa.gov.br 46 pacientes fonte de acidentes com sorologia positiva para o HIV 12,3% de prevalência nesta população 46 – 27 casos (exclusão) = 19 casos para análise genotípica Exclusão: 6 co-infecção, 6 RN 6 pele íntegra, 4 óbito 5 não consentiram = 27 casos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profissionais da Saúde (19 casos) Características dos Acidentes 63% sexo feminino; 29 anos em média; 31,5% enfermeiras; 31,5% médicos residentes; 26% médicos; 58% unidades de internação (37% clínicas); 31,5% centro cirúrgico. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profissionais da Saúde (19 casos) Características dos Acidentes 47% demoram 2 e 48 para notificar o acidente e 42% notificaram em < 2horas; 68% auto acidente; 73% exposição a sangue e 26% fluidos contendo sangue; 100% pérfuro-cortante (68% agulhas). Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Profissionais da Saúde (19 casos) Características dos Acidentes Todos receberam esquema expandido por 28 dias com AZT + 3TC + NFV ou IDV Todos os casos foram acompanhados por 6 meses e não houve soroconversão Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Pacientes fonte potencial de acidente No período de 01 de setembro a 31 de outubro de 2000, foram coletadas amostras de sangue, seqüenciais, de pacientes HIV positivos internados Não eram fonte de acidente 26 pacientes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Total de amostras para análise genotípica 46 amostras encaminhadas para genotipagem 19 amostras de pacientes fonte de acidentes 27 amostras de pacientes potencialmetne fonte de acidentes 1 amostra a genotipagem não foi possível 1 amostra a genotipagem não foi possível 18 amostras Agência Nacional no total de Vigilância Sanitária 26 amostras no total = 44 analisados www.anvisa.gov.br Características Resultados Sexo 24 homens - 20 mulheres Idade 35,8 anos em média Tempo do diagnóstico coleta do sangue genotípica do HIV até a 38 meses em média para análise CD4 132,5 células/ml em média CV 547.664 cópias/ml em média Pacientes expostos a algum ARV* previamente 28 (63%) Pacientes que não tiveram exposição prévia aos ARV* 16 (36%) Tempo de uso de ARV* nos 28 pacientes já expostos 4 meses em média Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Pacientes que apresentavam algum tipo de resistência aos ARV* 18 (41%) no total 2 naive 16 já expostos a ARV Resistência ao AZT 11 (5) Resistência ao 3TC 7 (3) Resistência ao IDV 3 (2) Resistência ao NFV 5 (2) Pacientes que apresentaram resistência ao AZT + 3TC 4 (3) Dos 18 pacientes com resistência - 16 (89%) casos eram a pelo Agência Nacional menos 1 das drogas propostas pelo MS de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Total de pacientes com mutações na transcriptase reversa e na protease levando a resistência completa ou parcial aos anti-retrovirais 10 8 6 4 2 dd C A B C EF V N V P D LV N FV ID V SQ V R TV A P LP V V/ r 3T C dd I d4 T A ZT 0 Resistência Parcial Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resistência Completa www.anvisa.gov.br Total de pacientes analisados no estudo com mutações tanto na transcriptase reversa como na protease que ocasionavam resistência aos anti-retrovirais indicados pelo Ministério da Saúde do Brasil para quimioprofilaxia do acidentes ocupacionais. 12 10 8 Acidentes 6 Resistência 4 2 0 AZT 3TC Agência Nacional de Vigilância Sanitária NFV IDV Biovir www.anvisa.gov.br Dos 44 casos analisados: Resistência ao AZT 11 casos (25%) Resistência ao 3TC 7 casos (16%) Resistência ao NFV 5 casos (11,3%) Resistência ao IDV 3 casos (6,8%) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Dos 44 casos analisados: Nenhum paciente apresentou resistência as 3 drogas do esquema expandido ao mesmo tempo 4 pacientes apresentavam associação AZT +3TC resistência a 16 pacientes (36,3%) apresentavam resistência a pelo menos 1 das 4 drogas propostas Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DISCUSSÃO e CONCLUSÕES Considerar que a prescrição da quimioprofilaxia deve ser realizada caso a caso sempre que houver suspeita de resistência a algum ARV pelo paciente fonte. Pacientes com uso prévio de ARV, carga viral alta e CD4 baixo devem ser considerados de risco para resistência aos ARV Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DISCUSSÃO e CONCLUSÕES Considerar a prescrição de um esquema ARV com drogas novas ou pouco utilizadas; Somar a possibilidade de resistência às características do acidente como gravidade e volume; Consultar um especialista nestes casos se disponível, mas nunca retardar o início da quimioprofilaxia. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br DISCUSSÃO e CONCLUSÕES Já existe a documentação da transmissão de cepas do HIV resistentes aos anti-retrovirais. 2000 e 2001- São Francisco (EUA) - 13,2% de resistência primária aos IRTNN e 7,7% aos IP. Grant et al - JAMA 2002;288(2):181-8 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br QUAIS SERIAM AS MEDIDAS FUTURAS CABÍVEIS ?????? Ter em mãos uma ficha específica atendimento destes casos; para o Orientar sobre possÍveis eventos adversos ou intolerância – evitar a interrupção. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 11 pacientes apresentavam resistência ao AZT, 7 ao 3TC, 3 ao IDV e 5 ao NFV; Dos 44 casos: 4 pacientes apresentaram resistência ao AZT e 3TC; Para 18 pacientes, o esquema proposto pelo Ministério da Saúde seria inadequado. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br O mapeamento do perfil de sensibilidade dos anti-retrovirais nestes pacientes, um melhor questionamento sobre o tratamento anti-retroviral prévio e atual do paciente fonte envolvido no acidente ocupacional é de fundamental importância na determinação das diretrizes no uso racional da quimioprofilaxia após exposição. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Abandono de Seguimento de Acidentes com Exposição a Fluidos Biológicos: Análise de Fatores de Risco e do Impacto de dois Métodos de Convocação. Instituto de Infectologia Emílio Ribas – São Paulo - SP Instituto de Infectologia Emílio Ribas é um hospital terciário de 250 leitos. 1986 - Programa de atendimento de acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos. 10/ 1999 - Programa Estadual DST/ AIDS Avaliação dos dados de acidentes internos e externos, ocorridos no ano de 2000 e atendidos pelo nosso ambulatório, visando estabelecer fatores de risco para o abandono de seguimento do acidente. Avaliação do resultado de duas diferentes estratégias de convocação de funcionários faltosos: telefonema e envio de carta convocatória. Varkulja GF et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RESULTADOS 326 acidentes → ano 2000 146 (45%) abandonaram o seguimento. Não houve correlação: – – – – – – – – – abandono e o município de residência do acidentado o fato de o acidentado já ter sofrido um acidente previamente o tipo de hospital de origem do acidentado (privado x público) o fato de o acidente ter ocorrido no nosso hospital o tempo de trabalho do funcionário na função atual o tipo de acidente (percutâneo x não-percutâneo) o fato de o acidente ser decorrente de um procedimento vascular o fato de haver sangue visível na agulha abandono e o acidente ter ocorrido com uma fonte conhecida • fonte ser portadora do vírus HIV ou ter AIDS ou • portadora do vírus HBV; • abandono e o código de exposição do acidente (CDC, 1998). Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RESULTADOS Análises em relação ao funcionário ser previamente vacinado com três doses de vacina contra hepatite B, ao fato de ele usar medicações regularmente, ter antecedentes psiquiátricos, ter sido medicado com anti-retrovirais ou de ter apresentado efeitos colaterais aos mesmos, mas nenhuma relação pode ser estabelecida. Varkulja GF et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RESULTADOS Acidentados: Risco de abandonar o seguimento Sexo masculino > sexo feminino (OR: 2,46;IC95% 1,37-4,43; p=0,001) Médicos tiveram uma chance maior (OR:2,31; IC95% 1,14-4,72; p< 0,01) Profissionais da área da enfermagem foram mais aderentes ao seguimento que outros profissionais (OR: 0,56; IC95% 0,35-0,88; p=0,008). Pacientes com abandono → 125 foram aleatoriamente convocados por telefone, carta ou ambos. 37 retomaram o seguimento (recuperação de 30% dos faltosos). Convocação por telefone recuperou proporcionalmente mais faltosos que a convocação por carta (OR: 45,5; IC95% 12,09-187,31; p<0,0001). Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RESULTADOS Conclusão: Novas análise, incluindo realização de questionário para pacientes faltosos, deverão ser realizadas em breve para tentarmos compreender melhor os motivos do abandono do seguimento entre profissionais acidentados. Estratégia de convocação de faltosos deverá ser mantida, principalmente por telefone e para profissionais com acidentes mais graves e/ou com exposição a fontes soropositivas para HIV, HBV ou HCV. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br SUICÍDIO APÓS ACIDENTE OCUPACIONAL DE BAIXO RISCO COM EXPOSIÇÃO A FLUIDOS BIOLÓGICOS – RELATO DE CASO Instituto de Infectologia Emílio Ribas – São Paulo - SP A ocorrência de acidentes ocupacionais está ligada a transtorno agudo do stress, porém pouca importância é dada, em geral, a existência deste tipo de ocorrência. Acidentes ocupacionais com exposição a fluidos biológicos podem gerar um quadro de desequilíbrio mental em pessoas com quadro psiquiátrico prévio. OBJETIVOS – Descrever um caso de suicídio de uma jovem estudante de enfermagem após exposição de baixo risco a material de paciente HIV +. OLIVEIRA JR F.I. et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RELATO DE CASO – Estudante de curso de técnico de enfermagem de 21 anos foi atendida no PS em 01/00 41 horas após ter sofrido exposição de pele não íntegra a secreção piosanguinolenta de paciente com AIDS (CD4= 173; CV-HIV=5800). O acidente ocorreu enquanto realizava curativo na escara do paciente fonte, tendo havido exposição de região peri-ungueal, a qual apresentava lesões. Foi medicada com AZT+3TC e recebeu HBIg pois, embora houvesse recebido 03 doses de vacina contra hepatite B, desconhecia seu título de Anti-HBs. OLIVEIRA JR F.I. et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RELATO DE CASO – Os exames iniciais revelaram que a funcionária tinha sorologia positiva para HCV, sorologia anti-HIV negativa e anti-HBs > 1000 (porém recebera HBIg antes da coleta do exame). Em sua 2ª consulta, foi solicitada nova coleta de sorologia anti-HCV e explicado que o primeiro resultado era provisório. paciente estava bastante tranqüila. Cerca de um mês após a 2ª consulta, fomos procurados pelo irmão da funcionária que relatou-nos que a mesma se suicidara em 02/00, se jogando de um viaduto que passa sobre uma avenida da cidade de São Paulo. OLIVEIRA JR F.I. et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br RELATO DE CASO Na investigação → funcionária → quadro de depressão em 1999. Após o acidente → deixou de comer, passou a dormir mal e não conversava com os seus familiares; falava sempre que se mataria se adquirisse o vírus da AIDS. Não foi encontrada qualquer carta que explicasse os motivos de seu suicídio. OLIVEIRA JR F.I. et al. VIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Curitiba, 4 a 7 setembro de 2002 . Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CONCLUSÕES “A exacerbação de quadros psiquiátricos prévios pode se seguir a situações de intenso stress. Desde a ocorrência desta fatalidade, passamos a pesquisar a existência de antecedentes psiquiátricos para todos os funcionários atendidos em nosso serviço de acompanhamento de funcionários acidentados com exposição a fluidos biológicos. Aos pacientes que referem antecedentes psiquiátricos é reforçada a nossa disponibilidade em atendê-los por telefone ou pessoalmente, mesmo fora do dia de sua consulta. Não soubemos de outros casos de suicídio em indivíduos atendidos em nosso ambulatório.” Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Alvarado-Ramy et al. Infect Control Hosp Epidemiol.2003;24:97-104. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Costs and Benefits of Measures to Prevent Needlestick Injuries in a University Hospital Injury Incidence (per 1000 Need) % 14 Educação 12 Containers 10 Agulhas Seguras 8 6 4 2 0 1990 US$ 4,000 prevenção por acidente Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1996 Roudot Thoraval et al. Infect Control Hosp Epidemiol.1999;20(9):614-617. www.anvisa.gov.br concluindo.... Condutas após Acidente com Material Biológico Tranqüilizar o profissional de saúde Cuidados com área da lesão Imediatamente após acidente, lavar o local com água e sabão ou soluções anti-sépticas Exposição em mucosas - lavar com soro fisiológico Não realizar a expressão do local - exposição ao Material infectante Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br concluindo.... Condutas após Acidente com Material Biológico Identificar paciente-fonte testes de realização rápida Avaliação do risco do acidente Adotar sexo seguro após o acidente Comunicar a chefia do Serviço - para a realização do CAT (comunicação de acidente de trabalho) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes CDC - Guia para Precauções Padrão – EPIs (luva, avental, máscara e óculos de proteção) Nunca reencape agulhas!!! Henderson DK. Infect Control Hosp Epidemiol, 2004 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Respeite as marcações existentes na caixa para descarte de material pérfuro-cortante Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Nunca despreze material pérfuro-cortante em sacos de lixo Lembre-se que a atenção ajuda a prevenir acidentes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Disponibilizar artigos hospitalares com desenho seguro Visando a segurança dos PAS InterLink Agência Nacional de Vigilância Sanitária SSA - Clave www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Programas de educação Implementação: Programas de Biossegurança Vigilância contínua Estudar fatores comportamentais dos PAS para implementar educação Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Informação Com permissão Comissão de Epidemiologia Hospitalar – Agência Nacional UNIFESP - HSP de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Lembre-se que a atenção ajuda a prevenir acidentes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Lembre-se que a atenção ajuda a prevenir acidentes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Algumas Recomendações para Prevenção de Acidentes Lembre-se que a atenção ajuda a prevenir acidentes Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Medidas Governamentais: Legislações Nacional Portaria n.º 37 (06.12.2002) Determinações para empregadores e trabalhadores. – EPI fornecimento ou reposição. – Recipiente apropriado para o descarte de pérfuro-cortantes: localização, preenchimento, etc. – Treinamento. – Vacinação - recomendação MS. – O trabalhador que utilizar objetos pérfuro-cortantes deve ser responsável pelo seu descarte. – É vedado o reencape de agulhas. – CAT. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agradecimentos Comissão de Epidemiologia Hospitalar – HSP/UNIFESP www.riscobiologico.org CRT Instituto Emílio Ribas - SP Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br