E.G. Fioratti, A.I.S.B. Villaverde, G.M. Greco, B.R. Avanzi, C.M. Melo, M.A. Alvarenga Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária – FMVZ, UNESP, Botucatu, Brasil. [email protected] Introdução O presente estudo objetivou verificar a correlação entre a porcentagem de neutrófilos na citologia uterina, o acúmulo de fluido no útero e a concentração de neutrófilos nesse fluido e verificar a diferença entre a resposta uterina das éguas resistentes e susceptíveis à EPPC. Material e Métodos Quinze éguas susceptíveis e 15 resistentes à EPPC foram submetidas a indução de ovulação e uma IA por Tabela 1. Valores médios ± desvios padrão da concentração de neutrófilos e acúmulo de líquido detectado por imagem ultrassonográfica em éguas resistentes e susceptíveis à endometrite persistente pós cobertura. ciclo estral. Imediatamente antes, 8 e 24 horas após a IA, amostras de citologia uterina exfoliativa foram colhidas. Oito e 24 horas após a IA, o fluido acumulado na área de bifurcação dos cornos uterinos foi detectado por ultrassonografia e a concentração de neutrófilos nesse fluido foi mensurada. [PMNs] Resistentes 8 hs 24 hs 22,5 ± 22,7a 2,6 ± 1,5a Líquido uterino Susceptíveis 8 hs 24 hs 7228 ± 92,6b 1718,7 ± 80,2b Resistentes Susceptíveis 8 hs 24 hs 8 hs 24 hs 6,2 ± 1,1c 4,4 ± 1,4c 20,3 ± 5,8d 17,98 ± 3,6d Letras diferentes na mesma linha demonstram diferença estatística (p<0,05). Resultados entre todos os parâmetros avaliados até 24 horas após IA. A porcentagem de neutrófilos na citologia uterina não difere entre as éguas resistentes e susceptíveis à EPPC (p>0,05) (figura 1). Éguas resistentes apresentaram menor acúmulo de fluido (p<0,0003) e Porcentagem de neutrófilos Não foi verificada evidência de correlação (p<0,05) menor concentração de neutrófilos (p<0,0001) quando comparadas as éguas susceptíveis (tabela 1). Conclusão Figura 1. Valores médios da citologia exfoliativa uterina em éguas resistentes e susceptíveis à endometrite persistente pós cobertura. O exame citológico 24 horas após a cobertura é incapaz de diferenciar as éguas susceptíveis das resistentes à EPPC. O maior acúmulo de fluido uterino e sua alta concentração neutrofílica indicam uma resposta inflamatória mais intensa nas éguas susceptíveis, porém o fato de uma égua acumular maior volume de fluido uterino não significa que a resposta inflamatória é mais intensa. Portanto, somente a associação desses três fatores permitem um diagnóstico mais preciso da intensidade da resposta inflamatória.