A GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES É evidente, na atualidade, que nada mação, tecnologia utilizada, produtos e poderia funcionar sem uma quantidade serviços, compondo esse conjunto estrutu- significativa de informação como elemento rado de atividades relativas à forma como que impulsiona os fenômenos sociais e informação e conhecimento são obtidos, que é por eles impulsionada. Pessoas e distribuídos e utilizados. Todas as etapas e organizações – públicas ou privadas – de- atores do fluxo de informação precisam ser pendem da informação em seus processos identificados e nomeados a fim de detectar decisórios. Entretanto, para ser utilizada as influências que exercem sobre o pro- estrategicamente, é fundamental que a cesso e antever problemas que possam informação seja gerida em favor da sobre- surgir. vivência e competitividade organizacional. Para que isto se realize, a GI deve se Este processo, a gestão da informação apoiar em políticas organizacionais que (GI), é responsável por gerir tanto os re- propiciem a sintonia e o inter-relaciona- cursos internos quanto os externos à orga- mento entre as unidades ou setores da nização. instituição. Esta é uma condição impres- A partir da década de 1980 a GI inicia cindível para que os procedimentos dire- uma trajetória de crescente importância na cionem os fluxos de informação para a vida das organizações; importância que a gestão. coloca no mesmo patamar dos demais tra- Mas, além desses, quais seriam os a gestão de outros elementos fundamentais para a GI? RH, gestão de processos, gestão de negó- Estamos falando de um processo que é cios. Assim, a GI passou a ser considerada social, portanto, as pessoas e suas rela- mais uma atividade essencial, como qual- ções, mais que qualquer outro elemento, quer outro tipo de trabalho desenvolvido são preponderantes para a efetivação da nas organizações. GI. Não há dúvida de que a credibilidade e balhos e processos, como Cada organização tem um fluxo de in- o sucesso de qualquer projeto de GI será formação que lhe é peculiar e este fluxo é imputado às pessoas que o direcionam e o objeto importante da GI que deve mapeá- condicionam de acordo com os objetivos lo, identificando pessoas, fontes de infor- pretendidos. Editorial: A gestão da informação nas organizações Terezinha Elisabeth da Silva, Maria Inês Tomaél Além das pessoas, diferentes recur- cimento e informação que produzirão am- sos de informação são mobilizados para bientes de aprendizagem que tragam maio- que a gestão cumpra sua função. Esses res vantagens às organizações. recursos compreendem: tecnologia da in- Ciente da importância da GI para a formação, fontes, serviços e sistemas de área de Ciência da Informação e para os informação. Portanto, a GI adere-se não profissionais que nela atuam, o Departa- apenas aos processos de organização da mento de Ciência da Informação da Uni- informação, mas também às necessidades versidade Estadual de Londrina, propôs o de informação; centra-se nos fluxos e a- Curso de Mestrado Profissional em Gestão ções referentes à informação, e não so- da Informação. O Curso, cuja primeira ofer- mente nos sistemas de informação. ta inicia-se no segundo semestre de 2008, A GI refere-se ao conhecimento que pretende capacitar profissionais para o e- pode ser coletado, processado e adminis- xercício das atividades de gestor da infor- trado, por isso foi incorporada às amplas mação, expandir competências dos profis- questões que a gestão do conhecimento sionais, aprofundar conhecimentos, ampliar compreende. Nesta perspectiva a informa- cenários e espaços dedicados à informa- ção é um importante ativo para o comparti- ção, estimular a reflexão desses profissio- lhamento do conhecimento nas organiza- nais enriquecendo suas práticas, agregan- ções. do novos conhecimentos e habilidades a Infelizmente a organização da infor- seus espaços profissionais. mação ainda é um recurso inacessível para Com essas ações, o Departamento muitas instituições que não desenvolveram de Ciência da Informação da UEL contribui habilidades para capitalizar as informações para a área de Ciência da Informação no que detêm ou têm acesso. Por essa razão Brasil, oferecendo aos profissionais – que a GI pode ser uma estratégia que maximi- por vários motivos não se enquadram no za recursos, em que as pessoas, por meio perfil do Mestrado Acadêmico – a possibili- de suas atividades e produção, possam dade de formação especializada e qualifi- melhor compartilhar a informação. Em con- cada em Pós-Graduação Stricto Sensu na seqüência serão criados ativos de conhe- modalidade Mestrado Profissional. Terezinha Elisabeth da Silva Editora Maria Inês Tomaél Membro do Comitê Editorial Inf.Inf., Londrina, v. 12, n. 2, jul./dez. 2007