3.5: Equilíbrio Termodinâmico Equilíbrio Termodinâmico ≡ parâmetros termodinâmicos (P,T) constantes A existência de equilíbrio termodinâmico (ET) ou E.T. local (ETL) no interior estelar grandes simplificações. NA PRÁTICA, para verificar se existe o ET, pode-se testar a variacão de P e T com a distância. »» pode-se escrever: (3.15) e (3.16) No caso do Sol, em 1 »» O caminho livre médio (mean free path) para as interações (colisões) entre as partículas no interior estelar é: (3.17) onde ≡ seção eficaz de interação. Para colisões de elétrons ou íons com elétrons ou íons, 10−16 −10−18 cm2. Para interações de fótons com elétrons ou íons, 10−24 cm2. »» Define-se o peso molecular médio como o nº médio de u.m.a. / partícula de um gás (adimensional) u.m.a. 1,661 x 10-24 g 2 Exemplos de valores de : H ionizado: = ½ (<massa>/ part.) = ½ mH Copo d’água: 18 Atmosfera da Terra: 29 »» Define-se a Densidade Numérica média n de partículas como: onde mH é a massa do átomo de H, A densidade numérica de partículas no interior estelar é, (3.18) 3 »» Com esses valores de n, ~ 10-7 cm para interações entre partículas e ~ 1 cm para interações envolvendo fótons. Isto é, se compararmos esses valores com os gradientes de P e T (eqs. (3.15) e (3.16) ) e variação muito pequena desses parâmetros em alguns : no caso mais desfavorável ( ~ 1 cm), ou, e CONCLUSÃO ?? 4 CONCLUSÃO: P e T podem ser consideradas CONSTANTES nas regiões onde acontecem as interações ≡ ≡ ≡ ≡ ≡ ≡ EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO 3.6: A Variação da Energia com r (terceira equacão da est. interna) »» Seja a taxa de produção de energia nuclear (erg g−1 s−1) na região central da ; sua luminosidade L pode ser escrita: Vamos considerar novamente uma casca de raio r e espessura » Vamos considerar novamente uma casca de raio r e espessura dr (figura 2.1) 5 Sendo L(r) e L(r + dr) as energias/seg emitidas em r, e r + dr, e os valores locais, pode-se escrever: e (3.19) (euler) , ≡ variação radial de L; ou, (3.20) (lagrange) 6 »» Ordens de grandeza: De (3.19), com , deduz-se que: (3.21). Para o Sol, , o que permite escrever-se: para Estrelas em geral. Ex: SP 7 III - CONDIÇÕES FÍSICAS NO INTERIOR ESTELAR 9 (continuação) 3.8: O Gás de Elétrons Três simplificações importantes: ET (ETL), gás ionizado e gás perfeito* 3.8.1: Gases Perfeitos (GP): Um <energia de interação> entre partículas << energia térmica delas Quando isso ocorre? escrita: ---------------------------* num gás perfeito, só existem as interações colisionais entre as partículas. (isto é, não existem forças de atração/repulsão intermoleculares). 8 Ocorre quando a interação é pequena ou quando o gás é suficientemente rarefeito. »» A relação entre a pressão, a temperatura e a densidade de um GP é: (3.22) , sendo k a cte. de Boltzmann. » Em termos do número total de partículas N no volume V, , sendo o nº de moles, o nº. de Avogadro e R= 8,31 x 107 erg K-1 mol-1 é a constante dos gases. Como , segue que 9 »» INFORMAÇÃO PRÁTICA: um gás totalmente ionizado comporta-se como um GP, mesmo a densidades relativamente altas. 3.8.2: Funções de Distribuição de Partículas »» A distribuição das partículas de um gás em função de sua energia depende da estatística aplicada. a) No limite clássico, para partículas idênticas e distinguíveis, aplica-se a estatística de MaxwellBoltzmann: 10 (3.23), sendo o peso estatístico do nível E, ≡ nº de configurações com energia E /cm3 e é o fator de degenerescência, que é f(n) . » Para baixas densidades, e para altas, ; b) Para partículas idênticas e indistinguíveis de spin semi- inteiros (≡ férmions), como elétrons, prótons e neutrinos, a estatística a aplicar é a de Fermi-Dirac: 11 (3.24) c) Para partículas idênticas e indistinguíveis, de spin inteiro (bósons), como fótons, partículas alfa e mésons , há que aplicar-se a estatística de Bose-Einstein: (3.25) 12 p » Em condições de T e n tais que (ocorre em baixas n ), FD MB 13