* FIGURAS DE CORDÉIS: * HISTORIA DA LITERATURA DE CORDEL: Do romanceiro popular português originou-se a literatura de cordel brasileira. No Nordeste do Brasil, a literatura de cordel começou a ser divulgada nos séculos XVI e XVII, que foi trazida pelos colonos portugueses. * Temática: Além de autos e farsas, de histórias e historietas, a literatura de cordel abrange ainda pequenas novelas, contos fantásticos, moralizantes ou de fundo vagamente histórico, de maneira a agradar o gosto popular, pelo maravilhoso, e pelo didático.Os poetas versificam os acontecimentos vistos em jornais, velhos romances, contos de tradição oral, enredos de filmes, ou peças teatrais. Embora grande parte das composições seja anônima, alguns autores fazem cordéis, entre eles: Gil Vicente,Baltazar Dias,Ribeiro Chiado,Antônio José da Silva e outros. Os versos que mais impressionam a imaginação popular são sobre heróis e acontecimentos. O conjunto dos versos agrupa - se em ciclo, dos quais os mais importantes são o ciclo heróico – que inclui romances trágicos, épicos e simplesmente heróico – o ciclo do maravilhoso, o ciclo religioso e de moralidades, o ciclo cômico, satírico e picaresco, o ciclo circunstancial e histórico e o ciclo do amor e o da felicidade. * Os personagens: Na literatura de cordel, são usados diversos personagens, uns são pessoas que tiveram existência real, e em correspondência a anseios profundos da coletividade sertaneja, que tornaram – se objetos de cultos e lendas, como o Padre Cícero e Antônio Silvino, que são tidos como Heróis na literatura de cordel; e outros são inventados, como: O valente Sertanejo Cobra-Choca. * Produção e Comercialização: A comercialização dos folhetos se faz em mercados, feiras, romarias e frentes de trabalho, ou mesmo por intermédio de livrarias, editoras, pequenas casas de comércios e universidades. Muitas vezes o próprio artista vende suas obras em feiras e ruas. Os centros principais de impressão e venda dos folhetos no Nordeste são as cidades de Juazeiro do Norte - CE, Campina Grande - PB, Caruaru - PE, Recife - PE e Salvador - BA. Impressos em papel de má qualidade e com pouco cuidado, os folhetos de cordel na origem, não iam além de um ou dois grandes fólios, excepcionalmente três ou três ou mais dobrados em quatro. A característica importante do romanceiro nordestino, são as xilogravuras, que ilustram os folhetos. A cerca de 50 anos a literatura de cordel e a xilogravura andam juntas, ao longo de tontos os ciclos e sagas de temática da literatura popular.