PIBID NA ESCOLA ESPECIAL: EDUCAÇÃO FISICA ALEM DO CORPO Alessandra Quadros; Anita Soares da Rosa; Maicon Vieira; Vinicius Ferreira de Andrade Centro Universitario Metodista, do Ipa O estudo tem como objetivo refletir sobre a construção de um projeto na Escola Especial Recanto da Alegria situada na cidade de Porto Alegre/RS. O subprojeto da Educação Física na presente escola denomina-se “Desenvolvendo Corpos Estimulando Mentes”. Através das discussões acerca desta temática, foram surgindo ideias de como desenvolver um trabalho com alunos especiais, neste sentido, foram iniciadas algumas leituras para fundamentar o estudo, e entendemos que se faria necessário uma reflexão sobre o desenvolvimento humano, pois desde o nascimento o ser humano é socialmente dependente. Assim, entramos em um processo histórico, caminhando de forma a constituir uma história integrada com outras. Neste sentido, podemos dizer que o desenvolvimento humano é um processo que se constrói e se constitui a partir das relações estabelecidas, refletindo Vygotski (1997), compreendemos esse processo, para poder relacionar com a importância da Educação Física na Escola Especial e no desenvolvimento dos alunos com deficiência. Vygotski (1997) reflete o desenvolvimento humano a partir da perspectiva sociocultural, pois as mudanças de comportamento acontecem em relação ao comportamento social, reforçando as relações, as trocas de experiências que internalizadas promovem novas mudanças e consequentemente novas aprendizagens. Falkenbach (2005) acrescenta, a partir dos seus estudos antropológicos do que são os modelos de prestígio que melhor influenciam e exercem sobre as aprendizagens significativas da criança. Basicamente porque são esses modelos que possuem bagagem emocional e afetiva, elementos que favorecem aprender significativamente. Baseado nesta teoria, surge a ideia de trabalhar a Educação Física Além do Corpo, desenvolvendo através de atividades psicomotoras possibilitando o resgate da memória motora dos alunos, envolvendo não só corpo e movimento, mas questões afetivas, cognitivas e sociais, correspondendo as diferentes faixas etárias das turmas e suas necessidades específicas. Seguindo uma metodologia qualitativa os resultados são transitórios, baseada nas observações participantes, avaliando cada aluno e suas especificidades dentro do contexto social. Por se tratar de alunos com déficit mental e alguns distúrbios motores, leva-se em consideração a progressão e a superação em concluir as atividades propostas em cada aula, estes registrados em diários de campo. Palavras-chave: PIBID; Educação Física; Escola Especial; Desenvolvimento Humano; Psicomotricidade. Referencias Bibliográficas FALKENBACH, A.P. Crianças com crianças na psicomotricidade relacional. Lajeado: UNIVATES, 2005. GALLAHUE, David L; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005. LE BOULCH. Educação Psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto Alegre, Artmed, 1987. MASTRASCUSA, Celso Luiz. Psicomotricidade Relacional: da Educação à Terapia. Porto Alegre: Letra e Vida, 2012. TRIVIÑOS, A.N.S. Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas. 1987. VYGOTSKI, L. S. Obras escogidas: fundamentos de defectología. TOMO V. Madrid: Visor, 1997. VYGOTSKI, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.