EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Atendimento e o Currículo para o Trabalho com
Pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Edilson José de Carvalho, Faculdade Santa Helena, pedagogo, E-mail:
[email protected] ou [email protected]
Jarbas de Holanda Beltrão (Ms em Educação pela UFPB), orientador
1 Introdução
Este estudo foi fruto de pesquisa que resultou na monografia “EDUCAÇÃO E
GESTÃO: Discussões para um Caminho de Integração/Inclusão à Educação Especial”.
Sendo apresentada a banca examinadora da Faculdade Santa Helena – FSH. O trabalho
teve como Objetivo: Descrever/refletir um caminho integrador sobre Educação e
Gestão-Escolar para o trabalho na Educação Especial. Assim, refletiremos sobre a
formação de educadores para o trabalho em parceria; a terminologia ao longo da
educação especial; educação inclusiva: atendimento e o currículo para o trabalho com
pessoas com NEE; gestão-escolar, comunidade e conselho: um caminho para a
democratização/inclusão no espaço escolar; aprendizagem de pessoas com necessidades
educativas na área mental; inclusão para as pessoas com deficiência mental: contexto
social, cultural, educacional e político; bem como saberes norteadores para a formação
do docente segundo Gauthier.
A partir da problemática: como vem sendo as discussões sobre a inclusão de
pessoas com deficiência no âmbito educacional brasileiro? O estudo tem como base
metodológica as literaturas educacionais que carregam em seu bojo o discurso de
melhorar a Educação Especial (EE), como promoção de possibilitar maior qualidade de
vida para as pessoas com deficiências. As literaturas educacionais, que tem
demonstrado os muitos fracassos de quem foram e vêm sendo envolvido na EE.
Contudo, muitas tentativas para melhorar o nível dos processos de ensino e
aprendizagem também vêm sendo realizadas. Porém, sem muito sucesso. O trabalho
contempla nas discussões, os teóricos: Rodrigues (2006) e Mantoan (2004/5), Mazzotta
(2005) e outros que dialogam sobre a capacidade operatória da pessoa com DM. A
pessoa com NEAM irá desenvolver habilidades cognitivas através do jogo, e se torna
influenciada a partir do sentimento de competição própria do ser humano.
Os cursos de formação de professores vêm tentando acabar com as dificuldades
e o despreparo desses profissionais na sua prática Docente. Diante da dificuldade de
planificação dos conteúdos para o trabalho com os educandos que têm NEE, há também
dificuldades na gestão e avaliação das aulas destinadas a estes alunos. Podemos
considerar que estas dificuldades, implicam pontos negativos na integração/inclusão do
aluno com NEE no espaço escolar. Na educação há muito que fazer, principalmente
quando se trata da formação de educadores que irão atuar com pessoas que têm NEE.
Foram promulgadas em 2004, as novas leis que estabeleceu eleição direta para
Gestores/Diretores e para Conselheiros Escolares. A partir de então, colocou-se em
prática a importantíssima concepção de democracia da Gestão-Escolar, na promoção de
melhorar na: qualidade pedagógica do seu processo educacional; construção do
currículo voltado para a realidade local e atual; integração de todos os agentes
envolvidos na escola, bem como Gestores, Docentes, Discentes, Comunidade,
Funcionários, Pais e conselhos, todos participando e atuando cooperativamente no
planejamento e nas ações de decidir o que é melhor para todos os envolvidos, dentro e
fora do âmbito escolar (MAFASSIOLI, 2004, p. 2-3).
A transformação da escola não é, portanto, uma mera exigência da Inclusão
Escolar de pessoas com deficiência e/ou com dificuldades de aprender. Mas, para
alcançar a autonomia intelectual e moral até onde seja possível conquistá-la; no sentido
de ampliar suas oportunidades no âmbito da atividade humana, é preciso que todos os
educadores e gestores participem da caminhada do saber com seus educandos
mediatizados pelo mundo.
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Caracterização da Educação Especial
Por muito tempo não havia uma visão clara e cientifica para caracterizar a EE,
era atribuída uma linha religiosa que se conceituava através da fé.
O século XVII as noções a respeito da deficiência eram basicamente ligadas
ao misticismo e o cultismo, não havendo base cientifica para o
desenvolvimento de noções realistas. O conceito de diferenças individuais não
era compreendido ou avaliado. “As noções de democracia e igualdade eram
ainda meras, centelhas na imaginação de alguns indivíduos criadores”
(MAZZOTTA, 2005, p. 16).
Atualmente, a educação se integra ao sistema educacional vigente, também na
esfera do ensino regular. Tendo como finalidade formar cidadãos conscientes e
participativos na família, na sociedade, no trabalho e no mundo.
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Atendimento à pessoa com Deficiência nas Escolas Regulares e Especiais
O atendimento das várias necessidades educativas dos alunos é certamente o
desafio mais importante que o professor tem de enfrentar em nossos dias. (CASTROS,
2003), de fato é tão desafiador que muitos educadores afirmam que, tanto eles quantos
as escolas não estão preparados para assumir tamanha responsabilidade, e mais, a escola
não estar estruturada, nem fisicamente, nem humanamente para oferecer tal
atendimento.
As escolas atendem às diferenças, sem discriminar, sem trabalhar à parte com
alguns alunos, sem estabelecer regras específicas para planejar, aprender,
avaliar “currículos, atividades, avaliação da aprendizagem para alunos com
deficiência e necessidades educacionais especiais” (MANTOAN, apud
RODRIGUES, 2006, p. 196).
É preciso que as escolas insiram no seu Projeto Político Pedagógico (PPP), um
currículo voltado para o trabalho inclusivo, e que de fato, valorize as diferenças.
Com a globalização podíamos pensar que: não mais haverá diferenças entre
pessoas, sociedades, grupos econômicos, culturais, etc. Só que, na verdade, nada disso
aconteceu, e o máximo que poderia acontecer era aumentar as relações de país para país
e de sociedade para sociedade diferentes.
Nesse contexto, mais do que nunca se evidenciou a diversidade como
característica constituinte das diferentes sociedades e da população, em uma
mesma sociedade. Na década de 90, ainda à luz da defesa dos direitos
humanos, pôde-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a
sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades
(ARANHA, 2004, p. 12).
Nunca é demais lembrar que aprender é uma ação humana criativa, individual,
heterogênea e regulada pelo sujeito do processo de aprendizagem, independentemente
de sua condição intelectual ser mais ou ser menos privilegiada (MANTOAN, 2004/5).
As limitações fazem parte das diferenças, e aprender a superá-las, faz parte do
processo de aprendizagem de cada um de nós; e devemos sempre ser estimulados para
alcançarmos o objetivo que é o de estar sempre em busca de novos conhecimentos, com
intuito de melhorar nosso trabalho e vivência nos diversos espaços, seja ele familiar,
escolar, profissional e/ou social.
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Resultados e Considerações Finais
Para que um trabalho com as diferenças supra efeito positivo, é preciso largar
mão dos paradigmas e ir em busca de outras idéias. Claro que para o surgimento de uma
nova idéia é necessário um passado, mas que não necessariamente venha fazer parte de
nossa atual realidade, pois a mesma está em constante transformação.
Precisamos também, repensar as práticas que se amarram nas atividades do
professor, pois, estas têm que estar atreladas numa proposta pedagógica, numa diretriz
de ensino, e numa atuação democrática visando uma maior participação da comunidade.
È de fundamental importância que toda sociedade e os profissionais do âmbito
escolar tenham uma visão no sentido de aceitar na sua escola a integração e a inclusão
da diversidade humana para que todos se humanizem cada vez mais ao longo do seu
desenvolvimento familiar, cultural e socioeconômico. Onde cada um se autoperceba que
ele é de fato, a verdadeira riqueza de seu grupo, de sua sociedade, de seu país.
Os planos têm que se fundamentar nas diversas áreas que facilitem o
desenvolvimento à pessoa com necessidades especiais, assim como a inteligência
neuromotora, perceptivo-motora, sensório-motora, conceitual-simbolística e outras que
possibilitam na potencialidade de cada pessoa.
Podemos reforçar o desenvolvimento de cada pessoa especial, através de um
equilíbrio da(s) área(s) de mais habilidades pessoais para uma mais fraca, com base nas
competências a serem trabalhadas em cada uma dessas pessoas.
Reforçar sistematicamente cada passo da aprendizagem correlacionando os
saberes pertinentes encontrados no reservatório de cada sujeito, até o professor estar
pronto para avaliar suas práxis, e nesse seguimento, também ser avaliado pelos alunos.
Sem duvida os alunos com NEE, também pode avaliar, a partir das potencialidades
adquiridas ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
Na avaliação educativa: esta pode ser a nível local e ao mesmo tempo nacional,
dentro das possibilidades do programa elaborado para desenvolver as habilidades das
pessoas com NEE, no tocante ao processo de aprendizagem para a vida em sociedade.
Assim, podem conhecer mais e preservar sua identidade de cidadania, respeitando a dos
outros.
Queremos formas de inclusão condizente com a realidade de cada característica
especial, que facilite a integração de todos como sujeito cidadão de direito na sociedade,
a escola é de fato o espaço mais concreto dessa realidade positiva para a inclusão de
pessoas com necessidades especiais, e merecem uma maior atenção dos governantes e
de toda comunidade, pois, elas são tão capazes quanto nós para exercer o direito de ser
um verdadeiro cidadão e cidadã no mundo.
É de fundamental importância que, toda sociedade e os profissionais do âmbito
escolar tenham uma visão no sentido de aceitar na sua escola a integração e a inclusão
da diversidade humana, para que todos se humanizem cada vez mais ao longo do seu
desenvolvimento familiar, cultural e socioeconômico.
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Referências
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IDE, C. M. Leitura e Escrita e a Deficiência Mental: São Paulo: Mimam, 1993.
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MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas, 5ª Ed.
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SASSAKI, Romeu K. Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito,
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YANNUZZI, Gilberta, A Luta pela Educação do Deficiente Mental no Brasil: Autores
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