1 UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA Programa de Pós-graduação stricto sensu em Educação Matemática ENCARTE À DISSERTAÇÃO: A Geometria Dinâmica como instrumento na Formação do Professor de Matemática: uma experiência no Colégio Santo Inácio Thales do Couto Filho Rio de Janeiro 2011 2 A Geometria Dinâmica como instrumento na Formação do Professor de Matemática: uma experiência no Colégio Santo Inácio Produto Final apresentado ao programa de Mestrado, elaborada junto ao Programa de Pósgraduação stricto sensu em Educação Matemática – como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação Matemática. Orientadora: Profª. Drª. Estela Kaufman Fainguelernt Coorientador: Prof. Doutorando Ilydio Pereira de Sá Rio de Janeiro 2011 3 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Uma ilusão da reta tangente a uma circunferência FIGURA 2 – Dando vida a reta, verificando que a reta não é tangente a circunferência FIGURA 3 – Dando vida a reta, verificando que a reta não é tangente a circunferência FIGURA 4 – Reta tangente a circunferência FIGURA 5 – Reta tangente a circunferência FIGURA 6 – Duas retas tangentes a uma circunferência FIGURA 7 – Duas tangentes a uma circunferência FIGURA 8 – Duas tangentes a uma circunferência FIGURA 9 – Triângulo circunscrito em uma circunferência FIGURA 10 – Triângulo circunscrito em uma circunferência FIGURA 11 – Mediatriz um Lugar Geométrico FIGURA 12 – Triângulo isósceles de base AB FIGURA 13 – Triângulo eqüilátero FIGURA 14 – Circunferência circunscrita em um triângulo FIGURA 15 – Traçando uma mediatriz FIGURA 16 – Os piratas e o Tesouro FIGURA 17 – Usando a Mediatriz FIGURA 18 – Aplicando a Mediatriz FIGURA 19 – Duas mediatrizes validando a situação proposta FIGURA 20 – A reta como um lugar Geométrico FIGURA 21 – Pontos eqüidistantes 4 cm do centro de um triângulo equilátero FIGURA 22 – A simetria FIGURA 23 – Um segmento do Plano R² FIGURA 24 – A simetria central FIGURA 25 – Reflexão em torno do eixo das abscissas FIGURA 26 – A circunferência no plano cartesiano FIGURA 27 – Retas concorrentes duas a duas FIGURA 28 – Retas concorrentes duas a duas formando um triângulo retângulo FIGURA 29 – A senoíde FIGURA 30 – A cossenoíde FIGURA 31 – O trapézio 8 8 8 9 9 9 10 10 11 11 12 13 14 15 16 17 17 18 18 19 20 21 21 22 23 23 24 25 25 26 27 4 LISTA DE SIGLAS CSI – Colégio Santo Inácio DVD – Digital Versatile Disc EM – Ensino Médio ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio GD – Geometria Dinâmica GM – Geometria LDB – Lei de Diretrizes e Bases PCN – Parâmetro Curricular Nacional PPI – Paradigma Pedagógico Inaciano RPM – Revista do Professor de Matemática TI – Tecnologia da Informação TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação u.c. – unidades de comprimento 5 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 1ª Proposta 2ª Proposta 3ª Proposta 4ª Proposta 5ª Proposta 6ª Proposta 7ª Proposta 8ª Proposta 9ª Proposta 10ª Proposta 11ª Proposta 12ª Proposta 13ª Proposta 14ª Proposta 15ª Proposta 16ª Proposta 17ª Proposta 18ª Proposta 19ª Proposta 20ª Proposta 21ª Proposta CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6 8 9 11 12 13 14 14 15 15 16 18 19 20 21 21 22 23 24 24 25 26 28 30 6 APRESENTAÇÃO Este encarte faz parte integrante da minha dissertação do Mestrado Profissional em Educação Matemática, que cursei na Universidade Severino Sombra, em Vassouras, Rio de Janeiro, sob o título: A Geometria Dinâmica como Instrumento na Formação do Professor de Matemática: uma experiência no Colégio Santo Inácio. Esse material que está aqui sendo apresentado foi elaborado para atender aos professores de Matemática que trabalham no Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e no Ensino Médio, e aos estudantes dos cursos de Licenciatura em Matemática, com o objetivo de apresentar sugestões de utilização dos vários softwares de Geometria Dinâmica disponível. Para resolver as atividades usaremos o Cabrí-géomètre. Nesse trabalho foi procurado mostrar a importância de conhecer bem os conceitos da Matemática. Construindo junto os conteúdos e os saberes aplicados as novas tecnologias, não abrindo mão da busca pelo novo, construindo é fazendo conjectura de situações que possam servir de referência Durante o trabalho da dissertação, pude rever e apreender que nos professores temos que estar nos atualizando constantemente. Não podemos achar que conhecemos todos os assuntos e ponto final. Que temos uma experiência e pronto. Se a repetimos, sem nos dar conta que essa experiência muitas vezes já perdeu sua eficácia, que se tornou obsoleta. E que deve ser revista. Assim com esse outro olhar, é com a vocação e vontade de mudar, de apreender mais e mais e que pude desenvolver e explorara todos os recursos disponíveis pelo Colégio Santo Inácio visando esse trabalho. Ao escrever a dissertação, pude verificar que uma das grandes dificuldades que nós, professores de Matemática, encontramos ao ensinar nossa disciplina, reside no fato de que, quase sempre, as atividades que propomos em sala encontram-se muito distantes da realidade dos nossos alunos. Esse é um fator que impede que o estudante enxergue algum significado naqueles conteúdos, ampliando ainda mais o seu desinteresse e a sua desmotivação. Minha intenção com esse trabalho é apresentar a riqueza da aplicação da Geometria Dinâmica, desenvolvida a partir de atividades que permitam que os professores construam os conceitos passo a passo, instigados e saboreados pelos alunos com calma sem correria, pois seguramente não vai haver o famoso chavão da perda de tempo de aula. Apresentada dessa forma, a Matemática que ensinamos na escola poderá despertar 7 mais interesse em nossos alunos, além de provocar neles um espírito crítico, pois em muitas situações ele poderá ser levado a fazer avaliações e estimativas e investigações a partir dos dados numéricos, dos desenhos propostos ou os dos gráficos apresentados. A aula será mais dinâmica, com maior participação dos alunos e com a capacitação adequada do próprio professor. Segue com esse encarte um CD com as atividades propostas que deve ser utilizado por que tenha instalado em sua maquina o software Cabri II. Bom trabalho a todos. 8 1º Proposta: Traçar uma reta tangente a uma circunferência: ao solicitar que um aluno vá ao quadro para que ele trace uma reta tangente a uma circunferência o que se vê é uma construção simples como a que destacamos a seguir: Figura 01 – Uma ilusão da reta tangente a uma circunferência Entretanto o que se vê ao movimentar a reta é que ocorrem situações como a seguir apresentamos: Figura 02 e 03: Dando vida à reta, verificado que a reta não é tangente a circunferência 9 Assim podemos constatar através da manipulação da reta que a tal reta não é efetivamente tangente a circunferência, assim podemos provocar as conjecturas. Perguntando aos alunos, qual a condição para que a reta seja tangente a circunferência. Após algum tempo temos condições de apresentar que a imposição para que tal fato seja verdade é o da existência de uma reta normal que é perpendicular contendo o ponto P de tangencia e que passa pelo o centro da circunferência. Assim podemos disser que o raio é esse segmento. Conforme a figura a seguir: Figuras: 04 e 05: Reta tangente a circunferência Portanto, agora dando vida a figura, isto é, movimentando a reta verificamos que a mesma será sempre tangente a circunferência. Podemos então concluir que para que uma reta seja tangente a uma circunferência e necessário que seja perpendicular ao raio em um ponto comum. 2º Proposta: Vamos agora traçar duas tangentes a uma circunferência a partir de um ponto A exterior a mesma. Agora espera-se que os alunos com os conhecimentos adquiridos na primeira atividade possam aplicá-los de forma correta para descobri outras propriedades. Figura 06: Duas retas tangentes a uma circunferência 10 Portanto agora, você pode propor que os alunos verifiquem as medidas dos segmentos QA e PA. Comprovando que os segmentos têm a mesma medida, proponha tal desafio e a seguir peçam que prove tal fato usando conceitos geométricos. Primeira demonstração: Figura 07: Duas tangentes a uma circunferência Conclusão: Ao ligarmos os pontos P e Q construímos o segmento PQ, verificamos a existência de dois triângulos isósceles, o POQ, pois OQ é congruente a OP, visto que ambos têm a medida do raio da circunferência. E o triângulo PAQ, que apresenta os ângulos APQ e AQP de medidas indicadas por 90º - x, sendo assim um triângulo isósceles. Concluímos, portanto que a medida dos segmentos AP é AQ são iguais. Segunda demonstração: Figura 08: Duas tangentes a uma circunferência Nesse caso basta que os alunos percebam que os triângulos AOQ e AOP, são retângulos com dois lados comuns, onde OA é a hipotenusa e OQ e OP são os catetos dos 11 triângulos. Assim, podemos concluir que os triângulos AOQ e AOP são congruentes (através do caso LAL). Validando a existência de que os segmentos (catetos) AP e AQ possuem a mesma medida. 3º Proposta: Encontrar a medida do raio da circunferência inscrita em um triângulo retângulo sabendo que o seu perímetro mede 28 cm e que a hipotenusa mede 10 cm. Figura 09: Triângulo circunscrito em uma circunferência Uma possibilidade é dar nomes aos pontos de tangencia de cada lado com a circunferência, basta aplicar a propriedade desenvolvida na segunda proposta. Vejamos como fica: Figura 10: Triângulo circunscrito em uma circunferência Como o perímetro é a soma de todos os lados da figura temos: 12 2 x 2 y 2R 28 temos: 10 R 14 x y R 14, já que a hipotenusa e dada pela soma de x mais y, R 4 . Essa é uma solução possível, a outra e a construção do triângulo nas condições propostas e verificar a medida com a ferramenta distância e comprimento. 4º Proposta: Ponto - segmento - mediatriz - rótulo - medir – Com essa atividade, espera-se que o aluno possa avançar no domínio das ferramentas do Cabrí e venha a dar os primeiros passos com o intuito de verificar o que vem a ser um Lugar Geométrico. Como proceder. Entre no Cabri-géomètre II. 1. Marque um ponto; 2. Construa um segmento a partir do ponto criado; 3. Dê nomes às extremidades (A e B); 4. Construa a mediatriz do segmento AB; 5. Coloque um ponto P sobre o objeto mediatriz do segmento AB em um lugar da mediatriz, diferente do ponto médio de AB; 6. Construa os segmentos AP e BP; 7. Meça estes segmentos; 8. Movimente o ponto P na mediatriz; 9. Verifique a propriedade da mediatriz em que a medida de PA= PB. Pronto, está feita a tarefa. Figura 11: Mediatriz um Lugar Geométrico Essas etapas de construções devem ser feitas da seguinte forma: marque um ponto e de o nome de A, a seguir construa o segmento AB. Usando a ferramenta mediatriz, clique sobre o segmento e a seguir marque um ponto qualquer P sobre essa mediatriz, construindo assim os segmentos PA e PB, verificando suas medidas usando a ferramenta distância e comprimento, vamos ver que são rigorosamente as mesmas. 13 Portanto, assim validamos o fato de que a mediatriz é o lugar geométrico dos pontos equidistantes de dois pontos extremos de um segmento. Vale apena saber: Lugar Geométrico é todo conjunto de pontos que possuem uma propriedade exclusiva. Exemplos: Mediatriz, bissetriz, circunferência, plano mediador. 5º Proposta: Construa um triângulo isósceles, conhecendo-se a medida da base AB. Conhecendo-se a medida da base AB de um triângulo ABC, podemos construir esse triângulo que pode ser isósceles ou equilátero. Vamos ver que a solução dessa atividade proposta é de fato simples e se baseia na aplicação anterior. Temos a seguinte solução: Figura 12: Triângulo isósceles de base AB Conhecendo-se a medida da base AB, se constrói a mediatriz do segmento AB, a seguir marcamos um ponto P sobre o objeto (reta) e unimos P a A e a B, obtendo os segmentos PA e PB. Construindo o triângulo APB que é um triângulo isósceles. 14 6º Proposta: Construa um triângulo equilátero ABC cujos lados tenham medidas iguais a 6,0 cm. Uma hipótese é construir o segmento cuja medida seja de 6,0 cm, e a seguir tomando essa medida como raio deve-se construir duas circunferências com centros em A e B usando a ferramenta compasso. A fim de encontrar os dois pontos de interseção. A situação proposta admite duas soluções, vejamos na figura a seguir: Figura 13: Triângulo Equilátero 7º Proposta: Determine um ponto equidistante de A, de B e de C. Destaque-o mudando seu aspecto. Meças as distâncias, verificando se o ponto encontrado é de fato equidistante aos pontos A, B e C. Nesta atividade espera-se que o aluno perceba que toda reta construída perpendicularmente contendo o ponto médio do segmento dado, é uma mediatriz. Assim o ponto eqüidistante desses três segmentos que tecnicamente formam o triângulo ABC e chamado de circuncentro e é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo. 15 E importante saber distinguir esses pontos notáveis que ocorrem em um triângulo. Sendo assim, os pontos de encontros das alturas de um triângulo chama-se ortocentro, das bissetrizes internas é o incentro, das medianas é o baricentro e o ponto de encontro entre as mediatrizes chama-se circuncentro. Vejamos a construção da situação proposta: Figura 14: Circunferência circunscrita em um triângulo 8º Proposta: Determine um ponto B de AC de tal maneira que AB + BD = AC 16 Essa é uma atividade que visa investigar as possibilidades que são possíveis. Assim cabe ao aluno fazer todas as conjecturas para depois definir o caminho que deve ser usado. Logo, tendo construído o segmento CD, podemos traçar a mediatriz desse segmento, obtendo o ponto B de interseção com o segmento AC. Assim encontramos os segmentos BD e BC com a mesma medida, conforme vemos na construção a seguir. Figura 15: Traçando uma mediatriz Assim podemos concluir que a soma de AB + BD = AC. 9º Proposta: O problema a seguir foi proposto pelo Professor Dr. Jose Paulo Carneiro em artigo publicado pela RPM de número 47, de 2001. O problema a seguir foi inspirado em um exercício do livro Polynomials, de E. J. Barbeau, e foi apresentado a professores do ensino médio, alunos de um curso, de formação continuada, sobre números complexos. Dois piratas decidem enterrar um tesouro em uma ilha. 17 FIGURA 16 – OS PIRATAS E O TESOURO Escolhem, como pontos de referência, uma árvore e duas pedras. Começando na árvore, medem o número de passos até a primeira pedra. Em seguida, dobram, segundo um ângulo de 90o, à direita e caminham o mesmo número de passos até alcançar um ponto, onde fazem uma marca. Voltam à árvore, medem o número de passos desde a árvore até a segunda pedra, dobram à esquerda, segundo um ângulo de 90o, e caminham o mesmo número de passos até alcançar um ponto, onde fazem outra marca. Finalmente, enterram o tesouro exatamente no ponto médio entre as duas marcas. Anos mais tarde, os dois piratas voltam à ilha e decidem desenterrar o tesouro, mas, para sua decepção, constatam que a árvore não existe mais (o vento, a chuva e os depredadores a haviam arrancado). Então um dos piratas decide arriscar. Escolhe ao acaso um ponto da ilha e diz: “Vamos imaginar que a árvore estivesse aqui.” Repete então os mesmos procedimentos de quando havia enterrado o tesouro: conta os passos até a primeira pedra, dobra à direita, etc., e encontra o tesouro. A pergunta é: esse pirata era sortudo ou um Matemático? A figura a seguir ilustra a situação do problema. Onde A e a árvore, e P e Q as pedras, o tesouro está no ponto T médio dos pontos P’ e Q’. FIGURA 17 – USANDO A MEDIATRIZ Esse resultado não só demonstra que a localização do tesouro independe da posição da árvore, como também permite localizá-lo como o terceiro vértice de um dos 18 triângulos retângulos isósceles com a hipotenusa PQ. Assim pode-se concluir que os piratas eram matemáticos. 10º Proposta: Determine um ponto B da reta r tal que AB + BC = 9,0 cm. Faça todas as soluções. FIGURA 18 – APLICANDO A MEDIATRIZ Essa é uma situação problema que têm como objetivo levar o aluno a descobrir e utilizar a ferramenta edição numérica, pois ele deve construir sobre a reta que r o segmento definido de 9 cm a partir do ponto A, onde vai localizar dois pontos que chamaremos de D e D’, a seguir vai aplicar o conceito da mediatriz do segmento CD encontrando a primeira mediatriz, estando assim definido o ponto B. Como temos também o segmento CD’, outra mediatriz deve ser traçada encontrando portanto o ponto B’. Logo a situação apresenta duas soluções para a situação proposta. Figura 19: Duas mediatrizes validando a situação proposta 19 11º Proposta: Determine todos os pontos que distam 5,0 cm de P e 3,0 cm da reta s. Marque e nomeie-os. FIGURA 20 – A RETA COMO UM LUGAR GEOMÉTRICO 20 12º Proposta: Construa um triângulo equilátero a partir do segmento AB e a circunferência circunscrita a este triângulo. Determine os pontos contidos nos lados do triângulo ABC e situados a 4 cm do centro. Nomeie estes pontos. A solução desse problema consiste em construir o triângulo eqüilátero ABC o ponto de encontro das mediatrizes de dois de seus lados obtendo o centro da circunferência circunscrita, a seguir usando a ferramenta transferência de medidas constrói-se uma circunferência de raio 4 cm obtendo assim os pontos de interseção com os lados do triângulo ABC, cujos pontos são P, Q, R, S, T e U. FIGURA 21 – PONTOS EQUIDISTANTES 4 CM DO CENTRO DE UM TRIÂNGULO EQUILÁTERO 21 13º Proposta: Explorando a idéia da simetria, o aluno movimenta o ponto em vermelho, por exemplo, e os demais seguem de forma simétrica. FIGURA 22 – A SIMETRIA Figura 22: Simetria Essa é uma proposta onde o aluno ira buscar formas nas figuras manipulando um dos pontos dado a figura canha vida a partir da manipulação da GD. 14º Proposta: Construa a situação proposta no Cabri: Sejam PQ o segmento de reta da figura e T a reflexão na origem. FIGURA 23 – UM SEGMENTO NO PLANO 2 22 Se P’= T(P) e Q’= T(Q), represente a figura que se caracteriza através da imagem de PQ, por T. A solução dessa situação problema é imediata, visto que podemos usar a ferramenta que indica a simetria central. Logo, teremos a solução geométrica abaixo indicada. FIGURA 24 – A SIMETRIA CENTRAL 15º Proposta: Construa a imagem da reta y = 2x pela reflexão em relação ao eixo dos x, qual a nova equação obtida, compare os seus coeficientes angulares. Na solução desse problema deve-se usar o Cabri, assim construímos a reta y = 2x, fazendo a simetria do par ordenado (1, 2) que pertence à reta em questão em relação ao eixo das abscissas temos o para ordenado (1, -2) logo a reta que passa pela origem e por esse ponto nos dá a reta y = -2x, ou seja, cujos coeficientes angulares são simétricos. 23 FIGURA 25 – A REFLEXÃO EM TORNO DO EIXO DAS ABSCISSAS 16º Proposta: Construa com o Cabri o lugar geométrico dos pontos de coordenadas (x, y) do R², tais que ( x 2) 2 ( y 3) 2 1. Os mesmos estão situados em quais quadrantes? Qual é esse lugar geométrico? Construindo o LG, com o Cabri, encontra-se uma circunferência contida no 4ª quadrante, assim todos os pontos estão situados no 4ª quadrante, e esse LG é uma circunferência. FIGURA 26 – A CIRCUNFERÊNCIA NO PLANO CARTESIANO 24 17º Proposta: Construa as retas do R² de equações x = 2, y = x e x + 2y = 12 determinam um triângulo T. Qual o ponto de coordenadas inteiras que está no interior do triângulo T. E qual o ponto de coordenadas inteiras, cuja abscissa é 3, que está sobre os lados do triângulo T. A solução pode ser feita através da construção do triângulo, com o uso do Cabri, logo o ponto de coordenadas inteiras que está no interior do triângulo T é o par (3, 4) logo o de abscissa 3 situado no lado do triângulo T é o par (3, 3). FIGURA 27 – RETAS CONCORRENTES DUAS A DUAS 18º Proposta: Os pontos de interseção das retas x – y = 0, x + y = 4 e x = 4 tomadas duas a duas, são vértices de um triângulo. Determine a natureza desse triângulo quanto ao ângulo, a seguir construa a circunferência circunscrita no triângulo e determine o raio da mesma. 25 Nesta situação problema pode-se verificar que o triângulo obtido é retângulo, pois o ângulo formado pelas retas y = -x + 4 e y = x mede 90º, visto que as retas são perpendiculares. Logo, o raio da circunferência circunscrita mede 2 u.c. FIGURA 28 – RETAS CONCORRENTES DUAS A DUAS FORMANDO UM TRIÂNGULO RETÂNGULO Podemos concluir que o triângulo retângulo obtido está inscrito na circunferência com centro no ponto médio da hipotenusa que vem a ser o diâmetro da circunferência. 19º Proposta: Análise da função seno de x que tem como lugar geométrico a senoíde. No gráfico, movimente o ponto P e observe a variação do cosseno de x. FIGURA 29 – A SENOIDE A solução dessa situação proposta será com a manipulação da GD. Gráfico da função seno 26 20º Proposta: Análise da função cosseno de x que tem como lugar geométrico a cossenoide. No gráfico, movimente o ponto P e observe a variação do cosseno de x. FIGURA 30 – A COSSENOIDE Gráfico da função cosseno A solução dessa situação proposta será com a manipulação da GD. 21º Proposta: Desenhe o trapézio isósceles ABPQ com 5,0 cm de altura e lado BQ = 6,0 cm, com o maior perímetro possível e o menor perímetro possível. Essa é uma atividade onde se devem explorar ao máximo as análises de perímetro máximo e mínimo. Assim, apresentam-se as duas possibilidades na figura a seguir. 27 FIGURA 31 – O TRAPÉZIO Tem-se assim dois trapézios, um com perímetro máximo ABNM e outro com perímetro mínimo ABQP, nas condições propostas. Neste caso concluímos a existência de dois trapézios, pois ao construirmos a circunferência com centros e A ou B como a medida do raio igual a 6 cm, encontramos dos pontos M, P, Q e N, de tal forma que um dos trapézios têm área máxima e o outro área mínima. 28 CONCLUSÃO: As atividades propostas foram testadas com alunos do 6º ano ao 9º ano, observamos que algumas das atividades os alunos das séries finais apresentaram maior desenvoltura. Procuremos apresentar uma atividade após a outra com o propósito de construir os conteúdos Matemáticos na hora que se faziam necessários. Assim pudemos observar que o processo ensino aprendizagem, contemplava as grandes dimensões defendidas pela educação proposta pela Companhia de Jesus. As atividades foram de forma prática assimiladas pelos alunos, e podem ser usadas como atividades tanto em sala de aula como em laboratórios com os softwares de Geometria Dinâmica. Afirmamos que a presença humana e tudo que ela implica são insubstituíveis na educação em geral e também na transmissão de conhecimentos. Mas quando pensamos no potencial que essa ferramenta tem e no que ela pode alcançar, é realmente genial. Foi com esse viés que o trabalho foi concebido. Sem a exclusão do professor mola propulsora da educação. Convêm destacar e observar que o teor do trabalho apresentado na dissertação, buscava investigar uma prática realizada em um colégio da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Tal objetivo foi alcançado, e esse encarte a dissertação vem para fechar todo um trabalho da pesquisa. Pois coloquei em prática todas as atividades acima apresentadas e coletei dados visando à construção do trabalho feito. Verificamos ao longo de nosso trabalho que a visão dos vários teóricos da educação se aplica na construção do conhecimento, sobretudo as dimensões defendidas pela educação jesuíta. Entretanto, para que tais atividades possam ser de fato aplicadas em uma escola deve haver cumplicidade entre seus atores, isto é, é necessário que haja integração entre os professores e que estes se sintam motivados para o seu planejamento e execução. Pensando assim é que o CSI nos tem permitido discutir e ampliar as possibilidades de realizamos todas as tarefas sem pressão, sem cobrança. Temos o apoio da direção das coordenações e uma confiança na execução do trabalho realizado. Esperamos que esse material possa ajudar a todos que se interessam pela Matemática, de uma forma concreta pela Geometria Dinâmica, de modo que outras 29 atividades além das que aqui foram apresentadas possam ser elaboradas com vistas a um trabalho com vista da melhoria do ensino da Matemática com um olhar focado no amanhã, com o uso das tecnologias disponíveis. Entretanto devemos sempre valorizar os conteúdos da disciplina em questão. Sucesso a todos! 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONGIOVANI, Vincenzo. 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