ESPIROMETRIA (PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR) NA PRÁTICA DA MEDICINA DO TRABALHO ANTONIO NELSON CINCOTTO PUC.SP.SOROCABA 2001 1. CONCEITO ESPIROMETRIA SPIRARE + METRUM = MEDIDA DA RESPIRAÇÃO - (VENTILAÇÃO) 2. O QUE A ESPIROMETRIA (PFV) MEDE A) VOLUMES B) CAPACIDADES C) FLUXOS (D) GASES SANGUÍNEOS 3. C.V. E SUAS DIVISÕES 4. CURVA V/T 5. CURVA F/V 6. QUANDO E POR QUE FAZER ESPIROMETRIAS (PFVs)? A) MEDICINA GERAL I. Identificação de doença ou envolvimento pulmonar II. Quantificação da doença III. Diagnóstico IV. Detecção precoce da doença V. Investigação da dispnéia VI. Acompanhamento e resposta ao tratamento VII. Avaliação da incapacidade laboral 6. QUANDO E POR QUE FAZER ESPIROMETRIAS (PFVs)? A) MEDICINA OCUPACIONAL LEI 6514 DE 22/12/1977 NR7 PORTARIA 3214 DE 08/06/1978 PORTARIA 19 DE 09/04/1998, ARTIGO 1º ALTERA O QUADRO II Portaria nº 19, de 09 de Abril de 1998 Quadro II Parâmetros para monitorização da exposição ocupacional a alguns riscos à saúde RISCO EXAME COMPLEMENTAR PERIODICIDADE Ruído MÉTODO DE EXECUÇÃO CRITÉRIO INTERPRETAÇÃO DE OBSERVAÇÕES Vide Anexo I - Quadro II Aerodispersóides FIBROGÊNICOS Telerradiografia do tórax Admissional e anual Radiografia em posição Classificação internacional póstero-anterior (PA) da OIT para radiografias Técnica preconizada pela OIT, 1980 Espirometria Admissional e bienal Aerodispersóides Telerradiografia do tórax NÃO FIBROGÊNICOS Espirometria Condições hiperbáricas Admissional e bienal Radiografias de articulações Admissional e anual coxo-femorais e escápuloumerais Radiações ionizantes Hemograma completo contagem de plaquetas Hormônios femininos Benzeno Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987 Admissional Trienal, se Radiografia em posição Classificação internacional exposição < 15 anos póstero-anterior (PA) da OIT para radiografias Técnica preconizada pela OIT, 1980 Bienal, se exposição > 15 anos e Admissional e semestral sexuais Apenas em homens: Admissional e semestral Testosterona total ou plasmática livre LH e FSH Hemograma plaquetas completo e Admissional e semestral Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987 Ver anexo "B" do Anexo nº 6 da NR 15 DEFINIÇÃO DE AERODISPERSÓIS • POEIRAS: partículas sólidas, material orgânico/inorgânico resultante de moagem, lixamento, etc. • FUMOS: partículas de condensação de vapores metálicos após reação com oxigênio atmosférico, formando óxidos. DEFINIÇÃO DE AERODISPERSÓIS • NÉVOAS (NEBLINAS): gotículas resultantes do arrastamento de um líquido por corrente de ar, por bolhas de gás ou condensação de líquido na atmosfera. DEFINIÇÃO DE AERODISPERSÓIS • FUMAÇA: combustão de materiais orgânicos constituídos de mistura de gases e vapores, partículas e gotículas. 8. TIPOS DE ESPIRÔMETROS A) SELO D’ÁGUA B) FOLE OU PISTÃO C) ELETRÔNICOS: I. PNEUMOTACÔMETROS II. TERMÍSTORES III. TURBINÔMETROS * TODOS PODEM SER DE LEITURA DIRETA OU DIGITAL, ACOPLADOS OU NÃO A SISTEMAS COMPUTADORIZADOS 9. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM ESPIRÔMETRO A) POSSIBILIDADE DE CALIBRAÇÃO EXTERNA (p/ Volumes e Fluxos). B) POSSIBILIDADE DE GERAR GRÁFICOS (no papel) C) APROVADO PELA ABNT D) APROVADO PELA SBPT 10. A PROVA FUNCIONAL VENTILATÓRIA (ESPIROMETRIA) CONDIÇÕES BÁSICAS 1)ESPIRÔMETRO DE QUALIDADE 2) PESSOAL TÉCNICO DEVIDAMENTE TREINADO E SE POSSÍVEL CERTIFICADO PELA SBPT 10. A PROVA FUNCIONAL VENTILATÓRIA (ESPIROMETRIA) CONDIÇÕES BÁSICAS 3) OBSERVAÇÃO CRITERIOSA DAS TÉCNICAS PADRONIZADAS PELA ATS (1987) = OU PELO CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ESPIROMETRIA DA SBPT, 1996 11. CRITÉRIOS PARA ESPIROMETRIA DE BOA QUALIDADE - SBPT, 1996 • • • • • • Pelo menos 3 testes aceitáveis Inspiração máxima antes do início do teste Início satisfatório da inspiração Evidência de esforço máximo Volume retroextrapolado < 5%CVF ou 1,0L Diferença entre os 3 >valores de PFE<0,5L/s • Expiração sem hesitação 11. CRITÉRIOS PARA ESPIROMETRIA DE BOA QUALIDADE - SBPT, 1996 • • • • Duração satisfatória do teste (6s ou 15s) Término (platô de 1 s. ou alto desconforto) Artefatos ausentes ( tosse, vazamento, etc.) Resultados reprodutíveis (CVF e VEF1 não devem diferir > 200 ml nas 3 tentativas) • Seleção das melhores curvas para a interpretação 12. QUAIS PARÂMETROS MEDIR? • IMPRESCINDÍVEIS: CV, CVF, FEV1. • AUXILIARES: FEF x%, FEV xt, VVM, VMAX (Peak-Flow). • OPCIONAIS: VC , FR , VM, FLUXOS INSPIRATÓRIOS FLUXOS TELEEXPIRATÓRIOS 13. COMO INTERPRETAR E AS PFV * 1) NORMAL 2) DISTÚRBIO OBSTRUTIVO 3) DISTÚRBIO RESTRITIVO 4) MISTO 14 - CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS CFV VEF1 D IM IN U ID A D IM IN U ID O NORM AL O B S T R U T I- N O R M A L * VO D IM IN U ID O D IM IN U ID O D IM IN U ID O D IM IN U ID O NORM AL RESTRI T IV O M IS T O F E V 1 /C V F 15. COMO QUANTIFICAR O RESULTADO • LEVE • MODERADO • SEVERO 16 - CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS SEGUNDO A GRAVIDADE SBPT, 1996 VEF1 CVF VEF1 CVF % P R E V IS T O % P R E V IS T O % P R E V IS T O LEVE 60 – LI 60 –LI 6 0 -L I M ODERADO 4 1 -5 9 51 – 59 41 – 59 SEVERO < 40 < 50 <40 17. PRÁTICA • A PFV • AS PROVAS DE BRONCODILATAÇÃO E BRONCOCONSTRIÇÃO • O RELATÓRIO E-mail para contato: [email protected] Laboratório da função pulmonar: (015) 231 3221, com Nelsi.