QUALIDADE EM PFP 14 de outubro: dia da espirometria INTERATIVA Você será náufrago em uma ilha remota. Qual equipamento de função pulmonar você levaria? a) b) c) d) Espirômetro Pletismógrafo Analisador de Difusão de CO O que eu mais queria era um rádio com sinalizador GPS de longo alcance INTERATIVA • Espirometria - Reprodutível, simples, bons valores de referência • Difusão de CO - Complementa a espirometria, previstos discrepantes • Pletismografia (volumes pulmonares) - Complexidade técnica, menor reprodutibilidade Salzman SH. Overview of PFT. CHEST 2009 Porque controle de qualidade? • Reduz erros diagnósticos • Sensação infundada de doença • Invalidez por laudos “inválidos” • Prejuízo (repetição de testes, medicamentos) • “ Um teste ruim é pior do que nenhum tipo de teste” Ruppel G. Quality Assurance of Lung Tests. ATS 2009 Curso ERS 2007: Constatações ARTP / NARTC Survey Calibration 52% did not calibrate Infection control 30% did no cleaning Training 52% received any! Height measurement Only 30% measured height Predicted values 34% used no predicted values Irene Steenbruggen, ERS 2007 EQUIPAMENTOS E CALIBRAÇÃO Os equipamentos são bons? • 5 sistemas modernos de função pulmonar • Collins, Morgan, Sensormedics, Jaeger, MGC • Alto grau de acurácia em CVF e VEF1 • Menor grau em FEF25-75%, PFE e DLCO Jensen R, Crapo R. Instrument Accuracy In Pulmonary Function. Chest 2007 Acurácia em Função Pulmonar Jensen R, Crapo R. Instrument Accuracy In Pulmonary Function Chest 2007 Software adequado • CVF , VEF1, CV, CI, VEF1/CV(F) • Atualização de valores de referência • Versátil, uso em mais de um computador • Possibilidade de back-ups Caso 1 Paciente masc, 47 anos Nega tabagismo Assintomático respiratório Check-up CVF=31% VEF1=32% A técnica jura que calibrou! Volume correto CVF=103% VEF1=97% Caso 2 1,63m, 46 anos, 68 Kg Dispnéia , nega fumo, Fem. CVF = 5,81 145% Limite inferior (CVF) = 3,13 VEF1 = 4,46 136% Limite inferior (VEF) = 2,48 VEF1/CVF 0,77 Limite inferior (IT) = 0,73 HD: VALORES SUPRANORMAIS? SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002 Obstrução do sensor ? Também com gotículas nos transdutores Erro no ajuste de fluxo zero? Verificar inclinação!! Townsend M, Hankinson J. Is My Lung Function Really That Good? Chest 2004 Respiração “extra” ? USAR CLIP NASAL!! Testar com sniff Caso 2: Seringa com vazamento! Checar vazamentos (mensalmente) A seringa deve ser validada anualmente Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 SEMPRE CHECAR CALIBRAÇÃO! CONTROLE BIOLÓGICO Indivíduos com função pulmonar conhecida Limites aceitáveis: até 10% do valor médio SBPT. Diretrizes para Testes de Função Pulmonar J Pneumol 2002 O Controle Biológico • Sem doença respiratória (asma) • Assintomático • Não fumante • Facilmente disponível • Representativo da população Ruppel G. Quality Assurance of Lung Tests. ATS 2009 O Controle Biológico • Variação de CVF e VEF1 em normais: • 5% no mesmo dia • 10% em uma semana • 15% em um ano Pellegrino, ERJ 2005 SBPT, J Pneumol 2002 CONTROLE DE INFECÇÃO Higiene e Infecção • Não há risco apreciável em imunocompetentes • Contaminação é maior nos espirômetros de volume • O uso de filtros é uma área de controvérsia • Os diretores de laboratórios, questionados e preocupados, usam filtros. • Vacinar a equipe (gripe) ! • Lavar as mãos entre os pacientes ! ATS/ERS: Considerations for LFT. Eur Respir J 2005 EQUIPE O(A) TÉCNICO(A) – Fator importante na qualidade – Treinamento inicial mínimo de 80 horas – Qualificação profissional pela SBPT – Cursos de atualização (3 a 5 anos) SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002 ATS/ERS Considerations for Lung Function. Eur Respir J 2005 Gradação da qualidade da espirometria Critérios de aceitação Reprodutibilidade A = 3 manobras aceitáveis (de até 8 tentativas) Os dois valores de CVF e VEF1 diferindo 0,15 L e PFE < 10% B = 2 ou mais manobras aceitáveis Os dois valores de CVF e VEF1 podem ficar entre 0,15 e 0,20L ou 10%> PFE <15% C = Apenas uma manobra aceitável ou mais do que uma manobra aceitável Com valores de VEF1 apresentando variação > 0,20 L D = Nenhum teste aceitável Diretrizes para Testes Função Pulmonar 2002 Diretor Médico – Especialista em pneumologia – Conhecimento em fisiologia respiratória – Funcionamento do equipamento – Responsabilidade sobre todos os testes SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002 ATS/ERS Considerations for Lung Function. Eur Respir J 2005 CERTIFICADO DE QUALIDADE CERTIFICADO DE QUALIDADE • Papel da SBPT • Incentivar a melhora contínua na prestação de serviços aos clientes (pacientes, instituições, médicos, empresas de medicina de grupo) • Evitar os freqüentes erros observados em espirometria REQUISITOS PARA QUALIDADE • • • • • • Diretor Médico: TE SBPT (obrigatório) Técnico: reconhecido pela SBPT Curso e avaliação pela Internet Autorizar sêlo eletrônico nos laudos Custo? Benefício! SELO DE QUALIDADE INTERATIVA Em relação a qualidade em função pulmonar, atualmente podemos afirmar que: a) A maior fonte de erro reside nos equipamentos. b) A maior fonte de erro reside no procedimento, isto é, na técnica do exame. c) A maior fonte de erro reside no paciente. d) A maior fonte de erro reside na seringa de calibração. CONCLUSÕES 1. Grandes erros podem estar ocultos nos números 2. Nunca use o laudo fornecido pelo software 3. Conheça o funcionamento do seu equipamento 4. Cheque a calibração diariamente 5. Use controle biológico frequentemente 6. Discuta os exames com sua equipe 7. Faça back-ups e relatórios de calibração diários. Enright P. Quando as PFP mentem. SBPT 2004 Ruppel G. Quality Assurance of Lung Tests. ATS 2009 POR UM MUNDO MELHOR!