3 MÉTODOS 3.1 Delineamento da pesquisa • Analítico transversal. 3.2 Participantes do estudo • 46 pacientes- SM, com o diagnóstico clínico de acordo com os critérios da “Nosologia de Ghent”, realizado pela disciplina de Genética - UNIFESP; • Grupo multidisciplinar de Síndrome de MarfanEPM/UNIFESP; • Período de fevereiro de 2006 a fevereiro de 2008. De Paepe et al., Am J Med Genet. 1996;62(4):417-26. 3 MÉTODOS 3.3 Critérios de inclusão Ter diagnóstico clínico de SM; Ter idade entre 10 e 40 anos; Apresentar ausência ou dilatação da raiz aórtica e insuficiência mitral no máximo discreta à moderada; Ter ou não apresentado correção cirúrgica cardíaca e ou ortopédica; Fazer ou não uso de betabloqueador; Apresentar ecocardiograma dos últimos seis meses; Ter assinado declaração de consentimento para a 3.4 Critérios de exclusão • Estar em período gestacional; • Ter alterações cognitivas ou intelectuais que não permitissem a realização da espirometria; • Apresentar dilatação da raiz aórtica grave; • Apresentar insuficiência mitral severa; • Apresentar pneumotórax; • Apresentar glaucoma ou 3 MÉTODOS Avaliação Clínica • Entrevista- Questionário padronizado; • Exame físico - Inspeção do tórax; • Variáveis:FC, PAS,PAD e SpO2 3 MÉTODOS Antropometria • Peso: Balança mecânica tipo plataforma convencional. (Filizola®, São Paulo, SP, Brasil); • Altura: Estadiômetro. (Modelo E120P, Tonelli, Sideropólis, SC, Brasil); • Envergadura: Fita métrica (Fibra de vidro, com extensão de 200 cm). Avaliação de obesidade visceral: Fita métrica: Relação cintura- quadril com uma fita; Cirtometria torácica: Fita métrica : Medidas na região axilar e na região do 3 MÉTODOS Ecocardiograma • Exame ecocardiográfico: Últimos seis meses, realizados neste serviço; • Exames: Realizados e laudados pelo médico responsável; 3 MÉTODOS Radiograma de coluna • Radiografias de coluna: Foram realizadas nas posições perfil, PA panorâmicas, incluindo de T1 ao sacro. • Mensuração da angulação da curva escoliótica: Método de Cobb. Adam CJ et al. Spine. 2005;30(14):1664-69. • 3 MÉTODOS Radiograma de Tórax e esterno Radiografia de tórax: Incidências PA e perfil, laudadas pelo médico da Disciplina de Diagnóstico por Imagens da UNIFESP/EPM. • Caixa torácica anterior: Radiografia de perfil do esterno: - Ausência de deformidade torácica - Pectus carinatum - Pectus excavatum Adam CJ et al. Spine. 2005;30(14):1664-69. Haje AS. Rev Bras Ortop.1995;30(1):75-79. 3 MÉTODOS Eletrocardiografia dinâmica • Sistema Holter (Modelo XR300; Datrix, Escondido, CA, USA). Registro em dois canais 5 derivações • Protocolo: 15 minutos antes do teste para calibração e ajuste análise- 5 minutos antes e após a espirometria. Registros avaliados com a utilização do programa de analise de ECG. (Cardiology 4300, Cardios Sistemas, São Paulo, SP, Brasil) Interpretados de Modo Cego- 3 MÉTODOS Teste de Função Pulmonar • Espirometria: De acordo com os critérios sugeridos pela SBPT e ATS; • 3 manobras aceitáveis e 2 reprodutíveis; • Equipamento: Espirômetro eletrônico de fluxo por turbina. (Modelo microQuark (Cosmed, Pavona di Albano, Roma, Itália) • Técnica: Sistema fechado; SBPT. J Bras Pneumol. 2002;28(3):1-82. ATS. Am J Respir Crit Care Med. 1995;152(3):1107-36. Knudson et al. Am Rev Respir Dis. 1983;127(6):725-34. • Calibração antes dos testes; 3 MÉTODOS Grupo Controle • 29 indivíduos; • Submetidos à avaliação pelos critérios de “Ghent”, para descartar o possível diagnóstico clínico de SM; • Recrutado por meio de cartazes em uma escola do ensino médio e universidades; • Pareados por sexo, altura, idade e peso: Tabela randômica; • Pacientes foram submetidos ao mesmo protocolo de avaliação dos pacientes com SM. Fluxograma do estudo 75 pacientes SM EXCLUÍDOS: 5 -Sem ecocardiograma nos últimos 6 meses; 9 - Idade < 10 anos; 15 - Dilatação grave da raiz aórtica. INCLUÍDOS: 46 pacientes 29 controles PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO 1o- Avaliação clínica e entrevista; 2o- Exame físico; 3o- Avaliação antropométrica; 4o- Avaliação dos exames complementares; 5o-Instalação da monitorização eletrocardiográfica- Holter; 6o- Espirometria; 7o- Retirada da monitorização eletrocardiográfica- Holter. 4 RESULTADO S Tabela 1 - Características demográficas e antropométricas dos pacientes com Síndrome de Marfan e Grupo Controle submetidos à espirometria Características Idade (anos) Peso (Kg) Altura (m) Todos Sujeitos IMC (Kg/m2) Envergadura (m) RC/Q (cm) Subgrupo ≤ 18 anos Gênero Idade (anos) Peso (Kg) Altura (m) IMC (Kg/m2) Envergadura (m) RC/Q (cm) Médi ± DP a SM (n=46) 20 ± 8 ± 18,11 62,84 1,76 ± 0,12 ± 20,1 5,03 ± Média DP Valor de p Controle (n=29) 19 ± 5,35 ± 62,62 10,25 1,75 ± 0,09 ± 20,31 2,69 0,81 0,95 0,78 0,83 1,84 ± 0,15 1,79 ± 0,1 0,14 0,81 ± 0,11 0,79 ± 0,06 0,35 Controle (n=17) 15,76 ± 1,25 ± 58,41 7,34 1,74 ± 0,09 ± 19,13 2,05 0,05 0,06 0,68 0,05 SM (n=25) 13,44 ± 2,41 ± 12,07 52,12 1,73 ± 0,12 ± 17,16 2,86 1,8 ± 0,16 1,78 ± 0,09 0,73 0,78 ± 0,12 0,79 ± 0,04 0,71 No (%) No (%) Masculino 17 37,0 14 48,3 Feminino 29 63,0 15 51,7 0,33 Legenda: SM=Síndrome de Marfan; IMC= Índice de massa corpórea e RC/Q= Relação cintura/ quadril. Dados paramétricos contínuos representados em Média ± Desvio padrão; Teste t não pareado para homogeneidade da amostra p≤0,20. Dados categóricos representados em Número (N o) de pacientes (% do total), Etnia com SM,Caucasiano 36 do78,3 25categóricas 86,2com teste de qui -quadrado. frequência em 46 pacientes e frequência em 29 indivíduos grupo controle. Variáveis Tabela 2 - Características clínicas dos pacientes com Síndrome de Marfan SM (n=46) Características Clínicas No % 30 65,2 História Familiar de SM Fatores de Risco 7 15,2 Tabagismo 1 2,2 Hipertensão Arterial Doença Pulmonar Prévia 0 0,0 Pneumotórax 11 23,9 Pneumonia 0 0,0 Fibrose 0 0,0 Asma Escala de Dispneia 3 6,5 Grau 0 24 52,2 Grau 1 2 4,3 Grau 2 1 2,2 Grau 3 0 0,0 Grau 4 Procedimento Cirúrgico Prévio 1 2,2 Aneurisma de Aorta 1 2,2 Ortopédica de Coluna Ortopédica de Ombro 1 2,2 1 2,2 Ortopédica de Tornozelo Medicações em uso 29 63,0 β-bloqueador 1 2,2 Broncodilatador 1 2,2 Anticoagulante Legenda: SM= Síndrome de Marfan; ECA= Enzima conversora da angiotensina. 1 2,2 Inibidor da ECA Dados categóricos representados em Número (No) de pacientes (% do total), frequência de 46 pacientes com SM. 5 DISCUSSÃO • No presente estudo - Pneumonia prévia= 23%, • Wood et al., Avaliaram 100 radiografias de tórax 11-Pneumotórax , 8- Pneumonia , 5- Enfisema ,4-Fibrose e 2-Aspergiloma e bronquiectasia • Fuleihan et al., Série de casos- Não identificaram alterações pulmonares nas radiografias. • Turner et al, Sugerem que a presença de enfisema pode facilitar a ocorrência de pneumotórax. Wood JR et al. Thorax. 1984;39(10):780-84. Turner JA, Stanley NN. Thorax.1976;31(6):771-5. Fuleihan FJ et al. Bull Johns Hopkins Hosp. 1963;113:320-9. 4 Resultados Tabela 3 - Comparação do comportamento eletrocardiográfico, durante a espirometria, monitorado por eletrocardiografia (Holter) no grupo SM vs Controle (Grupo A) e no grupo SM Com β-bloqueador vs Sem β-bloqueador (Grupo B)a Grupo A Comportamento eletrocardiográfico Classificação descritiva Taquicardia Sinusal Bradicardia Sinusal Arritmia supraventricular Arritmia ventricular isolada Mudança no segmento ST e onda T SM (n=33) No (%) 2 6,06 5 15,15 12 36,36 2 6,06 0 0,00 Total de Pacientes sem arritmia 12 36,36 Total de Pacientes com arritmia 21 63,64 Controle (n=18) Grupo B p No (%) 3 16,67 1 5,56 0,12 Com βbloqueador (n=23) Sem β-bloqueador (n=10) No 1 5 (%) 4,35 21,74 No 1 0 (%) 10 0 8 2 34,78 8,70 3 0 30 0 2 2 11,11 11,11 0 0,00 0 0,00 0 0 10 55,56 7 30,43 6 60 16 69,57 4 40 8 44,44 0,18 Legenda: SM= Síndrome de Marfan e β-Bloq= β- bloqueador. aDados categóricos representados em No, número de paciente (% do total). Variáveis categóricas com teste de qui- quadrado. p≤0,05. p 0,51 0,11 5 DISCUSSÃO 45 SM vs 45 GC . SM maior número de arritmias supraventriculares e ventriculares Alterações no miocárdio: Relacionadas às alterações na rede de fibrilina gerando alteração no potencial de condução elétrico do tecido cardíaco. (Savolainen et al., J Intern Med. 1997;241(3):221-6 45) Montenegro et al., 150 pacientes com DPOC Evidenciaram arritmias durante a espirometria, sendo relacionadas pela hipoxemia e alteração do débito cardíaco. Sem alterações clinicas importantes.( Chest. 1978; 73(2):133-139) Espirometria é um teste seguro para a população, incluindo os pacientes com doença cardíaca ou pulmonar. (Chest. 1993;103:1006-09) Pode tendenciar o aparecimento de arritmias simples e rápidas, sendo portanto um exame seguro. (Prim Care Respir J. 2009;18(3):185-88) 5 DISCUSSÃO No presente estudo: SM com β-bloqueador e sem βbloqueador • Maior frequência de arritmias no primeiro grupo (69%) Yetman et al., • 70 pacientes com diagnóstico de SM; • Vigência de terapêutica medicamentosa; • 21% dos pacientes com arritmias ventriculares; • Atribuídas ao aumento do ventrículo esquerdo, prolapso da valva mitral e anormalidades de repolarização. J Am Coll Cardiol. 2003;41(2):329-32. Tabela 4 - Comparação dos parâmetros cardiovasculares durante a espirometria no grupo SM vs Controle (grupo A) e no grupo SM Com β-Bloqueador vs Sem β-Bloqueador (grupo B) Grupo A Parâmetros Cardiovasculares FC min (bpm) FC média (bpm) FC máxima (bpm) PAS (mmHg) PAD (mmHg) SpO2 (%) SM (n=33) Média ± DP 55 ± 8 69 ± 11 96 ± 17 108 ± 12 73 ± 10 97 ± 1 Grupo B Controle (n=18) Média ± DP 65 ± 8 85 ± 14 113 ± 14 112 ± 13 75 ± 11 Com βbloqueador(n=2 Sem β-bloqueador(n=10) 3) ** ** ** Média ± DP 53 ± 7 67 ± 11 91 ± 17 107 ± 12 72 ± 8 Média ± 60 ± 74 ± 106 ± 109 ± 74 ± DP 8 * 10 12 * 13 12 97 ± 1 Legenda: SM= Síndrome de Marfan e β-Bloq= β- bloqueador; FC= Frequência cardíaca; PAS= Pressão arterial sistólica, PAD= Pressão arterial diastólica e SpO2= Saturação periférica de oxigênio. Dados paramétricos contínuos representados em Média ± Desvio padrão; Teste t não pareado.* p≤0,05; ** p≤0,01. 5 DISCUSSÃO Nossos dados • Redução das freqüências cardíacas mínima, média e máxima, durante a manobra, quando comparada com o GC; • O β- bloqueador apresentou um efeito negativo para o inotropismo e cronotropismo cardíaco. Frydman M.Isr Med Assoc J. 2008;10(3):175-8. • Resposta protetora no sistema cardiovascular durante a manobra espirométrica. Tabela 5- Principais características ecocardiográficas dos pacientes com SM *Características Ecocardiográficas † (n=46) Diâmetro de Aorta (mm) Diâmetro de Átrio Esquerdo (mm) Diâmetro Diastólico de VE (mm) Fração de Ejeção (%) Dilatação de AE Dilatação de VE Prolapso Valva Mitral Refluxo da Valva Mitral Refluxo da Valva Tricúspide Refluxo da Valva Aórtica Refluxo da Valva Pulmonar Média ± DP CV (%) 34,61 29,59 47,05 0,66 ± ± ± ± 5,98 4,79 6,89 0,05 17,28 16,19 14,65 7,90 Mínimo Leve o o N (%) N (%) 2 4,35 7 15,22 20 43,48 20 43,48 7 15,22 4 8,70 3 6,52 Moderado No (%) - Grave No (%) - 6 6 4 4 13,04 13,04 8,70 8,70 3 1 1 6,52 2,17 2,17 - 34,78 2 4,35 - Ectasia de Aorta ascendente Dilatação Ao Abdominal 3 1 6,52 16 2,17 Ecocardiograma Normal 3 6,52 Legenda: SM= Síndrome de Marfan; AE= Átrio esquerdo; VE= ventrículo esquerdo; Ao=Aorta. Dados paramétricos contínuos representados em média ± Desvio padrão; Dados categóricos representados em No, número de pacientes (% do total). † Alguns pacientes apresentaram mais do que uma alteração ecocardiográfica. 5 DISCUSSÃO Prolapso da Valva Mitral= Prevalência de 43% • 50 a 80% dos pacientes com SM x População geral 12% a 13%. Ectasia aórtica= Freqüência de 45%. • Incidência de 60-80%; • Envolvimento do tecido conjuntivo. Keane MG, Pyeritz RE. Circulation. 2008;117(21):2802-13. Taub CC,et al. Echocardiography. 2009;26(4)357-64. Beroukhim RS et al. Pediatr Cardiol. 2006;27:755–758. Tabela 6- Comparação das características da Função Pulmonar nos grupos: Controle, SM e Subgrupos de pacientes com Síndrome de Marfan Legenda: CVF= Capacidade vital forçada, VEF1= Volume expiratório forçado no primeiro segundo e VEF1/CVF= Relação do volume expiratório forçado no primeiro segundo pela capacidade vital forçada. Dados categóricos representados em Número (No) de pacientes (% do total). Dados paramétricos contínuos representados em Média ± Desvio padrão; Teste t não pareado. p≤0,05. * SM vs Grupo controle; ** Valores observados de SM vs valores previstos *** Subgrupos de SM vs Grupo controle. 5 DISCUSSÃO No presente estudo: CVF e VEF1 : SM reduzidos comparados com o GC e com os previstos. Streeten et al., FP de 79 pacientes Redução da CVF e a CPT quando comparadas com o controle. (Chest. 1987;91(3):408-12) Fuleihan et al., FP de 7 pacientes 3 apresentaram valores inferiores aos previstos. (Bull Johns Hopkins Hosp. 1963;113:320-9) Giske et al., FP de 17 pacientes Redução na CVF e na relação VEF1 /CVF quando comparado ao previsto (J Rehabil Med. 2003;35(5):221-8) Justificativas Alteração de caixa torácica anterior e coluna vertebral; Ausência de adequado valor previsto baseado no real comprimento torácico; Provável alteração estrutural do parênquima pulmonar. Tabela 6- Comparação das características da Função Pulmonar nos grupos: Controle, SM e Subgrupos de pacientes com Síndrome de Marfan Legenda: CVF= Capacidade vital forçada, VEF1= Volume expiratório forçado no primeiro segundo e VEF1/CVF= Relação do volume expiratório forçado no primeiro segundo pela capacidade vital forçada. Dados categóricos representados em Número (No) de pacientes (% do total). Dados paramétricos contínuos representados em Média ± Desvio padrão; Teste t não pareado. p≤0,05. * SM vs Grupo controle; ** Valores observados de SM vs valores previstos *** Subgrupos de SM vs Grupo controle. 5 DISCUSSÃO Subgrupo: SEM ALTERAÇÕES DE CAIXA TORÁCICA apresentou um padrão ventilatório inferior do que o GC. Possível disfunção pulmonar prévia; Chisholm et al., J Lab Clin Med. 1968;71(1):25–8) Analise da altura a partir da posição ortostática pode superestimar os valores previstos; Fuleihan et al., Bull Johns Hopkins Hosp. 1963;113:320-9. Envolvimento do parênquima pulmonar; Giske et al., J Rehabil Med. 2003;35(5):221-8) 5 DISCUSSÃO Subgrupo pectus e escoliose • Reduções significativas na função ventilatória dos pacientes em relação ao grupo controle e ao previsto. Streeten et al., Chest. 1987;91(3):408-12 • A presença de pectus e escoliose demonstraram redução na função pulmonar independente da medida da altura para os valores previstos. A associação das duas alterações esqueléticas contribuir para redução da função pulmonar • Comprometimento da anatomia e a mecânica da caixa torácica. Bergofsky EH.,Am Rev Respir Dis. 1979;119(4):643-69 . Tabela 7 – Correlação da história clínica, comportamento cardiovascular e a função pulmonar dos pacientes com SM História Clínica FE (%) Comportamento Cardiovascular IMVE Vol/massa Ao 2 (g/m ) (mL/g) (mm) Rel. enverg/altura (m) -0,5 0,44 Rel. cirt axilar/xifoide (cm) 0,11 Ângulo de Cobb (O) 0,14 a,b -0,10 0,42 -0,3 -0,06 -0,15 -0,02 Função Pulmonar CVF (%) VEF1 VEF1/ CVF (%) (%) a,b 0,24 0,24 0,16 -0,31 0,22 0,3 0,53 -0,20 0,00 -0,04 0,14 a,b Legenda: SM= Síndrome de Marfan; Rel=Relação; FE= Fração de ejeção; IMVE= Índice de massa do ventrículo esquerdo; Vol/Massa= Relação do volume/ massa do ventrículo esquerdo; Ao= Diâmetro da Aorta; CVF= Capacidade vital forçada, VEF1= Volume expiratório forçado no primeiro segundo e VEF1/CVF= Relação do volume expiratório forçado no primeiro segundo pela capacidade vital forçada. a Correlação linear de Person para associação da história clinica, comportamento cardiovascular e a função pulmonar, onde se admitiu para valores de concordância: > 0,75 excelente, < 0,40 pobre e entre 0,40 e 0,75, moderada. b p ≤ 0,05 . 5 DISCUSSÃO • Associação da relação envergadura/altura x Índice de massa do ventrículo esquerdo(IMVE) = Variável clínica para o diagnóstico da síndrome. Valores da massa do ventrículo esquerdo/ superfície corporal Altura x Peso- Elevada estatura = aumento do IMVE. • Associação da relação envergadura/altura x Diâmetro da Ao Variável clínica para o diagnóstico da síndrome Dilatação da Ao uma característica relevante na SM • Associação da relação Cirtometria axilar/cirt. xifoide x VEF1/CVF Alteração de caixa torácica Associação com a alteração da função pulmonar Paepe A et al. Am J Med Genet. 1996;62(4):417-26. Levy D et al. Ann Intern Med.1988;108(1):7-13. Pearson GD.Circulation. 2008;118(7) 785-91. LIMITAÇÕES • Avaliação da função pulmonar realizada somente pela espirometria; • Ausência de utilização de broncodilatador; • Deficiente analise da medida da altura a partir da posição sentada; • Ausência de um subgrupo somente de pacientes com escoliose; • População mais jovem pode ter limitado a frequência de sinais mais severos da SM. 6 CONCLUSÕES 1. As variáveis espirométricas demonstraram redução na SM quando comparadas com indivíduos saudáveis. 2. A ausência de deformidade torácica e a presença de pectus associado à escoliose evidenciaram redução da função ventilatória. 3. Alguns aspectos da história clínica, comportamento cardiovascular e função pulmonar dos pacientes com a SM apresentam associações de acordo com o fenótipo da doença.