DÊEM UMA ESMOLINHA AO POBREZINHO!
"… em Outubro, a casa Baring Brothers, para reforço dos cuidados que tal empréstimo
requeria, sugere a Mário de Figueiredo que se fizesse em Portugal um plebiscito, para
que fosse a nação a comprometer-se. Apesar do parecer dos advogados que entretanto
foram consultados ser favorável, iam de alguma forma aconselhando alguma cautela
em virtude dos contornos da situação em Portugal não estarem definidos, no parecer
deles. Resultado, inviabilizaram o empréstimo, dando por isso à Baring Brothers razões
para maiores exigências.
Salazar, perde a paciência, e manda que Mário de Figueiredo – por telegrama do dia
18 de Outubro de 1928 – abandone as negociações e regresse à Pátria,
independentemente da atitude final dos banqueiros, relativamente ao pedido de
empréstimo. Ainda que viessem a considerar a concessão deste."
Biografia AOS, Salazar – O Obreiro da Pátria
Portugal tem sido pródigo em elites, que sempre sobrepuseram às finanças … a política.
E esta ao interesse das máfias partidárias. Ou não estaríamos ciclicamente sujeitos a
mendigar protecção, vergonhosa, em virtude da nossa falta de seriedade. Não direi
"cada político, cada ladrão", prefiro poder dizer um dia o contrário.
Antes de Salazar, a nossa maior riqueza foi a miséria a todos os níveis; depois de
Salazar mantivemos o estatuto.
Em Portugal, vive-se desde há muito um sonho. E valeu a pena, porque chegou
finalmente o tão esperado messias. E esse chama-se FMI.
Conseguido o objectivo, porque agora temos quem governe esta nau decadente, não
com a autoridade necessária, mas com a força de quem está autorizado a liquidar todos
os sonhos de um povo que não encontrou quem o soubesse governar.
Um país que vive mascarado de "o povo é quem mais ordena", de "a terra a quem a
trabalha", de "o povo e o MFA", tem agora a oportunidade de exigir aos criminosos que
retiveram o dinheiro da Nação em contas próprias e de familiares, que o reponha
incondicionalmente; que o devolva ao Estado português. Os irresponsáveis que
conseguiram iludir todo um povo, fizeram-no vendendo a ideia do direito a uma
liberdade irrestrita e inesgotável. É nocivo ignorar esta responsabilidade inelutável.
Temos que exigir TUDO daqueles que engordaram a troco de um sonho promocional
dirigido a uma sociedade imaginária e hipotética; dos que voluntariamente não quiseram
proporcionar aos demais, benefícios duradouros, apenas e só, para satisfação do seu
prazer pessoal imediato.
Estamos perante pessoas sem escrúpulos, que assassinaram conceitos como ética e
moral, sem a preocupação de um comportamento que se fundasse num princípio
universal.
E agora?
O único facto indesmentível, é que temos em Portugal quem vai gerar os nossos
destinos sem dó nem piedade. Fomos nós quem pediu.
Portugal a partir de agora, não precisa de governos capazes; já não é necessário pagar as
fortunas escandalosas a esses "mandaretes", parasitas, que se têm instalado no aparelho
de Estado. A vaidade desses inúteis liquidou a viabilização do País.
Dá que pensar, quando se olha aos cargos cimeiros, assessorias e demais "mamas" do
poder, verificar que o polvo, mais não parece que uma monarquia.
A Carta Magna actual, é contrária ao desenvolvimento de qualquer Nação.
Portugal, vive uma sociedade política de mentira, violência, abuso, crueldade,
arrogância, inveja, conluio, aproveitamento, esperteza saloia, condenando a amizade, a
justiça, a generosidade e a honestidade. Falhámos porque deixámos, falhámos porque
quisemos.
Temos que deixar de atacar as consequências e voltar a atacar as causas!
João Gomes
2011-04-14
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em Outubro, a casa Baring Brothers, para reforço dos cuidados que