Histeria
1900 aC Papiro de Kahum.
Histeria, deslocamento do útero
1500 aC Papiro de Ebers:
Fazer o útero descer.
Embeber-se em sedimento de
cerveja misturado com
excrementos secos. Uso de
“Flagrâncias e Aromas”.
“Quando insatisfeito com o desejo de ter criança o órgão
vazio vaga pelo corpo como um animal inquieto”
Histeria
460ac
35° aforismo.
Sobre a natureza da mulher.
“As que sofrem de Histeria
mas não de Epilepsia, sentem
pressão digital no útero”.
Hippocrates
Histeria
140 dc
Modificou o conceito
afirmando tratar-se de
carência de atividade
sexual.
Tratamento: casar
Galeno
Conceito vigente até 1500dc.
Histeria
demoníaca
Fragmentação
da fé
Igreja até 1500c: Possessão
Santo Agostinho
(354 – 430)
Inquisição - Papa Gregório IX, 1233
Histeria
Século XV:
Papa Innocent VIII
Giovanni Battista Cibò
“Malleus Maleficarum,
The Witches Hammer”
(1484)
No final do século XV, na Alemanha, cerca de 600 pessoas
histéricas eram sacrificadas, por ano...
Em 1541, na Inglaterra, bruxaria (histeria) era crime estatal.
Histeria
Século XVI:
Ambroise Paré (1517 -1590)
“Passar vapor de ouro ou prata na vagina ou cavalgar nua pela floresta”.
Salpêtrière - 1860
Charcot J M
Charcot: a Medicina avantgarde
9
Salpêtrière 1863 -1893
Paraplegia histérica 14 anos de duração.
Salpêtrière 1863 -1893
Emoções como medo,ectasia, paixão,
surpresa, prazer e entusiasmo religiosos
eram documentados na Iconographie. Em
particular Augustine, uma menina de 16
anos, a favorida do staf.
A clinical lesson at the Salpêtrière by Brouillet
Histeria
O termo histeria foi eliminado do Manual de
Desordens Mentais da Associação Americana
de Psiquiatria em 1952.
O termo foi substituido por “conversão”,
descrito em 1920 por Poul Bjerre como uma
tensão emocional inconsciente que pode ser
convertida em sintoma físico.
CD-ROM AAN 2001
Histeria
 Distúrbio conversivo
 Distúrbio funcional
 Distúrbio psicosomático
 Distúrbio medicamente inexplicável
 Distúrbio relacionado ao estresse
Histeria
DSM.IV – ICD 10
Transtorno somatoforme
Psicológico
 Conversão
 Somatização (histeria ou síndrome de Briquet)
Transtorno factício (Falso)
 Síndrome de Münchausen
Intencional
“Malingering” (Simulador)
 Não é considerado desordem mental
Voluntário
Distribuição de 717 sintomas funcionais
em 405 pacientes neurológicos.
J Neurol Neurosurg Psychiatry 2005 (March); 76:307–314.
Estática
Pesquisa do Sinal de Romberg
[1] Quedas constantes para qualquer lado (*)
[2] Balanço de grande amplitude
[3] Melhora com a distração
(*) Terceiro Sinal de Romberg
Tremor was most common (50 percent) followed by
dystonia, myoclonus, and parkinsonism. Clinical
descriptions of various types are reviewed. Clinical
characteristics common in these patients included
distractability (86 percent), abrupt onset (54
percent), and selective disabilities (39 percent).
Distractability seems to be most important in tremor
and least important in dystonia.©
Como diagnosticar um sintoma histérico?
• O diagnóstico NÃO é de exclusão!
• Esteja preparado para fazer dois
diagnósticos em alguns casos: um de
doença orgânica e outro de doença
histérica (“sobrejacente”).
1921
Reflexo polegar - dedos (Mayer-1916)
Nos paréticos histéricos (como no indivíduo normal),
a flexão forçada dos três últimos dedos promove oposição, adução e flexão
da articulação metacarpofalangeal
com extensão da articulação interfalangeal, do primeiro dedo.
Sensibilidade
 Ausência de padrão radicular, de nervo periférico ou segmentar.
 Nos membros, padrão “em luvas” ou “botas”.
 Perda de todas as formas de
sensibilidade sem dissociação, e
que variam a cada exame.
 Geralmente com limite exato e
preciso.
 No tórax e abdome; limite exato
na linha média.
 Perda da sensibilidade profunda tanto proximal quanto distal, e
nos ossos contínuos.
Sinal de Bowlus Currier (1963)
Crises
Crise Histérica
“Eu quero mostrar a vocês um metodo que descobri, ou melhor,
redescobri, com o qual, no caso de algumas pacientes, permite-nos
parar o curso, mesmo da mais intensa crise histérica.”
J M Charcot
Crises
Crise Histérica
Precipitada por situação de estresse.
Movimentos da cabeça lado a lado.
Contorções pélvicas.
Choro ictal ou imediatamente pós-ictal.
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Responde parcialmente durante a crise.
Fecha os olhos, resiste a abertura.
Tende virar os olhos sempre para o chão.
Duração 2 min, status epilépticus freqüente.
Agitação dos braços ou imobilidade prolongeda.
Inesperada recuperação (rápida ou lenta)
JNNP- March, 2005
OBSERVAÇÃO
Não epiléptica
Epiléptica
Situacional
Ocasional
Raro
Início gradual
Comum
Raro
Opistótono
Ocasional
Raro
Cabeça lado a lado
Comum
Raro
Mordedura [ponta]
Ocasional
Raro
Mordedura [lado]
Raro
Comum
Choro ictal
Ocasional
Muito raro
Boca fechada [FaseTônica]
Ocasional
Muito raro
Vocalização [FaseTônica]
Ocasional
Muito raro
Olhos fechados
Muito comum
Raro
Resistência abrir os olhos
Comum
Muito raro
Reflexo pupilar
Usualmente [+]
Comumente [-]
Recuperação rápida
Comum
Raro
Modificado de: J Neurol Neurosurg Psychiatry 2005;76(Suppl I):i2–i12.
 Visão Tubular
 Cegueira, diplopia
 Plegia do m. esternocleidomastoideo
 Bolo Hisérico
 A Bela Indiferença
 Pseudo-ptose
52 anos, escorregou no chão molhado
no trabalho e bateu (de leve) com a
região temporal esquerda.
Passou uma semana afastado com
cefaléia e vertigem, e ao retornar
queixou-se de fotofobia e queda da
pálpebra E.
Tratamento: exercícios, aumento
progressivo da luminosidade ,
óculos escuros.
 Pseudo-ptose
Enfermeira , 30 anos, há 8 meses cansaço, dificuldade para
andar e deglutir. Há 3 meses ptose E. pós cefaléia. Quando
mais cansada, diplopia ao ler. Todos os sintomas pioram de tarde.
Mantém-se assim há dois anos.
HISTERIA
Qual o prognóstico do sintoma neurológico?
37% - 83%
Mantêm sintomas por
2 – 16 anos
Psychosomatics 1998;39:519–27.
29%
Saem do registro médico
10 anos
Br J Psychiatry 1996;169:282–8.
54%
Sintomas persistiram ou pioraram
J Neurol Neurosurg Psychiatry 2003;74:897–900.
8 meses
HISTERIA
Qual o prognóstico do sintoma neurológico?
71%
Continuam apresentar crises
11 anos
Ann Neurol 2003;53:305–11.
51%
Referidos a outro neurologista
6 anos
J Psychosom Res 2000;49:217–9.
41%
Continuam usando anti-epiléptico
Ann Neurol 2003;53:305–11.
5 anos
Histeria
Século XVIII:
Anton Mesmer
(1734-1815)
Cura pelo magnetismo, hipnotismo
e terapia de grupo.
Benjamin Rush (1700)
“Histeria caracterizava classe social,
raramente ocorrendo em serventes
ou operários”.
Sinal de Hoover
Charles Franklin Hoover (1865-1927)
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35
Histeria
Século XVI:
Thomas Sydenham (1681)
 Causas psicológicas e emocionais
 Natureza proteiforme
 Diagnosticou no homem
“ A frequência da histeria é tão grande
quanto a multiformidade com que se apresenta.”
(1624 -1689)
Salpêtrière 1863 -1893
Modelo Biopsicosocial
Fatores Biográficos
 Fatores Predisponentes
Estresse pós-traumático
Depressão
“Boderline”
 Fatores Precipitantes

Fatores
Perpetuantes
Alterações da personalidade
Traumas na infância
Aspectos sociais
Abusos
Ansiedade
Eventos da vida
Fatores Biológicos
Ambiente familiar conturbado
Insegurança financeira
Sexo
Fatores Psicológicos
Ausência de amigos
ou confidentes
Expressão emocional pobre
Referências pobres a seguir
Tendência dissociativa
Fatores culturais diversos
Atitudes frente a doenças
Co-morbidades neurológica
Regras do sexo
Dependente
Dificuldade no aprendizado
Epilepsia
Sternocleidomastoid test
Recently Diukova et al reported that 24 of 30 patients (80%)
with functional hemiparesis had sternocleidomastoid weakness,
usually ipsilateral, whereas only three of 27 patients
(11%) with a vascular hemiparesis had weakness of the sternocleidomastoid
muscle (which is bilaterally innervated and
so is rarely weak in upper motor neurone lesions).
Visão em tunel- cegueira - diplopia
Bolo histérico e
Controle da MEO unilateral. Talento de
Nistagmo voluntário – 10% da população
Superior to Babinski's
Babinski's sign, "depends on the affected side
for its exhibition."
Because his observations were dependent on
the function of the normal side it gave the
Hoover sign a broad application
Table 1 Common varieties of functional gait disorder (from Lempert et al, 199120)
Clinical features Description n*
1 Monoplegic “dragging” gait A leg that drags behind the patient, often with rotation at the hip or
inversion/eversion at the ankle. Leg often hauled on to bed with both hands.
2 Fluctuation of impairment Variability during a 5–10 minute period, either spontaneously or provoked by
distraction, for example finger-nose testing while standing
3 Excessive slowness of movements or hesitation
Simultaneous contraction of agonist and antagonist muscles—not related to pain in this sample. Hesitation
refers
to delayed or failed initiation of gait; small forward and backward movements of the leg while the feet “stick” to
the ground; does not improve after the first step like parkinsonism.
4 “Psychogenic Romberg” test
(1) Constant falls towards or away from the observer, irrespective of position. Fall avoided by clutching
physician.
(2) Large amplitude body sway.
(3) Improvement with distraction.
5 “Walking on ice” pattern The gait pattern of a normal person walking on slippery ground. Cautious, broad
based steps with decreased stride length and height, stiff knees and ankles. Arms sometimes abducted as if on
a tightrope.
6 Uneconomic postures with waste of muscle energy A gait with an eccentric displacement of centre of gravity
such as standing and walking with flexion of hips and knees.
7 Sudden knee buckling Patients usually prevent themselves from falling (8/10) before they touch the ground,
requiring excellent muscle function. NB, knee buckling can occur in Huntington’s chorea and cataplexy.
Abordagem Inicial
Demonstre que acredita, e está interessado na severidade do sintoma e
no impacto provocado pela doença.
Reveja registros clínicos e procure por outros sintomas e
atendimentos médicos.
Descubra o que outros doutores falaram desses sintomas.
Procure por alterações psiquiátricas: depressão e ou ansiedade.
Descubra o que o paciente considera de seus sintomas.
Obtenha história também de parentes e amigos.
Exemplos
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Slide 1 - (LTC) de NUTES