ÍNDICE - 23/11/2006 A Gazeta (ES) .................................................................................................................2 Cidades ....................................................................................................................................................2 Pais ajudarão a limitar propaganda de alimentos para crianças ..................................................................2 A Gazeta (ES) .................................................................................................................4 Cidades ....................................................................................................................................................4 Pediatra aprova medida ................................................................................................................................4 Correio Braziliense........................................................................................................5 Cidades ....................................................................................................................................................5 Perigo em piscinas desativadas....................................................................................................................5 Jornal do Brasil .............................................................................................................7 Ciência & Tecnologia..............................................................................................................................7 Médicos discutem inflamações do intestino..................................................................................................7 Diário de Pernambuco (PE) ..........................................................................................8 Vida Urbana .............................................................................................................................................8 MP já investigava falso médico .....................................................................................................................8 Jornal do Commercio (PE)............................................................................................9 Cidades ....................................................................................................................................................9 Falso médico suspeito de adulterar remédio ................................................................................................9 Folha de Pernambuco (PE) ......................................................................................... 10 Grande Recife........................................................................................................................................10 Vigilância Sanitária recolhe amostras de medicamentos ...........................................................................10 A Gazeta (ES) 23/11/2006 Cidades Pais ajudarão a limitar propaganda de alimentos para crianças Elisangela Bello [email protected] A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou na Internet uma proposta com novas regras para a publicidade e propaganda no setor de alimentos. A idéia é restringir o apelo publicitário de produtos que possam fazer mal à saúde, principalmente à das crianças. Pais, educadores, empresários e quem mais se interessar sobre o tema podem entrar na página da Anvisa, na Internet, ler a proposta de regulamento técnico e fazer sugestões. A consulta pública vai acontecer durante 60 dias, segundo a agência. Ao final desse prazo - que pode ser prorrogado -, o texto será refeito, levando em consideração as propostas e as críticas da sociedade. Depois, ele será apresentado em uma audiência pública, em que estarão representantes de todos os setores envolvidos. Segundo a Anvisa, as regras devem entrar em vigor no ano que vem para suprir uma deficiência de normatização e de controle da publicidade de alimentos com quantidades elevadas de gorduras, sal, açúcar, e ainda de bebidas com baixo valor nutricional. Polêmica. Mas, antes de começar a valer, as mudanças propostas já geram polêmica. Um dos artigos do regulamento veta, por exemplo, a distribuição de amostras grátis desses produtos. Outro ponto que promete dar o que falar é a proibição de veicular propaganda desses alimentos em rádio e TV fora do horário estipulado - das 21 às 6 horas. A agência alega que a proposta chega ao público depois de ter sido muito discutida e que se baseia principalmente em dados que comprovam o crescimento das chamadas doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), como o diabetes, a obesidade e o infarto. Dados divulgados pela Anvisa mostram que, num período de 20 anos, a obesidade entre crianças e adolescentes praticamente triplicou no país, saltando de 4,1% em 1975, para 13,9% em 1996. Outra pesquisa, feita em 2003 pela Universidade de Brasília (UnB), mostra que, das peças publicitárias destinadas a crianças analisadas, 89,7% eram de alimentos ricos nos nutrientes citados pelo regulamento. Supermercados: criança influencia nas compras Apesar de não possuir dados sobre a influência das crianças na hora das compras, a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) informou que a presença delas faz toda diferença nas despesas com alimentação. "Muitas coisas que os pais compram quando estão com os filhos com certeza não comprariam se estivessem sozinhos no supermercado", afirmou o superintendente da Acaps, Hélio Schneider. Com as novas normas propostas pela Anvisa, a maioria dos atrativos das guloseimas só serão conhecidos na hora da compra, já que a publicidade não poderá fazer sequer associação a desenhos ou personagens atraiam os pequenos. Opine! Na Internet: www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/index.htm Pelo correio: enviando correspondência para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - SEPN 515. bloco B, Ed. Ômega, 3º andar, sala2, Asa Norte, Brasília-DF, CEP: 70.770-502 Por fax: (61) 3348-1216 Por e-mail: [email protected] A Gazeta (ES) 23/11/2006 Cidades Pediatra aprova medida Regras mais rigorosas na publicidade de produtos que podem ser prejudiciais à saúde devem ser debatidas sim, segundo o pediatra e membro do Departamento de Nutrição da Sociedade Espírito-Santense de Pediatria (Soespe), Severino Dantas Filho. A justificativa é simples e preocupante: o aumento dos casos de obesidade entre crianças. "É preciso colocar essas informações sempre da forma mais clara possível, de um jeito que o povo possa entender. A obesidade está aumentando, e faltam alertas", afirmou o médico, que também defende, como a norma proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que a propaganda desses produtos não seja veiculada nos horários em que as crianças ficam mais tempo em frente à TV. Responsabilidade. "Esses produtos têm muito sal. É claro a responsabilidade de informar dados como esse não é apenas da propaganda. Uma parcela que também cabe ao profissional de saúde, ao pediatra, que deve indicar a alimentação saudável", ressaltou Severino Dantas Filho. Além de citar os profissionais de saúde, o pediatra chama atenção para a função dos pais, que devem observar com cuidado as informações presentes nos rótulos dos produtos. "Tem que olhar mesmo, e se não entender tem que perguntar, pesquisar, porque isso tem a ver com saúde", recomendou. Correio Braziliense 23/11/2006 Cidades Perigo em piscinas desativadas Prédios, escolas públicas ou particulares que possuem reservatórios, como tanques e espelhos d' água, são fiscalizados pela Vigilância Ambiental porque poderão se transformar em focos do Aedes Aegypt Carolina Caraballo Da equipe do Correio O combate ao mosquito da dengue não se limita aos vasos de planta, pneus ou ao entulho encontrado no quintal das residências. A preocupação chega aos prédios públicos. Piscinas de escolas, espelhos d'água e as coberturas das construções mais baixas são alvos de vistoria da Vigilância Ambiental. Na caça ao Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue, as denúncias são aliadas importantes. A servidora pública Rosana Silveira, 39 anos, fica apreensiva sempre que espia pela janela do apartamento onde mora, na 313 Sul. Entre árvores e banquinhos de concreto, salta aos olhos a piscina da Escola Parque 313/314 Sul, cheia até a metade com água suja. "A minha casa vive cheia de mosquito. Já chamei técnicos da gerência de Zoonoses e eles disseram que o problema não está no prédio", conta. "Cada vez que olho para aquela piscina abandonada eu tenho certeza de que os mosquitos vêm de lá. Fico preocupada não só pelos meus filhos, mas também pelos alunos da escola." A piscina da Escola Parque 313/314 Sul está desativada há 15 anos, com problemas de infiltração. Em época de chuva, a água fica acumulada no tanque ganha um tom escuro por causa da sujeira acumulada nos azulejos e traz à tona garrafas PET e outros tipos de lixo. A assistente administrativa do colégio, Regina Darc, garante que o líquido esverdeado é escoado periodicamente. "Temos uma preocupação grande com a dengue e passamos isso para os alunos. Nunca manteríamos um foco da doença no quintal da escola", argumenta. Riscos De acordo com assistente administrativa, a água está acumulada na piscina há menos de duas semanas. "É por conta da chuva que caiu sem parar durante uma semana inteira", justifica. "Mas já pedimos uma bomba para escoar a água. Até o final da semana a piscina vai estar seca." Regina informa que agentes da Vigilância Sanitária visitam a escola a cada 15 dias para colocar água sanitária no tanque. "Nunca encontraram o mosquito da dengue aqui", garante. A Escola Parque 304 Norte também tem uma piscina desativada. O diretor do colégio, Everaldo Mendonça, pede há oito anos para que o tanque passe por reformas. "O valor da obra chega a R$ 60 mil. Já tentamos pedir ajuda para entidades privadas, mas o custo é muito alto e ninguém quer arcar com ele", lamenta. Para evitar o Aedes aegypt, Mendonça esvazia a piscina uma vez por semana. "Nunca deixamos a água acumular no tanque", garante. Contaminação Apenas dragar a água acumulada pela chuva, no entanto, não resolve o problema. A gerente de Controle de Vetores e Animais Peçonhentos da Diretoria de Vigilância Ambiental, Cristiane Oliveira, explica que os ovos do Aedes aegypt ficam presos na parede do tanque. "Eles resistem até 450 dias em local seco. Nesse período, basta entrar em contato com a água para se desenvolverem", alerta. Cristiane ensina duas maneiras simples de evitar que piscinas se transformem em criadouro do mosquito da dengue. "Pode-se cobrir o tanque ou, se ele estiver vazio, colocar um quilo de sal na parte mais rasa, ainda na época na seca", sugere. A água da chuva se mistura ao sal e se espalha pela piscina. O mosquito pode até colocar ovos na água, mas a larva não consegue se desenvolver por causa do sal. A manutenção das piscinas da rede de ensino público é de responsabilidade das próprias escolas. Segundo a chefe do Núcleo de Manutenção de Equipamentos da Secretaria de Educação, Maria do Socorro Souza, apenas os reparos na estrutura da piscina são feitos pelo órgão. Peixe versus mosquitos As piscinas não atraem toda a atenção da Diretoria de Vigilância Ambiental. Prédios públicos encobertos por árvores, com espelhos d'água, calhas e vasinhos de planta também preocupam os agentes, que fazem vistorias nas construções do governo a cada dois ou três meses. "Mas também atendemos a chamados. As denúncias são muito importantes para o trabalho da vigilância ambiental", ressalta Cristiane. "Em todas as visitas, além de checarmos a existência de algum foco, ensinamos formas de evitar a proliferação do mosquito da dengue." A criação de peixes em espelhos d'água é outra medida sugerida pelos agentes no combate à dengue. Cristiane explica que o Aedes aegypt demora de sete a 10 dias para se desenvolver. Antes que possa chegar à fase adulta, ele servirá de alimento para os peixes. Sem os animais, o espelho d'água exige limpeza reforçada. "O ideal é esvaziar o tanque uma vez por semana, lavar bem as paradas e só então encher de água novamente." A administração do Parque da Cidade, usou os peixes para evitar que os ovos do Aedes aegypt se desenvolvessem na antiga piscina com ondas. Desativado desde 1997, o tanque de 25 mil metros quadrados acumula a água da chuva, que não tem para onde ser escoada. (CC) DENUNCIE Diretoria de Vigilância Ambiental - 3343-1259 Jornal do Brasil 23/11/2006 Ciência & Tecnologia Médicos discutem inflamações do intestino Cristine Gerk Médicos do mundo inteiro estão em São Paulo para discutir males pouco conhecidos que atingem muitos brasileiros. As doenças inflamatórias do intestino causam mudanças radicais na rotina de um terço dos pacientes. Há dois anos, o administrador Gilson Barrichello, 31 anos, começou a apresentar sangramentos nas fezes e cólicas abdominais. Depois de alguns diagnósticos errados, descobriu o problema: retocolite ulcerativa. A síndrome, junto com a doença de Chron, é um dos principais tipos de inflamação intestinal crônica. Não se sabe quantos sofrem dos males no Brasil, mas nos EUA e na Europa há mais de 2 milhões de pacientes. Se a pessoa tem sangramentos nas fezes, dores abdominais e diarréia por mais de 15 dias, é bom procurar um médico alerta John Popp, professor de gastroenterologia da Escola de Medicina da Universidade de Columbia, nos EUA, e expresidente do American College of Gastroenterology. Para identificar as doenças, os pacientes devem fazer uma colonoscopia. No exame, um tubo com uma câmera é introduzido pelo reto e examina os intestinos grosso e delgado. As causas destas doenças são desconhecidas, mas há fatores genéticos. Quem tem parentes com o mal precisa ficar atento observa Flavio Steinwurz, presidente da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa. No mês passado, a Anvisa aprovou uma nova substância conhecida como infliximabe, comercializada com o nome Remicade, que tem mostrado efeitos surpreendentes. Trata-se de um anticorpo que bloqueia a ação do agente inflamatório. Cerca de 80% dos pacientes melhoraram com o novo remédio, embora a doença não tenha cura permanente diz Popp. Barrichello testou o remédio e sentiu melhoras. Em fases de crise tenho que ir ao banheiro mais de 10 vezes por dia. Isso afeta minha vida social. Espero que a nova terapia possa me ajudar de forma permanente. Diário de Pernambuco (PE) 23/11/2006 Vida Urbana MP já investigava falso médico Os negócios do falso médico José Brito Neto, 61 anos, preso na última terçafeira, já vinham sendo investigados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) antes mesmo da polícia entrar em ação. As investigações, que vinham sendo feitas pela Promotoria do Consumidor, tratam da venda do complemento alimentar Supermistura. Brito Neto apresentava um programa na Rádio Olinda, onde receitava medicamentos, e mantinha um laboratório no Arruda. "Os documentos do Ministério Público serão acrescidos ao inquérito", adiantou a delegada Nely Queiroz, da Delegacia do Consumidor. Segundo ela, a polícia trabalhará em parceria com os promotores de Justiça. A delegacia registrou ontem a primeira queixa contra Brito Neto de um ex-cliente. "A alegação é de que o remédio adquirido não surtiu o efeito prometido". Desde ontem, os produtos vendidos por Brito Neto passaram a ser investigados também pela Anvisa, enquanto oito técnicos da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) catalogavam os produtos do falso médico. Ele deverá ser indiciado pelos crimes de estelionato, exercício ilegal da profissão, contra a saúde pública e propaganda enganosa. Jornal do Commercio (PE) 23/11/2006 Cidades Falso médico suspeito de adulterar remédio José Brito Neto, autuado na última terça-feira pela Delegacia de Defesa do Consumidor e pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) por prescrever e fabricar medicamentos sem ser médico nem farmacêutico, poderá ser indiciado por mais dois crimes. Ontem, o diretor da Apevisa, Jaime Brito, informou que são fortes as evidências de que ele falsificava e adulterava medicamentos. Se as novas suspeitas forem confirmadas, o professor Brito, como é conhecido, poderá responder por crime hediondo, como são consideradas a falsificação e a adulteração de remédios. O diretor da Apevisa e sua equipe passaram a manhã de ontem catalogando amostras dos remédios fitoterápicos que foram encontrados no laboratório clandestino que José Brito mantinha no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. "No local, encontramos uma grande quantidade de rótulos e embalagens vazias, de diferentes fabricantes de medicamentos", contou Jaime Brito. Ele está checando se há registro das indústrias na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, entrando em contato com as empresas e aguardado testes do Laboratório de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen). A Anvisa também será acionada para apurar a propaganda que José Brito fazia de seus produtos. Ele prescrevia os remédios por telefone a ouvintes da Rádio Olinda AM, onde apresentava o programa Saúde Total. Ele está no Centro de Triagem , em Abreu e Lima. Hoje, a Vigilância Sanitária deve recolher a matéria-prima e todos os produtos que foram interditados no laboratório. ESTELIONATO - A Delegacia de Repressão ao Estelionato investiga se José André da Silva, outro falso médico preso segunda-feira no Hospital de Itaquitinga, receitava remédios na Farmácia Saúde da Família, nos Torrões, Zona Oeste do Recife, de sua propriedade. A mulher de José André, identificada como Rildenes, foi intimada a prestar depoimento hoje. A polícia está visitando os serviços onde José André trabalhou. Folha de Pernambuco (PE) 23/11/2006 Grande Recife Vigilância Sanitária recolhe amostras de medicamentos Os remédios vendidos pelo Professor Brito, preso na terça-feira, por estelionato e falso exercício da medicina, estão sendo investigados por uma equipe da Vigilância Sanitária Estadual (VSE). Na manhã de ontem, técnicos recolheram amostras de cada produto que estava em uma fábrica de medicamentos improvisada na casa do acusado, no Arruda. No local, também foram encontrados rótulos ainda não-utilizados nas embalagens. O material foi recolhido para que sejam verificados os dados dos componentes dos medicamentos. Segundo o gerente da Vigilância Sanitária, Jaime Brito, em nenhum rótulo encontrado no local tem a indicação de que os medicamentos seriam manipulados pelo Professor. "Todo o material está em nome de empresas sediadas em vários estados do Sul e Sudeste do País. Entramos em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e iremos investigar se essas empresas têm alguma ligação com a produção desses medicamentos", disse. Ele acrescentou que uma das instituições citadas nos rótulos já foi contactada pela VSE e negou conhecer a existência do remédio sobre o qual foi indagada. As investigações devem ser concluídas em até dez dias. José Brito pode ser indiciado por estelionato, exercício ilegal da Medicina e da Farmácia e propaganda enganosa. Ele foi preso na tarde da terça-feira quando estava no ar com o seu programa de saúde, veiculado pela Rádio Olinda. Os responsáveis pela rádio ainda vão se pronunciar após notificação da Justiça.