UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MATEMÁTICA FORMAÇÃO DE PROFESSOR O DETERMINANTE DE UMA MATRIZ João Pereira Bonfim FOZ DO IGUAÇU - PR FEVEREIRO DE 2011 O DETERMINANTE DE UMA MATRIZ Por: João Pereira Bonfim Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Matemática – Formação de Professores da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para o obtenção parcial do grau de Especialista em Matemática. Orientador: Prof. Licio Hernanes Bezerra. FOZ DO IGUAÇU - PR FEVEREIRO DE 2011 O DETERMINANTE DE UMA MATRIZ JOÃO PEREIRA BONFIM Aprovado em ____/____/_____. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Profº Licio Hernanes Bezerra (orientador) Doutor em Matemática (PUC – Rio) __________________________________________________ Profª Sônia Elena Palomino Bean Doutora em Engenharia de Controle e Automação (UFSC) __________________________________________________ Profº Celso Melchiades Dória Doutor em Matemática (University of Warwick) CONCEITO FINAL: _____________________ AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Licio Hernanes Bezerra, que me acompanhou, dando-me orientações preciosas para que esse trabalho pudesse ser concluído. A Jesus Cristo, amigo sempre presente, sem o qual nada teria feito. Aos amigos, que sempre incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu lado. Ao meu tutor Gilberto, aos meus colegas de classe e demais formandos pela amizade e companheirismo que recebi. À minha esposa Leir e minha filha Mônica por abrir mão de momentos preciosos, pois só assim pude chegar até aqui. RESUMO Neste trabalho definimos o determinante de uma matriz a partir da expansão de Laplace. Mostramos, então, que o determinante definido dessa forma é uma função multilinear alternada (em relação às linhas da matriz) e assume o valor 1 na matriz identidade. Ou seja, o Teorema de Laplace é equivalente à definição usual de determinante. O determinante aparece em estudo de volumes de sólidos tridimensionais, mudança de coordenadas, inversibilidade de matrizes, resolução de equações lineares etc. Há várias formas equivalentes de se definir determinante, o que fornece formas alternativas de cálculo, adequadas para diferentes formas de matrizes. O nosso objetivo é mostrar que podemos definir determinante como um procedimento indutivo, que é uma forma direta e acessível a um aluno de ensino médio, além de ser um modo matematicamente rigoroso. Palavras chaves: Determinante, matrizes, expansão de Laplace. NOTAÇÕES: MATRIZES: a11 a12 a a22 A 21 am1 am 2 a1n a2 n amn A aij i 1:m ou A A(1: m,1: n) j 1:n MATRIZ IDENTIDADE: 1 0 0 0 1 0 In 0 0 0 0 0 . 1 TRANSPOSTA DE UMA MATRIZ: Seja A uma matriz mxn . A transposta de A é a matriz B , nxm , tal que Bij Aji . Notação: B AT . Então: a11 a12 a a22 A 21 an1 an 2 a1n a11 a2 n a T A 12 ann a1n a21 a22 a2 n an1 an 2 . ann INVERSA DE UMA MATRIZ: i) Dizemos que A é matriz inversível se existir uma matriz B tal que A.B B.A I . ii) Dada uma matriz inversível A , chama-se inversa de A a matriz A1 (que é única) tal que A. A1 A1. A I . SOMA DE MATRIZES: A B C cij aij bij PRODUTO DE UM ESCALAR POR UMA MATRIZ k e kA B bij kaij SUBMATRIZ Sejam: v i1, , ir , 1 i1 w j1, ir m , js , 1 j1 ai1 j1 A v, w a ir j1 Exemplo: 1 2 3 A 4 5 6 7 8 9 ai1 js air js js n 2 A (1,3), 2 . 8 Obs: i) A (1,3),: A (1,3), (1, 2, ii) A :, w A (1, 2, 1 2 3 , n . 7 8 9 , m), w A 1: m, w . iii) A :, j é a coluna j de A . iv) A i,: é a linha i de A . v) 1: m 1, 2, , m e 1: n 1, 2, 9 8 7 vi) A (3, 2,1), (3, 2,1) 6 5 4 . 3 2 1 , n . SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 09 1. DEFINIÇÕES ........................................................................................................ 11 1.1 – Matriz ............................................................................................................... 11 1.2 – Determinante ................................................................................................... 11 1.3 – Matriz dos Cofatores ....................................................................................... 12 2. PROPRIEDADES ................................................................................................ 15 2.1 – Propriedade 1 ................................................................................................. 15 2.2 – Propriedade 2 ................................................................................................. 16 2.3 – Propriedade 3 ................................................................................................. 17 2.4 – Propriedade 4 ................................................................................................. 17 2.5 – Propriedade 5 ................................................................................................. 18 2.6 – Corolário 1 ...................................................................................................... 20 2.7 – Propriedade 6 ................................................................................................. 21 2.8 – Corolário 2 ...................................................................................................... 22 2.9 – Proposição 1 .................................................................................................. 23 3. OUTRAS PROPRIEDADES ................................................................................ 24 3.1 – Fórmula de Leibniz........................................................................................... 24 3.2 – Teorema 1 ....................................................................................................... 25 3.3 – Determinante de Matriz Transposta................................................................. 26 4. DETERMINANTES DE MATRIZES EM BLOCOS .............................................. 27 4.1 – Determinante de Matrizes em Blocos 1............................................................ 27 4.2 – Determinante de Matrizes em Blocos 2 ........................................................... 28 5. APLICAÇÃO DE DETERMINANTES .................................................................. 29 5.1 – Definição de Vetores ....................................................................................... 29 5.2 – Propriedades de Vetores ................................................................................. 29 5.3 – Definição de Produto Vetorial .......................................................................... 29 5.4 – Propriedades de Produto Vetorial ................................................................... 30 5.5 – Definição de Produto Misto ............................................................................. 30 5.6 – Propriedades de Produto Misto ....................................................................... 30 5.7 – Área de Região Triangular .............................................................................. 30 5.8 – Equação da Geral Reta ................................................................................... 32 5.9 – Volume de Tetraedro ....................................................................................... 33 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 36 9 INTRODUÇÃO O sistema de equações lineares pouco apareceu na matemática Ocidental antiga ao contrário do que ocorreu no extremo Oriente, onde recebeu maior atenção. Os chineses representavam os sistemas lineares por meio de seus coeficientes escritos com barras de bambu sobre os quadrados de um tabuleiro. Assim, acabaram descobrindo o método de resolução por eliminação, que consiste em anular coeficientes por meio de operações elementares. Contudo, apenas em 1683 a idéia de determinante como um número que se associa a um matriz quadrada de números se concretizou, com um trabalho de Seki Kowa. Considerado o maior matemático japonês do sec. XVII, Kowa chegou a essa conclusão através do estudo de sistemas lineares, sistematizando o velho procedimento chinês (para o caso de duas equações apenas). O uso de determinantes no Ocidente começou dez anos depois em um trabalho de Leibniz sobre sistemas lineares. Em resumo, Leibniz estabeleceu a condição de compatibilidade de um sistema de três equações a duas incógnitas em termos do determinante de ordem 3, formado pelos coeficientes e pelos termos independentes (este determinante deve ser nulo) Autor de textos matemáticos de sucesso em seu tempo, o francês Étienne Bézout (1730 -1783) sistematizou em 1764 o processo de estabelecimento dos sinais dos termos de um determinante. E coube a outro francês, Alexandre Vandermonde (1735 -1796), em 1771, empreender a primeira abordagem da teoria dos determinantes independente do estudo dos sistemas lineares, embora também os usasse na resolução destes sistemas. O termo determinante foi introduzido pelo matemático alemão Carl Friedrich Gauss em 1801, que o utilizou para ‘determinar’ as propriedades de certos tipos de funções. Mas foi em 1812 que surgiu o termo com o sentido atual num trabalho de Cauchy sobre o assunto. Neste artigo, apresentado à Academia de Ciências, Cauchy resumiu e simplificou o que era conhecido até então sobre determinantes. Além de Cauchy, quem também contribuiu para consolidar a teoria dos determinantes foi o alemão Carl G. J. Jacobi (1804 -1851). Deve-se a ele a forma simples como essa teoria se apresenta hoje. O conceito de determinante desempenha um importante papel em muitas aplicações da Álgebra Linear à Geometria e à Análise. Hoje em dia, embora não 10 sejam um instrumento prático para resolução de sistemas via regra de Cramer, os determinantes são utilizados, para caracterizar certas operações algébricas, ou mesmo para sintetizar certas expressões matemáticas complicadas. 11 1 – DEFINIÇÕES: 1.1 - Matriz Seja A aij uma matriz quadrada de ordem n com elementos em nxn {matrizes complexas nxn }. Exemplos: 1x1 2x2 nxn x x a b a, b, c, d c d a11 a 21 an1 a1n a2 n a ,a , 11 12 ann a12 a22 an 2 , a1n 1.2 – Determinante Seja A nxn , uma matriz complexa de ordem n , tal que: a11 a12 a a22 A 21 an1 an 2 a1n a2 n ann Então: a) Se A 1x1 b) Se A nxn A a det A a . , n>1 det A (1)11.a11.det A(1,1) (1)12 .a12 .det A(1,2) (1)1n .a1n .det A(1, n) . , então: 12 A(i , j ) a11 ai 1,1 ai 1,1 a n1 a1, j 1 a1, j 1 ai 1, j 1 ai 1, j 1 ai 1, j 1 ai 1, j 1 an , j 1 an , j 1 a1n ai 1,n . ai 1,n ann Exemplos: i) a a det 11 12 a11.det a22 a12 .det a21 a11.a22 a12 .a21 . a21 a22 a11 a12 ii) det a21 a22 a 31 a32 a13 a a23 a11.det 22 a32 a33 a23 a21 a23 a21 a22 a12 .det a13 .det a33 a a a a 31 33 31 32 a11.(a22 .a33 a23.a32 ) a12 .(a21.a33 a23.a31 ) a13.(a21.a32 a22 .a31 ) a11.a22 .a33 a11.a23.a32 a12 .a21.a33 a12 .a23.a31 a13.a21.a32 a13.a22 .a31 . 1.3 – Matriz dos Cofatores B é a submatriz de A , que se obtém retirando-se a linha i e a linha j de A (matriz dos cofatores). B cof ( A) é uma matriz, tal que: Bij (1)i j .det A(i , j ) Exemplo: 1 3 0 Seja A 2 5 2 1 1 3 Então cof ( A) Bij (1)i j .det A(i , j ) 5 2 B11 (1)11.det 1.17 17 1 3 13 2 2 B12 (1)1 2 .det 1.4 4 1 3 2 5 B13 (1)13 .det 1.(7) 7 1 1 3 0 B21 (1)21.det 1.9 9 1 3 1 0 B22 (1)2 2 .det 1.3 3 1 3 1 3 B23 (1)23 .det 1.(4) 4 1 1 3 0 B31 (1)31.det 1.6 6 5 2 1 0 B32 (1)3 2 .det 1.2 2 2 2 1 3 B33 (1)33 .det 1.(1) 1 2 5 17 4 7 B 9 3 4 6 2 1 e 17 9 6 B 4 3 2 . 7 4 1 T Note que: 1 3 0 17 9 6 A.B 2 5 2 . 4 3 2 1 1 3 4 4 1 T 1.(9) 3.3 0.4 1.6 3.(2) 0.(1) 1.17 3.(4) 0.(7) 2.17 5.(4) 2.(7) 2.(9) 5.3 2.4 2.6 5.(2) 2.(1) 1.17 (1).(4) 3.(7) 1.(9) (1).3 3.4 1.6 (1).(2) 3.(1) 5 0 0 1 0 0 0 5 0 5. 0 1 0 . 0 0 5 0 0 1 Também: 5 2 2 2 2 5 det A 1.det 3.det 0.det 1 3 1 3 1 1 14 1.17 3.4 0.(7) 17 12 0 5 det A 5 . Assim concluímos que o produto de uma matriz A pela transposta da matriz dos cofatores de A cof A é igual ao produto da determinante de A pela matriz identidade de A , ou seja, A. cof A T 0 0 1 0 0 det A det A. 0 1 0 0 det A 0 . 0 0 1 0 0 det A Obs: Este teorema está demonstrado no livro de Hoffman (pp. 152-154). 15 2 – PROPRIEDADES 2.1 Propriedade 1 B kA, k det B k n .det A Demonstração: Por indução na ordem da matriz. Provemos que a propriedade vale para n 1 Sejam A a11 e B kA ka11 det B ka11 k.det A k 1.det A Suponha válido para n 1 Seja m n 1 ka11 B ka n 1,1 ka1,n 1 kan 1,n 1 det B ka11.det B(1,1) ka12 .det B(12) (1)n11.(ka1,n1 ).det B(1,n1) (j ), B(i , j ) kA(i , j ) det B(i , j ) k n .det A(i , j ) Logo, det B ka11.k n .det A(1,1) ka12 .k n .det A(1,2) k n1.a11.det A(1,1) k n1.a12 .det A(1,2) k n1.(a11.det A(1,1) a12 .det A(1,2) (1)n2 .(ka1,n1 ).k n .det A(1,n1) (1)n2 .k n1.(a1,n1 ).det A(1,n1) (1)n2 .(a1,n1 ).det A(1,n1) ) k n1.det A . Exemplo: 2 1 6 3 Se k 3 , A e kA , temos: 4 5 12 15 det kA 54 32.6 k n .det A 16 2.2 - Propriedade 2 Seja A uma matriz de ordem n 2 . Se trocarmos de posição duas linhas paralelas entre sí, obteremos uma nova matriz B e det B det A . Demonstração: Por indução na ordem da matriz. i) Provemos que a propriedade vale para n 2 . a11 a12 det A a11.a22 a12 .a21 a21 a22 Seja A Trocando de posição as linhas, obtemos: a a B 21 22 det B a21.a12 a22 .a11 det A . a11 a12 ii) Vamos supor que a hipótese seja verdadeira para todas as matrizes m n 1 2. Seja A uma matriz tal que, (i k ) , (i k 1) e 1 k n 1 , então: B(i,:) A(i,:) , B(k ,:) A(k 1,:) e B(k 1,:) A(k ,:) . Desenvolvendo det A e det B pela linha i , teremos: n n j 1 j 1 det A aij . A(i , j ) e det B bij .B (i , j ) Como cada cofator B(i , j ) é obtido de A(i , j ) trocando de posição duas linhas e, por indução, Bij Aij , j 1, 2, hipótese de j 1, 2, , n e, portanto, det B det A . Exemplo: Sejam 1 3 0 1 2 2 A 4 1 3 e B 4 1 3 1 2 2 1 3 0 , n , segue que B (i , j ) A(i , j ) , 17 1 3 4 3 4 1 det A 1.det 3.det 0.det 1.(4) 3.11 0.9 37 2 2 1 2 1 2 1 3 4 3 4 1 det B 1.det 2.det 2.det 1.(9) 2.(3) 2.11 37 3 0 1 0 1 3 det B 37 det A. 2.3 - Propriedade 3 Se uma A matriz de ordem n 2 tem duas linhas formadas por elementos respectivamente iguais, então det A 0 . Demonstração: Suponha que A(i,:) A( j,:) Seja B a matriz formada pelas linhas de A , permutando-se as linhas i e j . Logo, B A det B det A Mas pela propriedade anterior, det B det A , ou seja, det A det A det A 0 . Exemplo: 3 1 4 A 2 5 3 3 1 4 5 3 2 3 2 5 det A 3.det 1.det 4.det 1 4 1 4 3 1 3.17 1.(1) 4.(13) 51 1 52 0. 2.4 - Propriedade 4 Se as linhas de uma matriz A são linearmente dependentes, isto é, se A tem uma linha que é combinação linear das outras, então det A 0. Demonstração: Suponha que l1 é combinação linear, então: 18 l1 k2 .l2 k3 .l3 a11 kn .ln a1n k2 . a21 a22 a12 a2n k3 . a31 a32 det A a11.det A(1,1) a12 .det A(1,2) (k2 .a21 kn an1 ).det A(1,1) (k2 .a22 k2 .(a21.det A(1,1) a22 .det A(1,2) a21 a22 a a22 k2 .det 21 an1 an 2 k2 .0 kn . an1 an 2 ann . (1)1n .a1n .det A(1,n) kn an 2 ).det A(1,2) (1)1n .a2 n .det A(1,n) ) a2 n a2 n ann a3n (1)1n .(k2 .a2n kn .(an1.det A(1,1) an 2 .det A(1,2) an1 an 2 a a22 kn .det 21 an1 an 2 k2ann ).det A(1,n) (1)1n .ann .det A(1, n) ) ann a2 n ann kn .0 0. Exemplo: 11 16 21 Seja A 1 2 3 , em que l1 3.l2 2.l3 (linha 1 é combinação linear das linhas 2 4 5 6 e 3). 2 3 1 3 1 2 det A 11.det 16.det 21.det 5 6 4 6 4 5 11.(3) 16.(6) 21.(3) 33 96 63 0. 2.5 - Propriedade 5 Seja A nxn , k 1, 2, , n Seja B a matriz tal que (i k ) , B(i,:) A(i,:) e B(k ,:) x.A(k ,:) , x ; Seja C a matriz tal que (j k ) , C(:, j ) A(:, j ) e C(:, k ) y.A(:, k ) , y ; Então: i) det B x.det A ii) det C y.det A Demonstração (i): 19 Para k 1 , teremos: x.a11 a B 21 an1 x.a12 a22 an 2 x.a1n a2 n ann det B x.a11.det A(1,1) x.a12 .det A(1,2) x.(a11.det A(1,1) a12 .det A(1,2) (1)1n .x.a1n .det A(1,n) (1)1n .a1n .det A(1,n) ) x.det A Para k 2 (por indução na ordem da matriz): Se n 2 , então: a B 11 x.a21 a12 x.a22 det B a11.x.a22 a12 .x.a21 x.(a11.a22 a12 .a21 ) x.det A Vamos supor que a hipótese de indução seja verdadeira para todas as matrizes m n 1 2 . Seja A uma matriz tal que (i k ) B(i,:) A(i,:) e B(k ,:) x.A(k ,:) , x ; Assim, det B a11.det B(1,1) a12 .det B(1,2) (1)1n .a1n .det B(1,n) (*) Seja 1 j n Sejam B j B(1, j ) e Aj A(1, j ) Então (i k 1) B j (i,:) Aj (i,:) e B j (k 1,:) x.Aj (k 1,:) (j ) B j é de ordem n 1 e, pela hipótese de indução B(1, j ) x.det A(1, j ) , substituindo em (*): det B a11.( x.det A(1,1) ) a12 .( x.det A(1,2) ) x.(a11.det A(1,1) a12 .det A(1,2) (1)1n .a1n .( x.det A(1,n) ) (1)1n .a1n .det A(1,n) x.det A . A demonstração (ii) é análoga à (i). 20 Exemplo: 1 2 3 Seja A 4 3 2 e x 2 3 3 2 2 4 6 B 4 3 2 , B(1,:) 2.A(1,:) 3 3 2 Então: det B x.det A 1 2 3 3 2 4 2 4 3 2.det 4.det 6.det 2.det 4 3 2 3 2 3 2 3 3 3 3 2 1 2 3 2.0 4.2 6.3 2.det 4 3 2 3 3 2 3 2 4 2 4 3 10 2. 1.det 2.det 3.det 3 2 3 2 3 3 10 2.(1.0 2.2 3.3) 2.5 10 . 2.6 - Corolário 1 Seja B uma matriz cuja k-ésima linha é nula. Então det B 0 . Demonstração: Seja A uma matriz tal que (i k ) A(i,:) B(i,:) Logo, B(k ,:) 0. A(k ,:) Pela propriedade anterior, det B 0.det A 0 21 a11 B 0 a n1 a1n 0 ann a12 0 an 2 a22 det B a11.det 0 a n2 a23 0 an 3 a2 n a21 a23 0 a12 .det 0 0 a ann n1 an3 a2 n 0 ann a24 0 an 4 a21 (1)1 n .a1n .det 0 a n1 (1)1n .a1n .0 0 . a11.0 a12 .0 Exemplo: 1 4 5 Seja B 0 0 0 5 1 2 0 0 0 0 0 0 det B 1.det 4.det 5.det 1.0 4.0 5.0 0 1 2 5 2 5 1 2.7 - Propriedade 6 Seja A nxn e seja 1 k n Seja B nxn uma matriz tal que (i k ) B(i,:) A(i,:) e B(k ,:) A(k ,:) t. x1 Então: a11 det B det A t.det x1 a n1 Demonstração: Para k 1 , teremos: a12 x2 an 2 a1n xn ann x2 xn a22 0 an 2 a2,n 1 0 an ,n 1 22 a11 t.x1 a12 t.x2 a21 a22 B an 2 an1 a1n t.xn a2 n ann (1)1n .(a1n t.xn ).det B(1,n) det B (a11 t.x1 ).det B(1,1) (a12 t.x2 ).det B(1,2) (j ) B(1, j ) A(1, j ) , logo det B (a11.det A(1,1) a12 .det A(1,2) (1)1n .a1n .det A(1,n) ) t.( x1.det A(1,1) x2 .det A(1,2) x1 x2 a a22 det A t.det 21 an1 an 2 (1)1n .xn .det A(1,n) ) xn a2 n ann Se k 2 , basta trocar as linhas de ordem de forma que k 1 (propriedade 2). 2.8 - Corolário 2 a11 det ak1 a n1 a12 ak 2 an 2 a1n a11 ak n ak1. 1 a ann n1 a12 0 an 2 a1n a11 0 ak 2 . 0 a ann n1 a12 1 an 2 Exemplo: 1 2 3 1 2 3 1 2 3 det 4 5 6 det 4 5 6 9.det 4 5 6 7 8 9 7 8 0 0 0 1 1 2 3 1 2 3 1 2 3 det 4 5 6 8.det 4 5 6 9.det 4 5 6 7 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 3 1 2 3 1 2 3 7.det 4 5 6 8.det 4 5 6 9.det 4 5 6 . 1 0 0 0 1 0 0 0 1 a1n 0 ann a11 akn . 0 a n1 a12 0 an 2 a1n 1 ann 23 2.9 - Proposição 1 1 0 det 0 0 0 1 1 0 1 0 Demonstração: i) det1 1 . ii) Se I n é uma matriz identidade nxn , com n 1 Então det I n , por definição, é igual a 1.det I (1,1) 0.det I (1,2) (1)1n .0.det I (1,n ) 1.det I (1,1) 1.1 1. Portanto, o determinante definido a partir da expansão de Laplace é uma função multilinear (em relação às linhas da matriz), alternada e tal que o seu valor na matriz identidade é 1. Como só existe uma única função multilinear alternada que aplicada em 1 0 0 0 , 0 1 0 0 , , 0 0 0 1 é igual à 1, concluímos que o procedimento indutivo de Laplace define rigorosamente a função determinante. Podemos obter, então, a fórmula de Leibniz para o determinante. Essa fórmula expressa o determinante de uma matriz quadrada como um somatório de n! parcelas, cada uma igual a um produto de n elementos da matriz, que não podem estar em uma mesma linha ou coluna. Essa exigência se traduz em uma permutação de n elementos. O sinal da parcela é dado pela paridade dessa permutação. 24 3 – OUTRAS PROPRIEDADES 3.1 – Fórmula de Leibniz det A n sgn( ) Ai, i ; 1 i n e 1 n. N n i 1 OBSERVAÇÕES: n i) A i 1 i, i = a1 (1) .a2 (2) . .an ( n) , em que é uma permutação do conjunto N n . Nesse produto aparece apenas um elemento de cada linha de A (pois os primeiros índices não se repetem) e apenas um elemento de cada coluna de A (pois os segundos índices também não se repetem). ii) sgn: é a função sinal de permutações no grupo de permutações que retorna 1 para permutações pares e -1 para permutações ímpares (sugerimos ao leitor que faça uma leitura de teoria de permutações – Callioli, pg. 197). iii) O número de permutações em um conjunto Nn 1, 2, , n n! n.(n 1).(n 2). .3.2.1 . Teremos portanto n ! parcelas na somatória sgn( ).a 1 (1) .a2 (2) . .an ( n) . iv) A demonstração da fórmula de Leibniz pode ser vista, por exemplo, em Hoffman (pg.149-152). Exemplo: a11 a12 Seja A a21 a22 a 31 a32 a13 a23 . a33 As permutações do conjunto 1, 2,3 e respectivos sinais são: 1 2 3 (+1) 1 2 3 1 2 3 (-1) 1 3 2 1 2 3 (+1) 2 3 1 1 2 3 (-1) 3 2 1 é 25 1 2 3 (+1) 3 1 2 1 2 3 (-1) 2 1 3 Logo, det A a11.a22 .a33 a12 .a23.a31 a13.a21.a32 a11.a23.a32 a13.a22 .a31 a12 .a21.a33 . 3.2 - Teorema 1 Sejam A e B matrizes de ordem n . Então det( AB) det( A) det( B). Demonstração: Sejam A (aij ) , B (bij ) e C AB (cij ) . Logo n cij aik bkj (i, j 1, k 1 n , n). cij aik bkj (i, j 1, , n). k 1 Então a1k1 bk11 det(C ) det a b nk1 k11 k1 bk11bk2 2 ( k1 , , kn ) bk11bk2 2 ( k1 , k2 , , kn ) bk11bk2 2 b a b a ankn bknn 1k2 k2 2 a1k1 bkn n det a nk1 a1k1 bkn n det a nk1 a1kn bkn n ankn bkn n a1k2 bk2 2 ank2 bk2 2 a1kn ankn a1k2 ank2 a1kn , onde ki k j ankn bknn sgn( ) det A det A sgn( )bk11bk2 2 det A sgn( )bk11. .bkn n det( A).det( B). b 1kn kn n nk2 k2 2 a1k1 bk11 det kn a b nk1 k11 k2 a bknn 26 3.3 – Determinante da Matriz Transposta Se M é a matriz de ordem n e M T sua transposta, então det M T det M . Demonstração: Vamos usar o princípio da indução finita. 1ª parte Para n 1 , a propriedade é imediata. 2ª parte Suponhamos a propriedade válida para matrizes de ordem (n 1) e provemos que ela também será válida para determinantes de ordem n . Temos: a11 a12 a21 a22 M a31 a32 a n1 an 2 a13 a23 a33 an 3 b11 b12 b21 b22 T M b31 b32 b b n1 n 2 a1n a2 n a3n ann em que bij aij i 1, 2, , n e j 1, 2, det M a11. A11 a21. A21 a31. A31 det M T b11. A'11 b12 . A'12 b13. A'13 b1n b2 n b3n bnn b13 b23 b33 bn 3 , n . an1. An1 (pela 1ª coluna) b1n . A'1n (pela 1ª linha) Mas, por definição de matriz transposta, temos: a11 b11 , a21 b12 , a31 b13 , , an1 b1n e pela hipótese da indução temos: A11 A'11 , A21 A'12 , A31 A'13 , , An1 A'1n . Logo det M T det M . Portanto, a propriedade é válida para matrizes de ordem n , n 1 . Exemplo: 1 0 2 1 3 4 det 3 1 3 det 0 1 5 9 . 4 5 2 2 3 2 Obs: A importância dessa propriedade reside no fato de que toda propriedade válida para as linhas de uma matriz também é válida para as colunas e vice-versa. 27 4 - DETERMINANTES DE MATRIZES EM BLOCOS 4.1 – Determinante de Matrizes em Blocos 1 A B 1 1 det det A .det D C. A .B det D .det A B.D .C C D Demonstração: A B i) Seja M , tal que A C D nxn nxn é inversível. Logo, 0 A B A B I . 1 1 I C D 0 D C. A .B C. A Então: 0 B I A B A det .det det 1 1 I C. A C D 0 D C. A .B A B 1 Isto é, 1.det det A.det D C. A .B . C D A B ii) Seja M , tal que D C D nxn nxn é inversível. Logo, I BD 1 A B A BD 1C . C D 0 I C 0 D Então: I BD 1 A BD 1C A B det .det det I C C D 0 0 D A B 1 Isto é, 1.det det D.det A B.D .C . C D A B 1 1 det det A .det D C. A .B det D .det A B.D .C . C D Obs: Desse resultado segue que o determinante de uma matriz de bloco triangular é o produto dos determinantes dos blocos diagonais. 28 Exemplo: 1 3 det 0 0 1 4 1 2 1 2 3 5 det .det (2).(30) 60. 0 3 5 3 4 6 0 0 6 0 2 1 4.2 – Determinante de Matrizes em Blocos 2 det I AT .B det I A.BT det I BT .A det I B.AT Demonstração: i) det I AT .B det I AT .B T det I B .A , pois det M T I ii) det I AT .B det I .det I AT .I .B det T A T det M (2.11). B I det I .det I B.I . AT det I B. AT (3.1). iii) Assim, det I AT .B det I B. AT det I B. AT T det I A.B det I AT .B det I A.BT det I BT . A det I B. AT T . 29 5 – APLICAÇÃO DE DETERMINANTES: Antes de colocarmos algumas aplicações de determinantes, daremos algumas notações com definições e propriedades sobre vetores. 5.1 – Definição de Vetores Sejam xa , ya , za e xb , yb , zb as coordenadas cartesianas de dois pontos do espaço, A e B , respectivamente. O vetor AB é, por definição, a classe de equivalência de todos os segmentos orientados de mesma direção, de mesmo sentido e mesmo tamanho que o segmento orientado que vai de A até B . Definimos as coordenadas do vetor AB como sendo xb xa , yb ya , zb za . 5.2 – Propriedades de Vetores i) Soma de Vetores: Se V v1 , v2 , v3 , W w1 , w2 , w3 , então definimos a soma de V W , por: V W v1 w1 , v2 w2 , v3 w3 . ii) Diferença de Vetores: V W v1 w1 , v2 w2 , v3 w3 . iii) Módulo de um Vetor: V x 2 y 2 z 2 5.3 – Definição de Produto Vetorial Dado os vetores V v1 , v2 , v3 e W w1 , w2 , w3 , definimos o produto vetorial entre V e W por VxW , como o vetor obtido pelo objeto matemático que não é um determinante, mas que pode ser calculado como se fosse um determinante: i VxW det v1 w 1 j v2 w2 k v3 . w3 30 5.4 – Propriedades de Produto Vetorial i) VxW WxV ii) Ux V W UxV UxW 5.5 – Definição de Produto Misto Dado os vetores U u1 , u2 , u3 , V v1 , v2 , v3 e W w1 , w2 , w3 , definimos o produto misto entre U , V e W , que é denotado por U ,V ,W , do seguinte modo: U ,V ,W U .VxW . Observe que o produto misto é um número real e que pode ser obtido a partir do seguinte determinante: u1 U ,V ,W U . VxW det v1 w 1 u2 v2 w2 u3 v3 . w3 5.6 – Propriedades de Produto Misto i) U ,V ,W V ,U ,W . ii) U ,V ,W V ,W ,U W ,U ,V . 5.7 – Área de Região Triangular Uma aplicação na geometria analítica relacionada com determinantes está no cálculo da área de um triângulo ABC conhecidas as coordenadas de seus vértices. 31 No caso da geometria plana, sejam (O, i , j ) um sistema ortogonal de coordenadas e A xA , y A , B xB , yB e C xc , yc três pontos não colineares. A área do triângulo ABC será dada por: AC .h S= 2 Sendo AC ( xC xA , yC y A ) e h BC distância do ponto B ao ponto C, vem: AC xC xA yC yA 2 2 e h BC xA 1 S . det xB 2 x C xA det xB x C y A 1 yB 1 yC 1 xC xA yC y A 2 2 y A 1 yB 1 , que é a expressão analítica da área do triângulo no plano. yC 1 Exemplo: Determine a área do triângulo ABC de vértices: A(1, 4) , B(2,3) e C( 1, 2) . 1 4 1 3 1 2 1 2 3 det 2 3 1 1.det 4.det 1.det 1.5 4.3 1.(1) 8. 2 1 1 1 1 2 1 2 1 1 A= . 8 4. 2 32 5.8 – Equação Geral da Reta Através do determinante nulo formada pelas coordenadas de dois pontos no plano cartesiano podemos encontrar a equação geral da reta. Considere uma reta originada pelos pontos A(x1 , y1 ) e B(x 2 , y2 ) . Podemos destacar um ponto P(x, y) nessa mesma reta e assim obtermos as seguintes equações: x x1 ( x2 x1 ) x x1 x2 x1 y y1 ( y2 y1 ) y y1 y2 y1 Assim: x x1 y y1 x2 x1 y2 y1 ( x x1 ).( y2 y1 ) ( y y1 ).( x2 x1 ) [( x x1 ).( y2 y1 )] [( y y1 ).( x2 x1 )] 0 x x1 det x2 x1 y y1 0 y2 y1 Esta última equação pode ser transformada na seguinte: x det x x1 x x 2 1 y y y1 y2 y1 1 1 0 1 Ao calcularmos o determinante nulo dessa matriz de ordem 3 formada pelas coordenadas dos três pontos acrescentada por uma coluna formada por numero 1 encontraremos a equação ax + by + c = 0, que é denominada equação geral da 33 reta, onde a e b são números não nulos e x e y são pontos de coordenadas da retas. x det x1 x 2 y y1 y2 1 y 1 x 1 x 1 0 x.det 1 y.det 1 1.det 1 y2 1 x2 1 x2 1 y1 0 y2 x. y1 y2 y. x1 x2 1. x1. y2 y1.x2 0 y1 y2 .x x1 x2 . y x1. y2 y1.x2 0 . a b c Exemplo: Obtenha uma equação da reta que passa pelos pontos: A(1,3) e B(-2,8) . x y 1 det 1 3 1 0 2 8 1 3 1 1 1 1 3 x.det y.det 1.det 0. 8 1 2 1 2 8 x.(5) y.3 1.14 0 5x 3 y 14 0 A equação geral da reta é 5x 3 y 14 0 5.9 – Volume do Tetraedro Em 1773, Lagrange, em um trabalho sobre Mecânica, mostrou que o volume de um tetraedro ABCD de vértices A(x 0 , y0 , z0 ) , B(x1 , y1 , z1 ) , C(x 2 , y2 , z2 ) , e D(x 3 , y3 , z3 ) pode x0 x1 1 ser dado por V= . D , em que D é o módulo do determinante det x2 6 x3 Seja (O, i , j , k ) um sistema ortogonal de coordenadas. y0 y1 y2 y3 z0 1 z1 1 . z2 1 z3 1 34 A ( x0 , y0 , z0 ) , B ( x1 , y1 , z1 ) , C ( x2 , y2 , z2 ) e D ( x3 , y3 , z3 ) quatro pontos do espaço três a três não colineares e os quatro não situados no mesmo plano, conforme figura abaixo. O volume do tetraedro ABCD será igual à sexta parte do volume do paralelepípedo que é dado por: AB, AC , AD Nestas condições o volume do tetraedro ABCD será: 1 V . AB, AC , AD 6 Como AB ( x1 x0 )i ( y1 y0 ) j ( z1 z0 )k AC ( x2 x0 )i ( y2 y0 ) j ( z2 z0 )k AD ( x3 x0 )i ( y3 y0 ) j ( z3 z0 )k e x1 x0 1 V . det x2 x0 6 x x 3 0 y1 y0 y2 y0 y3 y0 z1 z0 z 2 z0 z3 z0 ou: x0 x 1 V . det 1 x2 6 x3 y0 y1 y2 y3 z0 1 z1 1 z2 1 z3 1 que é a fórmula analítica do volume de um tetraedro no espaço. Exemplo: 35 Determine o volume do tetraedro ABCD de vértices A(1,0,0) , B(2,3,1) , C(-1, 2,3) e D(5, 1, 2) . 1 0 0 2 3 1 det 1 2 3 5 1 2 1 1 1.23 1.64 41 1 1 1 41 V= . -41 . 6 6 36 REFERÊNCIAS BOLDRINI, José Luís. Álgebra Linear. 3ª ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980. CALLIOLI, Carlos A. Álgebra Linear e Aplicações. 6ª ed. São Paulo: Atual Editora, 1990. DANTE, Luiz Roberto. Matemática: volume único. 1ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2005. EVES, Howard. Introdução à História da Matemática. Traduzido por Hygino H. Domingues. Editorial. UNICAMP, 2004. HOFFMAN, Kenneth e KUNZE, Ray. Álgebra Linear. Traduzido por Adalberto P. Bergamasco. São Paulo: Editora Univ. de S. Paulo e Polígono, 1970. IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática Elementar – Volume 4: sequências, matrizes, determinantes, sistemas. 7ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2004. KOLMAN, Bernard; HILL, David R. Introdução à Álgebra Linear: com aplicações. Rio de Janeiro, 2006.