DEFININDO OBJETIVOS PARA O ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA Mayara de Melo Santana Ana Lucia Galacini Vieira Prof. Telma Gimenez (Orientadora) RESUMO Nas últimas décadas o ensino de línguas estrangeiras no Brasil tem sido objeto de orientações oficiais por parte de autoridades governamentais. Fazem parte desse conjunto de orientações os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental (PCN) as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM) e as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Paraná – Língua Estrangeira Moderna (DCEB-PR - LEM). Embora esses documentos procurem direcionar as propostas de ensinoaprendizagem nas escolas, são pouco detalhados com relação a objetivos a serem alcançados nas diferentes séries. A fim de conhecer quais objetivos específicos professores de inglês da rede pública estabeleciam para as diferentes séries, foi solicitado a um pequeno grupo de 20 participantes da turma 2009-2010 do programa PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná) que os listassem. Suas elaborações foram enquadradas nas cinco dimensões previstas por um consórcio de associações profissionais dos Estados Unidos, que formularam metas para cada nível de aprendizagem de língua estrangeira naquele país. Nesta comunicação apresentaremos um breve perfil dos profissionais que elaboraram os objetivos e quais dimensões privilegiaram na tarefa solicitada. Serão também discutidas as implicações das diferenças entre uma definição mais precisa de metas a serem alcançadas e orientações mais genéricas sobre os resultados de aprendizagem esperados. Palavras-chave: orientações curriculares, ensino de inglês, objetivos. 1549 Introdução O ensino de línguas estrangeiras no Brasil tem sido objeto de várias propostas curriculares. Essas, elaboradas por especialistas, embora com algum respaldo de consulta a professores, apresentam justificativas e concepções teóricas que sofrem reinterpretações por parte daqueles que atuam diretamente na sala de aula. Um dos papéis atribuídos a esses documentos é o de orientar a definição de objetivos e conteúdos para o ensino. Assim, as reinterpretações ou transposições didáticas procuram dar sentido a esses textos. Neste trabalho apresentaremos inicialmente um breve resumo das Diretrizes curriculares para a Educação Básica do Paraná (DCEB-PR) para, em seguida, listar alguns dos objetivos estipulados para o ensino de línguas estrangeiras nos Estados Unidos, conforme estabelecido pelo American Council on the Teaching of Foreign Languages (ACTFL). A comparação se justifica pelo fato de que naquele país esses parâmetros são estabelecidos em função de metas bem definidas para cada nível de aprendizagem. Na terceira seção traremos os objetivos listados por professores de língua inglesa que freqüentaram um curso integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) oferecido pela Universidade Estadual de Londrina para a turma 20092010. Esses objetivos serão discutidos em função das DCEB-PR e das dimensões previstas no documento da ACTFL. DCEB-PR As DCEB-PR estão disseminadas em documento publicado em 2009 com o objetivo de guiar o trabalho do professor na sala de aula. Conforme consta no próprio documento: [...] “Estas Diretrizes propõem redirecionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de 1550 aula parte do entendimento do papel das línguas na sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.” (DCEB-PR, p. 63) De acordo com aquele texto, a construção do documento teve a participação de professores de todos os Núcleos Regionais de Educação do Estado. As DCEB-PR solicitam dos professores uma reflexão constante sobre seu trabalho para que haja, por parte do educador, uma participação transformadora e efetiva, resultante de um currículo democrático e dinâmico. O documento está organizado em duas partes, sendo a primeira de natureza mais geral sobre educação e currículo e a segunda, mais específica, relativa à disciplina Língua Estrangeira Moderna. Nesta parte é trazido um histórico da disciplina na escola e os interesses que nortearam as escolhas de conteúdos/saberes. Isto é seguido pela apresentação dos fundamentos teórico-metodológicos e conteúdos estruturantes. Após apresentar restrições à abordagem comunicativa como norteadora da prática dos professores, o documento sinaliza para a adoção da pedagogia crítica como encaminhamento metodológico: [...] “Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.” (DCEB-PR, p.53) 1551 Esses objetivos são reforçados pela indicação de que os fins eventualmente utilitaristas sejam superados por aqueles que levem à formação de alunos críticos e transformadores, conforme delineados em desempenhos esperados, como segue: “ - use a língua em situações de comunicação oral e escrita; - vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; - compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; - tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; - reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.” (DCBE-PR, p.56) Os conteúdos estruturantes são definidos a partir da visão de discurso como prática social: [...] “ O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.” (DCEB-PR, p. 61) Esses conteúdos são organizados por séries, a partir de gêneros textuais, “conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, 1552 publicitária, midiática e jurídica”. (DCEB-PR, p. 76). Segundo o documento, esses conteúdos foram definidos com a rede de professores do Estado do Paraná em eventos de formação continuada realizados nos anos de 2007 e 2008. Na tabela constante do anexo das DCEB-PR-LEM esses conteúdos são listados de forma semelhante para todas as séries e divididos em conteúdos básicos, abordagem teórico-metodológica e avaliação. Também é apresentada uma tabela com possíveis gêneros nas diferentes esferas sociais de circulação. Como se pode notar, essas orientações são bastante abrangentes e flexíveis para dar conta das diferenças regionais. Deste modo, contrastam com orientações como as da ACTFL, que serão apresentadas a seguir. Parâmetros para o ensino de línguas estrangeiras nos Estados Unidos De acordo com o documento “Standards for Foreign Language Learning”, a educação em língua estrangeira nos Estados Unidos tem como objetivo preparar seus estudantes tanto no âmbito lingüístico quanto no cultural, obtendo assim, a capacidade de se comunicarem com pessoas ao redor do mundo. Estes padrões foram elaborados por um consórcio envolvendo a ACTFL (American Council on the Teaching of Foreing Language), com a colaboração das associações de professores de francês, alemão, italiano, espanhol, português e russo e da ACL (Association for Computational Linguistics) CLASS e NCJLT-ATJ. Contou, ainda, com a ajuda do US Department of Education e National Endowment for the Humanities. Essas metas para cada nível de aprendizagem de língua estrangeira estão enquadradas em cinco dimensões: Comunicação, Cultura, Conexões, Comparações e Comunidades. Essas dimensões são elencadas em função de suas contribuições para a formação do aluno. De acordo com o documento disponível na 1553 internet, a Comunicação é a mais importante das metas quando se fala em estudo de uma segunda língua, pois é por meio dela que os aprendizes conhecem e entendem as culturas dos usuários nativos da língua. O processo de aprender línguas permite fazer conexões com outros campos do conhecimento que podem ser inviáveis para o falante monolíngue. Através de comparações e contrastes com a língua que está sendo estudada, os alunos desenvolvem conhecimentos da natureza da língua e o conceito de cultura e, percebem que existem múltiplas possibilidades de se ver o mundo. Juntos, estes elementos capacitam os aprendizes a participar de comunidades plurilíngües no próprio país e ao redor do mundo em uma variedade de contextos e de maneiras culturalmente apropriadas. Esses padrões não descrevem conteúdos específicos e nem recomendam uma seqüência de estudos; ao invés disso, eles estabelecem desempenhos e competências desejados. Exemplos de padrões estabelecidos nessas dimensões são: Comunicação: os aprendizes se engajam em conversas, pedem e fornecem informações, expressam sentimentos e emoções e trocam opiniões. Culturas: os aprendizes demonstram entendimento da relação existente entre as práticas e as perspectivas da cultura estudada. Conexões: os aprendizes adquirem informação e reconhecem diferentes pontos de vista que são somente possíveis através das línguas estrangeiras e suas culturas. Comparações: os aprendizes demonstram entendimento do conceito de cultura através de comparações entre a sua cultura e a cultura da língua estudada. Comunidades: os aprendizes são capazes de usar a língua dentro e fora da escola. Essas dimensões situam o aprendizado de línguas estrangeiras em plano que enfatiza seu valor para compreensão intercultural, o que contrastaria com a perspectiva apresentada nas DCEB-PR-LEM, que 1554 postulam ênfase na criticidade. Esta parece estar contemplada na dimensão “Conexões” acima descrita. Na próxima seção apresentaremos alguns dados dos professores de língua inglesa que foram convidados a especificar alguns objetivos para o seu ensino nas diferentes séries escolares. Os professores PDE Os professores integrantes do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, turma 2009-2010 foram convidados a responder um questionário com perguntas sobre o programa e suas contribuições, bem como informar alguns dados sobre sua experiência profissional. O PDE é um programa de formação continuada, elaborado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em conjunto com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI: Esse novo modelo de Formação Continuada visa proporcionar ao professor PDE o retorno às atividades acadêmicas de sua área de formação inicial. Este será realizado, de forma presencial, nas Universidades públicas do Estado do Paraná, e, de forma semi-presencial, em permanente contato do professor PDE com os demais professores da rede pública estadual de ensino, apoiados com os suportes tecnológicos necessários ao desenvolvimento da atividade colaborativa. (Documento síntese, p. 13). Os respondentes eram experientes (10 a 25 anos de carreira), graduados em Letras e com pelo menos 1 especialização em cursos voltados para o ensino de Língua Inglesa. Como parte das atividades de um curso previsto pelo programa PDE, tiveram que listar objetivos que poderiam ser desenvolvidos nas diferentes séries do ensino fundamental e médio. Esta tarefa resultou em objetivos para as diferentes séries em termos genéricos. Agrupamos suas respostas de acordo com as dimensões 1555 das metas propostas pela Standards for Foreign Language Learning já apresentados: OBJETIVO DIMENSÃO 5ª. SÉRIE - Despertar o interesse para aprender a língua inglesa; - Levar o aluno a: * Conexões Compreender a importância de aprender uma língua estrangeira; Conexões Comunicação * Perceber a influência da LI na nossa sociedade; Conexões * A se comunicar no contexto da sala de aula, utilizando o contexto de ensino. Comunicação - Desenvolver atividades significativas e contextualizadas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. - Conduzir os alunos a uma compreensão de textos verbais e não verbais. 6ª. SÉRIE - Desenvolver no aluno a capacidade lingüística e discursiva em situações comunicativas em que possa: Comunicação * Identificar a idéia central do texto (verbal/não verbal); Comunicação * Compreender vocabulário referente Comunicação 1556 ao texto.. ; * Seguir e dar instruções; * Compreender e produzir um texto Comunidades descritivo; * Identificar determinados gêneros Comunidades textuais observando algumas marcas... * da Possibilitar o máximo possível o uso língua atrelando a complexidade lingüística às temáticas sociais. * Estabelecer conexões entre o aprendizado em sala de aula e sua vivência em outros contextos. 7ª. SERIE * Compreender a LE como prática social * Desenvolver motivação Conexões para aprendizagem (autonomia) 8ª. SERIE - Proporcionar apropriação e subsídios uso da para língua a em situações cotidianas. - Mobilizar o Comunicação Comunidades aluno para uma Conexões participação e interação na sociedade local e global. - Explorar e discutir assuntos contemporâneos. 1º. ANO 1557 - Fazer uso da língua que estão Comunicação aprendendo em situações significativas, não se limitando ao exercício estruturas de lingüísticas descontextualizadas. - Perceber-se sociedade e como Conexões integrante participante ativo da do mundo. 2º. ANO - Desenvolver consciência crítica no Conexões processo ensino e aprendizagem. Conexões - Desenvolver o senso de cidadania, uma prática social qualitativa no ensino Comunicação básico. - Desenvolver o vocabulário relacionado ao tema proposto. - Entender o valor comunicativo de um texto. - Levar o aluno a saber diferenciar alguns tipos de gêneros textuais. 3º. ANO - Aprender a comunicar-se dentro da L.E. para seu crescimento Comunidades pessoal, profissional e crítico na sociedade. Comunicação - Desenvolver os elementos discursivos: Conexões. leitura, oralidade e escrita; Estimular a ampliação de leituras de mundo. - Conduzir leitura de textos voltados ao vestibular. Quadro 1: Dimensões encontradas em objetivos listados por professores 1558 Observa-se comunidades e predomínio conexões e das dimensões nenhum objetivo de nas comunicação, dimensões de classificar os Comparações e Cultura. Adotando as mesmas categorias, podemos desempenhos esperados de alunos da rede pública do Paraná, conforme Quadro 2 abaixo. OBJETIVOS DE AVALIAÇÃO DIMENSÕES Leitura Espera-se que o aluno Identifique o tema Comunicação - Realize leitura compreensiva do texto - Localize informações explícitas no Conexões Comunicação texto - Amplie seus horizontes de expectativas -Amplie seu léxico -Identifique a idéia principal do texto -Identifique o tema Comunicação -Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. Comparações Comunicação Escrita -Expresse as idéias com clareza -Reelabore texto encaminhamento de acordo do com o professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero Comunicação interlocutor, finalidade), -Diferencie o contexto de uso da Comunicação linguagem formal e informal -Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,etc. -Utilize adequadamente recursos 1559 lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. Oralidade -Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal) -Apresente idéias com clareza -Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto. -Exponha seus argumentos -Compreenda os argumentos no discurso do outro -Organize a seqüência da fala -Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc. mesmo que em língua materna. -Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto- juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. -Respeite os turnos de fala. Quadro 2; Desempenho esperado de alunos de acordo com DCEB-PR-LEM e dimensões. Discussão dos resultados Observamos que os professores apresentaram maior diversificação de dimensões que os desempenhos esperados nas DCEBPR-LEM. Enquanto os professores fizeram referência à dimensão de Conexões, que detinha maior estabelecidas pela avaliação Comunicação, com vários se potencial de criticidade, concentraram desempenhos nas definidos as metas dimensões em termos de de conscientização lingüística. Além disso, professores listaram vários objetivos que fugiram ao escopo das dimensões aqui arroladas. Na listagem dos professores do PDE 1560 vemos a preocupação com a motivação, e com a conscientização lingüística, dimensões essas não identificas nas metas estabelecidas para estudantes de línguas estrangeiras nos Estados Unidos. Estes são encorajados, fundamentalmente, a aprender uma língua estrangeira como parte de seu enriquecimento cultural. No caso paranaense, enfatiza-se a necessidade de desenvolvimento de compreensão da língua estrangeira e seu papel na sociedade, atentando-se para o potencial de desenvolvimento de sua postura crítica. Conclusões A partir destes resultados, podemos observar que as orientações curriculares brasileira e norte-americana diferem não só em termos de estabelecimento detalhado de metas, mas também nas dimensões que consideram importante desenvolver com o aprendizado de uma língua estrangeira. Adicionalmente, observamos que os professores incorporam na listagem de objetivos aspectos de conscientização lingüística e critica, enquanto a listagem de desempenhos esperados concentra-se nos aspectos comunicacionais e lingüístico-discursivos. Parece-nos, portanto, que os professores têm concepções sobre ensino de inglês que se justapõem à orientação de desenvolvimento de posturas críticas por parte dos aprendizes, mas estas não encontram o mesmo respaldo no próprio documento que delineia aspectos a serem considerados na avaliação dos alunos. Além disso, como não há especificidade por série, professores se vêem com dificuldade para diferenciar um ano de outro, limitando-se a elaborar objetivos genéricos que não oferecem parâmetros para conduzir a avaliação. Nesse sentido, parece conveniente que análises como estas, ainda que realizadas de modo incipiente, façam parte de iniciativas de formação continuada, para que os professores possam lançar um olhar 1561 mais detalhado sobre os propósitos de se aprender a língua inglesa no Brasil e sua relação com objetivos para seu ensino e avaliação. Referências bibliográficas PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Programa de Desenvolvimento da Educação – versão preliminar. 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