escola XXVII Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes escola XXVII Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes Literatura de Cordel Literatura de cordel também conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro. Índice Prefácio 4 Grupo 1 Grupo 3 Temos que aprender com o Bicho Conviver 9 Cordelândia do matrimônio do Sertão 23 Cordel da Rapunzel 10 A história de João e Maria 24 João e Maria 11 Grande Tragédia 25 Que bicho é esse? 12 Amor de criancinha 26 Cinderela! 13 A história de dois amigos 27 Pinóquio em história de Cordel 14 Grupo 4 Tragédia Shakesperiana no Brasil 31 História de amor, tragédia e rimas 32 A, B, C da mulherada 33 Shakespeare no Brasil 34 No jornal e na tevê 35 Agradecimentos 36 Grupo 2 Início, Meio e Fim 17 A vida de Luiz 18 Corrupção 19 Cotidiano Nordestino - O que fazer? 20 Prefácio Pensar o cordel é pensar no próprio processo de informação de grande parte do Brasil. Já que muito do acontecido em tempos idos foi descortinado para o povo pelos poetas regionais. A importância do cordel era tamanha, que até Euclides da Cunha para compor seu clássico “Os sertões”, em 1902, bebeu das fontes dos cordelistas. O cordel, oriundo da Europa Medieval, chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses que por cá aportaram. Nossos colonizadores trouxeram na cabeça e no coração as sextilhas rimadas nos versos dois, quatro e seis, com temáticas variadas que abrangiam desde fatos históricos a fatos corriqueiros da vida de nossos antepassados. Dessa forma, com o passar dos anos e séculos, o cordel constituiu a maior fonte de informação para grande parte do Nordeste do Brasil (daí o pensamento de que o cordel é próprio dessa região). A palavra foi então ministrada pelos populares com algum nível mais elevado de educação (fato este que excluiu o cordel dos estudos acadêmicos). Porém após a Semana de Arte Moderna de 1922, o cordel começou a ter seu valor artístico reconhecido, já que fazia exatamente o que os modernistas procuravam: forma e conteúdo popular. Apesar de alguns críticos ainda rejeitarem o valor artístico do cordel, nós da família ECO resolvemos balizar o discurso modernista. E após longos noventa anos transcorridos dessa valorização, nosso concurso homenageou os poetas populares, como Patativa do Assoré, Manoel Caboclo, Evandro Firmino, entre tantos outros. De maneira que fizemos do nosso Concurso Maria Helena uma grande viagem às origens da nossa literatura, costume e história. O processo foi árduo. Muito por conta das dificuldades com a métrica e com o entendimento da proposta (e ainda tem gente que “vira a cara” para esse tipo de poesia), mas nada desmotivou nossos valentes poetas. Poetas sim, pois batalharam a palavra para atingir “aquela” rima. E não podia ser somente a rima, precisava do nexo, ou seja, o texto precisava fazer sentido rimando. 4 Logo, o que vimos foram alunos motivados quando atingiam o objetivo e alunos descabelados frente ao que não vinha (contudo persistentes). Alunos que inspirados (mesmo sem saber) pelo preceito de João Cabral de Melo Neto “um poeta se faz com dez por cento de inspiração e noventa de transpiração” buscaram até o fim a magia da palavra. A palavra aqui representada pelo cordel é movida pela necessidade do desabafo, da preocupação com o planeta, da denúncia e da crítica social. Enfim, a palavra produzida neste volume é parte do Brasil que se forma, pensado pelos nossos jovens. Quem pertence a esta coletânea deve se sentir honrado, pois qualquer coletânea é formada pelo o que há de mais representativo em determinado assunto. Um escritor americano uma vez disse: “Tive o reconhecimento dos meus contemporâneos, algo que por si só já é grandioso quando se pensa em arte. Mas a maior emoção que senti, não foi ser reconhecido como um dos maiores escritores da literatura mundial, enquanto vivo. Foi o fato d´eu ter sido agraciado, ainda jovem, com a participação em uma coletânea de literatura de um pequeno jornal, já falido. Pois, ali eu realmente soube do meu valor!”. Esse escritor americano atendia pelo nome de Edgar. Edgar Allan Poe é um dos maiores gênios literários de todos os tempos. Rio, 05 de novembro de 2012. Professor Ludwig Araujo. 5 Grupo 1 4° e 5° anos do E.F. Temos que aprender com o Bicho Conviver Vamos começar a pensar Rachar a cuca pra adivinhar De que bicho estou falando Você pode até tentar Mas duvido que um dia Você consiga acertar! Ele é bem miúdo Entra dentro do sapato E é bem nojento Dizem que ele vive no mato É muito peludo Pode acreditar que é o Rato. Ela é muito pequena Mas tem bastante amigas E adora caminhar Fazer muitas intrigas Estão presente em todo lugar São elas, as formigas. Aqui deixo meu cordel Que fiz com coração Quero agradecer por participar Dessa grande produção Muito prazer por conhecer Meu nome é João! Ele é enorme Tem uma tromba gigante É bem esquisito Mas também elegante No zoológico sempre vemos Lógico que é o elefante! João Pedro Gomes da Costa 1º lugar Turma 52 9 Cordel da Rapunzel Em um reino bem distante Morava a Rapunzel Que morava numa torre Bem pertinho do céu É sobre essa menina Que escreverei o meu cordel Ela vive muito triste Na sua torre a sonhar Ela nunca teve amigo Para poder brincar Ela pensa que um dia Ela poderá amar Um dia chegou Um lindo cavalheiro Ele era forte e belo O melhor do mundo inteiro Ele ia salvar a bela moça E tirá-la do cativeiro Jogue suas tranças Rapunzel Ele logo gritou E a moça animada Suas tranças jogou O príncipe então subiu E a bela ele salvou Carolline Gonçalves Wall Silva 2º lugar Turma 42 10 João e Maria Era uma vez, Num lugar distante, Dois irmãozinhos Que brincavam todo instante. João, era o menor E também muito falante. A mulher era bem velha, Com verruga no narigão. Parecia até uma bruxa, Era a dona do casarão Falava pra eles comerem E João ficou grandão. Num dia bem sombrio, Se perderam na floresta. Os pais deles os deixaram E depois foram numa festa. Os dois depois caminharam E João bateu a testa. Bem, era uma bruxa, E não era nada bela Um dia pegou João Para levar à panela Mas eles conseguiram fugir Que coisa medonha aquela! Então, viram uma casa E João foi até ela. Pois era feita de doce E também muito bela Maria chamou João E ele comeu a janela. Caminharam por muito tempo, Até que a um lugar chegaram. Reconheceram aquele lugar E seus pais encontraram Felizes eles viveram E então eles cantaram. Os dois entraram na casa E João comeu de montão. A Maria falava pra ele: Para de ser comilão! Então ouviram uns passos E uma mulher no portão. Letícia Martins Cunha de Aragão 3º lugar Turma 42 11 Que bicho é esse? Mora em mares e oceanos É um bicho valentão Quando ele se aproxima Acelera o coração Esse bicho que dá medo É o temível tubarão Ele é muito bonito Fica perseguindo rato Não gosta de muito carinho É um preguiçoso nato É um animal doméstico Quem é esse bicho? O gato Deus criou muitos animais Que não dão nesse cordel O humano destruindo o mundo Não cumpre seu papel Continuando assim no futuro Destruiremos a obra do Pai do Céu Dizem que o ser humano é um ser racional Que animal racional é esse? Que destrói o mundo Que destrói a própria casa dele O Planeta Terra Arthur Lopes Chamas Menção Honrosa Turma 52 12 Cinderela! Em um reino bem distante Tinha uma moça muito bela Mas vivia muito triste Seu nome era Cinderela Ela tinha duas primas Que não gostavam muito dela. No grande dia do baile As primas de Cinderela Não deixaram ela ir Olhando pela janela Suas lágrimas rolaram Ninguém sentiu pena dela. Que pro baile a levou Chegando lá ficou surpresa E o príncipe ela encontrou E durante a noite inteira Com ele, ela dançou. Quando deu meia noite Para casa ela correu E seu sapatinho de cristal Na escada ela perdeu E o príncipe apaixonado Nunca mais a esqueceu. Então uma luz branca Na cozinha apareceu Ela logo se assustou E a fadinha conheceu Em um passe de mágica Um vestido recebeu. A abóbora virou carruagem Bruna Pires Espinheira Menção Honrosa Turma 42 13 Pinóquio em História de Cordel Um senhor muito legal Que vivia solitário Criou um amigo Um boneco imaginário Deu a ele o nome e roupa E até um aniversário. O menino era de madeira E tinha um bom coração Ele tinha muitos amigos Mas não tinha um irmão E assim ele vivia Com uma linda paixão. Um dia ele acordou E cansou ser de madeira Ele ficou muito triste E não quis saber de brincadeira Então ele pediu para o pai Não ser mais de madeira. Um dia seu pai sumiu E ele foi procurar E dentro de uma baleia Ele foi parar Seu pai encontrou E uma fogueira acenderam E então a baleia os cuspiu E os dois para sempre viveram. Lucas Azevedo Sant`Ana Menção Honrosa Turma 52 14 Grupo 2 6° e 7° anos do E.F. Início, Meio e Fim Meu nome é Luisa Vou falar sobre mim Parece meio ridículo Mas não é bem assim Minha vida é normal Início, meio e fim Gosto muito de estudar Por isso sou inteligente Mas o verdadeiro problema É que sou muito impaciente Não consigo evitar Isso é coisa da minha mente Tenho 12 anos de idade E eu adoro rimar Mas o que realmente gosto É desenhar, colorir e pintar Mesmo sendo tão pequena Sei que vou te impressionar Agora acho que chega Vou ter que terminar Me conhece bem agora Sabe que sei rimar Sinto muito, tenho que ir Desculpe por me apressar Odeio ter que admitir Mas eu odeio esportes Sempre tento, mas nunca Me dou bem com saques e cortes Talvez porque os meus Músculos não são fortes Quero que você se lembre A vida por você não vai esperar Ela vem com as palavras Basta você rimar Pense que é um grande cordel E você vai se alegrar Luísa Carvalho Leme Vieira Da Cruz 1º lugar Turma 71 17 A vida de Luiz Meu nome é Luiz Fernando Escrevo minha vida no papel E com um carinho especial Transformo ela num cordel Pois minha vida é doce Quase tanto quanto o mel. Eu amo minha família E amo meus amigos Pois por eles eu enfrento Qualquer um dos perigos Principalmente causados Pelos meus inimigos. Pode ser noite Pode ser dia Mas nada estragará Toda minha alegria Geralmente criada Pela minha fantasia. Minha vida na escola É o mais interessante Pois quando estou nela Eu aprendo bastante Aprendi o cordel E o penduro num barbante. Luiz Fernando Barreto de Campos Ribeiro 2º lugar Turma 73 18 Corrupção Corrupção é um problema Os líderes estão a roubar Enquanto muita gente Não tem onde morar E o país fica pior Assim não dá pra melhorar. Eles roubam do povo É quase obrigação Ninguém pode se recusar Ninguém pode dizer não É assim que o país Fica nessa confusão. Acho que todos gostariam De alguma melhora Mas como ninguém faz nada Só haverá piora. Por que ficar sem fazer nada Enquanto passa a hora? Mas tudo vai dar certo É o que todos esperam Quem sabe algum dia Eles vão perder o que tiveram Assim o país será melhor Sem o mal que agora liberam. Jade Coelho Selles Colomer 3º lugar Turma 73 19 Cotidiano Nordestino – O que fazer? Vocês do Estado não olham pra mim não nos dá comida e nóis só no aipim e mesmo com essa carta sei que continuará assim Eu trabaio, trabaio Sem nada em troca ralo, ralo, ralo sem ter respostas O Estado olha pra nóis E nos dá as costas Não temos água não temos nada eles ainda não fizeram nada nem mesmo temos um pão pra cada Educação é o que mais falta a saúde então, nunca existiu isso não tem explicação Agora eu pergunto: Com que razão? Vitória Borely Fontes da Silva Menção Honrosa Turma 63 20 Grupo 3 8° e 9° anos do E.F. Cordelânda do matrimônio do Sertão Virgulino em casa Maria Bonita não segura não Quando ele a estressa A Bonita sai do chão Salve-se quem puder Que soltaram o cão Lampião quer ir pra casa Maria Bonita não vai deixar Lampião implora: - No Sertão é difícil sossegar! Maria Bonita vira cabra-macho Será que vão deixar de se amar? Ela acha que é traição Essa mulher ninguém segura Abre a gaveta do cômodo Pega uma faca e assegura: - Lampião a mim não trai! Sai correndo e o fura. A notícia se espalhou Estou aqui para avisar Padim Cícero faça uma missa Uma missa para rezar Jogaram a mulher na fogueira Para o grande herói do sertão vingar. Felipe Tinoco Cantone Corrêa de Sá 1° lugar Turma 91 23 A história de João e Maria João e Maria eram amigos gostavam de se encontrar a amizade era tão grande até um dia se apaixonar e eles tinham tanta dúvida se podiam namorar. Seus pais não ficaram contentes então se viam escondidos mas toda vez que se tocavam se sentiam um pouco perdidos o amor parecia de criança mas os dois já eram crescidos. Os dois se gostavam muito não queriam se afastar pois o que mais queriam era tanto namorar mas tinham tanta vergonha que não conseguiam mais se abraçar. No final deu tudo errado João virou bandido Maria chorava tanto pois João virou inimigo e fez uma pergunta marcante: “Ainda quer namorar comigo?” Marcos Rodrigues de Oliveira 2° lugar Turma 81 24 Grande tragédia Eu vou contar a história De um horrível assassinato Da mulher que matou Seu marido esquartejado Com covardia e maldade Por trás do pobre coitado Cortou sua cabeça fora Depois o pé e a mão Foi desmembrando ele Sem pena no coração Sumiu com todo o corpo Como precaução Depois de muita procura A polícia pôde achar O corpo que fora deixado Bem no meio do mar Então ela foi presa Sem direito de falar Agora pense comigo Como se pode matar Alguém que na verdade Se deveria amar Este mundo está perdido Não dá mais para aguentar Lucas Domingues Maia 3° lugar Turma 91 25 Amor de criancinha Um belo garoto E uma linda menininha Unidos desde pequenos Amor de criancinha Juntos cresceram e namoraram Lembro da primeira bitoquinha Mas um grande desastre Com o amor iria acabar Um grande choque Separados iriam ficar Cada um seguiu sua vida E o amor resolveram selar Pode achar estranho Que pararam de se ver Mas, lembra, Romeo e Julieta? Era igualzinho, pode crer. As famílias eram terríveis Só que o melhor estava pra acontecer Você vai se emocionar Tudo é encantador Após muitos anos Esqueceram toda a dor Após adultos se encontraram E o tempo reanimou o amor Isabela Mel Manuela Flor de Oliveira Santos Menção Honrosa Turma 81 26 A história de dois amigos Dois amigos de infância Com um sonho a conquistar Quem diria que o destino Haveria de os separar Só que eles não sabiam Que ainda iriam se reencontrar. É bom ter uma pessoa Em quem se possa confiar Aquela que você sabe Que um segredo pode contar Sem fechar os olhos, tremendo E sem os dedos ter que cruzar. No momento me falta ideia Não sei mais o que escrever Queria alguém aqui agora Pra me ajudar a desenvolver Esse cordel tão complicado Tem que fazer a pena valer. Vou preservar essa amizade Que é difícil de encontrar Leonardo Galo Castro Que em Resende foi morar Um amigo de verdade Que quero sempre me lembrar. Lucas Rodrigues de Oliveira Menção Honrosa Turma 91 27 Grupo 4 Ensino Médio Tragédia Shakespeariana no Brasil A sociedade evoluiu Globalização chegou Tudo está conectado A internet dominou Mas, independente disso, O amor não mudou Vão dizendo por aí Que foi cena de romance A moça viu o marido Mas não teve outra chance O amado estava morto A tristeza ao seu alcance Em meio a inovação E tanta desigualdade Surge um caso curioso Sobre amor de verdade Parece até que Shakespeare Escreveu a novidade Aconteceu uma tragédia A donzela sucumbiu O fruto desse amor Nenhum ser viu Fica agora a história Para os filhos do Brasil Lembrou Romeu e Julieta Havia dois apaixonados Amantes de verdade Fazem lembrar o passado Mesmo tanta felicidade Não evitou o inesperado Lenise Maria de Vasconcelos Rodrigues 1° lugar Pré III 31 História de amor, tragédia e rimas O amor sempre traz dor Se é correspondido ou não O causo que conto agora Parece o de Isolda e Tristão A alegria acelera E depois para o coração. A mulher achava que o amor Vencia até a morte Mas seu amado era fraco E não teve tanta sorte A dor atingiu-lhe em cheio Foi uma batida forte. A outra vida em seu ventre E o prematuro sofrimento De assistir o amado pai Jogado ao relento Ofegando pela vida Despedindo-se do vento. Quando sentiram falta Do casal apaixonado Viram cena tão triste E o destino foi traçado Enterraram a família No cemitério, lado a lado. João Pedro Castro Amora 2° lugar Pré I 32 A, B, C da mulherada Um mundo sem mulher é um mundo diferente, com seca de amor faz do homem impotente, sem ter que cortejar a donzela inocente. Finalizando o cordel eu só tenho a dizer que se você a trair no futuro irá sofrer pois mulher é vingativa e o faz enlouquecer. Mulher é bicho ruim ela vai te enfeitiçar jogando todo o charme leva o homem a tombar se bobear já era não tem como não amar. Então nunca se esqueça e não deixe de lembrar a grande sorte que possui se ao seu lado ela ficar, toda mulher é preciosa, flor gostosa de cheirar. Tem a trabalhadora a burguesa e a esforçada, a mãe de quatro filhos a amante toda dada no jogo do amor, ganhamos de goleada. Giovanna Talia Feydit Pissiali 3° lugar Pré I 33 Shakespeare no Brasil Naquela manhã de sexta eu li No jornal, no dia 20 de abril Uma notícia incomum, estranha Na Internet todo mundo curtiu De amor morreu no Intanhangá O casal mais bizarro que você já viu. A terça-feira revelou a história Quando a faxineira na casa chegou Vendo os dois largados no chão Um enorme susto tomou Chamou as famílias e a polícia E antes de chegarem, desmaiou. Ela esperava dele um filho Ele estava sempre com ela Ela tinha seus quarenta e três Ele já tinha mais vinte que ela Mas isso não era problema Ele era pai do filho dela. E assim termina mais uma Como Isolda e Tristão Karla, ao lado do marido Ambos deitados no chão Ele, morto há três dias, Ela, segurando sua mão. Emiliano trazia um sorriso No rosto se estampava A vinda de seu filho Era o que mais ele esperava De mãos dadas para o futuro O casal feliz caminhava. No casamento de dez anos Com tudo para dar certo Não podia prever o que viria A morte vagava perto E diante de seus olhos Morreu de olho aberto. Um compromisso com os amigos Marcaram com ansiedade Para vê-los no dia seguinte Mas era uma pequena amizade Não apareceram no domingo Ninguém sentiu saudade. Jahde Vaccani Alves Pimentel Lemos Menção Honrosa Pré II 34 No jornal e na tevê só se vê corrupção é a produção em massa de safado e de ladrão Na latrina que é chamada “parlamento da nação” E ainda rola um burburinho que lá tem gente que presta que trabalha e ouve o povo gente fina e honesta que não faz do seu dinheiro o motivo de uma festa Queria ver se é verdade desse povo falador que fala de “BBB” do craque, do jogador celebridade e artista mas não do trabalhador. Raphael Santos da Costa Menção Honrosa Pré III 35 Agradecimentos Comissão julgadora: Ana Carolina Nóbrega Camila Assis Peres Silva Giselle Torres Fraga Maleh Leonardo Delfim Gobbi Ludwig Ferreira Araújo Marcus Vinícius Oliveira de Sousa Renato Lucas Coutinho Rogério dos Santos Melo Correção e seleção das redações: Ana Carolina Nóbrega Débora Bianco Gonçalves Ludwig Ferreira Araújo Produção gráfica: Gheise Vasconcelos Fabio de Carvalho Fabíola Bandeira de Mello Coordenação: Estrela Rodrigues XXVII Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes escola 2012 36