Fundamentos de Telecomunicações Aula 4: Análise de Sinais Sumário Sinais Periódicos: Espectros de Linhas Sinais não Periódicos: Espectros Contínuos Modulação Sinais Peródicos: Espectros de Linha Forma de onda sinusoidal v(t ) A cos(0t ) A valorde pico ou amplitude 0 frequênciaangular Representao fact odo valormáximo desviado da origem dum valor0 T0 é o períodode repetição f0 1 0 a frequênciacíclica f o é o inversodo período T0 Forma de onda sinusoidal Representação da sinusoide por um fasor Tal como na análise de correnta alterna estacionária, a sinusóide pode ser representada por um fasor Baseada no teoremade Euler j cos j sin com j 1 0 t e Representação do fasor Pode- se representar a sinusoide comoa partereal duma exponencial complexa A cos(0t ) A e j (0t ) Ae j (0t ) Representação da Sinusoide por um fasor O fasor tem comprimento A Roda no sentido retrógrado a fo rotações por segundo Faz um angulo de radianos com o eixo real Para descrever o fasor no domínio da frequência precisamos de associar A amplitude à fase Convenções na representação espectral Variável independente é a frequência f em Hz (ciclos/seg) W em rad/seg é uma notação sintética para 2*pi*f Os ângulos de fase são medidos relativamente a função coseno : sin wt= cos (wt-90) A amplitude é sempre positiva. Uma amplitude negativa é absorvida na fase – –A cos(wt)= A cos (wt+-180) Os ângulos são expressos em graus embora angulos wt sejam em radianos. Representação no tempo dum sinal v(t ) 7 10 cos(40t 60º ) 4 sin((120t ) v(t ) 7 cos(2 .0.t ) 10 cos(40t 120º ) 4 cos((120t 90) Espectro unilateral do mesmo sinal v(t ) 7 cos(40t 60º ) 4 sin((120t ) v(t ) 7 cos(2 .0.t ) 60º ) 4 cos((120t 90) Fasores Conjugados Espectro de linhas bilateral Simetria par Simetria ímpar 1 z ( z z * ) 2 z Ae j 2f ot .e z * Ae j 2f ot .e A j 2f ot A j 2f ot A cos(2f ot ) e .e e .e 2 2 Versão bilateral do espectro Espectros de Linha Constituem representações pictóricas de sinsuoides ou fasores em função do tempo Uma linha no espectro unilateral representa um cosseno real Uma linha no espectro bilateral representa uma exponencial complexa donde para obter o cosseno real se deve adicionar o fasor conjugado Qando se faz referência ao intervalo [f1,f2] num espectro bilateral tesá implícita a referência aos intervalos negativos correspondentes. O espectro de amplitude fornece bastante mais informação que o de fase Sinais Periódicos Sinusóides e fasores são sinais periódicos Sinal invarianteperanteqq translação temporal de To segundos v(t m To ) v(t ) - t To períododo sinal Sinal fica complementamentedefinido pelos valoresque tomaem qq intervalode tamanhoTo Sinais periódicos e potência média O valormédio de v(t) 1 v(t) lim T T T 2 v(t )dt T 2 Sinal periódicoo valormédio é igual ao de um período 1 T T v(t) lim T 2 v(t )dt T 2 1 T0 T0 2 v(t )dt T0 2 1 v(t )dt T0 T0 Sinais periódicos e potência média vt) é voltagem aos terminais duma resistência v(t) dá lugar a uma corrente i(t)= v(t)/R Potência instantânea dissipada na resistência sv(t)=v(t).i(t)= v2(t)/R Potência normalizada (R=1) Potência média dum sinal periódico S v(t ) 2 1 v(t ) 2 dt T0 T0 Série de Fourier Há pouco obtemos um sinal a partir da soma duma constante e várias sinusoides Vamos agora decompor um sinal periódico em somas sinusoidas – Série de Fourier Série de Fourier v(t ) j 2f o t C e n 0 1 2,.... n n Cn v(t )e j 2f ot dt T0 Cn valor médio do produtov(t)e j 2f ot Cn Cn e j 2f ot e jargCn v(t ) uma soma de fasorescom amplitude Cn e fase argCn com frequências nf0 0, f 0 ,2f 0 ,.... Representação espectralno domínioda frequência consistenum espectrode linhasbilateraldefinido peloscoeficientes da série Representação espectal da Série de Fourier C (nf0 ) Cn C (nf0 ) espectrode amplitudecomofunção def arg C (nf0 ) espectrode amplitude (i) T odasfrequências são múltiplasinteiras,harmónicas 1 da frequênciafundamental f 0 T0 (ii) A componentecostanteé igual ao válormédio do sinal 1 C0 v(t )dt v(t ) T0 T0 (iii)Se o sinal v(t)for real C n C*n C n e j arg C n Série trignométrica de Fourier v(t ) valorreal v(t) C0 2Cn cos(2nft argCn ) n 1 Espectro de amplitude simetria par Espectro de fase simetria ímpar É usual usar a série exponencial e o espectro bilateral sinc( ) Cálculo de Cn envolve frequentemente o cálculo do valor médio dum fasor T 1 2 j 2ft 1 1 jfT jfT e dt ( e e ) sin(f ) T T j 2ft ft 2 sinc( ) sin( ) Sequência de pulsos rectangulares 1 Cn T0 Cn T 2 v(t )e T 2 j 2f 0t 1 dt T0 2 j 2f 0t v ( t ) e dt 2 1 (e j 2f 0 e j 2f 0 ) j 2nf 0T0 Cn Af0 sin(nf0 ) Af0 sinc(nf0 ) nf0 Espectro da sequência de pulsos rectangulares Reconstrução por série de fourier duma sequência de pulsos se T0 C0 A 4 1 4 2Cn 2A n sinc( ) n 4 A A 2 A A 2 v(t ) cos(2f ot ) cos(4f ot ) cos(6f ot ) .. 4 3 Reconstrução por série de fourier duma sequência de pulsos Exemplo 2.1 Esquematizar o espectro de amplitude de uma sequência de pulsos rectangulares para cada um dos seguintes casos. T0 T0 ; : T0 5 2 No último caso a sequência de pulsos degenera numa constante ao longo do tempo. Como é que esse facto tarnsparece no espectro? Solução 2.1 Definição 1 Cn v(t ).e j 2nf 0t T0 T0 Cn 1 T0 T0 4 2 j 2nf t Ae 0 T0 4 2 1 T0 T0 4 2 Ae j 2nf 0t T0 4 2 T T j 2nf 0 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 40 j 2nf 0 2 4 2 Cn .e e .e e j 2n T T j 2nf 0 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 40 j 2nf 0 2 4 2 .e e .e e j 2n Solução 2.1 T T j 2nf 0 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 40 j 2nf 0 2 4 2 Cn .e e .e e j 2n T T j 2nf 0 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 40 j 2nf 0 2 4 2 .e e .e e j 2n T0 j 2nf 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 4 j 2nf 0 2 4 2 Cn .e e .e e j 2n j 2nf 0 j 2nf 0 A j 2nf 0 4 j 2nf 0 2 4 2 .e e .e e j 2n jnf 0 jnf 0 jnf 0 A jnf 0 2 j 2nf 0 j 2nf 0 2 2 2 Cn e .e e .e e e j 2n Teorema da Potência Relaciona a potência média S de um sinal periódico com os seus coeficientes de Fourier Se v(t)for complexo v(t ) 2 vn(t ).v* (t ) S 1 1 2 * v ( t ) dt v ( t ). v (t )dt T0 T0 T0 T0 Susbstituindo v* (t) pela sua série exponensial * 1 1 * j 2f ot j 2f o t S v(t ). Cn e dt v(t )e dtCn T0 T0 n n T0 T0 S n CnCn* n Cn T eoremade Parseval 2 Sinais não periódicos: espectros continuos Sinais não periódicos Só existem durante um período do tempo Se o sinal não periódico possui energia total finita não nula – É representado no domínio da frequência por um espectro contínuo que é a sua Transformada de Fourier Sinal não periódico típico Sinal estritamente limitado no tempo v(t) =0 fora do intervalo Designado por pulso <v(t)>=<v(t)2> =0 Energia normalizada Considera-se Energia total 2 , 2 E v(t ) 2 dt E A2 (energiado pulso) Transformada de Fourier Sinal não periódico é um sinal periódico com período infinito Espect rode sinal periódico Função discret a Cn definida no domínio ...,2 f 0 , f 0 ,0, f ,2 f ,.... Cn 1 T0 T0 2 j 2f 0t v ( t ). e dt T0 2 Espect rode sinal não periódicodefine - se comoT0Cn (T0 ) T ransforma da de Fourier : V(f) (v(t ) lim T0 T0 2 j 2f 0t v ( t ). e dt T0 2 Transformada de Fourier Obtençãodo sinal não periódico v(t) V(f).ej2ft df 1 (V ( f ) - 1 T ransforma da inversade Fourier V(f) representao mesmopapelque Cn para sinais periódicos (i) V(f) é uma função complexade variávelreal. V(f) é o espectrode amplitudee arg V(f ) é o espectrode fase (ii) O valorde V( 0) é a área de v(t) (iii) Se o sinal v(t) for realV ( f ) V * ( f ) e V(f) V( f) argV(-f) - argV(f); Simetria par para o espectro de amplitude Simetria ímpar para o espectro de fase Pulso Rectangular não periódico t 1 0 t t 2 t v(t) A 2 V( f ) 2 j 2ft Ae dt 2 V (0) A A sin(f ) A sinc(f ) f Espectro do pulso rectangular Teorema da Energia Teorema de Rayleigh Relação idêntica ao teorema da potência de Parseval E V ( f ).V ( f )df * Gv( f ) V ( f ) V( f ) 2 df 2 densidade espectralenergia (Joules/Hz) Largura de banda 1 1 E 1 V ( f ) ( A ) 2 sinc(f ) df 1 E 1 0.92A2 1 Calculado numericamente Largura de banda dum sinal Definição – Amplitude do menor intervalo espectral positivo que contém 90% de energia total do sinal (ou da sua potência média se se tratar dum sinal periódico). Modulação Modulação de frequência A multiplicação de um sinal v(t) por uma onda sinusoidal dá origem a um sinal vm(t) – – Espectro de vm(t) é o espectro de v(t) transladado na frequência dum valor igual à frequência do sinal sinusoidal Resultado da Transformada de Fourier conhecido por Teorema da modulação Teorema da modulação v(t ) V ( f ) (v(t )) vm ( f ) v(t ) cos(2f p t ) Vm ( f ) vm (t )e j 2ft dt v(t ) cos(2f p t )e j 2ft dt j 2f p t j 2f t p e cos(2f p t ) 2 e j 2ft e j 2ft j 2ft Vm ( f ) v(t ). e dt 2 e 1 1 j 2 ( f f p ) t j 2 ( f f p ) t Vm ( f ) v(t )e dt v(t )e dt 2 2 Vm ( f ) 1 V ( f f p ) V ( f f p ) 2 Exemplo modulado em amplitude e respectivo espectro t z (t ) A . cos(2f p t ) A A Z( f ) sinc (f f p ) sinc (f f p ) 2 2 Sinal modulado em frequência e espectro t t v(t ) A cos(2f p t ) A cos(2f p t ) A cos(4f p t ) A V ( f ) [ A cos(2f p t )] sinc(f f p ) sinc(f f p ) 2 A sinc(f 2 f p ) sinc(f 2 f p ) 2